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Relatos & Boatos Patagônicos 2015 (grupo do Boss)


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  • Administrador

Relato e boatos para falar a verdade. :happy:

O tópico está aberto para que os amigos possam desde já participar, mas eu nem sequer abri minha mala ( :p).

Sábado acordamos em nosso horário pouco civilizado e ás 06:00 estavamos todos prontos para o café da manhã. Na noite anterior

saímos para jantar no La Nona e o resultado da pasta a bolonhesa foi uma bela dor de barriga em mim e no Carlos Gomes ( :laugh:). Essa dor de barriga tem é história e duas delas foram rápidas paradas na estrada para resolver o assunto ( :laugh:). Resolvemos voltar para Bariloche pela estada da rota dos Sete Lagos via Villa La Angostura e por sorte achei um banheiro químico que me socorreu na segunda chamada, mas na primeira a mãe natureza me acolheu de braços abertos ( :laugh:). Fora essa advento o restante foi bem tranquilo e fizemos nossa viagem de regresso dentro do planejado.

A estrada por Villa La Angostura está quase pronta e somente um trecho de 4 quilômetros está em ainda na terra (ripio).

Vou editar algumas fotografias ainda hoje, mas desde já fica a dica que vamos mostrar um pouco de nossa aventura começando pelas pescarias no rio Pulmarí. :ok:

T+ :bye:

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  • Mosqueiro

Estamos no aguardo Fausto... Mas as histórias já começaram, essa da dor de barriga é dureza hein? Não queria estar na pele de vocês.

No último dia que passei em Mendoza em janeiro aconteceu algo similar e fiquei a noite toda estragado e imprestável no dia seguinte... Hehehe

Abraços.

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  • Moderador

Só pra jogar a idéia, se o forum juntasse as varias viagens a patagônia com imagens e as aventuras dava um bom livro para custear despesas.

Já dei essa ideia faz tempo... sou parceiro pra ajudar a escrever.

Aliás, sou fã da ideia do Zanetti também, de escrever um livro... com a ajuda do Beto Saldanha.

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  • Moderador

Ajuda do Beto Saldanha ALÉM da do Fausto, que isso fique bem claro... me expressei terrivelmente na postagem acima :bag:

A ideia inicial do Zanetti era o Fausto escrever o livro... daí a frase da postagem anterior... :facepalm:

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  • Administrador

No problem my friend. :ok:

Tenho ainda muito o que aprender para falar da Patagônia e essa ideia até que é muito boa, apenas não tenho moral alguma para fazer isso, ou será que tenho tenho moral, mas pouca ética, ou será que para ter moral tem que ter ética... :hum:

Seja como for, é algo bem bacana de ser feito. :book:

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  • Administrador

Nosso encontro foi no aeroporto do Galeão e de cara a ansiedade pegou o Carlos Gomes (agora chamado Carlito), pois seu voo de São Paulo para o Rio foi remanejado fazendo com que chegasse no galeão depois do horário combinado, que era para todos jantarmos juntos. Ele chegou no horário e tudo correu dentro dos conformes. :ok:

Nossas conexões foram as melhores que tive até o momento sendo todas no Aeroparque. Saímos do Galeão às 1:40 e chegando no Aeroparque às 05:00 para o café da manhã. Passamos pela imigração, retiramos nossas bagagens e fizemos nosso check-in para Bariloche. Chegamos em Bariloche às 09:55 e o Javier da ALIUS já estava nos aguardando com os carros que alugamos, dois Renault Clio. Melhor do que isso não tem. :D

Como chegamos cedo em Bariloche resolvemo visitar a loja Baruzzi, bem como trocar dólares, almoçar e fazer nossas primeira compra de super mercado. Tudo resolvido às 15:00 e seguimos para Junín de Los Andes, onde abasteceríamos os carros para nova jornada até Aluminé. Em Junín formos ao supermercado em busca de uma geladeira de isopor e encontramos nosso amigo Sergio Augusto e sua esposa Eliane. Foi muito ao acado esse encontre e podemos dizer que inacreditável. Eu estava mal nesse diz, ainda com um pouco da gripe que contraí dias antes da viagem. Nos despedimos e seguimos viagem. Fica uma dica aos amigos que forem em carros, o uso de um sistema de comunicação TWO-WAY é bom de montão, pois a comunicação do grupo está formada. :ok:

