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Jig Hooks e Dourados


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  • Mosqueiro

Jig Hooks

Olá pessoal,

Há alguns anos estou usando exclusivamente anzóis tipo "jig" nas minha pescarias de Dourados.

Passei a usar esse tipo de anzol porque costumava pescar em locais de grande correnteza e com diversas estruturas, como galhadas, paus e pedras.

O plano inicial era evitar que o anzol enroscasse, já que outros artifícios como anti-enrosco de metal ou nylon não funcionaram muito bem.

Com o tempo, fui descobrindo outras vantagens deste tipo de anzol.

Uma delas foi a adaptação perfeita aos streamers usados para Dourados, já que a maioria deles é lastreada, fazendo com que as moscas funcionem como jigs, ou seja, o mesmo objetivo para o qual esse tipo de anzol foi desenvolvido.

Informações obtidas em artigos na internet também se confirmaram. Esse tipo de anzol, pelo seu formato, tem uma melhor capacidade de fisgada e de permanência, já que seu desenho favorece um ângulo que ajuda a manter pressão na boca do peixe, mesmo pescando sem farpa.

Um streamer atado com jig hook exige menos lastro que o mesmo modelo de mosca atada com anzol convencional, tipo bendback ou clouser minnow, por exemplo.

Também se confirmaram os relatos de que, usando esse tipo de anzol, 80% das fisgadas atingem a mandíbula superior ou sua lateral. Parece que esse tipo de anzol funciona quase como um circle hook.

Mas outra questão tem despertado minha curiosidade.

Já há uns 02 anos tenho feito um tratamento dentário e alguns expressões usadas com freqüência pelos dentistas começaram a chamar a minha atenção.

Fiz algumas extrações na mandíbula inferior e depois coloquei aparelho ortodôntico. Durante esse processo, os dentistas explicavam que o osso desta região era muito duro e denso, tendo pouca vascularização. Isso dificultava a extração dos dentes, cicatrização e posterior correção através do aparelho.

Quando comecei o tratamento na mandíbula superior, a conversa foi diferente. Os dentistas falavam que o osso nesta região é mais macio, menos denso, tipo um chocolate suflair, com mais irrigação sanguínea, fatores que facilitavam as extrações, cicatrização e correção dos dentes através do aparelho.

Todos já devem ter ouvido sobre a dificuldade de fisgar um dourado em razão dos ossos que compõem a boca deste peixe.

Não sei se é possível fazer uma comparação nos princípios de funcionamento das mandíbulas de diferentes seres vivos. Mas caso haja um padrão, imagino que não seja totalmente equivocado pensar que a penetração de um anzol na parte superior da mandíbula de um dourado seja mais fácil que na parte inferior.

Por acaso alguém já leu algo ou tem conhecimento sobre o assunto?

Preciso tirar alguma coisa boa de todo esse sofrimento no dentista...kkkkkk

Um abração,

Matheus

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  • Administrador

Só sei o que senti na pele, ou melhor, no osso, pois furar o osso do maxilar inferior foi dureza, já o superior, nem 40 Newtons de torque foi necessário.

Mas anzol não crava no osso.

T+ :)

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Olá Matheus...

No passado usei muito os Jig hooks. Mas, depois de avaliar varias situações, deixei de usá-los.

A principal, foi justamente por este tipo de anzol, quando não crava no canivete, certamente se alojará no maxilar superior ou no palato (céu da boca).

Ocorre que, analisando a estrutura da cavidade bucal do dourado, veremos que o maxilar superior é composto apenas de placas ósseas, diferente do maxilar inferior, que possui muitas partes cartilaginosas onde o anzol poderá penetrar sem causar grandes danos.

Fisgando na parte superior da boca, invariavelmente o anzol terá que transpor o osso, causando lesões maiores, mais graves e, penso eu, muito mais difíceis de cicatrizar do que uma lesão na cartilagem, mais abundante no inferior da boca, ou na maxila do peixe.

Sem contar que, muitas vezes, ao fisgar um dourado pequeno, o jig hook, geralmente de tamanho compatível com os peixes que sonhamos em capturar, (1/0, 2/0 ou até maior) se alojava dentro da órbita ocular, ocasionando lesões graves nos olhos, muitas vezes deslocando o globo ocular ou o expulsando de sua órbita.

