Sul do Chile! Aí tem Truta!!

[Luiz Almeida]

SUL DO CHILE: AÍ TEM TRUTA! E MUITO MAIS.

I – INTRODUÇÃO

A Patagônia Chilena é região de beleza agressiva, com as quatro estações bem marcadas, mas onde as temperaturas baixas são dominantes, mesmo no verão. O vento forte é constante, só cedendo no inverno, quando tudo se congela. Não é por outra razão que Balmaceda tem o título de “Ciudad del Viento”. A minúscula vila, porta de entrada para a região, fica a duas horas de vôo ao sul de Santiago e abriga um aeroporto com a surpreendente capacidade de receber grandes aviões comerciais.

Nessa temporada, voltamos à cidade de Coyhaique, província de Aysén. Coyhaique dista cerca de 50 Km de Balmaceda e também é submetida a ventos intensos (inferiores aos de Balmaceda) o que é um tremendo desafio para os praticantes da pesca com mosca. Fato curioso é que ao se parar o carro no estacionamento do aeroporto, isso tem que ser feito respeitando a direção do vento, colocando-se o veículo de frente para onde ele sopra. Do contrário, se pode produzir mossas na lataria ou forçar as portas ao abrí-las. Lá nos reencontramos com Nino e Elsa, que já nos atenderam bem em outra ocasião. Assim, na primeira fase de nossa jornada, pescamos com os guias durante sete dias. Depois, pescamos por mais oito dias por conta própria, onde aproveitamos para melhor conhecer a região. Tentaremos, da forma mais breve possível relatar a emoção desses dias, agregando informaçoes que acreditamos úteis ao entendimento da vida nessa região ainda bem preservada de nosso planeta.

II – O LAGO MYSTERIOSO

No dia da chegada, logo após o almoço, seguimos para o Lago Mysterioso, onde nos alojamos por 4 dias em um chalé à beira d’água, com o objetivo de pescar grandes trutas marrons e arco-iris. Por felicidade, o destino nos brindou – nessa primeira fase – com dias magníficos, de ceú azul, pouco vento e temperaturas amenas, só esfriando ao final da tarde. Com vento brando e, às vezes, sem vento algum (o que é raríssimo na região, um verdadeiro prêmio) podíamos pescar melhor, colocando nossas moscas exatamente nos locais desejados, fazendo-as transitar sutis, junto às estruturas ou em meio aos juncos. Com isso, o resultado foram lindas pescarias, que estendiam-se até 9 horas da noite, quando finalmente o sol austral lentamente se apagava e a lua cheia brilhava, fria, no céu e na superfície do lago espelhado.

Esse é o chalé do Lago Mysterioso, isolado e comodamente instalado à beira do lago, um privilégio cada dia mais caro – está ficando inviável – para nós, pescadores brasileiros.

Gostaríamos aqui de abrir um parêntese no relato de pesca, para tocar numa questão que reputamos importante: a privatização de natureza.

Nos entorno do Mysterioso, por exemplo, estão situadas mais sete propriedades: outro chalé de pesca, cinco ranchos de criação de gado e uma fazenda de pinheiros, de uma grande corporação chilena. Ou seja, todo o lago é cercado por propriedades e seu acesso, para quem não se hospeda em uma das cabanas de pesca, é quase impossível. E esse é um problema recorrente e que se intensifica em toda Patagônia Chilena e que pudemos sentir na pele quando nos aventuramos a pescar sozinhos: cercas e porteiras fechadas, na prática privatizando a natureza, embora a legislação chilena determine a abertura de servidões e acessos aos rios e lagos, através das propriedades limítrofes. Só que isso não é cumprido! Abaixo colocamos algumas fotos das dificuldades para se pescar sem guia. Já os guias conhecem os proprietários das terras e com eles tem acertos prévios para poder levar clientes. Ou seja, aos próprios guias é conveniente essa situação de irregularidade, para poder faturar alto, muito alto. E também é uma falácia o argumento de que as águas e as espécies estariam assim mais protegidas. Pura mentira! No Chile o hábito de se matar peixes é tão grande quanto no Brasil. Antes da abertura da Carretera Austral, todas as águas patagônicas do Chile eram abarrotadas de trutas e salmões. Mas alguns poucos anos de pesca predatória reduziu os estoques e o tamanho dos peixes de forma significativa. Para tentar mitigar o problerma, foram criadas leis de proteção da ictiofauna bastante duras. Mas simplemente não são cumpridas e a fiscalização é inexistente. Há quatro temporadas seguidas pescamos no Chile e nunca vimos sinal de fiscalização. E não é só a população mais carente que assim procede para comer ou para vender, pescando trutas e salmões com iscas naturais, o que seria aceitável. Mesmo guias de pesca assim agem para agradar clientes. Nessa oportunidade, outro guia de Coyhaique, com dois clientes espanhóis, pescando com spinners nº4 e anzóis com farpas, já haviam matado no Lago Montreal mais de 12 grandes trutas marrons, bem em frente à prainha do terreno do Nino – que por sinal permite a pesca de qualquer pessoa em sua propriedade. Ao serem pegos em flagrante matando trutas num lago onde não é permitido o sacrifício de trutas e serem advertidos pelo Nino, veio a resposta recorrente e imbecil: “ Y usted eres el dueño de las truchas?” Foi preciso que, explicitamente, se chamasse a polícia (o celular pega nessa área) para que devolvessem as que ainda viviam e se retirassem do local. Obviamente que se retiraram, quase fugindo, com o guia infrator fazendo as ameaças de praxe.