Chegamos em Aluminé quase às 22:00 creio eu e entrei nos alojamos em um dos chalés de um complexo chamado Cabañas Alamo Blanco. Para quem é da turma do mi mi mi é um chalé bastante simples, mas certamente agradável como muitos são na Patagônia, porém não chega perto da cabaña que alugo em Junín. O importante é que o chalé tem tudo que necessitamos e por um preço de 460 dólares a semana inteira para 4 pescadores, ou seja, 115 dólares por pessoa por semana. Café da manhã, almoço e jantar é por conta dos pescadores é claro e não está incluso nesse valor. Café da manhã resolvíamos muito melhor que o básico servido em locais que oferece esse serviço. O almoço resolvíamos no rio mesmo e cada pic-nic melhor que o outro. O jantar era de acordo com nossa vontade, um dia de cozinha, onde o Chef Pimpolho mostrou ser bem resolvido ou um belo bife de chorizo num restaurante próximo do posto de gasolina YPF logo na entrada de Aluminé. Cada jantar gastávamos em média 800~880 pesos o que equivale a aproximadamente 65~70 dólares, dando assim próximo de 15~18 dólares por pessoa mais a gorjeta (propina).

No dia seguinte levei o grupo para pescar no rio Pulmarí e assim seguirá nossa história. :ok:

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  • Patrono

Rio Pulmarí.

Pescamos dia 8 e 9 de março no referido. Pra mim o Pulmarí foi um professor cruel, daqueles que põe agente ajoelhado no milho e coisas do gênero. Escreveu não leu...!

No dia 8 pela manhã tive muitas ações, mas era o primeiro dia, a mão tava descalibrada, os reflexões enferrujados, e os nós imperfeitos. Resultado, embora muitas ações nenhuma captura, três ou quatro peixes fisgados que se perderão pela má qualidade dos nós que estava fazendo. Depois do almoço as ações cairão drasticamente, até quando cheguei em uma pequena queda, onde tive três ações, ai a coisa foi diferente. três ações, três peixes capturados e dois fotografados. Nada de expressão, mais pra quebrar a urucubaca da manhã foi perfeito.

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Já no dia 9 pela manhã resolvemos visitar o lago Pulmarí, o que seria o ponto mais alto da missão. Lugar promissor, um arroio de água cristalinas e calmas, que chegava ao lago Pulmarí formando uma boca de rio igualmente promissora. Tudo ilusão, rodamos por lá a manhã toda e avistamos somente uma truta, que, embora eu tenha passado a isca na cara dela umas três vezes, ignorou a mesma com toda a arrogância. usei todo o tipo de isca, até uns gatinhos, mas nada. Restou o almoço e o cochilo em um agradável lugar. Com inusitados companheiros.

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Na tarde do dia 9 descemos para o trecho final do Pulmarí, seu encontro com o Rio Aluminé, e nos dividimos, eu não pesquei nada, não tive uma ação sequer, e no final da tarde vadeando com o Carlito, por um longo corredor com água acima da cintura, fiquei com o pé presso entre as pedras e para não haver consequências maiores joguei-me na água. Restando-me uma banho de água gelada, e uma esfoliação no peito do pê. Legal foi ver a cara do Carlito quando deu falta de mim e eu estava boiando na água igual a uma capivara gorda. :D:D

Eis parte do referido corredor.

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Como perceptivo tive muitas dificuldades em pescar no Pulmarí, não consegui ler o rio, locar seus peixes, e embora por vezes, estivesse no lugar certo, fazendo tudo certo, o peixe não aparecia. E neste momento minha observação não estava tão aguçada a ponto de detectar as causas da ausência do peixe. Se quero voltar a pesca no Pulmarí? Honestamente hoje eu não sei responder.