Soma-se a isso o fato de que, dourados maiores possuem uma mandíbula superior extremamente dura. Usando o referido anzol, perdi e presenciei a perda de alguns dourados grandes, que imaginava já fisgados. Depois de vários pulos, tomadas de linha e alguns minutos de briga, quando o embate estava se desenvolvendo no fundo, já perto do barco, o anzol solta do nada, sem tranco, sem qualquer movimento brusco do peixe, como se o mesmo abrisse a boca e soltasse o anzol.

Após várias ocorrências do tipo, chegamos a conclusão de que o jig hook se alojou na parte superior da boca, mas não penetrou.

Corrobora com a nossa tese o fato de que, usando anzóis convencionais, o que relatei praticamente não ocorreu mais, e o índice de capturas de dourados maiores aumentou de forma considerável.

Assim, embora o jig hook, em razão do seu formato, diminua um pouco o número de enrosco, por todo o exposto e, na minha opinião, o uso deste anzol para pesca de dourados não se justifica, razão pela não mais os uso.

Um grande abraço!

Luiz Logo

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  • Mosqueiro

Olá Matheus...

No passado usei muito os Jig hooks. Mas, depois de avaliar varias situações, deixei de usá-los.

A principal, foi justamente por este tipo de anzol, quando não crava no canivete, certamente se alojará no maxilar superior ou no palato (céu da boca).

Ocorre que, analisando a estrutura da cavidade bucal do dourado, veremos que o maxilar superior é composto apenas de placas ósseas, diferente do maxilar inferior, que possui muitas partes cartilaginosas onde o anzol poderá penetrar sem causar grandes danos.

Fisgando na parte superior da boca, invariavelmente o anzol terá que transpor o osso, causando lesões maiores, mais graves e, penso eu, muito mais difíceis de cicatrizar do que uma lesão na cartilagem, mais abundante no inferior da boca, ou na maxila do peixe.

Sem contar que, muitas vezes, ao fisgar um dourado pequeno, o jig hook, geralmente de tamanho compatível com os peixes que sonhamos em capturar, (1/0, 2/0 ou até maior) se alojava dentro da órbita ocular, ocasionando lesões graves nos olhos, muitas vezes deslocando o globo ocular ou o expulsando de sua órbita.

Soma-se a isso o fato de que, dourados maiores possuem uma mandíbula superior extremamente dura. Usando o referido anzol, perdi e presenciei a perda de alguns dourados grandes, que imaginava já fisgados. Depois de vários pulos, tomadas de linha e alguns minutos de briga, quando o embate estava se desenvolvendo no fundo, já perto do barco, o anzol solta do nada, sem tranco, sem qualquer movimento brusco do peixe, como se o mesmo abrisse a boca e soltasse o anzol.

Após várias ocorrências do tipo, chegamos a conclusão de que o jig hook se alojou na parte superior da boca, mas não penetrou.

Corrobora com a nossa tese o fato de que, usando anzóis convencionais, o que relatei praticamente não ocorreu mais, e o índice de capturas de dourados maiores aumentou de forma considerável.

Assim, embora o jig hook, em razão do seu formato, diminua um pouco o número de enrosco, por todo o exposto e, na minha opinião, o uso deste anzol para pesca de dourados não se justifica, razão pela não mais os uso.

Um grande abraço!

Luiz Logo

Ótimo texto Luiz.

Concordo com a questão dos olhos do douradinhos, mas isto acontece em situações isoladas (igual ao bait) e quando usamos anzóis invertidos com haste longa, o que acredito que não seja necessário, porque parece que os Dourados atacam a cabeça ou a mosca como um todo. Um anzol reforçado e com gap grande já seria suficiente.

Quanto ao fato de perdermos dourados. Acho isso perfeitamente natural e comum, principalmente os grandes. Tratando-se deste peixe, sempre alguma coisa pode dar errado, um salto, rompimento da linha, enrosco ou simplesmente o peixe se soltar ao lado do barco. Isso já aconteceu comigo das mais variadas formas e com todo tipo de anzol. Talvez seja uma das coisas que torna esse peixe tão incrível.

Mas no meu caso, a perda de peixes maiores também tem diminuído significativamente e acredito que isso seja apenas fruto da experiência. Tirando alguns pescadores privilegiados, lutar com peixes maiores não é o tipo de coisa que fazemos toda hora. Então é algo realmente difícil treinar.

Não estou aqui querendo ditar nenhuma regra, cada usa as técnicas e equipamentos de sua preferência. Quero apenas trocar informações sobre o assunto.

