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Minha primeira vez na Bolivia


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  • Mosqueiro

Pescar dourados na Bolívia , foi uma sensação de estar pescando na época do descobrimento do Brasil.
Embarcando de Cumbica, foram apenas 2:30 de vôo até aterrizar na cidade de Santa Cruz de la Sierra. Ainda na área da imigração percebi que havia wifi (gratis) disponível para os passageiros e liguei meu IPhone e mandei uma mensagem para Hugo Imanà, responsável pelos translados da empresa Untamed Angling que administra esta operação de pesca.
Minha primeira impressão do povo boliviano foi boa, os oficiais de imigração foram super educados e deixaram a impressão que nós brasileiros/estrangeiros, somos bem vindo. Tive a impressão que a alfândega é rigorosa com a entrada de artigos de origem animal e vegetal, a escolha da revista da bagagem é feita através de um aperto num botão, se acender vermelho, vai abrir a bagagem numa bancada, onde uma mulher bonita com vestidinho curto estava fazendo as inspeções hahaha Quando apertei o botão seletivo, acendeu verde e não fui inspecionado mas não ficaria chateado se tivesse que ir abrir minha bagagem hahahaha Bolívia, assim como o Brasil, são regiões endêmicas da Febre Amarela e requer certificado internacional da vacina, mas igual ao Brasil, ninguém pediu ou conferiu(japonesada estavam preocupados com isto).
Para minha surpresa, Hugo Imanà é fluente no português(inglês tambem) um verdadeiro alivio para quem esta pela primeira vez no pais.
Hugo é filho de um medico e uma farmaceutica, trabalhou na TAM e tem muito conhecimento naquele aeroporto, deixou o carro bem perto da saída e não precisamos nos deslocar até o estacionamento, estes detalhes tranqüiliza muito(Passei um perrenho danado na Venezula com aeroporto no meio da favela).
Do aeroporto até o hotel Los Tajibos, são apenas alguns minutos e sem transito, bem diferente do que estamos acostumados aqui em São Paulo.
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No hotel, conheci o cirurgião polonês Jan Forszpanisk, o professor agrícola aposentado Jon Rascoe, e o tambem professor aposentado Louis Hegedus, que seriam nosso parceiros de pesca.
Dr. Jan e Jon me convidaram para fazer um City tour e fomos conhecer Santa Cruz de la Sierra, que é bem similar a qualquer cidade do interior de São Paulo.
No dia seguinte, chega Kenji Sugisaka e seus 2 filhos, Yutaro e Keisuke para completar nosso grupo.

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Hugo Imanà nos leva ao aeroporto militar El Trompillo onde Untamed Angling tem contrato com uma empresa especializada em taxi aéreo que cuida do transporte entre Santa Cruz de la Sierra e seus lodges na selva, no check in é pesado todas bagagens incluindo os passageiros para um bom controle de segurança.

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Recebemos uma carta de boas vindas e informações detalhadas de toda operação e roteiro da pescaria.

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Apartir do aeroporto de Trompillo, são cerca de 2 horas até chegar na pista de pouso perto de uma aldeia.

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Assim que saímos do avião, encontramos os nativos, em sua maioria crianças que ficam na espera para ganhas doces e balas trazidas por nós pescadores.

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As crianças fazem fila e não ficam gritando ou pedindo, aguardam sua vez, mesmo percebendo que talvez não haverá doces para ela. Convívio social similar, só presenciei no Japão.

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As bagagens são levadas para barcos de madeira e de lá, navegamos Rio Secure, acima, uns 20minutos até chegar no Asunta Lodge, nosso primeiro ponto de pesca.

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O Asunta Lodge foi construído enfrente a uma cachoeira/desnivél baixo, possível de navegação apenas com os barcos dos nativo, os mesmos que usaremos para pescar.

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A euforia de estar no meio da selva, num lodge enfrente ao rio com dourados a vista não deu para resistir, nem entramos direito no quarto e começamos a preparar vara e carretilha para pescar(fomiagem mesmo hahaha).

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Do lodge enquanto montava a vara podíamos ver os dourados atacando os sabalos (especie abundante e apreciado tanto pelos dourados quanto pelos nativos) e ficamos mais ansiosos ainda hahaha Não demorou muito para os 4 asiáticos estarem lançando iscas em cima dos dourados hahaha
Mas ali enfrente do lodge não é tão fácil assim, ver do alto e distante é diferente de estar no local, quando os dourados percebem nossa presença, afundam e ficam em alerta, já sabem que nós furamos a boca deles hahaha não tivemos nenhuma acão e percebemos que "a rapadura é doce, mas não é mole" hahaha no LODGE, agora com calma é que começamos a sentir a sofisticação do ambiente, quartos amplos, camas com mosquiteiros, energia elétrica, banho quentíssimo, WIFI livre entre outras comodidades todo cheio de conforto.

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Os staffs (maioria argentinos) bem uniformizados pela grife Patagônia, falam inglês e espanhol(portunhol tambémhahaha). O profissionalismo e a simpatia deles, nos faz perguntar o que eles fazem no meio da selva, a resposta é simples e clara: Amam estar lá! O período que trabalham na selva boliviana a pesca deles na Argentina é fraca ou fora de época.
O jantar começa com uma variedade de petiscos, bebidas é a vontade. Para os japoneses e para mim, só os petiscos já são uma refeição, pois não comemos muito.