Boato do dia!!!

Segundo um integrante do grupo, no dia 9 pela manhã ele teve um encontro quase que intimo, :whistle::whistle: , com um touro que vagava livremente pelas terras que andavamos. Rolou até um clima e um cheirinho no cangote!!! :whistle::whistle:

Editado por Gustavo Mello (Pimpollo)
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  • Patrono

Pulmari foi o Rio mais difícil da Patagônia onde pesquei, mas me rendeu boas lições e uma truta muito peleada!

Vimos muitas trutas grandes, mas o problema é que elas nos viram também... Ali sim é pesca fina, qualquer truta é troféu!

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  • Patrono

Dia 8 e 9 - Pulmari

Conforme dito pelo Boss e Pimpollo: Riozinho complicado.

As pedras grandes no leito do rio complicaram o vadeio, não há nivelamento médio entre elas (e talvez por este motivo o "banho" do Pimpollo).

Na manhã do dia 8, a bela paisagem vista da janela do quarto e a animação toma conta.

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Resolvi pescar um pouco abaixo que a turma, em uma bela sequência de corredeiras frente à uma fazenda.

Nada de peixe expressivo, todos chaveirinhos que entravam na secas ou wet's.

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Na hora do almoço, encontro o Boss descendo o rio e tenkareando (nesse ponto havia uma bela truta, mas a danada não quis seguir o script...):

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Pimpolho botando pra quebrar (infelizmente as fotos foram feitas pelo celular...uma bosta):

IMG_0701_zpstwb0afld.jpg\\

Pela falta de "capetência" e "catiguria" não senti tesão algum pelo rio. Preciso aprender muito para tirar proveito dele.

O ponto alto foi o downstream que fiz com o Pimpollo. Uma prosa boa e com muitas risadas. Bem, o tombo dele foi estiloso...nem barulho fez.

Editado por Carlos Gomes (Carlito)
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  • Administrador

Escolhi pesquisando no Google Maps um complexo de Cabañas e Hosterias 1,5 Km acima de Aluminé de modo que não ficássemos dentro da cidade. O chalé Cabanãs Alamo Blanco pode ser visto assinalado no mapa abaixo.

PAT2015_05.png

Latitude: 39°13'16.84"S

Longitude: 70°54'39.05"O

Google Maps: https://www.google.com.br/maps/place/39%C2%B013'16.8%22S+70%C2%B054'39.1%22W/@-39.221327,-70.910865,199m/data=!3m2!1e3!4b1!4m2!3m1!1s0x0:0x0

Abaixo algumas fotos de nosso chalé e seu interior:

PAT2015_06.png

PAT2015_07.png

PAT2015_08.png

PAT2015_09.png

PAT2015_10.png

Pátio de estacionamento, porém cada chalé tem sua garagem.

PAT2015_11.png

Escolhi esse local por ficar em um ponto mediano entre o rio Pulmarí e o rio Quillén, bem como pelo custo bem em conta para 7 noites de hospedagem.. Há outros rios na região, mas todos estavam bastante secos nessa época do ano o que dificulta a pesca, alguns sem água mesmo. Há o rio Calfiquitra que deve ser pescado em novembro e dezembro, bem como o arroio Malalco e outros mais.