De qualquer forma, a dúvida sobre a "dureza" óssea da mandíbula inferior e superior do Dourado permanece. Alguém sabe se o princípio de funcionamento é o mesmo dos seres humanos?

Eu coloquei um pino na parte superior da mandíbula para servir de âncora para o aparelho ortodôntico. Parece um prego enfiado na gengiva. O dentista simplesmente cravou no osso, porque era mais mole, o que não seria possível na mandíbula inferior.

Um abração,

Matheus

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  • Mosqueiro

Só sei o que senti na pele, ou melhor, no osso, pois furar o osso do maxilar inferior foi dureza, já o superior, nem 40 Newtons de torque foi necessário.

Mas anzol não crava no osso.

T+ :)

Fausto,

Pelo jeito vc fez uns implantes...rs

Vc acha que o anzol não crava no osso em nenhum situação?

Um abração,

Matheus

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  • Administrador
Sim estou no processo de implante de dois dentes, mas já passei pelo implante de um faz dois anos. Tinha que ver o torque que o cirurgião teve que fazer no maxilar inferior, passou de 65 Newtons. :happy:

É coisa de pescador com pouca experiência na captura de peixes grandes que necessitam de anzol grande e muita força para cravar, por isso fico imaginando que não seria possível cravar anzol diretamente no osso do maxilar de um peixão. Preciso fazer como o Gerson, dar de cara com dourados de dois dígitos para ter essa experiência. :D

Matheus tu já teve casos de ter o anzol cravado no osso do maxilar de peixes assim? :mellow:

Pesco peixes pequenos e não vou ter essa experiência. ;)

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  • Mosqueiro

Interessante a discussão, principalmente pelas questões anatômicas levantadas.

O anzol de jig tem suas vantagens, mas para os dourados concordo com os argumentos do Luiz.

Na minha experiência o modelo de anzól que tem o melhor índice de fisgada é o 600SP, além de afiado pega quase sempre no canivete.

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  • Mosqueiro

Bom, primeiro de tudo, que legal a discussão sobre o dourado.

Na verdade, nós, pescadores, somos, antes de tudo, sonhadores e, nessa condição, sempre nos vemos às voltas com pensamentos e estratégias de captura dos nossos peixes favoritos . E, dentre eles, não há como o dourado não se destacar!!

Amigo Matheus, na minha concepção, a parte superior da boca do dourado e suas adjacências é bem mais dura que a inferior.

Repare que nas (raras) vezes em que o dourado é fisgado pelo "céu" da boca, ele normalmente salta de costas, e tende a escapar com mais facilidade.

Os danos ao peixe tb são bem maiores quando fisgado nesta parte. Na parte debaixo há menos osso e mais áreas cartilaginosas, que são mais facilmente perfuráveis pelo anzol.

Na grande maioria das vezes, porém, o dourado é fisgado por uma das laterais e a forma ideal é o chamado canivete, e nesta situação eles geralmente saltam de lado, com menos opções de escapar nas fortes corridas e chacoalhadas de cabeça.

Para mim, o melhor anzol para pescar dourados é o hayabusa , que não está mais à venda e é encontrado nas moscas vendidas pelo Gregório, que teve o tirocínio de adquirir um lote gigantesco dessas jóias.

Daqueles abertos ao comércio, o tiemco 600sp, como o mauvelho falou, na minha opinião é o mais adequado, justamente por ser extremamente afiado, pesado e fisgar muito no canivete.

Interessante notar tb que o dourado, apesar da força enorme e da mordida mortal, acaba, num primeiro momento, " colaborando" com a fisgada no canivete, pois no mais das vezes ele ataca a mosca e imediatamente vira "de lado" , numa atitude extremamente brusca e rápida!! Isso acaba fazendo com que o anzol se avizinhe do canivete.

A observação das fotos dos dourados capturados ilustra estas situações, pois a mosca está " deitada" numa das laterais da boca, especialmente o canivete.

Por estes motivos, adiro aos argumentos do Logo e do mauvelho, observando, claro, que há um sem número de situações de pesca que reclamam multiplicidade de estratégias e vc, MAtheus, pesca com muita frequência em condições específicas como as detalhadas no seu post, de forma que a sua experiência é de grade valia, afora a magnitude de seu atado.

Um abraço aos meus amigos douradeiros

Gui

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  • Mosqueiro

Interessante a discussão, principalmente pelas questões anatômicas levantadas.

