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Ecologicamente correto?


Postagens Recomendadas

  • Mosqueiro

Que imbecil...

Fui eu quem matei o peixe ! ;) e acho que seu comentário foi bem infeliz. " internético no minimo"

Acho que imbecil foi quem soltou essas malditas piranhas na repressa de Atibainha. que ja foi a casa de grandes Black´s e hoje tem uns poucos tucunas, e espero que não se acabem.

Coloquei esse tema no post pois não curto matar peixe, mas não vejo outra solução.

Gostaria da opnião do pessoal que realmente pesca.

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  • Mosqueiro

Conheço a represa, e o rema piranha já foi discutido muitas vezes sobre esta represa e outras próximas a São Paulo, que eram povoadas por Black Bass, e com o tempo as piranhas foram tomando conta e matando ou deixando os peixes sem partes do corpo. Este tema já foi muito discutido, até mesmo para saber o que poderia ser feito a respeito e mesmo matando um único peixe não seria o suficiente para solucionar o problema, se eu pescasse uma,em uma destas represas, eu também mataria...

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  • Patrono

Fui eu quem matei o peixe ! ;) e acho que seu comentário foi bem infeliz. " internético no minimo"

Acho que imbecil foi quem soltou essas malditas piranhas na repressa de Atibainha. que ja foi a casa de grandes Black´s e hoje tem uns poucos tucunas, e espero que não se acabem.

Coloquei esse tema no post pois não curto matar peixe, mas não vejo outra solução.

Gostaria da opnião do pessoal que realmente pesca.

Longe de querer julgar o ato em si, não gosto de matar peixe porque gosto de animais e tenho pena. A consciência preservacionista vem em mim em terceiro lugar, até porque é o mais novo desses três sentimentos.

Acho que a piranha não pediu para ser colocada ali e não merecia uma facada no olho, não importando realmente o motivo do abate. A imagem não me agrada e nem a ideia que ela passa

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  • Patrono

Quero dar uma opinião: tenho lá minhas dúvidas se estas piranhas são o produto de peixamento. Com a implantação de reservatórios e interligações de cursos d´água etc., pode ser que esta aparição seja uma migração de outras bacias, ou a falta de predador natural o que promove sua proliferação. Falo em tese pois não conheço a geografia nem sou ictiólogo. Podemos não gostar dos animais peçonhentos (aranhas, cobras etc.), mas nem por isso (eles) merecem ser mortos. Para concluir, as piranhas são parte da nossa ictiofauna, estão presentes em várias bacias, já os black basses.....

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  • Moderador

piranha100.JPG

Fui eu quem matei o peixe ! ;) e acho que seu comentário foi bem infeliz. " internético no minimo"

Gostaria da opnião do pessoal que realmente pesca.


A imagem é péssima, de completo mau gosto e passível de denúncia formal. Pior ainda, está associada a um canivete no qual está escrito 100% fly, em um fórum sobre o fly e onde sabidamente a gente tem uma postura muito mais conservacionista que a média.

Além disso, quando a pessoa apresenta uma imagem dessas, sem qualquer justificativa de onde tirou, quem tirou, qual o motivo de ter tirado e quais as circunstâncias do ecossistema no qual pescou, SOMADO ao título da sua postagem, esperando que o leitor do fórum vá até o blog para saber do que se trata (que aliás também não tem informação nenhuma sobre o assunto), primeiro induz o leitor ao erro direto de interpretação da imagem (como ocorreu comigo) e segundo fica COMPLETAMENTE a mercê do tipo de comentário que fiz, em uma reação normal de quem curte o fly e o Pesque&Solte.

Usando de suas palavras, sua postagem foi completamente "internética".

Da próxima vez que você resolver postar fotos polêmicas em nossa comunidade, favor inteirar a todos do fórum, na própria postagem, sobre o real teor da mensagem que você pretende passar ao invés de simplesmente postar uma imagem dessas e esperar comentários "de quem realmente pesca", para depois explicar o "ocorrido" pra quem "não sabe pescar", não é mesmo? :facepalm:

Diante do exposto, não me sinto minimamente obrigado sequer a lhe pedir desculpas pelo meu comentário evidentemente grosseiro, que, diante dos fatos sucedentes, só não reitero por uma questão de educação para com a comunidade. Ainda bem que aconteceu comigo e não com outro membro do MDR.