Em volta do complexo de chalés Alamo Blanco há ótimas cabañas para alugar, bem como uma Hosteria chamada Aires Del Sur que a meu ver é bem melhor do que o chalé que ficamos. Link: http://hosteriaairesdelsur.com.ar/

PAT2015_12.png

A diferença entre Hosteria e Cabaña é apenas a questão de que a cabaña é um chalé, é como uma casa, e a Hosteria é como um hotel que oferece quartos com banheiro e área comum para o café da manhã que está incluso no valor da diária, e área comum para os hospedes se reunirem de noite, bem como poder servir lanches ou até mesmo jantar, pagos a parte é claro. Falei com a gerente e o serviço de hospedagem para dois pescadores com café da manhã é de 500 pesos argentinos (tarifa de março de 2015) e isso equivale a aproximadamente 40 dólares sendo 20 dólares por pescador. Questionei sobre o horário do café da manhã e ela me disse que tem como servir às 07:00. Como podem ver até nisso pensei quando visitei o local, pois de fato está bem longe de minha vontade viajar tão distante para ficar na cama e ir pescar no horário do almoço. Se quer "caminha", não é comigo que vai pescar. :D

Não me contento com 4 horas de pescaria por dia, quero pescar 9 horas ou mais. :veneno:

Depois vem mais. :ok:

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  • Mosqueiro

Eu concordo com você Fausto, eu gostaria uma semana ou mas pescar ao amanhecer no rio e sair só a noite ser, esta no rio quando os primeiros raios solares apare e as Trutas acordar com as nossas moscas estiver flutuando encima delas. :okok:

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  • Moderador

Pergunta pro Neumann como foi nossa primeira experiência com o Quillén, alguns anos atrás.

O Alejandro classificou o Quillén de "temperamental"...

Eu particularmente adoro esse tipo de rio menorzinho e cheio de chilique :D

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  • Patrono

Fausto e Marcelo, estou acompanhando os relatos e as fotos. Tenho muita saudade das viagens que fizemos juntos para a Patagônia. Vamos ver se no próximo ano consigo ir com vocês !

Um grande abraço !

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  • Administrador

Também indico as Cabañas La Brahma, em Aluminé, que é bem perto da cidade e valeu muito a pena, boa estrutura e bem atendidos!

Fica no mesmo complexo (quarteirão) de Cabañas e Hosterias, quase uma em frente da outra. :ok:

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  • Moderador

Se não sair o livro completo, pelo menos podia sair o tópico "Patagônia para Mosqueiros Brasileiros: onde, como e quanto!" com mapeamento e descrição sucinta de pousadas e rios, com suas respectivas avaliações, para servir de orientação ao mosqueiro brasileiro... :whistle:

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  • Mosqueiro

Se não sair o livro completo, pelo menos podia sair o tópico "Patagônia para Mosqueiros Brasileiros: onde, como e quanto!" com mapeamento e descrição sucinta de pousadas e rios, com suas respectivas avaliações, para servir de orientação ao mosqueiro brasileiro... :whistle:

excelente.

Pode ser um tópico com senha? Cada senha custa X R$.

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Pergunta pro Neumann como foi nossa primeira experiência com o Quillén, alguns anos atrás.

O Alejandro classificou o Quillén de "temperamental"...

Eu particularmente adoro esse tipo de rio menorzinho e cheio de chilique :D

Como seria bom se nossos rios também fossem citados como " temperamental " ao invés de " fraco de peixe" eee Brasillll :whistle::whistle:

Aventura muito top!! Parabéns ao envolvidos nessa! Abraço!

Editado por Juninho Dante
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  • Administrador

Difícil é ficar mais de duas semanas longe de casa para desenvolver melhor esse material. :laugh:

Posso perder a mulher ou pior, perder algo mais na ponta da faca. :laugh:

Dona Jane é paraibana e não gostou muito deu ter ficado "tanto" tempo longe de casa. pior foi o dia que mandeu um WhatsApp dizendo: "Acabei de chagar em casa" :facepalm:

Pronto o barraco caiu e de imediato ele respondeu: "Chegar em casa? Por acaso tem outra família na Argentina?" :bad:

Daquele dia em diante me lembrei sempre de escrever chalé e nunca mais casa. :graduado:

Brincadeiras à parte hoje tem mais assunto sobre o rio Pulmarí e seu baixo nível de água. :ok:

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  • Moderador

Com acesso restrito e pago? Duvido.