Por outro lado também se percebe o crecimento de uma cultura favorável ao meio-ambiente, principalmente entre os mais jovens, que praticam a pesca com soltura e estão engajados em outros movimentos de preservação ambiental, como o importante “Patagônia sin Represas”. Tomara que assim seja, pois do contrário em pouco tempo os ainda piscosos rios patagônigos serão uma sombra do que foram outrora e do que ainda são, inviabilizando todo o turismo de pesca da região. Quanto à privatização dos entornos – que continua crescendo a passos largos, inclusive com inúmeras propriedades de norte-americanos que compram terras com rios e lagunas dentro e as transformam em reservas privadas de pesca – parece que dentro de alguns anos só os muito ricos poderão pescar uma truta na região.

Acesso ao Lago Montreal – A cerca separa o pescador das trutas

Rio Pólux – Cerca de fazendas em toda sua extensão, inclusive na montanha. Nós pescamos nele, descendo junto à ponte, um acesso bem dificil. Mas ao caminharmos rio acima, já estávamos dentro das propriedades, muitas delas guardadas por cães pouco amistosos.

Lago Frio

Margem do Rio Coyhaique cercada

Rio Simpson: acesso através do rancho de um norte-americano. Após amizade com o caseiro, a porteira se abriu

Temos mais de 50 fotos tratando do assunto, mas vamos fechar esse parentese e focar a pesca no Mysterioso, que esse ano foi divina.

III – A PESCA NO MYSTERIOSO

Na primeira saída de pesca, com tempo calmo e frio, mesmo com sol, sou brindado com uma linda marrom na mosca seca:

A temperatura e a tarde cai, mas a adrenalina aumenta...São muitas ações na mosca seca, com várias perdas e outras tantas capturas de trutas de porte médio, na faixa de 1 quilo, até que uma linda marrom abocanha a aranha chernobyl mal a mosca tocou a água. Brigou com valentia e veio para o abraço:

A noite caiu gelada, mas após cerca de 10 trutas embarcadas e soltas em apenas três horas de pesca, hora do vinho e de repousar, sonhando com o dia seguinte

Dia de sol entre nuvens e pouco vento, mas nada de trutas na superfície. Mudamos o material para uma linha wet com rápida razão de afundamento, líder de fluorocarbono e, na ponta, zonkers negros, marrons ou oliva. Deu certo. Não estavam grandes, mas muito fortes e brigadoras:

Outra, de uma série de umas 5 desse porte:

Até que entra a primeira arco-íris de bom tamanho:

Seguiram-se outras marrons e arco-íris de porte pequeno e médio, quando então um torpedo prateado saiu em disparada, levando os 27 metros da linha de mosca, mais uns 20 metros de backing. Eu estava seguro, pescando com cana #5, líder com tippet de 1X, mas ainda assim o receio de cortar a linha nas estruturas era grande, pois estávamos numa parte com muitas pedras no fundo. Felizmente a sorte ajudou e essa beleza veio enfeitar o dia:

Após o almoço e a siesta, voltamos a pescar, agora junto às margens. Várias açoes de trutas médias até que esse macho marron tomou a zonker e brigou muito para se deixar fotografar. A emoção era tanta que nem dei conta da carretilha totalmente afogada.

Soltando a amiga:

Mesmo com tempo favorável, as ações diminuiram, assim como o tamanho das trutas. Paramos de pescar cedo e fomos fotografar e conhecer a região a pé, oportunidade em que avistamos muitas lebres selvagens, abundantes na região. Na verdade, estão sendo consideradas como praga, tendo sua caça sido liberada.

Um novo dia, esperanças renovadas e moscas na água. Mas as ações eram poucas e as trutas atacavam com pouca vontade, sem dar possibilidade de confirmar as ferradas. Trocam-se moscas e nada. Até que repentinamente a puxada seca estica a linha e um novo torpedo incendeia o dia. Após linda briga, posou para a fotografia:

As ações aumentaram e capturamos mais umas 10 trutas de porte pequeno/médio até a hora do almoço, preparado com inspiração pela Elsa:

Após o almoço e várias taças de vinho, fizemos longa siesta, só acordando depois das 6 da tarde. Hora de pescar! Pequenas farios insistiam em atacar as moscas, proporcionando muita diversão, mas não eram elas que buscávamos. Uma puxada seca e forte verga o duríssimo caniço Zero Gravity #5 e a arco-íris parruda enfeitou a tarde:

Mas o melhor estava por vir. Percebemos que as trutas estavam subindo para comer na superfície, buscando as grandes libélulas que caiam na água. Trocamos o equipo, mosca seca na ponta do tippet e, justamente na chamada Hora Mágica, como Mel Kriegger chamava o período de transição do dia para a noite – onde a lua cheia já despontava ao fundo – uma enorme marrom tomou a mosca seca seca com muita delicadeza, nadou com ela na boca, junto a superfície, por um breve instante que parecia a eternidade e, por intuição ou por que tudo conspirava a favor ferrei na hora exata. Foi lindo demais, propiciando uma foto onde minha felicidade transparece como se eu tivesse voltado a ser o menino de 12 anos, exultante com o primeiro pampo na ponta da linha.