Por fim, deixo claro aqui que esse é meu posicionamento como usuário do fórum e não necessariamente reflete a visão da Administração ou Moderação, os quais deixo completamente livres para moderar essa conversa enviesada... :dry:

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  • Administrador

Joga num saco plástico e deixa morrer, é assim que o pessoal que pesca de praia faz (ao menos era assim que eu fazia), no máximo deixava morrer num balde, além do que, pode até ser que uma instituição de caridade aceite todas as piranhas capturadas como doação. :ok:

  • Like 1
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  • Mosqueiro

Aqui na região o filé desse peixe é mais apreciado do que o do tucunaré e muitas vezes até mesmo do que a da famosa corvina. E tem gente fazendo fila para comprar filé de piranha e esse bicho parece nunca acabar.

Se a mosca passar de três palmos de fundura... já era. É uma dentuça da linha ou uma mosca a menos na caixa.

Editado por Marchi
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  • Mosqueiro


A imagem é péssima, de completo mau gosto e passível de denúncia formal. Pior ainda, está associada a um canivete no qual está escrito 100% fly, em um fórum sobre o fly e onde sabidamente a gente tem uma postura muito mais conservacionista que a média.

Além disso, quando a pessoa apresenta uma imagem dessas, sem qualquer justificativa de onde tirou, quem tirou, qual o motivo de ter tirado e quais as circunstâncias do ecossistema no qual pescou, SOMADO ao título da sua postagem, esperando que o leitor do fórum vá até o blog para saber do que se trata (que aliás também não tem informação nenhuma sobre o assunto), primeiro induz o leitor ao erro direto de interpretação da imagem (como ocorreu comigo) e segundo fica COMPLETAMENTE a mercê do tipo de comentário que fiz, em uma reação normal de quem curte o fly e o Pesque&Solte.

Usando de suas palavras, sua postagem foi completamente "internética".

Da próxima vez que você resolver postar fotos polêmicas em nossa comunidade, favor inteirar a todos do fórum, na própria postagem, sobre o real teor da mensagem que você pretende passar ao invés de simplesmente postar uma imagem dessas e esperar comentários "de quem realmente pesca", para depois explicar o "ocorrido" pra quem "não sabe pescar", não é mesmo? :facepalm:

Diante do exposto, não me sinto minimamente obrigado sequer a lhe pedir desculpas pelo meu comentário evidentemente grosseiro, que, diante dos fatos sucedentes, só não reitero por uma questão de educação para com a comunidade. Ainda bem que aconteceu comigo e não com outro membro do MDR.

Por fim, deixo claro aqui que esse é meu posicionamento como usuário do fórum e não necessariamente reflete a visão da Administração ou Moderação, os quais deixo completamente livres para moderar essa conversa enviesada... :dry:

Olha amigão acho que dentro da sua explicação entendi bem seu pensamento.

Não estou aqui para ficar de ti ti ti com ninguém.

Postei a imagem e não postei justificativa pois, isso é bem comum e imaginei que todos saberiam interpretar a imagem.

A imagem está ai, é forte sim e infelizmente não vejo outra saída. “ No Tocantins os guias quebram a mandíbula do peixe e o soltam para morrer”, isso acho bem cruel.

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  • Moderador

Beleza, de boa... na verdade o incidente é um alerta para todo mundo do fórum: o Brasil é grande e tem muita coisa acontecendo que muita gente desconhece, tipo isso que você está relatando, e cabe a nós que vivemos as situações esclarecer as coisas pra todo mundo.


Enfim, acho que o homem faz coisa errada e os bichos acabam pagando o pato, como disse o Célio.

Igual eu vi muita gente torar fora as garras do siri e jogar de volta no mar ou cortar rabo de arraia, ou tirar os ferrões do bagre e por aí vai.

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  • Mosqueiro

Longe de querer julgar o ato em si, não gosto de matar peixe porque gosto de animais e tenho pena. A consciência preservacionista vem em mim em terceiro lugar, até porque é o mais novo desses três sentimentos.

Acho que a piranha não pediu para ser colocada ali e não merecia uma facada no olho, não importando realmente o motivo do abate. A imagem não me agrada e nem a ideia que ela passa

Jóia Professor Celio :ok:

Essa foi a primeira vez que matei um peixe no meu barco, mas não vejo outra solução.

Não quero perder meu local de pesca para esse peixe que obviamente também é vitima na situação.