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Quando chega o prato principal estamos praticamente satisfeitos, na cultura japonesa, deixar comida no prato não é bem visto e no primeiro dia, comemos tudo(delicia), mas ficou bem evidente que no próximo jantar, não iríamos exagerar nos petiscos hahaha
Depois ainda veio a sobremesa hahaha

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Enquanto estamos jantando, as camareiras preparam a cama e o mosquiteiro, deixando um bombom Ferrero Rocher para quebrar de vez com qualquer controle de gula hahaha.

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As janelas do quarto são de telas e não tem vidros, deixando o quarto fresco, na madrugada usei cobertor e acordei totalmente descansado e mais ansioso para começar a pescar.
O café da manhã é servido as 7:30 e os guias e piloteiros estão prontos no barco as 8:00 pontualmente.
A Untamed Angling administra as pescarias no Asunta Lodge dividindo o rio em 3 partes, a primeira acima do Lodge, a segunda e terceira abaixo do lodge, assim 3 equipes pescam em uma parte diferente todos os dias num sistema de rodizio, pescamos todos os dias com uma equipe diferente(dai não tem como dizer que pegou um guia mais fraco), cada equipe é formada para assistir 2 pescadores, constituida de um guia especializado em Fly Fishing e 2 piloteiros nativo profundos conhecedores do rio e a região. Cada guia transporta uma mochila a prova d'água contendo kit de primeiro socorros e um telefone celular via satélite com bateria extra, deixando o pescador totalmente comunicável e seguro naquele região tão remota e selvagem.

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Os barcos são compridos, de boa largura e estaveis, o rio nesta região oferece longos trechos com profundidade suficiente para uso de motor de popa, assim os barcos foram projetados para usar um motor de 15hp. A madeira da arvore regional usada para fazer o calado do barco é muito resistente a abrasão e pesada, oferecendo a estabilidade e durabilidade no constante atrito nas pedras e raseiras, metade da navegação é feita impulsionado pelos 2 piloteiros através de uma vara de madeira, lembrando muito as pescarias nos flats da Florida.

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Olhe a naturalidade que uma nativa empurra o barco

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A embarcação transporta as cinco pessoas com suas tralhas, mesa, cadeiras e uma caixa térmica grande com bebidas e comida e ainda sobra espaço.

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Éramos em 7 pescadores para pescar em 3 barcos, a familia Sugisaka, Kenji, Yutaro e Keisuke formaram a equipe 1, sendo que apenas 2 pescava e 1 fotografava e filmava. A equipe 2 era formada pelo Polonês, Cirurgião Jan Forszpaniak e do Americano do Texas, Jon Rascoe. A equipe 3 era formada pelo Americano Louis Hegedus e eu.
No primeiro dia de pesca fomos guiado pelo argentino Sebastian Rodriguez Dela Torre e pescamos no trecho 1, na parte acima do LODGE.
Usamos vara para linha peso #8 e o guia Sebastian foi quem preparou nosso leader. Ele gosta de usar apenas entre 100 a 150cm de monofilamento fluorcarbono de 40lbs usando um loop feito com nó de cirugião para conectar com o loop da linha de Fly, usa cerca de 30cm cabo de aço flexível de também 40lbs da Rio (que o Zanetti vende) ele uni a linha de monofilamento com o cabo de aço usando o nó Albright e para amarrar o cabo de aço na isca usa o perfection loop assim a isca trabalha mais solta e livre.
Eu, particularmente, uso e prefiro fazer meu leader diferente, mas era minha primeira vez naquelas águas e a experiência de quem esta diariamente na água jamais pode ser desprezada.
Sebastian viu minhas iscas e não gostou, pegou uma isca dele e amarrou no meu leader. Era uma grande Andino Deceiver preta atada num anzol de tarpon, na hora me veio na cabeça a explicação o porque de um leader tão curto. O tamanho e peso da isca era para ser usada em varas com linha acima de peso #10, talvez até seria ideal um peso de linha #12 para transportar aquela mosca.
Mas se os outros pescadores usam assim, eu também tenho que usar hahaha
Eu estava usando uma linha Flutuante para pesca de Bonefish, tem o peso distribuído nos primeiros 11 metros e com o formato ideal para apresentações suaves, logo, para obter todo peso da linha para transportar aquela moscona, eu tinha que tirar no mínimo 11 metros de linha para fora da vara, nada haver com aquelas condições.
O rio é largo na cheia e durante a temporada que pescamos (maio a setembro) tem pouca água que corre ora no meio, ora de um lado ora do outro, quando ocupa toda largura do leito, geralmente é muito raso mantendo a água nos tornozelos. As vezes temos apenas areia, as vezes temos vegetação baixa ou pedras atras para back cast.
Os dourados ficam na parte funda e os sabalos, peixe alimento principal dos dourados e índios nativos, permanece na parte mais rasa para se proteger dos dourados. Os índios não caça o dourado justamente porque os dourados mantém os sabalos em águas rasas facilitando assim suas caça com arco e flecha.
Nesta época o rio é característico aos bons rios para pescar trutas, onde podemos andar tranqüilamente e com a mobilidade de poder se posicionar onde queremos.
No Japão, a maioria dos rios são assim onde pescamos as trutas nativas amago, yamame e Yuana e recentemente pesca tambem as trutas introduzidas arco-íris e marrom, porem a pressão de pesca é enorme consolidada com a falta de consciência na preservação do esporte e espécie, raramente chegam a alcançar 1 kg.Imaginem o Rio Macaé de Cima sem a vegetação ciliar....
Saindo do LODGE, rio acima, navegamos até um desnível onde formava uma leve queda d'água, Sebastian me falou para eu pescar no final da queda onde forma um poço e acompanhou meu parceiro Louis para pescar no inicio da mesma queda onde termina um poço de águas lentas e aumenta a velocidade conforme entra no desnível da queda. São as partes do rio onde os dourados ficam na espreita de suas presas.
Antes de entrar na água costumo colocar minha isca no local que irei ficar, muitas vezes tem peixe e ao perceber a gente, fogem, espantando os outros que estão no local que achamos mais produtivo. Tirei apenas 2 metros de linha fora da vara e fui pescando em direção ao final da queda, a água batia no tornozelo, quase na canela. quando estava chegando perto do local onde poderia apresentar minha isca em todos locais daque ponto, havia um estreito canal formado pela erosão de uma pedra, que de trás dela saiu um dourado com cerca de 5 kilos, abocanhou minha mosca, pulou, correu para o final da queda onde era mais fundo, pulou mais uma vez e escapou. Não tinha nem 2 minutos de pesca e eu já tinha engatado um douradão.
O guia e parceiro, ainda caminhando em direção ao ponto deles olharam para mim e disseram não é douradão! 5 kilos é tamanho médio os grandes são acima de 10kilos e no final daquela queda que eu estava tinha varios. Meu parceiro Louis Hegedus, já tinha pescado ali varias vezes(2 na temporada de 2009,1 em 2010, 2011, 2012 e era a sexta vez dele este ano) e sabia o que estava falando.
Imediatamente arranquei um monte de linha para fora da vara e coloquei minha isca na correnteza acima da queda e ele foi descendo, assim que ela caiu no poço, um douradão atacou como eles falaram, no entanto, eu não mantive a linha esticada o suficiente para que durante o ataque, a tensão da linha, cravasse o anzol na boca dura do peixe, a hora que senti a tensão foi tarde e perdi. Quando arremessamos rio acima, temos que puxar a linha bem rapido, pois a correnteza trás a mosca para nosso lado deixando a linha frouxa, o ideal é jamais soltar a linha da mão durante o tiro e fazer o leader esticar no ar antes da mosca pousar na água e assim que a iscar tocar na água, já vir recolhendo. Com aquele leader curto e mosca pesada, minha isca virou muito forte e voltou estilingando, afrouxando a linha, eu não consegui recolher rapido o suficiente para esticar a linha e ganhar da velocidade da correnteza, também eu estava meio hipnotizado e só fui dar conta da minha "panelada" algum tempo depois hahaha
Joguei novamente a mosca no mesmo local e só vi rebojar, mas nada de abocanhar, coloquei a isca em outros locais e parece que os peixes se ligam e não atacam mais.

