Pescador artesanal e ecologista

[Scheidt]

O recente tópico do Jamanta sobre os motivos de se devolver o peixe gerou uma grande e produtiva polêmica. Vários motivos para largar o peixe foram expostos e de alguma maneira a maioria dos amigos aqui do fórum parecem estar empenhados com a questão ecológica e de sustentabilidade. O nosso filósofo Artur trouxe uma reflexão profunda sobre nossas atitudes, chegando até mesmo fazermo-nos questionar sobre nossas pretensas atitudes ecológicas e colocar em xeque alguns paradigmas do comportamento "ecologicamente correto". Fiquei entusiasmado com todos aqui no fórum e com este tópico gostaria de dividir uma aula de ecologia que tive com um humilde mas genial pescador artesanal que vive nas margens do rio jacuí. Abaixo colei uma cópia da reportagem do Jornal do Povo de Cachoeira do Sul:

Rotarianos limpam margens do Jacuí

Mutirão ocorreu neste sábado, um pedido do pescador Elias Gofas, 58 anos

O pescador Elias Gofas, idealizador da faxina na mata ciliar

A pedido do pescador Elias Gofas, 58 anos, em torno de 10 integrantes do Rotary Club Zona Alta retiraram o lixo acumulado às margens do Rio Jacuí, aos fundos do campus da Ulbra/Cachoeira. O mutirão ocorreu neste sábado e, de acordo com os organizadores, foram mais de 15 mil itens recolhidos, a maioria garrafas plásticas. O material reciclável será encaminhado para reciclagem e o que não tem outra utilidade, como calçados, será descartado.

A limpeza foi solicitada há pouco mais de dois meses pelo pescador ao rotariano e médico João Scheidt. O primeiro contato ocorreu dentro do Hospital de Caridade e Beneficência, onde Gofas foi operado por Scheidt. Enquanto se recuperava da cirurgia, o pescador comentou sobre sua preocupação ambiental e contou que há anos juntava lixo das margens do rio, trabalho que, sozinho, não vencia. “Foi assim que nasceu a ideia do mutirão”, destaca Elias Gofas.

Todo o material que o pescador já tinha recolhido das margens e guardava em um velho galpão ao lado de sua casa foi levado pelos rotarianos. “Agora vou começar a juntar de novo e quando o galpão estiver cheio vou chamar o pessoal do Rotary para outro mutirão”, afirma o pescador. Ele estima que o próximo recolhimento de lixo das margens do Jacuí deverá ocorrer no início do ano que vem.

MASCOTE - A filha do pescador, Júlia Gofas, 7 anos, ajudou no mutirão, e com parte do que retirou da mata ciliar fez um mascote, o Oxil (lixo ao contrário), uma forma de chamar a atenção para que aquilo que, a princípio, não serve para mais nada pode ser transformado em algo útil.

João Scheidt no mutirão de limpeza do Rio Jacuí

O Seu Elias vai além da devolução (sim, ele devolve aqueles que ele não vai vender!), que tal irmos também? Quem se arrisca?

[Tcheigor]

é isso aí tche, baita exemplo, tanto do seu Gofas quanto teu, parabéns!

[Artur]

Show de bola!

Orgulho de participar do fórum!
Realmente, as vezes ficamos pensando coisas mirabolantes quando podemos ajudar de um jeito muito simples...

E vamos fazer esta pescaria em Cahoeira ou uma janta de atado no Jamanta!

Abraço!

Artur

[Scheidt]

é isso aí tche, baita exemplo, tanto do seu Gofas quanto teu, parabéns!

obrigado, Tcheigor. Vou precisar de voluntários para a próxima!

[Scheidt]

Show de bola!

Orgulho de participar do fórum!

Realmente, as vezes ficamos pensando coisas mirabolantes quando podemos ajudar de um jeito muito simples...

E vamos fazer esta pescaria em Cahoeira ou uma janta de atado no Jamanta!

Abraço!

Artur

combinado!

[Marcelo R. S.]

Amigos no meu modo de pensar não significa ecológica e sustentabilidade e sim a Natureza, na minha opinião ecologia foi o meio que o governo colocou para aliviar ECO + 20 e Sustentabilidade foi o modo que eles colocaram matar sem prejudicar, eu sou mas naturalista da fauna Brasileira. Isto é a minha opinião.

[Celio]

o pescador está certo, sem dúvida, mas também haverá quem pergunte o motivo da ação. É sempre muito difícil ter certeza de que ele estaria imediatamente preocupado com a questão ambiental propriamente dita, e não com os problemas que enfrenta ao exercer sua profissão num rio poluído. E para mim qualquer que seja o motivo é sempre válido. Nós, pescadores esportivos, também somos assim. Nossa consciência ambiental na maior parte das vezes ou em grande parte é decorrência imediata do desejo de ver nossas arenas preservadas para que a pescaria seja melhor e se mantenha viável.