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  • Mosqueiro

Joga num saco plástico e deixa morrer, é assim que o pessoal que pesca de praia faz (ao menos era assim que eu fazia), no máximo deixava morrer num balde, além do que, pode até ser que uma instituição de caridade aceite todas as piranhas capturadas como doação. :ok:

"Joga num saco plástico e deixa morre" Ai eu tenho dó rsrs prefiro o morte rápida! :eek:

boa ideia doar o peixe a população mais carente que vive próxima do reservatório.

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  • Mosqueiro

Aqui na região o filé desse peixe é mais apreciado do que o do tucunaré e muitas vezes até mesmo do que a da famosa corvina. E tem gente fazendo fila para comprar filé de piranha e esse bicho parece nunca acabar.

Se a mosca passar de três palmos de fundura... já era. É uma dentuça da linha ou uma mosca a menos na caixa.

Marchi

Felizmente aqui ainda não tem tantas assim mas temo que no futuro próximo estarão dominando.

pelo que entendi você as mata por ai também ?

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  • Administrador

Não acho que o fato das piranhas estarem lá (por qualquer motivo que as tenha colocado) seja justificativa para sacrificá-las. O rabo da traíra não necessariamente foi mordido pelas piranhas, e mesmo que tenha sido, ainda acho que não é motivo pra matar uma espécie só pra preservar outra.

Semana passada fui com o Fausto em uma pousada na beira de um rio e a dona nos mostrou um tanque onde ela cria tilápias, na verdade são dois tanques, no maior que está mais longe do rio ela deixa os peixes maiores, fica cercado e abrigado, no menor, bem perto do rio ficam as tilápias menores e o tanque não tem nenhuma proteção, justamente para que as lontras que visitam os tanques se acostumassem a comer mais perto do rio e comer as menores.

Já imaginou se a solução fosse exterminar as lontras e todos os outros predadores das tilápias (apesar de nem serem espécies nativas)?

Sou da opinião de que só se deva matar pra comer ou nos casos em que o peixe (por quaisquer motivos) esteja agonizando.

E acho que essa linha de pensamento, matar uma espécie porque ela está predando a espécie que eu gosto de pescar, acaba sendo um tiro pela culatra, explico: Se eu gosto de pescar lambaris, e o black e o tucunaré os estão predando, vou passar o cerol neles, aí terei mais lambaris.

Sinceramente, acho que não é por aí. :nono:

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  • Mosqueiro

Não acho que o fato das piranhas estarem lá (por qualquer motivo que as tenha colocado) seja justificativa para sacrificá-las. O rabo da traíra não necessariamente foi mordido pelas piranhas, e mesmo que tenha sido, ainda acho que não é motivo pra matar uma espécie só pra preservar outra.

Semana passada fui com o Fausto em uma pousada na beira de um rio e a dona nos mostrou um tanque onde ela cria tilápias, na verdade são dois tanques, no maior que está mais longe do rio ela deixa os peixes maiores, fica cercado e abrigado, no menor, bem perto do rio ficam as tilápias menores e o tanque não tem nenhuma proteção, justamente para que as lontras que visitam os tanques se acostumassem a comer mais perto do rio e comer as menores.

Já imaginou se a solução fosse exterminar as lontras e todos os outros predadores das tilápias (apesar de nem serem espécies nativas)?

Sou da opinião de que só se deva matar pra comer ou nos casos em que o peixe (por quaisquer motivos) esteja agonizando.

E acho que essa linha de pensamento, matar uma espécie porque ela está predando a espécie que eu gosto de pescar, acaba sendo um tiro pela culatra, explico: Se eu gosto de pescar lambaris, e o black e o tucunaré os estão predando, vou passar o cerol neles, aí terei mais lambaris.

Sinceramente, acho que não é por aí. :nono:

interessante seu ponto de vista André :hum: obrigado por comentar

Editado por Sulista
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  • Moderador

Marcelo, excluí sua postagem não pq sua opinião não deva ser ouvida, mas devido a ela não contribuir em nada na conversa e simplesmente jogar gasolina em cima de uma fogueira que já estava apagada.

:ok: ?

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De tudo que foi dito, me agrada mais a idéia de juntarem as piranhas capturadas e doa-las para algum necessitado. Sem dúvida que é o mais "ecologicamente correto ". Fecha o ciclo de maneira digna e útil , ou seja, a vida do peixe terá um propósito nobre de alimentar .

Por aqui na região, no rio Tietê, o que não faltam são piranhas. Perco iscas de bait, perco iscas de fly e sigo insistindo, faz parte . Algumas chegam a passar de 1kg e proporcionam boas brigas. O jeito é se adaptar à elas e utilizar empates de aço ou anzóis mais compridos.