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Recolhi e fui atras do parceiro e guia.
Os 2 nativos permaneceram no poço com o barco aguardando a gente pescar, assim que sai do local o nosso guia avisou para eles subirem aquela queda com o barco. Pensei que eles iam sair da canoa e arrasta-la, como fazemos nas pescarias com barco de alumínio no Amazonas, mas eles sobem embarcado mesmo, um fica no motor de popa e outro na frente com uma vara desviando a embarcação de colisões com as pedras e o de trás, levanta o motor para não bater nas pedras e troncos submerso. Um lindo trabalho de equipe.
A pesca visual neste trecho do rio estava propicia onde meu parceiro começou a pescar, ou seja, nas raseiras que precedem as quedas e finais dos poções ou estirões do rio.
Louis teve alguns ataques, pulou alguns mas também não havia fotografado nenhum.
Ele comentou que o rio estava muito quieto desta vez, Sebastian justificou que pouco tempo atras houve uma tempestade que em apenas 4 horas elevou o nível do rio, chegando a inundar o LODGE que fica vários metros acima do nível máximo do rio durante a época de cheia e desde então a região esta quieta(para mim estava ótima hahah)
Subimos na canoa e navegamos até outra queda d'água.

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Desta vez, o guia posicionou meu parceiro no final da queda e eu fui pescar acima. Assim percebi o padrão de pesca feita no trecho do Rio Secure acima do Asunta lodge, onde a topografia do rio é basicamente formada por longos poços com água calma tipo estirão divididos por pequenas quedas e desnível com águas rápidas. Os dourados caçam na entrada/começo e saida/fim do poço/estirão. Um pesca na entrada do poço o outro na saída do poço acima.
Assim que cheguei no meu ponto de pesca, vi alguns dourados nadando, desta vez eu estava posicionado um pouco acima de onde os peixes estavam e foi mais tranquilo manter a linha esticada hahaha
No primeiro arremesso, bem perto de mim, um médio(deles) de 5 kilos atacou, pulou e escapou, mais para o meiodo rio havia vultos de dourados e com aquela isca grande e pesada para linha #8 tive que fazer alguns false cast extras, tentando evitar as estilingadas que atrapalham o bom carregamento da vara e alcançar o local desejado.
Isca acima do peso e volume ideal para uma linha 8 casado com leader curto me deixou atrapalhado, mas consegui colocar a isca onde precisava.
O guia e meu parceiro já estavam lá olhando, pois não tiveram ação onde estavam e subiram para ver o porque eu estava tão "ocupado" hahaha
Viram a hora que um douradão abocanhou aquela Andino Deceiver.
Como trabalhamos a isca puxando a linha com a vara apontada para a isca e ponta da vara dentro da água evitando ao máximo a linha tocar na vara, assim que o peixe ataca a mosca a sensação e a mesma quando pescamos com linhada de mão, eu não costumo puxar a linha para fisgar, apenas seguro a linha e a própria deslocação do peixe durante o ataque, crava o anzol. Se usar a vara, a flexibilidade dela não da a tensão suficiente para perfurar a parte dura e se puxar fisgando, teremos maiores possibilidades de tirar o anzol da boca, assim o mais sensato e produtivo, no meu conceito, é apenas segurar a linha durante o ataque.