Encerramos a pescaria e após um jantar de gala – onde comemos uma truta arco-iris que teve que ser abatida em função do streamer que a guia Elsa usava ter danado sua guelra – fomos dormir felizes e em paz.

Até então Jacquelline não havia pescado comigo. Por vezes pegava uma carona no barco para fotografar, mas estava pescando junto com Elsa, sempre percorrendo as margens, pescando com spinners com os anzóis previamente limados de suas farpas em chaveiro. Pescou muitas trutas, fez lindas fotos na camera de Elsa, mas, por um desses azares cibernéticos, o PC de Elsa deu problema e, até agora, ainda não condeguimos recuperar essas fotos. Mas nessa nova manhã fomos pescar juntos:

Mas, no lusco-fusco do dia anterior ocorreu uma das maiores eclosões de mayflies que eu já vi em minha vida. Ao acordarmos e navergarmos o lago cedo, para pescarmos antes do “desayuno”, deparamo-nos com uma cena incrível: milhões e milhões de mayflies mortos na superfície e uma ou outra truta que subia para comê-los, pois estavam fartas. Foi uma noite de lua cheia e as trutas comeram mayflies a noite inteira. Fizemos algumas fotos, e embora não tenham saído bem, aí vai uma:

Paramos de pescar e tomamos um longo café-da-manhã enquanto esperávamos que as trutas voltassem a ter fome. Retornamos ao lago às 11 da manhã e enquanto eu arremessava minha mosca sem sucesso, Jack puxou uma linda arco-iris no sppiner:

Pesquei mais algumas pequens e uma linda marrom dourada, no visual, mas não tenho foto; somente o filme, que postarei após preparar um clip de toda a viagem. O local onde foi pega foi esse, atrás de uma das pedras, fazendo lances de 25 metros.

Mas Jack estava danada e após uma série de pequenas trutas ( entendidas nesse lago como peixes de meio-quilo ) acerta mais uma:

Foi a truta de despedida do Mysterioso, que deixamos para trás numa linda tarde de sol e céu azul imaculado:

(CONTINUA)

[Luiz Almeida]

(CONTINUAÇÃO)

IV – VOLTANDO A COYHAIQUE

Voltando a Coyhaique, pescamos com Nino nos rios Aysén e Emperador Guillermo e no Lago Montreal. O tempo já começava a mudar, com ventos fortíssimos, o que impedia que pescássemos com boa técnica. A qualidade dos arremessos diminuía muito, assim como o controle e apresentação da mosca. Jacquelline, com molinete frontal e spinner, por vezes, lograva melhores resultados. Mas como sou teimoso, continuava a pescar com mosca, arremessando entre as rajadas de vento, que chegavam aos 50km/hora. Os resultados dos arremessos variavam de péssimos a ruins, mas cada lançamento executado de forma razoável, naquelas condições, já era, para mim, motivo de satisfação. Quando saía uma trutinha então, aí era motivo de júbilo.

Na primeira manhã em Coyhaique nos dirigimos ao Rio Aysén, que flotamos num barco de rafting, muito bom para vencer algumas corredeiras com segurança.

Alternavam-se períodos de vento, com momentos mais amenos, onde pescávamos numa paisagem deslumbrante:

Pescamos muitas trutas bem pequenas, na faixa de 100 gramas, mas, volta e meia, saia uma melhorzinha:

No entanto, o objetivo maior da descida do Aysén não foi atingido, que seria pescar salmões Cohos, que fazem sua subida no mês de março. Mas assim é a pesca, sempre imprevisível e por isso mesmo encantadora.

Após uma noite na acolhedora cabana de Coyhaique, acordamos cedo e rumamos para o Emperador Guillermo, num ponto a 60 km da cidade.

No caminho, paramos para comprar delicioso pão de trigo puro numa padaria da região, com sua arquitetura específica:

Por sua topografia e conformação de águas, com muitas corredeiras, águas rasas e poções, além de se poder pescar com secas quase que todo o tempo, o Emperador Guillermo é um dos meus rios favoritos em todo o mundo.

A felicidade de poder fazer parte – ainda que por momentos – dessa paisagem:

A felicidade maior de poder pescar trutas dentro do cartão-postal. Embora não sejam trutas grandes como nos lagos ou rios de porte, o prazer de pescá-las aqui é inigualável!