Evidente que por aqui alguns pescadores odeiam a presença delas. Alguns quebram a mandíbula, outros acertam uma "alicatada" na cabeça e jogam o cadáver no rio , outros atiram no meio do mato... enfim...

Quando é verão a atividade das piranhas aumenta consideravelmente, então prefiro utilizar equipamento de bait e iscas resistentes(colher) como batedoras e , quando encontro um cardume de tucunarés, faço a troca para o fly, senão a caixa de mosca fica sem opções rapidamente.

Abç

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  • Mosqueiro

Marchi

Felizmente aqui ainda não tem tantas assim mas temo que no futuro próximo estarão dominando.

pelo que entendi você as mata por ai também ?

Acabo não matando pq piranha aqui é nativa. Particularmente não gosto muito de comer peixe e muito menos de limpar, mas a piranha (tirando o atum enlatado :D) é o peixe que mais gosto.

Enfim, se é uma espécie introduzida que ameaça o equilíbrio ela deve ser controlada, mas também acho que depois de abatido ela deve ser consumida por alguém. Comentei da qualidade comestível pq sei que muitos matam e descartam achando que é um peixe pouco atrativo.

Abraço!

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  • Mosqueiro

Rafael e demais,

Se a opção (autorizada por lei) do pescador for matar a piranha (ou qualquer outro peixe), é realmente melhor que seja de modo rápido, seja com uma facada no cérebro do bicho, seja com um porrete (vide as belas ferramentas feitas no passado pela Hardy, algumas até de bronze), a fim de evitar sofrimento desnecessário ao peixe (deixá-lo em um saco é quase que o mesmo que matar um humano por afogamento).

O problema da piranha (e também de outras espécies - vide os bagres africanos em grande parte do mundo, ou as carpas em alguns rios dos USA) é que, a par de ser espécie nativa do Brasil (mas, lembremo-nos, não de todas as bacias), se reproduz em quantidade assustadora, causando desequilíbrio. Se esse meu ponto de vista estiver tecnicamente correto, a conduta seria sim ecologicamente correta (uma coisa é a correção ecológica, outra uma tal "ética" no relacionamento com as demais espécies).

Se não estiver, somente estarei exercendo o direito ao abate do pescado (o que é mais "correto", matar um peixe, ou ir a um restaurante japonês comer salmão criado em cativeiro, com seu tremendo dano ao meio ambiente?).

Eu mataria sem dó nem piedade. Só que daria um destino mais gostoso a elas (hehehe):

1b6fe4d67f22b64afb90f841c0014bf7.jpg
Tempo de preparo: 1 h
Rendimento: 04 porções
Dificuldade: fácil
3.6712345
(139 votos)

Ingredientes da Receita de Caldo de Piranha

1 kg de piranha
Suco de limão
1 cebola picada
2 dentes de alho picados
1 maço de cheiro-verde picado
Óleo, sal e pimenta do reino
2 pimentões picados
3 tomates picados sem pele e sem sementes
1 colher de extrato de tomate
2 litros de água

Como Fazer Caldo de Piranha

Modo de Preparo:
Limpe as piranhas, deixe-as com a cabeça e tempere com limão, cebola, alho, cheiro-verde, sal e pimenta.
Deixe repousar por uma hora.
Esquente o óleo, frite as piranhas por alguns minutos com todos os temperos.
Adicione o pimentão, o tomate, o extrato de tomate e a água. Tampe a panela e deixe cozinhar em fogo baixo.
Após uma hora, verifique o sal.
Coe numa peneira grossa.
Observação: Em Mato Grosso do Sul, costuma-se tomar o caldo de piranha em cumbucas ou xícaras. Também é hábito bebê-lo bem apimentado. Há também quem goste de engrossar o caldo com a farinha de mandioca.

Abraços!

PS: Concordo que, apesar disso tudo, a imagem não seja realmente bonita de se ver.

Editado por Alexandre Sinigallia
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Só uma pergunta... A justificativa pra matar a piranha é que ela foi introduzida e estava acabando com os tucunarés e black basses da represa? Ora, e o que os tucunarés e black basses introduzidos estão matando/mataram? Não merecem eles essa pena também? Dois pesos, duas medidas... São 3 espécies bastante predatórias, que desequilibram QUALQUER ambiente que não seja o de origem, mas como a piranha ataca o alvo dos pescadores ela merece morrer? Não lembro dela pedindo pra ser introduzida na represa. Não condeno quem mata peixe pra comer, de maneira nenhuma, mas matar por estar atacando outros peixes que também são introduzidos, pra mim, não é uma desculpa válida não. Se fosse seguir essa linha, antes de sequer pensar em matar as piranhas, tinham que ter terminado com os tucunarés e, principalmente, os black basses, que nem originários do nosso país são...