A discussão não faria muito sentido se os argumentos parassem por aí, pois os fins justificam os meios e, assim, o que importa no final das contas é o resultado. O problema é que a pesca em si e por si só é lesiva. A esportiva, menos, e ainda carrega certos benefícios que equilibram as coisas (onde a pesca esportiva impera, há em geral uma queda da comercial). A comercial, enormemente, ainda mais se feita com rede, pois rede destrói o fundo e o ambiente e na maioria dos casos não mata seletivamente. Melhora, mas não resolve só limpar o rio ou evitar poluí-lo. Sou radicalmente contra a pesca com rede, ainda mais em águas interiores. A atitude desse senhor pescador é louvável, pois mostra uma noção de afastamento da cultura extrativista arcaica, e sei que a ideia dos profissionais não é destruir o ambiente, mas eles o fazem. Eu sinceramente não vejo futuro para os nossos cardumes enquanto não houver proibição integral de pesca com rede, espinhéis e outros métodos comerciais e cota zero em rios de reprodução/piracema, mangues etc...

[Marcelo R. S.]

Grande Celio Apoiado, amigo será que este Sr. pescador só limpa este trecho próximo da casa dele e é ele que coloca o lixo para ganhar um dinheiro na venda das garrafas será? estou falando isto porque já vi caço a sim. Este mundo que nos vivemos acontece de tudo.

Mas contínua.

[Scheidt]

O homem nem tá aqui para se defender...

[Artur]

Não vamos muito longe nas POSSIBILIDADES!

É um fato que ele limpa parte de um rio e é um fato que esta é uma atitude louvável...

No fim das contas, como disse o amigo, tudo gira em torno de interesses: seja para sustentar a família, seja para ter mais peixe para pescar, ou seja por um lugarzinho no céu!

Temos que lidar com isso...
E se o objetivo é abolir a pesca com rede, então podemos começar a parar de comer totalmente os peixes selvagens... Sobram aqueles criados para abate apenas...

Alguém faz isso?

Se sim, dou o braço a torcer...

E que tal o impacto dos fertilizantes das plantações na poluição dos rios?

Alguém só come produtos orgânicos?

Se sim, dou o braço a torcer...

Esse assunto é muito complicado... E apontar o dedo para um pescador artesanal porque é possível que ele esteja limpando o rio por interesse, é no mínimo ir longe demais...

Sei que não foi isso que vocês fizeram, mas quero deixar claro que isso não deve ser feito...

Abraço!

[Artur]

Ahh e fico muito feliz pelas discussões... Temos uma tendência a tomar discussões como algo ruim, mas pelo contrário, mostra que estamos pensando!

A filosofia grega foi baseada nisso... Confronto de opiniões e argumentos opostos, sempre em direção à verdade, bem, belo...

Abraço!

[Probst]

cada coisa que eu vejo nesse forum que não da nem pra acrediditar,ficar julgando qual a razão que levou a ser feita a tal limpesa da beira do rio é o de menos, o importante é que ela foi feita,e tomara que continue sendo feita tanto lá quanto em outros rios,queria que outros pescadores que vivem da pesca tivessem a mesma preocupação que este senhor,aqui onde eu moro a coisa é diferente, na beira do rio só campo e lavoura de arroz tudo desbarancado,matança de animais silvestres e os caras se dizem esportistas,aplaudam a atitude deste senhor pelo menos ele cuida do local de onde tira o seu pão,muitasvezez os fins justificam os meios

um abraço a todos

Probst

[Marcelo R. S.]

Amigos se não tivesse criações de peixes seria pior, os profissionais do mercado do pescado já existe a mas tempo e eles mesmos criam leis para a pesca e nos!

O pescador amador esportivo no Brasil são poucos o que tem mas é pescador amador, o mas importante é ter pensamento não iguais no passado e sim para o nosso futuro, já foi o tempo de matar um peixe, poder comer um espécie sem sacrificar ostros peixes isto é para ter sempre o que pescar. agora tenho a certeza que algum lugar não tem peixes para o nosso esporte por motivo pesca excessiva nos que destruímos não é o que pescadores amadores não pensa. isto tudo é uma bola de neve, o que este Sr. fez para muitos foi ótimos sim, vamos pensar?

Amigos temos de soltar mas peixes do que matar, sinal que precisamos de pensar um pouco mais isto é para a nossa continuação do nosso esporte porque se continuar como esta todos pescadores amadores esportivo ou não vai pescar em pesque pague por não pescar mas nada. Se não acredita continua a matar, não a problema de sacrificar um peixe deste que pense melhor, a sim Bom Senso pensamento para frente não para trás.