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Dourado quando sente o anzol cravar na boca, pula quase que imediatamente e é quando sabemos que fisgamos, no entanto este douradão abocanhou e continuou puxando, segurei a linha o quanto pude mas não deu para segurar apenas pressionando o dedão com o dedo indicador e a linha correu numa velocidade cortando meu dedo mínimo, na parte descoberta da luva. O guia pediu para cravar pois o peixe nem tinha tomado ciência que tinha anzol na boca hahaha Mesmo com toda aquela tensão na linha, obedeci o guia e cravei varias vezes, o peixe não pulou e nem se importava com a situação. De repente salta e solta a isca.
Isto é um dourado grande disse Sebastian!
Quando eu fui checar a condição do shock leader antes de qualquer outro arremesso, percebi que o anzol estava quebrado, sem a ponta, por isto não perfurava a boca do peixe.
Há duas boas possibilidades :
Prender muito forte a morsa no anzol causando uma fissura e enfraquecendo o anzol ou, eu quebrei o anzol nas pedras durante os false cast hahahaha
Novamente subimos no barco e navegamos e estirão que nesta parte havia umas estruturas e podíamos pescar embarcados.
Tanto meu parceiro como eu estávamos usando uma vara #8 de 10 pés o que ajuda muito quando pescamos em 2 e embarcados, quem é destro e pesca na ponta, qualquer comprimento de vara esta bom, mas para quem é destro e pesca no meio do barco, uma vara de 8 pés ou 9 pés sente-se desconfortavel em ver o anzol passar perto do parceiro, lançar de costas ou ser canhoto, tem o piloteiro e da o mesmo desconforto. Com uma vara de 10 pés o anzol passa bem longe do parceiro, mesmo ele tendo quase 2 metros de altura como o Louis.

Tivemos algumas ações, embarcamos alguns filhotes de 2 e 3 kilos e a pescaria segue.

Na hora do almoço, o guia monta uma mesa, faz uma sombra e prepara nosso lanche. Água, refrigerante e cerveja tem a vontade, depois, ainda tem sobremesa hahaha. Para completar, faz um café hahaha Muito bacana!!!!

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Meu dedo cortado no peixão, doía fora do comum, pois a linha de Fly havia traspassado além do couro superficial.
Chegando no LODGE, foi uma contação de historias e estorias danada hahahah

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O tamanho da isca para minha linha de Fly Bonefish taper #8 me incomodava, aquele líder curto de uma seção também. Resolvi colocar uma linha peso #9 Rio Redfish, com peso concentrado numa cabeça mais curta e coloração diferente da running line, facilitaria visualizar o peso da linha, evitando over hang (quando temos toda cabeça ou barriga da linha fora da vara + um pouco de running line).
Com uma linha mais pesada, ficou mais apropriado transportar a mosca pesada e volumosa. A vara K-Bullet SP #8 de 10 pés, fabricada pelo Kenji Sugisaka, carrega e descarrega tranqüilamente uma linha #9.

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Aproveitei e fiz meu leader, usando cerca de 1m de 50lbs, 1m de 40lbs e 70cm de 30lbs ambos fluorcarbono + 30cm de cabo de aço 40lbs.
Gosto de usar perfection loop no leader para conectar com o loop da linha de Fly, nó único duplo para conectar as linhas de bitolas diferentes (ou nó de sangue, depende do fabricante da mono)e o nó Albright da monofilamento com o cabo de aço(igual do guia). Assim eu evitaria as estilingadas da virada bruta de um leader curto, com o leader neste formato e comprimento, minha isca cai em frente da minha linha de Fly, assim, vejo a direção da minha linha de Fly durante o false cast, servindo de MIRA e tento colocar a isca com mais precisão...

Os japonêses ficaram horrorizados com o tamanho da isca para o conjunto 8 (eles ainda não pescaram tucunare hahaha) e partiram para conjunto #10 e #11.
No quarto, tem cesto para roupas sujas, as camareiras pegam quando vão preparar a cama e o mosquiteiro (não tinha mosquitos ou pernilongos no LODGE) e devolvem lavadas no outro dia enquanto estamos tomando o café da manhã, muito pratico !!!
Todos os dias, antes do jantar, tem os petiscos de entrada, os guias se encarregam de manter nossos copos sempre cheios hahaha
Meu dedo não parava de doer, passou a noite inteira latejando, quando acordei o corte estava bem inflamado, mostrei ao cirurgião Jan, que prontamente, começou a cuidar do ferimento. Colocou meu dedo na água quente, com uma pinça e bisturi, cortou e limpou o ferimento(sem anestesia é claro) mas estava doendo tanto que não fez tanta diferença, aplicou uma pomada com antibiótico e cobriu com band aid impermeável, ufa!!! O alivio da dor foi imediato!!!
Se eu tivesse feito curativo na hora do corte ou durante o almoço usando o kit de primeiro socorro que fica disponível com todos Guias eu teria evitado aquele sofrimento todo, apelidei o Dr. Jan de Super Doc hahaha
No segundo dia fomos pescar com a equipe do guia argentino Fernando Beltran, um dos mais experientes do LODGE, trabalha la desde a primeira temporada.
Muito atencioso e prestativo, otimo atador profissional e fotógrafo. Pescamos na parte logo abaixo do Asunta, denominado de trecho 2. Nesta parte o rio, mantém o mesmo formato de pesca, porém, os estirões são mais longos e tem mais pescaria nas estruturas e pesca-se bem embarcado também. As rochas são arredondadas e maiores que as rochas da parte de cima, o que dificultou um pouco a caminhada do meu parceiro Louis, que além de ser alto, tem 70 anos, o auxilio do guia, como apoio firme, foi fundamental.