Editado por Vitinhow
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  • Mosqueiro

Tratando-se de 3 espécies introduzidas (não estou falando das nativas), por que razão (racional e não emotiva) uma pessoa não poderia desejar e agir a fim de eliminar ou diminuir a incidência de uma espécie em benefício das outras duas?

Falar em "coitadinhas das piranhas, elas não tem culpa de terem sido introduzidas lá" é argumento que a mim não convence. Parece uma espécie de antropomorfismo (por falta de me lembrar de palavra melhor para dar aos animais sentimentos semelhantes aos nossos) descabido. Não me consta que piranhas, black basses, e tucunarés tenham sentimentos como a solidão, depressão, angústia, sofrimento, por seus parceiros sexuais ou seus filhotes, ´"netotes", pais e avós terem partido desta para um estômago melhor (nossos ou dos urubus à beira do rio). Claro, que isso muda de figura com os chamados "animais superiores", notadamente mamíferos, que, como se sabe, podem ter determinados sentimentos (principalmente os mais evoluídos).

Acreditar em sentimento íctio acho que é fruto desta era politicamente correta. Eles só querem saber é de comer e de se reproduzir (alguns humanos também). Se um "parente", "vizinho", "amigo", "companheiro", morre, algumas espécies querem mais é saber de comê-los. E mesmo quando estes estão vivos, pois o canibalismo entre os peixes carnívoros é frequente.

E a ética animal (com exceção dos mamíferos superiores) também é uma grande falácia. Eles não têm sentimentos éticos por nós. Os que puderem (e estivermos no cardápio deles), nos comerão. É claro que nós podemos (e devemos) ter uma "ética" com a natureza em geral, até porque não tê-la é tremenda burrice, destruiríamos mais ainda o mundo e seus recursos. Mas nem sei se isso pode ser chamado de ética, ou simplesmente não é uma exploração racional do meio.

Agora, ética por ética, tem de fazer como budistas radicais, então. Não matar nada, nem ninguém. Não fazer o churrasquinho gostoso no final de semana (skindun, skindun, skindun...), não comer animais de nenhuma espécie (lembrando que peixes e carnes não brotam nas gôndolas do supermercado, como minha mulher faz questão de dizer que prefere assim se enganar), não matar as sentimentais formigas, baratas, ratos. Mas, e o que fazer com as pobres alfaces, então?

Podem dizer que a contrariedade é com a matança por eliminar uma espécie em detrimento de outra. E aí voltaríamos à pergunta inicial: por que cargas d'água uma pessoa não pode selecionar uma espécie introduzida como alvo e privilegiar outras? É evidente que não há argumento racional contra isso. Se ela estivesse eliminando as traíras (autóctones) em benefício dos basses, seria absurdo, pois estaria afetando a ictiofauna e a diversidade nativas. Matar basses e tucunas introduzidos porque se gosta de pescar piranhas, é válido (cada um com seu gosto). O contrário, sugerido pelo Rafael, também. No final, prevalecerá a eficácia dos agentes exterminadores, do mercado etc e a adaptabilidade das espécies.

Se eu quiser botar no meu açude só determinada espécie e não outra, eliminando aquelas que surgirem posteriormente (seja com enchentes, seja com ovos transportados pelas patas das aves aquáticas etc), qual é o problema?

Do contrário, vou ter de deixar de controlar as ervas daninhas do meu gramado. Afinal, foram nele introduzidas e não tem culpa de ali terem brotado. Esse raciocínio leva, no extremo, a nem gramado mais termos: deixe ocorrer a regeneração das espécies em todos eles. Aproveitemos a escassez de água nas represas, e derrubamos, deixando voltar ao estado anterior. Teremos nossos rios de volta e não precisaremos ficar pensando se é legal ou não manter ou eliminar determinadas espécies introduzidas na represa. O problema (pelo menos para mim, que privilegio sim basses e tucunas a piranhas) é que as piranhas certamente se manterão de maneira prolífica nos novos-velhos rios. Os basses e tucunas provavelmente diminuirão.