O anzol de jig tem suas vantagens, mas para os dourados concordo com os argumentos do Luiz.

Na minha experiência o modelo de anzól que tem o melhor índice de fisgada é o 600SP, além de afiado pega quase sempre no canivete.

Tem razão Maurício, o 600SP é bem afiado, resistente e tem um gap bem legal. Tenho vários, mas não acredito que eles fisguem mais no "canivete" que um anzol tipo jig. Mas como cada um usa o que gosta e confia, fica difícil estabelecer um parâmetro, pois todos nós vamos acabar pegando peixes com nosso equipamento de preferência...rs

Ano passado estive em Salta na Argentina e o guia queria por que queria que eu pescasse com as moscas dele, pois era aquilo que ele confiava. O cara me pareceu ser um grande pescador de Dourados.

Eu preferi usar o que eu confio e, apesar da situação não estar favorável, tivemos melhores resultados que todas as balsas que estavam na água.

Mas a pergunta ainda permanece sobre a dureza (densidade) dos ossos da boca.

Um abração,

Matheus

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  • Mosqueiro

Bom, primeiro de tudo, que legal a discussão sobre o dourado.

Na verdade, nós, pescadores, somos, antes de tudo, sonhadores e, nessa condição, sempre nos vemos às voltas com pensamentos e estratégias de captura dos nossos peixes favoritos . E, dentre eles, não há como o dourado não se destacar!!

Amigo Matheus, na minha concepção, a parte superior da boca do dourado e suas adjacências é bem mais dura que a inferior.

Repare que nas (raras) vezes em que o dourado é fisgado pelo "céu" da boca, ele normalmente salta de costas, e tende a escapar com mais facilidade.

Os danos ao peixe tb são bem maiores quando fisgado nesta parte. Na parte debaixo há menos osso e mais áreas cartilaginosas, que são mais facilmente perfuráveis pelo anzol.

Na grande maioria das vezes, porém, o dourado é fisgado por uma das laterais e a forma ideal é o chamado canivete, e nesta situação eles geralmente saltam de lado, com menos opções de escapar nas fortes corridas e chacoalhadas de cabeça.

Para mim, o melhor anzol para pescar dourados é o hayabusa , que não está mais à venda e é encontrado nas moscas vendidas pelo Gregório, que teve o tirocínio de adquirir um lote gigantesco dessas jóias.

Daqueles abertos ao comércio, o tiemco 600sp, como o mauvelho falou, na minha opinião é o mais adequado, justamente por ser extremamente afiado, pesado e fisgar muito no canivete.

Interessante notar tb que o dourado, apesar da força enorme e da mordida mortal, acaba, num primeiro momento, " colaborando" com a fisgada no canivete, pois no mais das vezes ele ataca a mosca e imediatamente vira "de lado" , numa atitude extremamente brusca e rápida!! Isso acaba fazendo com que o anzol se avizinhe do canivete.

A observação das fotos dos dourados capturados ilustra estas situações, pois a mosca está " deitada" numa das laterais da boca, especialmente o canivete.

Por estes motivos, adiro aos argumentos do Logo e do mauvelho, observando, claro, que há um sem número de situações de pesca que reclamam multiplicidade de estratégias e vc, MAtheus, pesca com muita frequência em condições específicas como as detalhadas no seu post, de forma que a sua experiência é de grade valia, afora a magnitude de seu atado.

Um abraço aos meus amigos douradeiros

Gui

Bom ver vc por aqui Gui,

Não conheço outros pescadores que tenham pescado tantos dourados com mosca como vc. Por isso, suas conclusões são muito importantes, assim como dos demais amigos aqui do fórum.

Isso que vc colocou sobre os Dourados maiores virarem a cabeça após morderem a mosca é a mais pura verdade. Chego a ter arrepios lembrando de imagens como esta que vc descreveu. Muitas vezes essa virada de cabeça é tão forte que arrebenta com tudo, sem dar chances ao pescador. Ano passado perdi um monstro exatamente assim. Ele virou a cabeça no momento que eu estava segurando a linha e rompeu um tippet de 20lbs sem qualquer cerimônia.

Mas neste tipo de situação, os jigs hooks também funcionaram muito bem. Na verdade, nos últimos anos, todos os dourados de medida que morderam minhas moscas, tiveram o anzol cravado na parte lateral da boca, praticamente como um "circle hook". Justamente o que uma das matérias que eu li no passado falavam sobre esse tipo anzol.