Outra, maiorzinha:

Uma marrom, bem clarinha para se confundir com o leito do rio.

Os derradeiros lançamentos, antes do por do sol:

Chegamos à cabana quase 11 da noite, exaustos e plenos de Paz, humildes ante a grandeza do Criador. Após um lanche e algumas taças de cabernet, fomos dormir como Peter Pan: eternamente crianças!

Amanheceu um dia tempestuoso. Estávamos programados para pescar no Lago Montreal, ao sul de Coyhaique. Fomos mesmo com mal tempo, que melhorou durante o caminho.

Chegando ao lago, fazia muito frio, mas o vento havia cedido. Decidimos pescar e Jack pega uma marrom dourada, com spinner, no segundo lançamento:

Mas o frio, agora acompanhado pelo vento, desafiavam nossa vontade de pescar. A temperatura estava em 3ºC, mas a sensação térmica, com o vento, congelava a alma. Ainda assim sacamos algumas trutinhas:

Porém, tal qual Napoleão, fomos vencidos pelo frio e voltamos para a margem, onde fizemos uma fogueira e um belo almoço: churrasco de costelas de porco e cabernet! Jacquelline, agora estava aquecida e feliz.

Que luxo!

Após um jantar no melhor restaurante da cidade e um sono reparador, amanhecemos cheios de expectativas, pois iríamos iniciar a pesca sem guia. Mas amanheceu um dia tempestuoso, com o vento retorcendo árvores e chuva forte. Resolvemos, assim que a chuva cedeu, passear pela região. Eis algumas imagens:

Mercado tradicional, no centro de Coyhaique (existem outros dois grandes supermercados modernos, filiais de redes nacionais)

Artesanato local:

Minha homenagem ao Comércio. Afinal, é na Confederação Nacional do Comércio que exerço minha profissão de economista há quase 25 anos.

Uma visão da cidade de Coyhaique, vista da Ruta 240, a caminho de Puerto Aysén e Puerto Chacabuco:

Confesso que esperávamos mais das duas cidades. Não que sejam feias, mas não tem nada demais. Inclusive, a própria enseada de Puerto Chacabuco, onde se pegam o ferries ou catamarãs para visitar os glaciares da laguna San Rafael, conta com pouca estrutura para atender ao turista com profissionalismo. A informação é escassa e os passeios despropositadamente caros. Assim, nosso desejo de conhecer a luguna San Rafael e os gelos azuis milenares derreteu-se frente ao cais, diante do amadorismo do empreendimento combinado com a extorsão ao visitante. Mas valeu a visita e, ao fim da tarde o tempo já melhorava, prenúncio de bons dias de pesca

[Luiz Almeida]

(CONTINUAÇÃO)

Acordamos cedo e rumamos para o mundialmente famoso Rio Simpson, que já abrigou grandes populações de trutas – inclusive trutas gigantes – mas que hoje tem seus estoques reduzidos. Ainda assim, oferece boas condições de pesca e, além disso, é um rio que tem corridas (migração) de salmões. A do King ocorre em Novembro e a do Coho agora em março. O rio é todo cercado por propriedades e serpenteia o vale, junto à estrada. Graças ao Nino fomos apresentados ao caseiro de um norte-americano que tem um rancho beira-rio (conforme já falamos no início) e nosso acesso foi facilitado. Vamos deixar que falem as imagens de três dias de vadeio nas águas do Simpson;

Aqui nascem as trutas arco-íris, no vale do Rio Simpson:

Simpson: Jack pescando dentro de outro cartão-postal

Eram muitas as ações das pequenas trutas, tanto no spinner,

Quanto na mosca:

Mas algumas boas trutas também vieram conhecer nossas moscas e viraram fotografia em nosso álbum:

Já na hora mágica de nosso último dia de pesca, sem qualquer vento, mas com o rio um pouco toldado pelas chuvas, as ninfas eram a mosca de escolha. Só estavam saindo trutinhas minúsculas, nascidas na última desova. Estava usando uma ninfa lestreada, montada em anzol #16 (na verdade um midge em brassie cor de ouro, com cabeça vermelha e colar de fibra de pavão, que é tomada com fúria. A carretilha canta, vai ao backing e eu descendo o rio, já escuro, atrás dela. Com muito cuidado a aproximo e, já no raso, ao nos ver, uma imensa marron dá seu salto de liberdade. Não a fotogramos nem foi possível filmar, mas sua imagem estará gravada para sempre em minha memória afetiva...Aliás, a considero capturada e devidamente solta! Nesse momento, dei por encerrada minha temporada patagônica desse ano e fiquei vendo Jacquelline executar os últimos lançamentos, que renderam a truta da despedida:

V – OS PRESENTES DA NATUREZA

A truta, recém solta, ao voltar à naturea, só é percebida por seu lombo, pois sua cauda e sua cabeça, mimetizadas, já viraram pedra. Experimente tampar a parte central da truta e somente pedras serão vistas na foto.