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  • Mosqueiro

Só para que fique claro para quem não me conhece e nunca pescou comigo, sou adepto do pesque e solte. Só raramente mato determinadas espécies (coitadinhas), e sempre para comer, não levo pro zelador, amigos etc. Por que nas raras vezes que mato elejo algumas em detrimentos das outras? Por uma série de fatores (qualidade/sabor do pescado, uso que quero dar a ele, e porque (por que não?) não mato as que me dão maior prazer de pescar, oras!), sempre respeitando a preservação da espécie (não vou matar espécie que eu sei que está ameaçada, mesmo que não esteja na lista oficial) e o tamanho mínimo e máximo.

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  • Moderador

Pontos legais:

a) espécies comprovadamente invasoras não estão cobertas nas cotas de pesca previstas em lei, ou seja, tem pesca livre;

b) todas as espécies animais são protegidas contra maus tratos por lei;

c) é proibida a introdução de espécies exóticas a uma determinada bacia.

Isso posto, em princípio nada contra alguém matar um peixe se quiser, ou quantos queira no caso das espécies invasoras, desde que com rapidez e eficiência.

Crime ambiental cometeu quem inseriu piramhas, tucunarés, carpas, bagres africanos e etc em bacias hidrográficas das quais não são endêmicos.

Crime ambiental comete que faz algum peixe sofrer uma morte lenta ou dolorosa, seja ele invasor ou não.

Isso é o que temos, legalmente falando, para balizar nossas atitudes.

A foto continua sendo, na minha humilde opinião, lazarenta sob qualquer ótica que vocês queiram interpretar.

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  • Mosqueiro

Lembrei-me do que sabiamente disse uma vez o Beto Saldanha sobre o tema da "ética" na pescaria.

Em última análise, a própria pesca pelo prazer de pescar (o pesque e solte) é prática tremendamente "antiética". O peixe tá lá de boa, soltando esperma na água (nem o prazer da cópula eles têm...), comendo o que passar pela frente, e chega um EA (um "Extra-aquático") pra espetar um anzol na boca dele, e ficar fazendo cabo de guerra.

Alguém em sã consciência acha que o peixe entende que é só uma brincadeira de gente grande, um hobby, um esporte, ou o que seja? E que gosta de fazer parte dela? Que, se se soltou do anzol ou arrebentou a linha, sai orgulhoso e cantando vitória, sentindo-se o bonzão, o espertão? Ou que sabe que tudo o que fazemos é com fruto do "maior respeito" que temos por eles? Da verdadeira idolatria e consideração que por eles temos? De que somos preservacionistas e queremos que eles sempre estejam repartindo a convivência na Terra conosco? Alguém acha que eles "sacam" isso, e nos "desculpam" pelas fisgadas? Não quero crer.

O pesque e solte é, sob esse aspecto, tão antiético quanto o pesque e abata. Só é mais racional e utilitário, preservando a continuidade da prática "antiética".

O prazer de caçar, pescar etc é algo inato, tá arraigado no ser humano desde tempos imemoriais. Minha filha, desde os 3, 4 anos, ficava indignada de eu não abater peixes! Queria que eu levasse para comer a qualquer custo. E eu explicava que não, porque daí não poderíamos mais pescar.

No fim, matar ou não matar tem de partir da perspectiva racional utilitária, ou da aversão (ou convicção ideológica-religiosa) a matar qualquer espécie bichos ou determinados bichos, o que respeito completamente, mas tem de ser vista como peculiaridade de comportamento de cada um.

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  • Mosqueiro

Pontos legais:

a) espécies comprovadamente invasoras não estão cobertas nas cotas de pesca previstas em lei, ou seja, tem pesca livre;

b) todas as espécies animais são protegidas contra maus tratos por lei;

c) é proibida a introdução de espécies exóticas a uma determinada bacia.

Isso posto, em princípio nada contra alguém matar um peixe se quiser, ou quantos queira no caso das espécies invasoras, desde que com rapidez e eficiência.

Crime ambiental cometeu quem inseriu piramhas, tucunarés, carpas, bagres africanos e etc em bacias hidrográficas das quais não são endêmicos.

Crime ambiental comete que faz algum peixe sofrer uma morte lenta ou dolorosa, seja ele invasor ou não.

Isso é o que temos, legalmente falando, para balizar nossas atitudes.

A foto continua sendo, na minha humilde opinião, lazarenta sob qualquer ótica que vocês queiram interpretar.

Que a foto é de mau gosto, é indiscutível. Lazarenta mesmo, hahaha.

Mas não vejo como alguém cometer crime ambiental, maus tratos animais etc, por matar um peixe "lenta ou dolorosa"mente.