Mas a dúvida ainda prevalece, apesar da sua grande experiência. Haveria algum motivo especial para o mecanismo das mandíbulas dos Dourados ser diferente da dos humanos?

No caso dos humanos, Imagino que exista uma razão "mecânica" para a parte móvel da boca (mandíbula inferior) ser mais dura (densa) que os ossos da mandíbula superior.

Resumindo a discussão até agora. Vc, o Maurício e o Luiz acreditam que:

1. nos Dourados, os ossos da mandíbula superior são mais duros que os ossos da mandíbula inferior;

2. anzóis hayabusa ou 600sp tem mais chances de fisgar na lateral da boca (canivete) dos Dourados;

3. uma fisgada na mandíbula inferior também tem mais chances de sucesso pelo grande número de cartilagens;

4. fisgadas na parte superior da boca do Dourado geram mais riscos para a vida do peixe;

É isso?

Como eu disse, não tenho nenhum interesse em fazer minha opinião prevalecer. Pelo contrário, sempre vou tentar usar o que é mais efetivo nas minhas pescarias.

Um dos meus dentistas também é pescador de Dourados e não soube responder esta questão...rs

Um abração,

Matheus

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  • Mosqueiro
Sim estou no processo de implante de dois dentes, mas já passei pelo implante de um faz dois anos. Tinha que ver o torque que o cirurgião teve que fazer no maxilar inferior, passou de 65 Newtons. :happy:

É coisa de pescador com pouca experiência na captura de peixes grandes que necessitam de anzol grande e muita força para cravar, por isso fico imaginando que não seria possível cravar anzol diretamente no osso do maxilar de um peixão. Preciso fazer como o Gerson, dar de cara com dourados de dois dígitos para ter essa experiência. :D

Matheus tu já teve casos de ter o anzol cravado no osso do maxilar de peixes assim? :mellow:

Pesco peixes pequenos e não vou ter essa experiência. ;)

Legal Fausto, quem sabe não pescamos alguns Dourados uma hora dessas.

Como já estou pescando há anos com o anzol invertido, não lembro quado foi a última vez que tive uma fisgada na mandíbula inferior de um Dourado.

Fico sempre preocupado em soltar os peixes rapidamente, muitas vezes pesco sozinho e mal consigo tirar uma foto. Então, também não sei dizer se alguma vez fisguei osso ou cartilagem na mandíbula inferior. Salvo, é claro, quando a fisgada é na lateral da boca.

Mas se a mandíbula superior dos Dourados for composta apenas de ossos, posso dizer que que já cravei alguns anzóis por ali...kkkk

De qualquer forma, meus anzóis não tem farpa, então o que acaba segurando o peixe é a tensão constante na linha. Inclusive, esse é um outro assunto que pretendo iniciar por aqui pra trocarmos experiência sobre técnicas de como manter um dourado na linha.

Espero que vc tenha sucesso no seu tratamento. Quando estiver na cadeira do dentista lembre dos Dourados, pelo menos passa o tempo...rs

Um abração,

Matheus

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  • Mosqueiro

Matheus, este ano em Corrientes perdi um bem grande assim. Essa virada bruta que ele dá é a cena mais impressionante mesmo, aquela que te tira o sono à noite, porque é algo sobre o qual vc não tem controle algum.

Dourados de 8 kg ou mais num primeiro instante fazem o que bem entendem, e o melhor que temos a fazer é manter a linha firme e rezar rsrsrsrsrs (fisgar jamais - é tippet arrebentado na certa!).

Quanto ao assunto do tópico, eu não sei nem de longe responder sobre essas eventuais diferenças nas mandíbulas.

Apenas sei que, como um todo, o céu da boca do dourado é eminentemente ósseo, de forma que a parte superior da boca dele é predominantemente muito mais dura que a inferior, mas diferenças entre as mandíbulas eu não saberia. Apalpando-as, coisa que não faço faz tempo rsrsrs, não vi diferença aparente.

Interessante notar que os lábios superiores (não sei como se chama isso exatamente), na parte do canivete, avançam muito no sentido inferior, e nessa região, ora do lado de cima, ora de baixo, é que a grande maioria das fisgadas ocorre. Dando uma olhada na cabeça do dourado de perfil dá pra notar isso, os lábios superiores fazem uma "curva" descendente na região do canivete.