Os peixes que eu pesco prefiro que eles voltam para agua isto é crescer, desovar e tenha filhotes para os filhos dos pescadores esportivo do futuro.

A sim quem dos amigos já pesquisou algumas espécies de peixes quase extintas em determinado local de pesca?

Sim amigo é uma polemica igual ao poça de mão e bicheiro é a mesma.

Editado Julho 17, 2013 por Marcelo R. S.

[Scheidt]

cada coisa que eu vejo nesse forum que não da nem pra acrediditar,ficar julgando qual a razão que levou a ser feita a tal limpesa da beira do rio é o de menos, o importante é que ela foi feita,e tomara que continue sendo feita tanto lá quanto em outros rios,queria que outros pescadores que vivem da pesca tivessem a mesma preocupação que este senhor,aqui onde eu moro a coisa é diferente, na beira do rio só campo e lavoura de arroz tudo desbarancado,matança de animais silvestres e os caras se dizem esportistas,aplaudam a atitude deste senhor pelo menos ele cuida do local de onde tira o seu pão,muitasvezez os fins justificam os meiosum abraço a todosProbst

Valeu, Probst. A questão da preservação de peixes nativos vai muito além da devolução ou cota zero. Os rios precisam estar saudáveis para que o peixe se desenvolva. Ir além da devolução é necessário. Abraço. Editado Julho 17, 2013 por Scheidt

[Fausto]

As vezes nossas ações de preservação chocam as pessoas da região, vi isso recentemente em uma das vezes que resolvi pescar no rio Bananeiras e ao retornar para o carro vim catando lixo para ser colocado em seu devido lugar, ao chegar próximo do local que deixamos o carro algumas pessoas me olharam e uma delas me disse que não havia jogado lixo no local, mas em momento algum argumentei quem jogou lixo no local, apenas achei bom catar o lixo.

O mesmo já aconteceu quando resolvi soltar peixes perto de um pescador, não vou dizer que quase apanhei, mas fui questionado pelo infeliz porque estava fazendo isso perto dele e minha resposta foi dizer que acredito na sobrevivência do peixe depois de capturado e que aquele peixe solto poderia me dar outra satisfação em nova pescaria. O argumento é válido? Depende do ponto de vista e o máximo que posso fazer é continuar acreditando que sim.

Se eu estava certo ou não ao catar o lixo do rio Bananeiras é uma questão de eu acreditar ou não nisso, ainda mais que foi uma ação única de minha parte até o momento e essa ação pode ser boa se outras pessoas acreditarem no mesmo, porém não é isso que vejo em nossos rios, vejo sim pessoas poluindo e nem se preocupando com o resultado dessa poluição.

Sigo em frente com a ideia.

[Scheidt]

As vezes nossas ações de preservação chocam as pessoas da região, vi isso recentemente em uma das vezes que resolvi pescar no rio Bananeiras e ao retornar para o carro vim catando lixo para ser colocado em seu devido lugar, ao chegar próximo do local que deixamos o carro algumas pessoas me olharam e uma delas me disse que não havia jogado lixo no local, mas em momento algum argumentei quem jogou lixo no local, apenas achei bom catar o lixo.

O mesmo já aconteceu quando resolvi soltar peixes perto de um pescador, não vou dizer que quase apanhei, mas fui questionado pelo infeliz porque estava fazendo isso perto dele e minha resposta foi dizer que acredito na sobrevivência do peixe depois de capturado e que aquele peixe solto poderia me dar outra satisfação em nova pescaria. O argumento é válido? Depende do ponto de vista e o máximo que posso fazer é continuar acreditando que sim.

Se eu estava certo ou não ao catar o lixo do rio Bananeiras é uma questão de eu acreditar ou não nisso, ainda mais que foi uma ação única de minha parte até o momento e essa ação pode ser boa se outras pessoas acreditarem no mesmo, porém não é isso que vejo em nossos rios, vejo sim pessoas poluindo e nem se preocupando com o resultado dessa poluição.

Sigo em frente com a ideia.

Isso mesmo, é muito mais fácil dizer "não fui eu".

Estamos engajados em um projeto de repovoamento de dourados no Rio Jacuí, venho tentando engajar pessoas de diversas áreas no trabalho.

Talvez nada aconteça na prática, talvez o repovoamento não surta efeito, mas essas possibilidades não podem impedir que façamos algo.

um abraço

[Jamanta]

É, o velho Jacuí, considerado por alguns como mais importante rio do mundo, esta sofrendo muito.

Ele vinha numa caída regular nas ultimas decadas, mas nos últimas 5 anos degringolou.