Deixar o peixe no viveiro seco, num saco plástico, na margem (a morte lenta e dolorosa), ou espetar um canivete em quaisquer de seus olhos, na barriga etc (também morte rápida, como o porrete - dolorosa qualquer deve ser - salvo se aplicarmos cocktail da morte neles) não é crime. Pode entrar no campo do mau gosto, da atecnia, do sadismo, da pulsão de morte etc, mas não no campo penal. Agora, judiar do peixe vivo, com o fim de deixar-lhe ainda na "água fria", hum, em alguns casos (o pesque e solte não) poderia, em tese, configurar.

Fosse o contrário, deveríamos cercar o Brasil e o mundo, formando a maior prisão intergaláctica, rs.

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  • Moderador

Pancada na cabeça é morte cerebral e "inconsciência" instantânea.

Eu acho essa questão de pescar e soltar/matar muito mal resolvida em muitos pescadores e muito bem resolvida em outros.

Já pensei de um jeito e já pensei de outro. Nosso "esporte" machuca animais e tem potencial fatal. Se vamos praticar o pesque e solte, é nossa obrigação moral PARA COM A NOSSA DECISÃO, fazer isso de forma a diminuir o dano peixe o máximo possível. Isso envolve estudo, prática e cuidados que devemos aprender.

Pq pesque e solte? Meu, se não tiver nenhum motivo plausível, que seja no mínimo pra manter a população deles. Não curtiu? Inventa sua tese...

Tomada essa decisão, acho que devemos ter a noção de que, aqui e ali, um ou outro peixe morre. Isso chama-se estatística.

iPhone e dentista me impedem de continuar escrevendo... depois elaboro mais isso :p

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  • Mosqueiro

Alexandre eu sou fã de um Caldinho de piranha. Quando ainda residia em Curitiba adorava ir ao bar do Giraldi nas noites frias tomar um bom caldinho de piranha com torradas e farinha. :ok:

Agora com a receita acho que já tenho endereço certo para as piranhas. :whistle:

Mesmo com o início bem atrapalhado do tópico estou contente com o resultado das respostas, como disse anteriormente concordo que a imagem é forte e enquanto a editava me perguntava se de alguma maneira poderia ter agido diferente.

Eu com 10 anos de idade já ajudava meu falecido e saudoso avô a matar porcos para serem assados na ceia de natal. Então, desde muito cedo aprendi que o seu churrasco foi morto por alguém. “E a cena não é bonita.”

Muito obrigado pelos comentários e por acrescentar ao tópico.

“Matar basses e tucunas introduzidos porque se gosta de pescar piranhas, é válido (cada um com seu gosto). O contrário, sugerido pelo Rafael, também.

Acho que no final das contas é bem por ai mesmo!

Acho que pescamos e soltamos o peixe mais pelo egoísmo de pesca-los novamente que pelo sentimento de preservar. :hum:

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  • Patrono

Bicho homem sempre querendo decidir o que os outros bichos podem ou nao podem. Não somos donos da natureza, no máximo um sindico que muda todo o arranjo do condomínio para seu beneficio.

Pelo que sei a natureza sempre se auto regulou e muito bem.

Se o animal esta ali pode ter certeza que a culpa é do homem e o coitado do bicho apenas se comporta como em seu habitat natural.

Tenho o direito de não gostar do bicho, mas tenho a obrigação de respeitar sua existência.

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Longe de mim julgar alguém por matar peixe. Eu mesmo já matei muito e sempre que sentir vontade de comer um peixe fresco, matarei de novo. Só acho que, de certa forma, é meio feio matar por matar (e reitero aqui de novo que, se o pescador for comer, não me incomoda que mate seu peixe) só porque ele está fazendo o que ele tem por hábito fazer, que é se alimentar de outras espécies. Enfim, como foi dito acima, por ser uma espécie invasora, não existe nada de errado no aspecto legal no que diz respeito a matar ou não matar, seja piranha, tucunaré, black bass, tilápia, apaiari, bagre africano, carpa e seja lá o que for.

Editado por Vitinhow
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  • Mosqueiro

Deixei para agora a minha opinião por vários motivos, principalmente dois:

a) estou direto na chácara, tentando terminar uma casa e

b) a coisa estava cheia de mimimi e - como estamos nos comunicando via net, sem ver o index (região periorbitária, por onde se podem ver as emoções da pessoa) - muitas vezes entendemos errado o que o interlocutor quer realmente dizer.