Quando a fisgada ocorre na cartilagem inferior (aquela parte branca e mole, oposta ao céu da boca), normalmente fica aquele rasgo, tipo do tucunaré, mas o peixe se recupera bem (já pesquei muitos dourados com essa parte lesionada, mas já recuperada).

Já na parte do céu da boca, quando eu corricava com colheres gigantes, de criança, cometi atrocidades das quais me arrependo muito, porque aquela porcaria de isca vem girando e o anzol dela é absurdamente exagerado , de forma que fazia um estrago mortal no peixe se por uma infelicidade fisgasse dessa forma, nessa região de puro osso (céu da boca), ainda mais porque sempre foi a última moda entre corricadores dar aquela acelerada básica no motor logo após a fisgada, pra "garantir" ....

Não gosto nem de pensar. Depois vieram as rapalas, o bait, até o fly, que eu acho sem dúvida o menos danoso, mas inofensivo 100% nunca será. Nossa atividade jamais será 100% inofensiva, essa é a realidade ,né?

Então, na minha opinião, qualquer cravada no céu da boca de um dourado será sempre mais danosa ao peixe que em outra região.

Já uma fisgada na mandíbula superior eu acho que provoca os mesmos danos que na inferior, bem mais reduzidos portanto.

No canivete menos danos ainda, por ser uma região lateral extrema.

Na cartilagem branca inferior, finalmente, dá aquela rasgada, mas sem maiores danos.

Agora, nada é mais danoso que ficar segurando o peixe tanto tempo pra tirar 25 fotos. Pra mim isso é o pior disparado, pois ele se resseca e fica extremamente frágil.

Putz, acho que falei demais kkkkk

Isso pode passar a falsa impressão de que eu gosto de conversar sobre dourados.

Jamais hein!!?? kkkk

abração

Gui

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  • Mosqueiro

Matheus, este ano em Corrientes perdi um bem grande assim. Essa virada bruta que ele dá é a cena mais impressionante mesmo, aquela que te tira o sono à noite, porque é algo sobre o qual vc não tem controle algum.

Dourados de 8 kg ou mais num primeiro instante fazem o que bem entendem, e o melhor que temos a fazer é manter a linha firme e rezar rsrsrsrsrs (fisgar jamais - é tippet arrebentado na certa!).

Quanto ao assunto do tópico, eu não sei nem de longe responder sobre essas eventuais diferenças nas mandíbulas.

Apenas sei que, como um todo, o céu da boca do dourado é eminentemente ósseo, de forma que a parte superior da boca dele é predominantemente muito mais dura que a inferior, mas diferenças entre as mandíbulas eu não saberia. Apalpando-as, coisa que não faço faz tempo rsrsrs, não vi diferença aparente.

Interessante notar que os lábios superiores (não sei como se chama isso exatamente), na parte do canivete, avançam muito no sentido inferior, e nessa região, ora do lado de cima, ora de baixo, é que a grande maioria das fisgadas ocorre. Dando uma olhada na cabeça do dourado de perfil dá pra notar isso, os lábios superiores fazem uma "curva" descendente na região do canivete.

Quando a fisgada ocorre na cartilagem inferior (aquela parte branca e mole, oposta ao céu da boca), normalmente fica aquele rasgo, tipo do tucunaré, mas o peixe se recupera bem (já pesquei muitos dourados com essa parte lesionada, mas já recuperada).

Já na parte do céu da boca, quando eu corricava com colheres gigantes, de criança, cometi atrocidades das quais me arrependo muito, porque aquela porcaria de isca vem girando e o anzol dela é absurdamente exagerado , de forma que fazia um estrago mortal no peixe se por uma infelicidade fisgasse dessa forma, nessa região de puro osso (céu da boca), ainda mais porque sempre foi a última moda entre corricadores dar aquela acelerada básica no motor logo após a fisgada, pra "garantir" ....

Não gosto nem de pensar. Depois vieram as rapalas, o bait, até o fly, que eu acho sem dúvida o menos danoso, mas inofensivo 100% nunca será. Nossa atividade jamais será 100% inofensiva, essa é a realidade ,né?

Então, na minha opinião, qualquer cravada no céu da boca de um dourado será sempre mais danosa ao peixe que em outra região.

Já uma fisgada na mandíbula superior eu acho que provoca os mesmos danos que na inferior, bem mais reduzidos portanto.

No canivete menos danos ainda, por ser uma região lateral extrema.

Na cartilagem branca inferior, finalmente, dá aquela rasgada, mas sem maiores danos.