Estou muito preocupado, e foi um dos motivos que em nome da ABPM aceitei o convite de participar, mesmo que modestamente, dos projetos ligados ao rio jacuí. Fomos convidados para ajudar na formação da PESCA ESPORTIVA como produto turisitico, e assim, gerar desenvolvimento sustentável.

Vali ser uma luta ingrata, e para no minimo 10 ou 20 anos, porém, é necessário iniciar.

Agente se criou na beira do rio, eu, o Scheidt o João Paulo (que muitos aqui conhecem).

Este rio tinha dourados enormes, uma pescaria de tambica muito legal, sem falar em lambari, piava, traíra.... ou seja, um grande potencial para pesca com mosca.

Passo meu verão na beira deste rio, pois temos uma casa bem na beirinha. É onde ensino minha sobrinha a pescar lambari de fly, por isto é tão importante. Sem falar que é um simbolo para a cidade e para população.

A capacidade do ser humano de esgotar recursos naturais me pro do desenvolvimento é algo surpreendente....

[Jamanta]

Isso mesmo, é muito mais fácil dizer "não fui eu".

Estamos engajados em um projeto de repovoamento de dourados no Rio Jacuí, venho tentando engajar pessoas de diversas áreas no trabalho.

Talvez nada aconteça na prática, talvez o repovoamento não surta efeito, mas essas possibilidades não podem impedir que façamos algo.

um abraço

Falou tudo, tem que fazer....

E tambem não se importar com os que dizem que não vai dar certo, isto em aos montes.

É importante traçar o caminho, e nele ir errando para poder acertar.

[Scheidt]

O rio realmente está pediindo socorro: sujeira, pontos sem mata ciliar e pesca predatória.

Existe um outro fator pouco discutido porém muito danoso ao meio ambiente que são as bombas submersas para irrigação de lavouras de arroz, são verdadeiras dragas de comer alevinos e pequenos peixes. Uma delas ligadas por um dia, consomem mais peixes do que um pescador abatendo em um mês. Na última vistoria que fizemos tinham 10 em operação num trecho de 30 kilômetros.

É trabalho que não acaba mais...

[Jamanta]

Já estou estudando isto João .... em nome da ABPM podemos fazer a denuncia. Me falta um pouquinho te tempo para encerrar esta idéia e dar o encaminhamento.

Tu não conseguiria fotos e localizações (gps) destas bombas.????

[Scheidt]

É só fazer outra expedição - que tal fazermos juntos, o motor está em cachoeira.

[Marcelo R. S.]

Amigos se não tivesse criadouros de Dourados seria muito mas complicado, a salvação que tem os dourados e vocês com pensamento positivo e corretamente, vai em frente liberação dos peixes no rio, que muitos destruirão só vocês para construir fazer voltar a ser limpo, a natureza voltar com era antes. O único problema que fica mas difícil é manter, se desse ter um modo a população ser educada com muito ensinamento nas escolas para diminuir o impacto . Vão em frente, na próxima escrita de vocês gostaria ler " o Rio Jacuí votou a ter vida muitos Dourados, vários peixes as matas auxiliar com muito verde, sim o Rio Jacuí esta piscoso e muito natura." se não tentar não vai saber, vou passar um exemplo ocorrido nos USA como poderia ser no Brasil também, em um manguezal de tanto pesca sem pensar só tirar o peixe que é para mim o xodó Robalo, aos americanos acabou mesmo com o Robalo, o governo junto com empresários conseguiu ter uma lei, que não poderia pescar, matar, vender o Robalo pelo período de cinco anos, voltou a ter de novo os Robalos no mesmo manguezal, se deu certo por que não fazer, eu sei que aqui no brasil tudo é mas complicado mas não é impossível vão em verte a sim Parabéns eu apoio.

[Douglas Coelho]

Belo exemplo!

[Redkingfisher]

Grande esforco e bonito trabalho Rodrigo, esta de parabens, voce tem a consiencia exata pra preservacao e conservacao do meio ambiente. Continue o excelente trabalho. Abracao.

[Neumann]

Amigos, eu também iniciei na pesca em um rio que se não faz parte da Bacia do Jacuí, é muito relacionado a ele. Meu avô tinha uma chácara em Pareci Velho, na época no município de São Sebastião do Caí. A chácara terminava às margens do arroio Cadeia que uns 500 m adiante desaguava no Rio Cai que bem mais adiante vai formar o Guaíba junto com o Jacui.