Ao caminharmos pelo Rio Simpson, nos deparamos com imensos salmões Chinooks retardatários (King Salmon) que já haviam cumprido sua jornada rumo a desova e agora, exaustos, com a pele escura e deteriorada, procuravam um lugar para morrer, no mesmo rio em que nasceram há vários anos atrás. São animais fantásticos, que superam os 25 quilos mesmo magros. Sua migração principal foi em novembro, mas os retardatários entraram em fevereiro, desovaram e agora morrem. Nessa altura, sua carne também não se presta ao consumo, pois torna-se aguada, sem sabor e friável. Mas existem lodges de pesca que exibem em suas propagandas fotos desses outrora magníficos animais, como troféus de pesca exibidos por pescadores desavisados ou inescrupulosos. Como permitem a aproximação, a técnica é colocar uma grande colher com anzol e puxá-la até a ponteira do caniço, que dever der mais longo, de 9’ mais ou menos. Assim, com essa espécie de bicheiro, crava-se o anzol na boca do animal moribundo, que ao sentir a fisga reúne suas últimas forças e sai como um bólido pelo rio, oferecendo uma luta tenaz em que, geralmente, morre no final, como um touro abtido covardemente na arena, após ter sido sangrado pelos “badrilleros”. Depois disso são jogados fora. Também são “caçados” – com longos bicheiros – por habitantes de baixa renda, que usam sua carne para alimentar porcos, o que, devido às condições locais, deve ser entendido como algo aceitável. Na verdade, sua carne deveria ficar no rio e servir de alimento a outros predadores. Com isso, mesmo após mortos, podem protegem suas ovas, pois seus despojos saciam aqueles que comeriam os futuros filhotes.

E como Jacquelline é uma predestinada, coube a ela, em nosso último dia de pesca, avistar um brilho diferente na água. Para nossa surpresa, nos deparamos com uma imensa cama de desova de King Salmon no Rio Simpson, tramo médio:

Quando mostramos a foto ao Nino ele chegou a se emocionar. Contou-nos que há anos procura as camas de desova dos salmões, sem as encontrar no Simpson ou no Blanco (onde ocorrem com prevalência) e nos fez dar a descrição exata do ponto onde estavam as ovas, pois iria no dia seguinte fazer uma proteção com as pedras dos rio.

Para nós, foi um presente Divino, ao final de nossa viagem, nos depararmos com o início de milhares de novas vidas que irão povoar de prateado as águas geladas da patagônia.

A todos que tiveram a paciência de ler esse relato, nossos agradecimentos sinceros, pois que foi feito com carinho e cuidado, visando dividir emoções, beleza e informações.

Abraços fraternos

Luiz & Jack

[Sérgio Augusto]

O que dizer desse relato e dessas fotos, fazer parte de um cartão postal, é simplesmente divino, obrigado por compartilhar conosco esses momentos. :ok ok: Parabéns Luiz e Jack, simplesmente memorável.

[Neumann]

Meio xará Luiz

Belíssimo relato, poético, inspirador mas com um grave problema... é impossível parar de le-lo... Levei um puxão de orelhas da minha esposa pois disse que já estava descendo quando resolvi dar uma espiadinha no mosqueiros...

Tenho de ir ao Chile!!

Neumann

[Edno]

Luis e Jack...chegou ao final do seu relato arrepiado de emoção....parabens por passar esses momentos a nós...

abçs

Edno

[JGZR]

Luiz,

Obrigado pelo relato ! muito legal, mas muito legal mesmo o texto !! Fotos muito legais também !!

Só me aumenta a vontade de conhecer a região....

Parabéns !

[*JR*]

Vcs estão de parabéns o relato está de magnífico :ok

[Wlademir]

Luiz,

Parabéns pela pescaria e pelo relato !

Esse lugar é mesmo especial !

Só de ver a mesa arrumada e a comida da Elsa...que saudades !

Abraço

[LF Pinheiro]

Bom dia Luiz,

Aceite meus cumprimentos pela pescaria e relato.

Abraços,

LF

[Rusllon]

Parabens Luiz e Jack....

Muito boas fotos e o relato...

:ok

[Chileno]

Parabens, belas fotos e ótimo relato, SENSACIONAL.

[Claudio]

Luis e Jack,

Excelente!

O relato, as fotos, o lugar e a bela pescaria.

Quero saber mais detalhes.

Abraços aos dois,

Claudio

[Marcelo R. S.]

Grande Luiz Pescador. :ok :ok

Luiz você teve no Paraíso?

Muito bom, parabéns pelo seu relado esta excelente amigo.

A natureza sempre trás alegria para nosso esporte se todos os locas fosse assim.

Grande abraço do amigo pescador. ok:

[Fabio Pinto]

Luis e Jack !!!

Parabéns pelo relato.Tudo muito bonito e provocou enorme vontade de conhecer este ponto de pesca.

Já anotei para futuras pescarias !!!