Teria que fazer um tópico com controle absoluto do Fausto (e permissão do mesmo para o tópico existir) seguido de transferências em conta com liberação de acesso... trabalheira do cacete.

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  • Mosqueiro

Grande Gustavo foi mas fotogravado e filmado o amigo Fausto e a bateria descarregou e as Trutas que fisguei era menores não fotografei no rio Pulmarí.

Editado por Marcelo R. S.
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  • Administrador

Boss, Marcelo vcs ainda tem algo mais a dizer sobre o Pulmarí??? Podemos passar para os dias seguintes e seus rios???

Tenho sim Gustavo, me dá um tempo até amanhã. :ok:

:hum::hum::hum: fotos??? Dos peixes capturados ??? Tem ai???

Nenhuma foto de peixes capturados, somente histórias para contar e alguns boatos. :D

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  • Administrador

Estive no rio Pulmarí somente uma vez em fevereiro 2008 creio eu e não me lembrava com exatidão dos locais que estive ou até mesmo se a pescaria fora fácil ou não, estava guiado nessa época e a aprendizagem estava começando. :graduado:

Uma coisa é certa, pesquisei bastante na Internet sobre o Pulmarí e as informações diziam que somente um trecho pequeno chamado de Pulmarí Baixo teria melhor pesca que os demais trechos. Isso não posso avaliar, pois depois de alguns quilômetros percorridos pela estrada o rio Pulmarí se mostrou com grande dificuldade de acesso e pedras gigantescas em seu leito. Por isso paramos em três pontos de acessos devidamente sinalizados na estrada.

PAT2015_24.png

Pulmarí acesso 1:

https://www.google.com.br/maps/search/+39+5+43.30%22S++070+57+53.30%22W/@-39.0953611,-70.9648056,595m/data=!3m2!1e3!4b1

Pulmarí acesso 2:

https://www.google.com.br/maps/search/+39%C2%B0+5'48.85%22S++070%C2%B059'38.21%22W/@-39.0999082,-70.9865943,2354m/data=!3m1!1e3

Pulmarí acesso 3:

https://www.google.com.br/maps/search/+39%C2%B0+6'17.90%22S++70%C2%B059'58.80%22W/@-39.1027313,-70.9875857,2353m/data=!3m1!1e3

Começamos a explorar o rio Pulmarí primeiro de manhã no ponto de acesso 3 e depois de tarde no ponto de acesso 2, ambos identificados no mapa e assim começou nossa primeira pescaria na Patagônia. De imediato podemos ver que o rio estava de fato baixo, mesmo para quem nunca esteve lá é nítido pelas imagens.

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Muitas pedras visíveis e estando raso, as trutas maiores sempre buscavam os trechos com mais volume de água. Eu estava muito fissurado e apreensivo em pescar em um rio assim com pouca água, mas logo as ações começaram e a mosca eleita por mim para começar a explorar foi uma wet batizada por nós aqui do fórum chamada de MDR. :)

PAT2015_15.png

Numa dessas explorações começou o primeiro boato de nossa aventura, derivei a MDR na saída de uma corredeira e engatei uma truta Big One onde confesso não acreditar ser possível, pois a água mal chegava em minhas coxas. A danada deu três corridas que me deixou de pernas bambas, não acreditava que no primeiro dia engataria uma truta dessas. Na primeira corrida ela levou mais de 6 metros de linha e ao saltar as pernas ficaram mais bambas ainda, pois o rio tinha estruturas e a danada procurou uma pedra para enfiar a cara. Até aí isso não foi problema, estava puxando a linha na mão, deixando a maledita da carretilha em seu devido lugar ou seja, inútil como todas devem ser nas pescarias como essa. Consegui trazer a bruta para o meio do rio e veio a segunda corrida, agora levando mais 5 ou 6 metros de linha. Daí pensei que ela estaria controlada, mantive a linha tensa presa na vara e com a mão livre comecei a recolher linha na carretilha, até que consegui e comecei a supostamente dominar a bruta na carretilha. Uma terceira corrida e um segundo salto levou tudo que havia recolhido e daí pensei, ela está no "vinagre". Que nada, a bruta resolveu subir o rio e o pescador aqui não teve rapidez suficiente para manivelar e recolher linha, em resumo minha Big One justamente no primeiro dia de pesca na Patagônia entrou numa galhada de sauce que estava injustamente enfiado na água e rompeu o tippet. :(