No Cadeia, eu e meu primos pescávamos, lambari de dia de caniço, pintado na linha de mão (as vezes só saia mandinho...) e traira e jundiás na espera de noite. Há anos que me questiono se devo ir ou não até a chácara do meu avô (está com uma tia agora) e ver como está o Cadeia. Não tenho coragem... quem sabe se tornou um esgotão já que passa por um monte de cidades que na época eram apenas distritos ou muito pequenas Picada Café, Herval, Ivoti...).

Mas já naquela época, dourado só na lembrança di nmeu avô, tios e meu pai. Nunca vi um saido do Cadeia ou do Caí.

E tambica = branca = saicanga. E grumatã = curimbatá só de rede quando chovia na serra e o rio sujava...

DIa desses, até sonhei que estava pescando de fly no velho Cadeia...

Em tempo, Scheidt, belo gesto. Que se repita mais vezes.

sds

NEumann

[Sérgio Augusto]

Vai não Nóiman, é melhor ficar com as velhas lembranças, do que ver no que esses rios se tornaram.

[Beto Saldanha]

Amigos, eu também iniciei na pesca em um rio que se não faz parte da Bacia do Jacuí, é muito relacionado a ele. Meu avô tinha uma chácara em Pareci Velho, na época no município de São Sebastião do Caí. A chácara terminava às margens do arroio Cadeia que uns 500 m adiante desaguava no Rio Cai que bem mais adiante vai formar o Guaíba junto com o Jacui.

No Cadeia, eu e meu primos pescávamos, lambari de dia de caniço, pintado na linha de mão (as vezes só saia mandinho...) e traira e jundiás na espera de noite. Há anos que me questiono se devo ir ou não até a chácara do meu avô (está com uma tia agora) e ver como está o Cadeia. Não tenho coragem... quem sabe se tornou um esgotão já que passa por um monte de cidades que na época eram apenas distritos ou muito pequenas Picada Café, Herval, Ivoti...).

Mas já naquela época, dourado só na lembrança di nmeu avô, tios e meu pai. Nunca vi um saido do Cadeia ou do Caí.

E tambica = branca = saicanga. E grumatã = curimbatá só de rede quando chovia na serra e o rio sujava...

DIa desses, até sonhei que estava pescando de fly no velho Cadeia...

Em tempo, Scheidt, belo gesto. Que se repita mais vezes.

sds

NEumann

Ache que vale a pena, mas costuma ser doloroso.

Eu ia toda semana para um sitio que meu pai tinha na subida de Petrópolis. Saia do colégio e ia para a Leopoldina junto com amigos do colégio. O trem era uma maria fumaça que levava quase 2 horas para chegar – a chegada era numa estação bem pequena mas muito bonitinha – toda em tijolos aparentes e umas ferragens caprichadas. Da estação até o sitio era uma caminhada de 10 minutos – tinha tanto vagalume que nem lanterna era preciso. Lá caçava paca e nhambu e pescava grandes piabas. A 15 metros da casa passava um rio mais ou menos como o Macaé de Cima. Tinha o sítio de meu pai de um lado do rio e outro do outro lado. Era uma maravilha. La pelos anos 60 o dono do outro sítio morreu e os herdeiros venderam para uma imobiliária. Foi feito um grande loteamento, meu pai acabou vendendo também. Um tempo atrás, voltando de Itaipava resolvi (péssima ideia) ver como aquilo estava. A Estação de trem tinha sido demolida para a construção de um supermercado, o rio não era mais rio, mas um grande valão de lixo e as matas um favelão. Meus olhos ficaram cheios d´agua. Da para ver do que estou falando no Google – o lugar se chama Xerém.

[Marcelo R. S.]

É aguas passadas não voltam mas.

Depois de uma construção vem a destruição.

[Menandro]