Agora, nada é mais danoso que ficar segurando o peixe tanto tempo pra tirar 25 fotos. Pra mim isso é o pior disparado, pois ele se resseca e fica extremamente frágil.

Putz, acho que falei demais kkkkk

Isso pode passar a falsa impressão de que eu gosto de conversar sobre dourados.

Jamais hein!!?? kkkk

abração

Gui

Gui,

É realmente muito bom ouvir suas histórias e experiências. Acho que só isso já vale o tópico.

Acredito que temos um consenso de que a lateral da boca é o melhor lugar pra fisgada.

Não sei se seria possível usar apenas circle hooks para Dourados. Já atei moscas com este tipo de anzol, mas acabei não usando. Não tem tanto dourado dando sopa por aqui pra arriscar perder uma fisgada. Quem sabe um dia, se eu for pra um lugar com peixes em abundância, eu faça uns testes...hehehe

Também não duvido que vc esteja certo sobre a maior dureza dos ossos da parte superior da boca dos Dourados, pois estamos falando de espécies diferentes.

Porém, continuo achando que deve haver alguma razão mecânica para a parte móvel da nossa boca (mandíbula) ser mais dura que a parte superior. Estou falando da diferença de densidade salientada pelo meu dentista e confirmada pelo nosso amigo Fausto.

Essa dúvida é a base do tópico que eu criei pois, em tese, um osso mais mole seria mais facilmente fisgado.

A questão que vc, o Luiz e o Maurício colocaram sobre a fisgada na parte superior da boca ser mais danosa aos peixes é interessante, talvez seja até o caso de um tópico específico sobre isso, porque de certa forma está sendo colocado em "xeque" o uso de anzóis invertidos e de moscas consagradas como bendbacks, jigs flies (Bob Popovics) e da mais famosa de todas, a Clouser Deep Minnow.

Mesmo que essas moscas não sejam atadas usando um jig hook, um dos princípio básicos de todas elas é o anzol invertido. Eu nunca ouvi falar que essas iscas eram mais perigosas para os peixes que as demais moscas que usamos.

O que eu li sobre jigs hooks é justamente ao contrário, de que seriam mais seguros por fisgaram a maior parte do tempo na lateral ou na parte superior da boca dos peixes, evitando partes vitais como as branquias. Acho que um dos maiores defensores desta teoria é um mosqueiro americano chamado Dan Blaton.

Não sei qual era o tamanho das colheres que vc usava no passado. Mas eu sei que o pessoal da pesca convencional, ainda hoje, costuma usar anzóis enormes para os Dourados, com equipamentos pesadíssimos. Imagino que isso seja muito danoso, ainda mais no corrico usado uma linha de multifilamento. Mas pra eles não interessa se vai machucar o peixe, porque ele será morto de qualquer forma. Não conheço quem faça corrico e pratique pesque e solte. Talvez na Venezuela onde a gasolina é barata....rs

Mas na nossa modalidade os anzóis em geral são bem menores, inclusive os jigs hooks, que acabam apenas rolando pela cavidade superior da boca dos Dourados e prendendo no canivete.

Vamos em frente, depois que essa discussão terminar, tenho mais uns 2 tópicos pra iniciar sobre Dourados. Acho que vai ser divertido...rs

Desculpem pelos erros de digitação e eventuais falhas sobre o nome das partes da boca.

Um abração,

Matheus

Editado por Matheus
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  • Mosqueiro

Gui,

É realmente muito bom ouvir suas histórias e experiências. Acho que só isso já vale o tópico.

Acredito que temos um consenso de que a lateral da boca é o melhor lugar pra fisgada.

Não sei se seria possível usar apenas circle hooks para Dourados. Já atei moscas com este tipo de anzol, mas acabei não usando. Não tem tanto dourado dando sopa por aqui pra arriscar perder uma fisgada. Quem sabe um dia, se eu for pra um lugar com peixes em abundância, eu faça uns testes...hehehe

Também não duvido que vc esteja certo sobre a maior dureza dos ossos da mandíbula superior dos Dourados, pois estamos falando de espécies diferentes.

Porém, continuo achando que deve haver alguma razão mecânica para a parte móvel da nossa boca (maxilar) ser mais dura que a parte superior. Estou falando da diferença de densidade salientada pelo meu dentista e confirmada pelo nosso amigo Fausto.