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Neste trecho 2, Fernando nos pedia para colocar a isca na correnteza e trabalhar o mais rapido que conseguir, ali os dourados atacavam na divisão da água rápida com a lenta.
Meu parceiro pegou vários exemplares com mais de 6 kilos, ele nem tirava fotos, pois naquele tamanho, ele já tinha inúmeros em pescarias passada, foto só peixe acima de 10kilos hahaha Caracas!!!

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Eu estava apanhando na velocidade do recolhimento, acho que recolhia rapido demais, pois eu só via os refojos atras da mosca e nada de abocanhar a isca. O guia nos posicionava no mesmo padrão do dia anterior, meu parceiro tinha varias ações e eu apenas os rebojos, resolvi diminuir a velocidade, mas quando o Fernando olhava, orientava para trabalhar mais rapido e salientava: Trabalhe o mais rapido que puder. Apanhei um pouco para me adaptar a velocidade de recolhimento e trabalho de isca hahahah

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Duranteuma navegação até o próximo desnível, havia uns troncos caído na margem e vimos ataques de dourados, Fernando pediu aos piloteiros para parar e posicionar o barco, meu parceiro gentilmente me ofereceu a oportunidade, sem exitar, levantei e comecei a tirar linha para fora da carretilha tentando calcular a distancia hahaha(bem fominha hahaah)

Sempre tiramos mais linha do que realmente precisamos, mas com aquela linha Rio Redfish #9 de cabeça/barriga na cor azul e o leader do jeito que estou acostumado não é foi complicado. A cabeça onde concentra o peso da linha é curto e facilita os false cast, uma vez tendo um back cast a 180graus de nosso alvo, é só dar o tiro para ultrapassar o alvo, ficar olhando a parte azul e com o running line correndo pelos dedos, freiar quando a mosca estiver no alvo, a coloração diferente da cabeça ajuda muito.
Assim que a isca tocou na água comecei a puxar bem rapido e parecia que o danado do peixe estava esperando com a boca aberta hahaha Não era grande, mas a maneira que pescamos é que foi bacana.

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Durante a pescaria e no Lodge, os mosquitos não aparecem, apenas na hora do almoço, quando tiramos a bandana de proteção solar e as luvas, que sentimos a presença deles e é o horário que sugiro usar o repelente, além do horário tradicional, amanhecer e anoitecer.
Meu dedo estava ótimo!! Ufa!!!
No retorno ao lodge, meu parceiro comentou que o trecho 3, do dia seguinte, seria um pouco similar ao trecho 2, com mais estirões e poço fundos, me lembrei da dica do amigo Mauricio Kaeru, que havia pescado no trecho abaixo, destinado aos pescadores que ficam no Água Negra Camp, também administrado pela Untamed Angling.
Mauricio achava que os grande ficavam no fundo e sugeriu o uso de linhas afundativas.
Ainda bem que temos um dealer da Rio aqui no Brasil e o Thiago Zanetti, mesmo lá em Las Vegas no IFTD 2013 conseguiu me fornecer tudo que imaginei precisar lá na Bolívia, o anzol TMC600SP, cabo de aço de 40lbs e as linhas de reserva hahaha
Numa carretilha extra, coloquei a linha afundativas leviathan da Rio de 300grains e deixei na mochila para experimentar.
No terceiro e ultimo dia de pesca no Asunta Lodge, fomos pescar no trecho 3 e nosso guia foi o jovem Guido de apenas 20 anos. Apesar da pouca idade, já esta no caminho certo, imagino que ele tem se espelhado no guia Sebastian e Fernando, pois segue o mesmo padrão deles. O peixe estava no local, seguia a isca mas não abocanhava, apenas os pequenos mais afoitos eram os que realmente estavam ativos.

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Usei a linha floating até o almoço e depois mudei de carretilha com a linha sinking.
A água funda deste trecho fica entre 1 a 2 metros e como nos trechos anteriores, também há muitos arremessos em estruturas quando estamos embarcado, para evitar agarrar no fundo o tempo todo, o recolhimento tem que ser imediato ao cair na água, deixar afundar gruda mesmo! Não tivemos ações dos peixes grandes, mas os pequenos, dão um show nas corredeiras.
Fomos os primeiros a chegar no Lodge, mas antes de subir, fui dar uma experimentada no poço em frente ao Lodge com a sinking.
No primeiro arremesso, entrou um belo dourado para salvar meu dia hahaha

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Fim dos 3 dias de pesca no Asunta Lodge e tradicionalmente a noite, rola os relatos, fotos e muito bate papo.

Da pista de pouso do Asunta Lodge até a pista do Pluma, são apenas uns 20min de vôo, dai mais uns 30minutos de barco até onde é navegável com motor, a Untamed construiu uma estrada no meio da selva, são cerca de 1 hora até chegar no Pluma Lodge.

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É difícil de imaginar como conseguiram colocar os 3 automóveis ali, o passeio pela selva é uma verdadeira aventura.

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O Pluma Lodge tem o mesmo padrão do Asunta. Acima do Lodge temos 2 trechos, Rio pluma e Rio Itirizama.
Abaixo do Lodge, 2 trechos no rio Pluma e 1 trecho ou 2 no Rio Secure.
Com mais trechos de pesca este Lodge tem capacidade de acomodar mais pescadores e chegando no Pluma Lodge encontramos com o casal inglês, Louise Vaughan e Rashed Hasan.