Lição: Parar de fazer firula, tirar a sapatilha dos pés quando vestir o wader e parar recolher a linha manivelando a carretilha, se eu estivesse com a linha na mão teria mantido tensão suficiente para mudar o rumo da corrida da bruta.

Nosso segundo dia de pesca teve uma manhã sem ação. Resolvi levar os rapazes para o lago Pulmarí, pois na única vez que estive lá pescamos boas trutas, mas dessa vez nenhuma deu o ar da graça. Em resumo aí está um local que não pretendo mais tentar pescar. Vale pelas fotografias, pois o local é bem bacana, até mesmo para um pic-nic.

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De tarde a situação mudou, fomos para o ponto de acesso 1 e pesquei muito bem rio abaixo em um trecho que proporcionou uma pescaria fantástica, não pela beleza do local, mas sim pela técnica usada na pesca que foi de fato muito semelhante a técnica que uso na Tenkara. Estava com a vara de bambu by Beto Saldanha modelo Macaé de Cima Especial e atrás de cada pedra tinha que fazer um curto arremesso com o mínimo de linha de Fly, para cada arremesso uma chance de captura e não desci mais até o "roncador" (confluência com o rio Aluniné) porque estava cada vez mais distante do ponto de partida e não queria atravessar uma propriedade cercada.

Acima do ponto de acesso 3 não aconselho ninguém a tentar, pois além do rio muitas vezes se distanciar bastante da estrada, o leito é muito rochoso e com pouco água a pesca é muito mais difícil e com muita água pode ser perigoso. Há uma linda fazenda que também mantém bom trecho do rio Pulmarí isolado. Não conheço acima do Lago Pulmarí e a laguna Giles pesca-se somente com um pequeno bote inflável ou float tube.

É isso aí e depois vem mais. :ok:

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  • Mosqueiro

:bs-aplauder:

Mais uma vez ótima pescaria e lindas fotos, parabéns ao grupo!

Aqui na Serra, já passei por isso algumas vezes, nada de ações, nada de trutas, mesmo com muita paciência e caprichando na apresentação.

Porém chega uma hora que cansa e ato no tippet uma wooly bugger com bead head que sempre dão resultado, pois imitam muito bem uns "insetos" que vivem naquelas águas.

Tem horas que cansa ficar pensando em técnicas, apresentações e não pegar nada...eu parto p/ as "woolys" e streamers.

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  • Administrador

Todos os 12 dias de pesca pesquei bem, não tive um período sequer de não ter ação, apenas não foi a mesma "orgia" das vezes anteriores. O dia que mais capturei trutas foi no delta do Caleufú dando um total de 43 capturas e outras tantos de ação perdida, com uma grande diferença, as trutas do Caleufú são muito mais fortes e brigam muito mais. :ok:

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  • Patrono

Bom encerrado os dois dias no Pulmarí. No terceiro dia, 10 de Março, nosso destino era o Rio Quillén. Esperanças renovadas, possibilidades diferentes, principalmente de ser uma professor mais gentil que o Pulmarí. Bom isso é uma meia verdade, como já ilustrado pelo Jost, " temperamental" é a palavra exata para este rio.

O dia começou marcante pelo frio, até gelo tinha no vidro e no teto do carro.

Já no rio o Boss nos deixou na estação meteorológica e deu as coordenadas, Carlito subiu cerca de mais 1km e foi pescar na saída de uma corredeira, eu entrei rente a estação e com poucos minutos de observação já tava rindo igual um Pimpollo :nana::nana: .