Essa dúvida é a base do tópico que eu criei pois, em tese, um osso mais mole seria mais facilmente fisgado.

A questão que vc, o Luiz e o Maurício colocaram sobre a fisgada na parte superior da boca ser mais danosa aos peixes é interessante, talvez seja até o caso de um tópico específico sobre isso, porque de certa forma está sendo colocado em "xeque" o uso de anzóis invertidos e de moscas consagradas como bendbacks, jigs flies (Bob Popovics) e da mais famosa de todas, a Clouser Deep Minnow.

Mesmo que essas moscas não sejam atadas usando um jig hook, um dos princípio básicos de todas elas é o anzol invertido. Eu nunca ouvi falar que essas iscas eram mais perigosas para os peixes que as demais moscas que usamos.

O que eu li sobre jigs hooks é justamente ao contrário, de que seriam mais seguros por fisgaram a maior parte do tempo na lateral ou na parte superior da boca dos peixes, evitando partes vitais como as branquias. Acho que um dos maiores defensores desta teoria é um mosqueiro americano chamado Dan Blaton.

Não sei qual era o tamanho das colheres que vc usava no passado. Mas eu sei que o pessoal da pesca convencional, ainda hoje, costuma usar anzóis enormes para os Dourados, com equipamentos pesadíssimos. Imagino que isso seja muito danoso, ainda mais no corrico usado uma linha de multifilamento. Mas pra eles não interessa se vai machucar o peixe, porque ele será morto de qualquer forma. Não conheço quem faça corrico e pratique pesque e solte. Talvez na Venezuela onde a gasolina é barata....rs

Mas na nossa modalidade os anzóis em geral são bem menores, inclusive os jigs hooks, que acabam apenas rolando pela cavidade superior da boca dos Dourados e prendendo no canivete.

Vamos em frente, depois que essa discussão terminar, tenho mais uns 2 tópicos pra iniciar sobre Dourados. Acho que vai ser divertido...rs

Desculpem pelos erros de digitação e eventuais falhas sobre o nome das partes da boca.

Um abração,

Matheus

Olá Matheus, eu gostaria de reiterar que não sei nem de longe responder à pergunta específica do tópico, como salientei.

Menos ainda pretendo colocar em cheque as moscas que vc citou, embora, para dourados, não sejam minha primeira escolha (o que não quer dizer que não sejam ótimas moscas, tb para dourados, se assim o pescador entender, pela situação apresentada, sua experiência ou outros fatores). Não conversei com eles, mas acredito que o Maurício e o Luis também não pretendessem colocá-las em cheque.

Acho especialmente a clouser uma isca sensacional para tucunares, bass e assemelhados.

Já pesquei uns dourados com ela. São legais porque descem rápido. Mas prefiro outras. Peguei um belo dourado tb com uma mosca que vc desenvolveu e o logo atou, em corrientes, numa situação bem específica de galhadas aos montes e corredeira forte. Numa outra oportunidade no pantanal usei umas escuras que vc me deu de presenteie acertei dourados e piraputangas.

Com relação ao céu da boca, que não é o ponto específico do seu tópico, qualquer dourado, seja o atualmente chamado salminus brasiliensis, da bacia do prata (antigo maxilosus - nome mais adequado ao meu ver), seja o franciscanus, sejam as pequenas variações do primeiro, e até mesmo a tabarana, tem essa parte da boca eminentemente óssea e incomparavelmente mais dura que a inferior.

Já as colheres que eu usava de criança eram enormes e seus anzóis mais lembravam aqueles de bicheiros. Mesmo os dourados soltos saiam bem machucados. Eram outros tempos....

Acho que já me redimi com os dourados que soltei daí pra frente rsrsrs

Abraço

Gui

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  • Mosqueiro

Gui,

Acho que eu fiz confusão com a nomenclatura. Mas acho que dá pra entender que estamos falando da parte superior e inferior da boca.

Também tinha citado o nome salminus maxillosus, mas depois editei porque vi que também tem o nome brasiliensis.

Vc tem razão. O próprio nome maxillosus já chama atenção.

Não consegui achar muita coisa na internet, talvez eu não esteja usando as palavras certas.

Encontrei apenas uma imagem em preto em braco com as partes da boca do Dourado.

Acho que o jeito é a gente comprar um peixe e, antes de assar, fazer uns testes furando cada tipo de osso. Isso pode ser feito tomando umas cerveja e comendo uns aperitivos....kkkkkk

Um abração,

Matheus

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