Não existe "Jogar Fora", nada que descartemos vai fora, afinal ainda não conseguimos tirar deste planeta o lixo.
Como atuo fortemente sobre gestão sustentável de recursos, nos falta atitude de ver, ter a visão holística do todo, consumimos um mundo que nos foi dado em equilíbrio, esgotamos 40% das zonas pesqueiras do mundo, se o mundo existe a pelo menos 4,5 bilhões de anos, e o homem a +- 200 mil anos, a invenção que mudou o mundo, foi a agricultura, a menos de 10 mil anos, foi a partir dela que começamos a viver mais próximos, 70% do mundo mora ao redor de rios lagos e afluentes de agua, nos últimos 50 anos de nossa existência destruímos mais que nos 200 mil de vida do homem. Quanto o que consumimos que vai para os rios, exemplos do que não vimos, são 3 bilhões de litros de bronzeador que fica na agua ano/mundo, é só calcularmos se hoje somos 7 bilhões de pessoas e saber que 1/3 ainda usa o carvão como fonte de calor e energia, que lixo, depois que sai da tua casa tá limpo, assim como o tal ralo, que depois que saiu ....foi, e tem também o tal de vaso, que depois que puxou a descarga foi também, não existe o foi, é um só mundo, a mudança que queremos temos que começar por nós mesmos, no belo exemplo de coleta que abre o tópico, poderíamos ter nos juntado, como uma massa de pessoas de bom sentido, juntas limpando, divulgando e atuando, pode ser no jacui, no macae, somos muitos pescadores que amam a pesca, sem nossa atuação, perderemos muitos rios ainda.
É uma sugestão singela, mas quem sabe termos um tópico de denuncias, temos vários especialista em várias áreas diferentes que juntos formam um grande time, uma grande equipe em prol daquilo que mais gostamos, pescar, e para tal termos rios , lagos, mares nos quais possamos nos divertir sustentavelmente.
Dou palestras de sustentabilidade a 3 anos, todas de graça, não cobro nem combustível, nem absolutamente nada, para que mais pessoas juntas possam realmente mudar um rumo que sabemos aonde vai parar..... uns números interessantes....
Todo mundo reclama, mas ninguém faz nada, Entretanto, o problema é que fazer alguma coisa custa caro.
350 Bilhões de dólares ano a preços de hoje, 1 Trilhão de dólares anuais em meados do século, e isso por muitos anos seguidos.
Somente conter a evolução do aquecimento global envolve 1% do PIB Mundial, algo em torno de 35 trilhões de dólares ano. Não reverte, mas contribui para impedir de aumentar.
Segundo estudo de Sear Nicolas Stern (Ex-economista-chefe chefe do Banco Mundial) contratado pelo Ministério da Fazenda Britânico para fornecer estudos econométricos a respeito.
50% da população mundial vive da agricultura e 3/4 trabalham nela com as mãos.
50% dos grãos mundiais são para gerar ração animal e produção de bio-combustíveis.
Nos últimos 50 anos pescamos 5 vezes mais.
Retiramos 100 toneladas por ano nestes últimos.
1 em cada 5 habitantes no mundo tem sua subsistência no peixe.
3/4 das zonas pesqueiras estão em vias de esgotamento.
Atualmente, o consumismo é gerado por 25% da população mundial.
Os outros 75% consomem dentro ou abaixo do necessário.
Esses 25% são os que possuem mais do que uma casa e muito mais roupas do que podem usar.
80% dos minerais que extraímos da natureza são utilizados apenas por 20% da população mundial.
5 mil pessoas morrem por dia no mundo por beber água poluída.
1 bilhão de pessoas não tem acesso a água.
Consumimos por ano 13 bilhões de hectares de florestas.
Aniquilamos já 40% das terras aráveis no mundo.
Ainda existe o vórtice do pacifico, uma ilha de plásticos no oceano, tem 3 vezes o tamanho do estado do Texas e uma profundidade incrível, assistam no YouTube a ilha de Midway.
www.youtube.com/watch?v=OwLDBUWEt-g

Vejo uma realidade preocupante, entramos em uma seara de difícil discussão,
sei que não escrevo muito mas não aguentei,
Obrigado
Menandro

[Scheidt]

Amigos, eu também iniciei na pesca em um rio que se não faz parte da Bacia do Jacuí, é muito relacionado a ele. Meu avô tinha uma chácara em Pareci Velho, na época no município de São Sebastião do Caí. A chácara terminava às margens do arroio Cadeia que uns 500 m adiante desaguava no Rio Cai que bem mais adiante vai formar o Guaíba junto com o Jacui.

No Cadeia, eu e meu primos pescávamos, lambari de dia de caniço, pintado na linha de mão (as vezes só saia mandinho...) e traira e jundiás na espera de noite. Há anos que me questiono se devo ir ou não até a chácara do meu avô (está com uma tia agora) e ver como está o Cadeia. Não tenho coragem... quem sabe se tornou um esgotão já que passa por um monte de cidades que na época eram apenas distritos ou muito pequenas Picada Café, Herval, Ivoti...).

Mas já naquela época, dourado só na lembrança di nmeu avô, tios e meu pai. Nunca vi um saido do Cadeia ou do Caí.

E tambica = branca = saicanga. E grumatã = curimbatá só de rede quando chovia na serra e o rio sujava...

DIa desses, até sonhei que estava pescando de fly no velho Cadeia...

Em tempo, Scheidt, belo gesto. Que se repita mais vezes.

sds

NEumann

valeu, Neumann.

Em breve teremos mais trabalho por aqui.

Abraço

Scheidt

[Scheidt]

Não existe "Jogar Fora", nada que descartemos vai fora, afinal ainda não conseguimos tirar deste planeta o lixo.