Abração

Fabio

[Sérgio Augusto]

Fabito, passa para a nossa companhia de turismo ir montando o novo roteiro rumo ao Chile, assim que estiver pronto, marcamos reunião de diretoria para avaliação : pontos de pesca, apoio logistico para refeições pernoites, passagens, guias etc. Ha ia me esquecendo, moscas tipo de moscas para a nossa equipe de atadores ir providenciando. :ok

[Luiz Almeida]

Caros Amigos

Sérgio Augusto, Neumman, Edno, Gustavo Zagato, JR, Wlademir, Luiz Fernando, Rusllon, Chileno, Claudio, Pescador e Fabio Pinto

Agradeço as palavras de vocês. Realmente foi uma viagem bacana, onde tudo deu certo e, inclusive, antes de seguirmos para o sul do Chile, ainda ficamos um par de dias em Santiago, quando fomos visitar a Concha y Toro para, antes de pescarmos, fazermos um trato com o Casillero del Diablo...Parece que deu certo!!!!!

Ségio, caso vocês venham a se programar para ir ano que vem, podem contar comigo para mostrar "o caminho das pedras", desde alternativas de hospedagem, melhores vôos, conexões, as moscas e equipos. Uma coisa posso adiantar: é muito diferente da pescaria "finesse" da região de Junin de los Andes. O tippet mais fino a ser usado é 3x (1x e 0x são os mais comuns) e em 90% do tempo usam-se moscas montadas em anzóis de 4, 6, 8 e 10...Moscas secas pequenas, nos rios, são em anzol 12 e 14. Muito raramante as ninfas vão em anzol 16...Normalmente em 12, bem lastreadas mesmo. Detalhes de cor, etc...passo depois. Mas o que não pode faltar são: aranhas em EVA; gafanhotos em EVA e zonkers, se possível com um pouco de brilho...E caniços rápidos, muito rápidos. Mas teremos muito tempo para conversar , atar e pescar durante esse ano até chegar a próxima temporada. Só lamento que não irei com vocês, pois após 6 temporadas seguidas na Patagônia ( sempre Argentina e Chile - apenas nos últimos dois anos fomos somente ao Chile ) vamos mudar de ares e pescar na Costa Rica.

Neumman, (nome bem escrito, para não confundir com seu primo americano da MAD - que eu adorava, na versão americana, 35 anos atrás, com os quadrinhos de Don Martin e Ségio Aragonés), é como você disse: "Tenho que ir ao Chile"!!! Não deixe de ir!

Edno, que bom que pudemos passar essa emoção!

Gustavo, vale a pena fazer um esforço e ir...Mas como eu falei: é uma pescaria sem muitas sutilezas, sem lançamentos perfeitos, com vento inclemente, que faz a vara vergar lateralmente, enquanto se recolhe a linha. Mas quando uma truta de 4 ou 5 quilos sobe na seca, todas as dificuldades ficam para trás.

Wlademir, a Elsa e o Nino mandaram abraços para você. Aliás, ano passado, vocês chegaram logo após eu ter ido embora.

JR, valeu companheiro! Mas vc. conhece aquilo lá melhor que eu, pois afinal foi acompanhando o mestre PC e pode sacar uma das maiores marrons do Mysterioso...Fui atrás dela ( já deve estar maior ) mas ainda não foi dessa vez!

Luiz Fernando, valeu! Em sua mensagem pelo meu aniversário vc. desejou que eu fosse buscar o irmão mais velho daquela linda truta da sua foto. Não sei se de fato consegui...rrr....mas que peguei grande parte da família...Ah, isso peguei...rrrrr

Rusllon, valeu!!! E a pergunta que não quer calar: O QUADRO?????

Claudio, recebi sua MP e assim que possível respondo detalhadamente. Na primeira reunião que eu tiver em Sampa, combino para almoçarmos.

Chileno, valeu!!!! Seu apelido é por vc. ser realmente chileno?

Pescador, valeu companheiro. A pesca de trutas o levará a muitos lugares lindos, pode ter certeza.

Fábio Pinto, não deixe de ir. Vá com tempo, para fazer pesca e turismo, pois pelo pouco que lhe conheci sei que não é somente a pesca que o motiva.

[Alexandre Sinigallia]

Fala Luiz,

Parabéns a você e a Jack pela magnífica pescaria! E a você, especialmente, pelo poético, inspirador e inspirado relato!

E que fotos... uau! Aquela do arco-íris, então... que momento!

Resolveram não descer até o Cochrane, Baker e Caleta Tortel?

Abraços!

[Luiz Almeida]

Fala Luiz,

Parabéns a você e a Jack pela magnífica pescaria! E a você, especialmente, pelo poético, inspirador e inspirado relato!

E que fotos... uau! Aquela do arco-íris, então... que momento!

Resolveram não descer até o Cochrane, Baker e Caleta Tortel?

Abraços!

Grato pelos comentários, Alê. Realmente nem sei que fotos escolher para revelar, pois essas são só uma amostra de umas mil...Com a digital não paramos de clicar. E esse ano saiu muita, mas muita truta. Teve uma tarde, no Mysterioso, que contei até 20 trutas grandes (não sei o peso, pois não peso os peixes que pesco) e depois não contei mais.E ainda tem muito material em filme. Vou preparar um clip.