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No primeiro dia de pesca, Meu parceiro Louis e eu fomos pescar acima do Lodge, no rio Pluma com o guia Vicente Lorente, que sugeriu usar um ratinho desenvolvido por ele para aquele trecho de rio.
Vicente dizia para usar este ratinho como um dry Fly, colocando a isca do outro lado do rio, deixando descer na velocidade natural da correnteza, fazendo ajustes(mending) formando uma barriga/loop, assim, peguei alguns douradinhos como se pesca truta na mosca seca, no entanto, ao acabar a descida, teremos a barriga/loop que ao se desfazer, faz o ratinho surfar da outra margem para nossa margem (swing), a velocidade desta atravessia(swing), controlamos dando linha ou recolhendo. Assim, varremos bem o meio do rio. Quando o ratinho chegava na minha margem, a linha estava esticada, apartir dai eu recolhia trabalhando até poder fazer pick-up e lançar novamente (down and across) dando 3 ou 4 passos rio abaixo...
Num swing com a velocidade bem controlada, um dourado abocanhou lento e tranquilo a mosca, parecendo uma truta marrom hahaha

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Imagem inesquecível !!!!
A vara #8 de 10 pés foi ótima!!!
É uma pescaria de truta, mas o peixe eram douradões incrível !!!
Segundo dia, pescamos com o jovem guia Gabriel, 24 anos, muito bom arremessador também, pescamos no trecho logo abaixo do Lodge, descemos pescando no mesmo padrão, embarcado nos poços/estirões e andando nos desníveis. Pescamos até cerca da metade da estrada construída e voltamos com um dos jipes que foi nos buscar.

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A noite Vicente Lorente me ensinou a atar a isca pregadeira.
No ultimo dia de pesca, fiz parceria com o texano Jon Rascoe, 68 anos, pescamos apartir de onde eu tinha parado no dia anterior. Resolvi pescar com leader de 19 pés (quase o dobro da vara de 10 pés) com a isca que eu tinha atado a noite.

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Achei que tive muito mais ações. Percebi que os dourados afundam ou ficam em alerta quando vê a linha de fly, ficando menos vorazes. Esta é uma impressão que só poderei ter certeza se conseguir voltar hahaha

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Terminamos a pescaria no domingo, jantamos como de costume e dai começou a chover, na hora lembrei do Kensuke hahaha ele sempre gosta de jogar em cima de mim as mudanças de clima hahaha Agora ele vai ter mais motivação hahaha
A chuva continuou até terça, impossibilitando pouso e decolagem com a devida segurança proporcionada pela Untamed Angling e ficamos de prontidão para qualquer melhora do tempo.
A equipe de Santa Cruz, cuidou de todos detalhes com as passagens aéreas e remarcações .

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A volta pela estrada na selva foi outra aventura, pois com a chuva ficou mais emocionante hahaha

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Nosso carro chegou a ter alguns problemas no trajeto, mas há um mecanico na equipe que evita qualquer imprevisto hahaha
Nunca curti tanto uma pescaria como curti esta!!!

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Estou doido para voltar hahaha

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  • Mosqueiro

Show, de fotos, informações, enfim fantástica pescaria Mestre!!!!!!!!!!!

Abração e linhas tensas!!!!!!

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  • Mosqueiro

Kavamoto Sensei,

Obrigado por compartilhar o minucioso relato desta fantástica aventura. Um guia completo com informações valiosas para aqueles que pretendem se aventurar nessas águas bolivianas.

Parabéns e obrigado mais uma vez!

Abraço.

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  • Patrono

Eh, panelão-mor, ta vendo só ? Enfim descobrimos quem realmente andava derrubando tempo e quem não deixava teco-tecos sair né kkkk e nego falando que era culpa minha as chuvas (engraçado que só peguei solzão de rachar nas ultimas pescarias....), e o pobre coitado do Gui pelos tecos que não largavam o chão kkkk, e pelo visto ele nada tinha com isso kkkk!! Não saiu vòo de vcs em LR, depois em Cuba, e agora em Bolívia. E só vc tava em todos.... Ah, e esqueceu de relatar que depois do mega frio recorde de últimos 40 anos que vc levou pra tua semana em Cuba, (e somente pra semana dele, pq semana seguinte chegou euzim aqui e levou sol e calorzão de volta ao lugar kkkk), agora desta vez levou Sibéria pra Bolívia, com frio recorde dos útlimos 52 anos !!!! Mas se ainda assim deu algum peixe, é pq na sua ausência deve ser uma festa aquilo lá kkkk!!! Quero ir qdo vc não for lá, viu, amigão kkkkkkkkkkkk !!!!!! E ah, esqueceu de relatar que enqto vc só ficou nos filhotes (as always...), nada contra, gosto por filhoteiras e manchas não se discute kkkk, mas uma senhorita que nunca pescou foi quem pegou o maior bitelão da semana....

Bom, ao menos o teu relato ficou super show. Gostei de ver. Depois vem me dizer que não sabe escrever. Era só preguiça!!! No próximo PDI juntos (que só vai acontecer qdo acharmos alguém beeem PQ pra contrabalançar seus pés frozen, com certeza....), deixo a teu cargo o relatex. Ao menos pra isso já vi que vc é fera kkkk!!!

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  • Administrador

Muito bom Gerson! :bs-aplauder:

Teu relato tem ótimas informações e certamente será lido e relido pelos amigos que desejarem um dia fazer essa aventura. :ok:

Isca acima do peso e volume ideal para uma linha 8 casado com leader curto me deixou atrapalhado, mas consegui colocar a isca onde precisava.