Como atuo fortemente sobre gestão sustentável de recursos, nos falta atitude de ver, ter a visão holística do todo, consumimos um mundo que nos foi dado em equilíbrio, esgotamos 40% das zonas pesqueiras do mundo, se o mundo existe a pelo menos 4,5 bilhões de anos, e o homem a +- 200 mil anos, a invenção que mudou o mundo, foi a agricultura, a menos de 10 mil anos, foi a partir dela que começamos a viver mais próximos, 70% do mundo mora ao redor de rios lagos e afluentes de agua, nos últimos 50 anos de nossa existência destruímos mais que nos 200 mil de vida do homem. Quanto o que consumimos que vai para os rios, exemplos do que não vimos, são 3 bilhões de litros de bronzeador que fica na agua ano/mundo, é só calcularmos se hoje somos 7 bilhões de pessoas e saber que 1/3 ainda usa o carvão como fonte de calor e energia, que lixo, depois que sai da tua casa tá limpo, assim como o tal ralo, que depois que saiu ....foi, e tem também o tal de vaso, que depois que puxou a descarga foi também, não existe o foi, é um só mundo, a mudança que queremos temos que começar por nós mesmos, no belo exemplo de coleta que abre o tópico, poderíamos ter nos juntado, como uma massa de pessoas de bom sentido, juntas limpando, divulgando e atuando, pode ser no jacui, no macae, somos muitos pescadores que amam a pesca, sem nossa atuação, perderemos muitos rios ainda.

É uma sugestão singela, mas quem sabe termos um tópico de denuncias, temos vários especialista em várias áreas diferentes que juntos formam um grande time, uma grande equipe em prol daquilo que mais gostamos, pescar, e para tal termos rios , lagos, mares nos quais possamos nos divertir sustentavelmente.

Dou palestras de sustentabilidade a 3 anos, todas de graça, não cobro nem combustível, nem absolutamente nada, para que mais pessoas juntas possam realmente mudar um rumo que sabemos aonde vai parar..... uns números interessantes....

Todo mundo reclama, mas ninguém faz nada, Entretanto, o problema é que fazer alguma coisa custa caro.

350 Bilhões de dólares ano a preços de hoje, 1 Trilhão de dólares anuais em meados do século, e isso por muitos anos seguidos.

Somente conter a evolução do aquecimento global envolve 1% do PIB Mundial, algo em torno de 35 trilhões de dólares ano. Não reverte, mas contribui para impedir de aumentar.

Segundo estudo de Sear Nicolas Stern (Ex-economista-chefe chefe do Banco Mundial) contratado pelo Ministério da Fazenda Britânico para fornecer estudos econométricos a respeito.

50% da população mundial vive da agricultura e 3/4 trabalham nela com as mãos.

50% dos grãos mundiais são para gerar ração animal e produção de bio-combustíveis.

Nos últimos 50 anos pescamos 5 vezes mais.

Retiramos 100 toneladas por ano nestes últimos.

1 em cada 5 habitantes no mundo tem sua subsistência no peixe.

3/4 das zonas pesqueiras estão em vias de esgotamento.

Atualmente, o consumismo é gerado por 25% da população mundial.

Os outros 75% consomem dentro ou abaixo do necessário.

Esses 25% são os que possuem mais do que uma casa e muito mais roupas do que podem usar.

80% dos minerais que extraímos da natureza são utilizados apenas por 20% da população mundial.

5 mil pessoas morrem por dia no mundo por beber água poluída.

1 bilhão de pessoas não tem acesso a água.

Consumimos por ano 13 bilhões de hectares de florestas.

Aniquilamos já 40% das terras aráveis no mundo.

Ainda existe o vórtice do pacifico, uma ilha de plásticos no oceano, tem 3 vezes o tamanho do estado do Texas e uma profundidade incrível, assistam no YouTube a ilha de Midway.

www.youtube.com/watch?v=OwLDBUWEt-g

Vejo uma realidade preocupante, entramos em uma seara de difícil discussão,

sei que não escrevo muito mas não aguentei,

Obrigado

Menandro

Não existe "Jogar Fora", nada que descartemos vai fora, afinal ainda não conseguimos tirar deste planeta o lixo.