Quando retornamos a Coyhaique e tencionávamos descer até a Caleta Tortel, o tempo piorou, ficamos um pouco desanimados e optamos por ficar fazendo circuitos diários de turismo e pesca...passeávamos até ao meio da tarde e então pescávamos até 9 da noite, quando o sol se despedia.

Abração

Luiz

PS: amanhã envio o guia.

[Wlademir]

Luiz,

Obrigado pelo recado. Tô com saudade da baixinha !

É verdade, eu e o Carlos Andriolli chegamos ao aeroporto e vocês embarcaram.

Por pouco não nos conhecemos !

Realmente este pedaço do Chile é especial.

Nesses tempos modernos em que vivemos, com toda pressa e neuras da vida urbana, pescar num lugar desses

é um verdadeiro luxo !

Parabéns a vocês !

Abraço

[Fausto]

Grande LuizPescador,

Vocês estão de parabéns!!!

Agora pude ler o relato com tranquilidade e pude ver que a história tem muito o que ser contada ainda, ainda mais aos amigos que desejarem fazer o mesmo. Fiquei impressionado com a saúde das trutas e certamente um dos grandes fatores que colaboram com o tamanho das trutas é a alimentação. Essa aqui é prova do que estou me referindo:

É uma dessas que desejo ter a réplica em minha parede! ok:

Um grande abraço e obrigado pelo relato!

[Wlademir]

Fausto,

O Luiz é testemunha ao te afirmar que essas arco iris (do lago misterioso) brigam demais da conta !

Nunca vi coisa igual !

Show mesmo !

Abraço

[Fausto]

Impressionante a formação das nadadeiras dessa truta e olha que na patagônia argentina tive a felicidade de pescar uma assim, ou "quase" assim, mas essa está linda.

T+

[*JR*]

Essas trutas arco-iris foram introduzidas recentemente neste lago, no máximo 5 anos atrás, e pelo visto já cresceram bastante.

[Vasconcellos]

Luiz, que pescaria de sonho!!! A primeira parte no Mysterioso está fantástica!!!

Meus parabéns pelo relato super informativo e muito bem escrito, quando tiver mais confiante em minhas técnicas farei uma viagem dessas.

[Luiz Almeida]

Caros amigos Fausto, Wlademir, JR e Vasconcellos, uma vez mais, nossos agradecimentos.

Fausto, realmente a saúde dessas trutas é como o Wlademir coloca: impressionante! São muito fortes, com uma formação de corpos e nadadeiras perfeitas e isso, em parte, se deve à alimentação, pois além dos insetos, esse lago tem muito moluscos. Identificamos pelo menos três tipos diferentes de caramujos grandes, que, não sei qual o motivo, nesse período abandonam suas cascas e nadam junto às pedras das margens. Também havia um micro-camarão, que abundava nesse e em outros lagos e nos rios da região. Só que desde a introdução das arco-iris, o estoque dos camarões vêm sendo dizimado. E, aduzindo a informação do JR, a introdução das arco-íria no Mysterioso já tem um tempo maior...O Nino não soube me precisar, mas já tem mais tempo. Já no Central, que era um lago exclusivo de marrons (povoado há mais de 60 anos), aí sim é que a introdução das arco-íris é recente, o que motivou inclusive mais uma querela entre ele e o outro famoso guia seu concorrente que atua na região ( pois a introdução das arco-iris foi articulada por esse guia ). Com isso, os camarões do Central também já foram pro espaço. E o receio é que, tanto no Central, quanto no mysterioso, as arco-iris acabem preponderando sobre as marrons, por serem as primeiras muito agressivas. Nas pedrarias das margens encontramos várias juvenis arco-iris, mas nenhuma marrom, o que pode ser uma coincidência ou, de fato, uma indicação da mudança.

Vasconcellos, grato pelos comentários e posso lhe afirmar: não tenha receio de sua técnica para pescar no Chile. Sou um pescador apenas mediano do ponto-de-vista técnico e consigo me defender bem. Basta você estar arremessando de forma razoável ( é bom aprimorar arremessos com vento forte e com iscas volumosas...não precisam ser bonitos, mas sim chegar onde a truta está ) e ter conhecimentos básicos das técnicas de pesca de trutas. É muito mais fácil pescar no Chile - mesmo com o vento forte - do que nos rios da Argentina. Aí sim você precisará de técnicas mais apuradas, lançamentos nos pontos exatos, permitindo as derivações perfeitas e aproximações/abordagens de livro. Essa pescaria que os companheiros fizeram recentemente no Malleo, por exemplo, além de linda, é muito técnica. Por vezes chega a ser desafiadora, até que se consiga acertar o tamanho da mosca e a abordagem...Inclusive já saí do Malleo no dedo, depois de 6 horas de vadeio!