Você só pode estar brincando! :D

Se tu ficou atrapalhado imagina então nós os pobres mortais! :laugh:

Vou ler mais um pouco, porque não aguentei ler tudo sem fazer um comentário. ;)

T+ :)

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  • Mosqueiro

Li todo relato no trabalho. Concentração zero, pois não conseguia parar de ler o relato, acho que errei um bocado do relatório que fiz,kkkkkkkkk.

Show de aventura, relato minucioso e cheio de emoções.... :ok::ok:

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  • Mosqueiro

Se é primeira vez o Dourado + uma mosca monstruosa ate acostumar acontecer isto que o nosso amigo Gerson passou, como poderia ser qualquer pescador que nunca pescou um Dourado, faz parte erros e acertos salvação que o nosso amigo conseguiu acostumar e com isto ele fisgou belos Dourados bom de ver. Para ser panela tem que ser cozinheiro né. :D

Editado por Marcelo R. S.
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  • Administrador

Fantástico! :mestre::mestre::mestre:

Parabéns pela aventura e pelo show de informações, relato sensacional.

Acho que ainda vai levar uns 10 anos até que eu esteja hablitado pra uma dessas, se o mestre sentiu dificuldades, nem imagino o que acontecera comigo. :p

Grande Abraço ;)

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  • Mosqueiro

Como o Mauricio Velho comentou, sou eu quem não estou acostumado a usar estas mosconas, para vocês é comum.

Quando pesquei no amazonas, usei linha 12 e 13 hahahah

Pô Marcelão, queria eu pegar mais peixes que outros hahahaha Quem pegou o maior dourado de nossa turma, foi a inglesinha Louise que nem pesca, só acompanha o esposo hahahaha

louise.jpg

Kensuke,

Eu sabia que você ia jogar sua reputação em cima de mim hahahahah

Aos demais amigos,

Muito obrigado pelo carinho. Esta é uma pescaria que sugiro fazer, pelo menos uma vez, é muito show!!

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  • Mosqueiro

Como o Mauricio Velho comentou, sou eu quem não estou acostumado a usar estas mosconas, para vocês é comum.

Quando pesquei no amazonas, usei linha 12 e 13 hahahah

Pô Marcelão, queria eu pegar mais peixes que outros hahahaha Quem pegou o maior dourado de nossa turma, foi a inglesinha Louise que nem pesca, só acompanha o esposo hahahaha

louise.jpg

Kensuke,

Eu sabia que você ia jogar sua reputação em cima de mim hahahahah

Aos demais amigos,

Muito obrigado pelo carinho. Esta é uma pescaria que sugiro fazer, pelo menos uma vez, é muito show!!

Que bichão! Mas os iniciantes sempre tem sorte.

Diria que esta é a pescaria.

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  • Mosqueiro

Ótimo relato Gerson, que aventura!

Preciso ler mais umas três vezes para absorver todas as informações.

Os outros japoneses são os mesmos que tiraram aquelas fotos incríveis em Cuba?

Um abração,

Matheus

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  • Mosqueiro

Ótimo relato Gerson, que aventura!

Preciso ler mais umas três vezes para absorver todas as informações.

Os outros japoneses são os mesmos que tiraram aquelas fotos incríveis em Cuba?

Um abração,

Matheus

Sim, são os mesmos que foram a Cuba em Fevereiro, desta vez trouxeram mais 1 que só tirou fotos

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  • Mosqueiro

Muito legal Gerson, agora, linha Bonefish Taper? Achei que vc usaria Rio Outbound....kkkkkk

Outbond é perigosa em pescarias desconhecidas, Kensuke e Evaldo foram para florida com elas e quase cortei todas.... Arremessa pacas, mas perde em apresentação, preferi levar uma linha com boa apresentação e outra porreta (Rio Redfish) para me socorrer como foi o caso... mas Lá Outbond seria uma ótima linha tb...

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  • Mosqueiro

Sensacional,pude viver alguns minutos dessa aventura,simplesmente empolgante e deu para notar ao longo do relato o prazer da aventura.parabens !!!!!

E como é bom um relato desses para nos rejuvenescer 1000 anos e recarregar as baterias para novas pescarias

Da-lhe da-lhe .....

Abraço!!

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  • Patrono

Foi Tarpon taper que usei nos Keys. O Outbound que espantava devia ser o meu braço pesadon kkkkk. Se bem que, estivesse espantando com a linha ou com o braço, aqueles diabos lá nunca nem olham pra mosca. Nem contigo, nem com Gui, que achavam que o problema era com a gente e trocou de lugar kkkk. Ô peixes nojentos!! 12d só olhando os bichos desfilando sem nem um sequer olhando pra msoca da gente, me senti completamente inútil. Pescaria pra Maso nenhum botar defeito kkkk. Saudades de Cuba, onde podia lançar de qq jeito, errar à vontade, que os bichos até vinham de longe morder kkkk. Mas segundo o Kenji, aprende-se tudo errado em Cuba, pq o que se aprende lá (ou se desaprende...) não serve pra aplicar em canto nenhum do Planeta, pq tarpons e bones que já viram o duas patas alguma vez na vida, nunca mordem como lá kkkk. Mas Mestre Panelon, bonefish taper ???? A meu ver, essa linha nem pra bonefish presta. Aboli na primeira vez que experimentei em LR. A ponta afunilada é muiiito longa, fora que o corpo é muito longo, 15m up, exigindo muita linha fora pra carregar a vara direito, o que pra mim soa controverso, pq os bones, na maioria das vezes, tá é pertinho da gente e não longe (ao menos os que a gente consegue enxergar kkk) e com afunilamento além de muito longo, muiiito fino. Qq ventinho perde a trajetória, mesmo com micro mosquinhas de bones. Imagina carregar Andino de 5kg com ela... Devia tar um pouco bebun qdo escolheu levar uma linha dessa kkk. Mas ainda bem que tinha outra mais porreta pra salvar a lavoura.