Como atuo fortemente sobre gestão sustentável de recursos, nos falta atitude de ver, ter a visão holística do todo, consumimos um mundo que nos foi dado em equilíbrio, esgotamos 40% das zonas pesqueiras do mundo, se o mundo existe a pelo menos 4,5 bilhões de anos, e o homem a +- 200 mil anos, a invenção que mudou o mundo, foi a agricultura, a menos de 10 mil anos, foi a partir dela que começamos a viver mais próximos, 70% do mundo mora ao redor de rios lagos e afluentes de agua, nos últimos 50 anos de nossa existência destruímos mais que nos 200 mil de vida do homem. Quanto o que consumimos que vai para os rios, exemplos do que não vimos, são 3 bilhões de litros de bronzeador que fica na agua ano/mundo, é só calcularmos se hoje somos 7 bilhões de pessoas e saber que 1/3 ainda usa o carvão como fonte de calor e energia, que lixo, depois que sai da tua casa tá limpo, assim como o tal ralo, que depois que saiu ....foi, e tem também o tal de vaso, que depois que puxou a descarga foi também, não existe o foi, é um só mundo, a mudança que queremos temos que começar por nós mesmos, no belo exemplo de coleta que abre o tópico, poderíamos ter nos juntado, como uma massa de pessoas de bom sentido, juntas limpando, divulgando e atuando, pode ser no jacui, no macae, somos muitos pescadores que amam a pesca, sem nossa atuação, perderemos muitos rios ainda.

É uma sugestão singela, mas quem sabe termos um tópico de denuncias, temos vários especialista em várias áreas diferentes que juntos formam um grande time, uma grande equipe em prol daquilo que mais gostamos, pescar, e para tal termos rios , lagos, mares nos quais possamos nos divertir sustentavelmente.

Dou palestras de sustentabilidade a 3 anos, todas de graça, não cobro nem combustível, nem absolutamente nada, para que mais pessoas juntas possam realmente mudar um rumo que sabemos aonde vai parar..... uns números interessantes....

Todo mundo reclama, mas ninguém faz nada, Entretanto, o problema é que fazer alguma coisa custa caro.

350 Bilhões de dólares ano a preços de hoje, 1 Trilhão de dólares anuais em meados do século, e isso por muitos anos seguidos.

Somente conter a evolução do aquecimento global envolve 1% do PIB Mundial, algo em torno de 35 trilhões de dólares ano. Não reverte, mas contribui para impedir de aumentar.

Segundo estudo de Sear Nicolas Stern (Ex-economista-chefe chefe do Banco Mundial) contratado pelo Ministério da Fazenda Britânico para fornecer estudos econométricos a respeito.

50% da população mundial vive da agricultura e 3/4 trabalham nela com as mãos.

50% dos grãos mundiais são para gerar ração animal e produção de bio-combustíveis.

Nos últimos 50 anos pescamos 5 vezes mais.

Retiramos 100 toneladas por ano nestes últimos.

1 em cada 5 habitantes no mundo tem sua subsistência no peixe.

3/4 das zonas pesqueiras estão em vias de esgotamento.

Atualmente, o consumismo é gerado por 25% da população mundial.

Os outros 75% consomem dentro ou abaixo do necessário.

Esses 25% são os que possuem mais do que uma casa e muito mais roupas do que podem usar.

80% dos minerais que extraímos da natureza são utilizados apenas por 20% da população mundial.

5 mil pessoas morrem por dia no mundo por beber água poluída.

1 bilhão de pessoas não tem acesso a água.

Consumimos por ano 13 bilhões de hectares de florestas.

Aniquilamos já 40% das terras aráveis no mundo.

Ainda existe o vórtice do pacifico, uma ilha de plásticos no oceano, tem 3 vezes o tamanho do estado do Texas e uma profundidade incrível, assistam no YouTube a ilha de Midway.

www.youtube.com/watch?v=OwLDBUWEt-g

Vejo uma realidade preocupante, entramos em uma seara de difícil discussão,

sei que não escrevo muito mas não aguentei,

Obrigado

Menandro

Menandro, esses dados são assustadores porém acredito que serão piorados exponencialmente.

Resumindo: O medida ecológica mais eficiente é o CONTROLE DE NATALIDADE. Pena que isso não dá votos...

Obrigado pelo apoio.

Abraço,

Scheidt.

[Cristiano]

Quem se candidata!

Os bons não vão ,então os "maus" tomam conta

É preciso representatividade e isso só é possivel com engajamento,massa critica e participativa

Vamos eleger pessoas em bom numero e ai quem sabe algo acontece

So protestos e reclamações não combatem o problema

É preciso representatividade

Quem se habilita?

Mas o exemplo é digno de aplausos,parabens

E se cada um cuidasse da sua rua teriamos um mundo maravilhos e sem gastar muita energia e dinheiro para isso

Até +

[Marcelo R. S.]

É você não. tem que vim lá de cima, nos pescadores não temos forças suficiente é por isto cada um precisa fazer a sua parte, pelo menos nos.

Isto é problema de todos, mas aqui é o pais do jeitinho todos querem levar vantagem e com isto acomete-se o que vocês estão vendo.

A nossa terra esta desmanchando as poucos cada ano que passa.