Na margem oposta a estação, observei um trecho de uns 500 metros, com intensa atividade de trutas :fish::fish: comendo na superfície, e com água até o tornozelo, andando pelo meio do rio, ainda bem pelo frio, consegui pescar a manhã toda neste trecho. Foram muitas capturas de trutas que não passavam dos 20 talvez 25 cm, e os chaveirinhos aos montes. Aos mesmo tempo que escutava o Carlito dando nosso grito para avisar que tinha peixe grande na linha.

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Marronzinha pra variar

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Depois desta manhã gratificante de pesca tinhamos combinado de almoçar na Estância Quillén. E assim fizemos, aproveitando para pegar umas dicas de locais onde pescar no Rio Aluminé com o Frederico. Findado o almoço partimos novamente para o rio.

Como eu ainda não havia chegado a ponte, Boss me deixou na ponte e me deu as referências, me avisando que o corredor ali formado era ótimo, com relatos de sucesso principalmente pelo Neumann. Subi pelo rio cerca de mais 500 metros acima da ponte e linha pra água. Neste momento duas coisas me chamaram a atenção: Primeiro a grande variação térmica, o gelo da manhã tinha dado lugar a um calor digno do Rio de janeiro. Segundo a rasura do rio naquele ponto, não havia um lugar que tivesse 30 cm de coluna de água. :ohmy::ohmy::ohmy: E esta configuração permaneceu assim por todo o longo corredor, mesmo usando uma wet todo o cast resultava na isca voltar cheia de guanchuma (nome carinhoso que eu e Carlos atribuimos a uma alga verde e bem fibrosa que permeava todo o rio). O único lugar com um pouco mais de água era um poço que se formava nos pilares da ponte.

Parado quase embaixo da ponte.

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Já no final do corredor. A ponte pode ser vista la no fundo da foto.

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Foi uma tarde de pesca dura, desgastante, pelo calor e pela péssima qualidade da pesca. Durante toda a tarde percorrendo este corredor não tive nenhuma ação. Coisa lógica: Sem água, sem peixe!!!!

Quando cheguei a curva no final do corredor parei de pescar pois se tratava do possível ponto onde o Carlito havia começado a pescar, sai do rio e comecei a procura-lo. Alguns pools abaixo o colega tava que era felicidade só, pela qualidade da pesca :eek::eek::eek: , ele havia pegado uma série de pools mais fundo, com maior volume de água. Coisa lógica: Com água, com peixe!!!

Deste ponto em diante passamos a pescar juntos, conversando, e eu chorando minhas pitangas pela péssima tarde de pesca, fomos descendo e quando já estamos quase, mas quase mesmo chegando ao ponto de acesso onde estava o carro há um corredeira, o Carlito se posicionou na cabeceira da mesma, eu desci pela direita e começamos a pescar juntos. Depois de uns cast, eu avistei! Será?? :eyebrow: Duas grandes trutas na margem esquerda em um remanso entre a margem e a borda da corredeira. Fiquei olhando!!! São sim!!!! Sinalizei para o Carlito, mas da sua posição ele não via.

Manda lá Pimpollo!!!!!! Ele disse.

A distância era um pouco maior, uns 20 talvez 22 metros. Dei uns passos rio a dentro e andei falando alto. Vamo lá bambozinho é hora de mostrar trabalho!!! Tava usando um dropper de gafanhoto em anzol 6 com uma head prince, sem bead head, marrom em anzol 14.

A isca caiu onde devia!!!! A truta estava onde devia!!!!!!

E quando a corrente começou a dragar o gafanhoto, a truta disparou em direção a ninfa e POWWWWWW!!!!!!!! TRUTCHAAA!!!!!!!!

Por sua posição privilegiada o Carlito viu tudo e assim que fisguei a danada ele começou a gravar. Eis o vídeo.

Desculpem a edição mal feita.

https://youtu.be/Uw7lMlKfclA

Assim terminei o primeiro dia no Quillén!!!!!!

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