Aí, quando eu já ia postar a minha opinião, o Alexandre Sinigallia postou metade do que eu ia postar - ou seja, a receita do caldo de piranha. Apenas ele esqueceu - ou desconhece - o principal do caldo de piranha...ele é afrodisíaco! :yahoo::yahoo::yahoo::yahoo::yahoo: Pergunte de qualquer pirangueiro ou morador do beiradão amazônico, que ele te dirá "Seu moça, o bicho é bom demais!" :graduado:

Outra coisa, pessoal - os principais predadores das piranhas são os tucunas e os jacarés. A coisa por aí deve estar ficando igualzinho às imediações da minha chácara. Por aqui, acabaram com as cobras e com os pequenos pássaros. e deixaram-se os gaviões, porque é crime caçá-los. Como resultado, eles começaram a atacar - e até a acabar - as ninhadas de pintos dos criadores.

Se não tem jacarés, e se os "pescadores" acabam os tucunas, elas vão se proliferar mesmo!

Caldo de piranha, galera!

Por aí

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  • 4 semanas depois...
  • Mosqueiro

Desculpas mais não da para ler sem colocar a minha opilião.

Nem um pescador não precisa de mostrar o certo ou errado.

Que outros tem costume de fazer por traz e mesmo colocar para outros verem.

Fotos anormais para uns e fotos que acham que estão certos.

Editado por Marcelo R. S.
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  • 2 semanas depois...
  • Mosqueiro

Ecologicamente correto talvez seja o controle de natalidade. O resto, incluindo pesca recreativa, é impacto ambiental.

A foto é polêmica, o tema é recorrente e os discursos, em geral, flertam com a "politicamente correta" hipocrisia.

Mas no final, todos estão felizes por estarem no topo da cadeia, cada um com suas convicções e hábitos. Afinal somos TODOS Homo sapiens, agimos assim por natureza.

Saudações internéticas

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  • 2 semanas depois...
  • Moderador

Olá,

Ta difícil comentar aqui, porque quase tudo já foi dito. Eu tendo a concordar com o Alexandre Sinigallia. Por conviccao religiosa, vejo com muito maus olhos toda filosofia utilitarista quando aplicada aos homens, mas nao sinto nenhuma repulsa, pelo contrario, quando aplicada ao manejo do ambiente e de outras especies. E porque pescar por esporte é ético? Porque faz parte do que nos faz humanos. Porque é uma tradicao que comecou quando as primeiras mulheres (PC) e homens foram ao rio pescar quando a tribo ainda tinha o que comer. Se pararmos de pescar, algo do que nos faz ser quem somos se perde. Porque, em suma, se carnaval tem valor cultural, pescaria tem muito mais porque tem raizes muito mais profundas, antigas e universais. Quanto ao catch&release (C&R). Primeiro, na sua concepcao original, C&R nao exclui o abate ocasional. Lembre do mote associado: "Limit your kill, don't kill your limit". Segundo, C&R se originou nos EUA, onde pescaria tem mais adeptos do que qualquer outra atividade recreativa, gerando uma economia que gira 1 trilhao de dolares por ano, colocando comida na mesa de muitas familias. Considero o bem estar destas familias uma justificativa razoavel para o C&R. Se nao fosse C&R a ativade ia tender a entrar em colapso.

Sobre o caso especifico da represa que originou o post, acho que nao tem informacoes suficientes aqui para se emitir uma opiniao sobre o assunto. Em principio nao tenho nada contra o gerenciamento da situacao.

Mas também acho claro que qualquer pessoa normal vai concordar que nao se deve causar sofrimento desnessário, de acordo com as linhas acima, a qualquer ser vivente. Se tiver que abater, abata direito. Pra matar um peixe com expertise, o procedimento é o seguinte:

1. Se decidir abater, nao perca tempo tirando o anzol

2. Na duvida, verifique se o peixe tem o tamanho minimo exigido por lei

3. Atordoe o peixe com o "Priester". O lugar da pancada é no meio do triangulo formado pelos olhos e a prolongacao do operculo na direcao do alto da cabeca.

4. "Le coup de Grâce": atravesse uma faca afiada de alto a baixo pela abertura do operculo. A arteria entre as guelras e o coracao é seccionada, o coracao bombeia todo o sangue pra fora e o peixe morre de choque em poucos segundos. Com a vantagem de melhorar sobremaneira a qualidade da carne.

[]'s

Editado por Carlos_Mitidieri
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  • 2 meses depois...

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