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  • Patrono

Foi Tarpon taper que usei nos Keys. O Outbound que espantava devia ser o meu braço pesadon kkkkk. Se bem que, estivesse espantando com a linha ou com o braço, aqueles diabos lá nunca nem olham pra mosca. Nem contigo, nem com Gui, que achavam que o problema era com a gente e trocou de lugar kkkk. Ô peixes nojentos!! 12d só olhando os bichos desfilando sem nem um sequer olhando pra msoca da gente, me senti completamente inútil. Pescaria pra Maso nenhum botar defeito kkkk. Saudades de Cuba, onde podia lançar de qq jeito, errar à vontade, que os bichos até vinham de longe morder kkkk. Mas segundo o Kenji, aprende-se tudo errado em Cuba, pq o que se aprende lá (ou se desaprende...) não serve pra aplicar em canto nenhum do Planeta, pq tarpons e bones que já viram o duas patas alguma vez na vida, nunca mordem como lá kkkk. Mas Mestre Panelon, bonefish taper ???? A meu ver, essa linha nem pra bonefish presta. Aboli na primeira vez que experimentei em LR. A ponta afunilada é muiiito longa, fora que o corpo é muito longo, 15m up, exigindo muita linha fora pra carregar a vara direito, o que pra mim soa controverso, pq os bones, na maioria das vezes, tá é pertinho da gente e não longe (ao menos os que a gente consegue enxergar kkk) e com afunilamento além de muito longo, muiiito fino. Qq ventinho perde a trajetória, mesmo com micro mosquinhas de bones. Imagina carregar Andino de 5kg com ela... Devia tar um pouco bebun qdo escolheu levar uma linha dessa kkk. Mas ainda bem que tinha outra mais porreta pra salvar a lavoura.

eu gosto da rio bonefish. Usei em cuba sem problemas e também em Isla Blanca, mas é verdade: para tiros mais curtos ela não ajuda muito

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  • Mosqueiro

Foi Tarpon taper que usei nos Keys. O Outbound que espantava devia ser o meu braço pesadon kkkkk. Se bem que, estivesse espantando com a linha ou com o braço, aqueles diabos lá nunca nem olham pra mosca. Nem contigo, nem com Gui, que achavam que o problema era com a gente e trocou de lugar kkkk. Ô peixes nojentos!! 12d só olhando os bichos desfilando sem nem um sequer olhando pra msoca da gente, me senti completamente inútil. Pescaria pra Maso nenhum botar defeito kkkk. Saudades de Cuba, onde podia lançar de qq jeito, errar à vontade, que os bichos até vinham de longe morder kkkk. Mas segundo o Kenji, aprende-se tudo errado em Cuba, pq o que se aprende lá (ou se desaprende...) não serve pra aplicar em canto nenhum do Planeta, pq tarpons e bones que já viram o duas patas alguma vez na vida, nunca mordem como lá kkkk. Mas Mestre Panelon, bonefish taper ???? A meu ver, essa linha nem pra bonefish presta. Aboli na primeira vez que experimentei em LR. A ponta afunilada é muiiito longa, fora que o corpo é muito longo, 15m up, exigindo muita linha fora pra carregar a vara direito, o que pra mim soa controverso, pq os bones, na maioria das vezes, tá é pertinho da gente e não longe (ao menos os que a gente consegue enxergar kkk) e com afunilamento além de muito longo, muiiito fino. Qq ventinho perde a trajetória, mesmo com micro mosquinhas de bones. Imagina carregar Andino de 5kg com ela... Devia tar um pouco bebun qdo escolheu levar uma linha dessa kkk. Mas ainda bem que tinha outra mais porreta pra salvar a lavoura.

Era a linha que estava na carretilha, do jeito que veio de Cuba, foi para Bolivia hahahah Alias, eu já tinha apanhado dela lá em Los Roques usando Avalon nos permits a 5 metros de mim, na ocasião o parceiro Placido Pereira tinha uma linha da Rio que saiu de linha (que tb esqueci o nome do modelo hahah e entrou a Redifish taper no lugar dela)me emprestou e peguei aquele permit hahahaha

Agora a Rio Redfish #9 esta na carretilha hahahah Vamos ver onde será a proxima pescaria hahahah

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  • Mosqueiro

Sim, são os mesmos que foram a Cuba em Fevereiro, desta vez trouxeram mais 1 que só tirou fotos

Suas fotos ficaram muito boas Gerson. As fotos daquele pessoal também devem ter ficado incríveis!

Um abração,

Matheus

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  • Mosqueiro

Suas fotos ficaram muito boas Gerson. As fotos daquele pessoal também devem ter ficado incríveis!

Um abração,

Matheus

Use um tradutor para entender a escrita, mas veja algumas das fotos deles

http://kencube.jp/ennsei02/2013-dorado/index01.html

Editado por Gerson
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  • Patrono

Uma linha que gosto muito e uso para todo tipo de pescaria é a rio saltwater genérica aquela com a cor coral.

É uma linha muito boa, tanto para perto quanto para longe e faz qualquer tipo de apresentação.

Onde assino ?

Excelente linha polimegavalente. Se tiver que levar só uma linha pra o que der e vier, levo essa daí.

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