[Carlos Andriolli]

Luiz

Essas fotos me faz morrer de saudades de Nino e Elza, são excepcionais, não?

Saudades das Arco Iris do Misterioso, como brigam.

Saudades do Nirehuao, com os gafanhotos.

Saudades do Imperador Guilhermo, centenas nas sequinhas.

Saudade do clima, do vinho, enfim de tudo, pescaria nota 10, parabens pelo relato.

Em tempo : exceto pelo mala do meu amigo Vlademir que perguntou ao Nino " Las Hormigas Voladoras son subterraneas? Pode isso?

Sabe o que Nino respondeu? Esse seu amigo é um boludo!!!!!!!!!!!!!!.

Um grande abraço

Carlos Andriolli

[Podolano]

Luiz,

Parabéns pelo relato!!! Esta excelente!!! Realmente...o Chile é fantastico!!!

Abraço,

Podolano

[Wlademir]

Fausto,

Tudo isso são calúnias !!!

Exijo retratação imediata desse pescador de spin-gloo !!!

Abraço

[Luiz Almeida]

Luiz

Essas fotos me faz morrer de saudades de Nino e Elza, são excepcionais, não?

Saudades das Arco Iris do Misterioso, como brigam.

Saudades do Nirehuao, com os gafanhotos.

Saudades do Imperador Guilhermo, centenas nas sequinhas.

Saudade do clima, do vinho, enfim de tudo, pescaria nota 10, parabens pelo relato.

Em tempo : exceto pelo mala do meu amigo Vlademir que perguntou ao Nino " Las Hormigas Voladoras son subterraneas? Pode isso?

Sabe o que Nino respondeu? Esse seu amigo é um boludo!!!!!!!!!!!!!!.

Um grande abraço

Carlos Andriolli

Olá Andriolli

Em algumas frases você resumiu a maravilha que é pescar naquela região, ainda mais com o Nino e a Elsa. E para aqueles que são apreciadores de vinho, o mercado vira uma loja da Disney...Ahhh...Só Cabernets Gran Reserva, que no Brasil só bebo em dia de festa...

:lol: :lol: Rí muito! Acho que podem formar o "Hormigas Voladoras Fly Team", com camiseta e tudo...Vou encomendar o desenho ao Rusllon....Agora, que conversa é essa de "spin-gloo"? :lol:

Baita abraço

Luiz

[Luiz Almeida]

Luiz,

Parabéns pelo relato!!! Esta excelente!!! Realmente...o Chile é fantastico!!!

Abraço,

Podolano

Olá Podolano,

Agradeço suas palavras, companheiro. Sem dúvida, o Chile é fantástico. Mal cheguei ao Rio de Janeiro, já estou com saudades (e isso após ter combinado com minha mulher que faríamos uma mudança nas viagens de pesca, para podermos pescar em lugares como Costa Rica, Alaska e, quem sabe um dia, nos lugares de meus sonhos de consumo pescativo: Islândia, Ilhas Faroe e Nova Zelândia... Mas aí o tempo vai passando, a saudade aumenta e pimba: tamos novamente viajando para a Patagônia chilena ou argentina, uma das paisagens mais lindas do planeta, recheada de trutas, com a vantagem da facilidade de acesso e preços - embora caros - mais próximos de nossa realidade (particularmente na nossa, aqui em casa, de classe média espremida )

Abraços

Luiz

[Mauricio Velho]

Parabéns Luiz

Belos peixes, belas paisagens e belos vinhos.

Abraços

[Carlos Andriolli]

Luiz

Esse meu amigo mala, tamanduá de hormigas voladoras, fala do Spi-n-glo porque há alguns anos atras eu e Johanes (Jonas) fizemos uma materia para uma revista de pesca colocando a polemica se isso é mosca ou não. Daí então construimos algumas ferramentas pra fazer essa "mosca" e fabricamos umas 200 delas (floating, shallow , deep e outros tipos mais. Esse mala nunca mais se esqueceu disso. Agora uma coisa é certa, se é mosca eu não sei, mas que são efetivas nas tilapias na primavera, Ah isso são.

Quanto à pergunta feita ao Nino , tenho isso em video. Qualquer dia posto no Youtube!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!.

Um grande abraço

Carlos Andriolli

Em tempo: Meu amigo é um tamandua de hormigas voladoras, mas no fundo ele é boa gente.

[Wlademir]

Luiz,

Viu Luiz, só foi dar um aperto no spi-n-gloozeiro que ele se entregou....

A recíproca é verdadeira: ele é boa gente !

Luiz, aproveitando o post, gostaria de saber como foi a performance da sua vara Helios #5 nessa pescaria.

Abraço

[Luiz Almeida]

Luiz,

Viu Luiz, só foi dar um aperto no spi-n-gloozeiro que ele se entregou....

A recíproca é verdadeira: ele é boa gente !

Luiz, aproveitando o post, gostaria de saber como foi a performance da sua vara Helios #5 nessa pescaria.

Abraço

Oi Wlademir

Espero que um dia possamos pescar juntos por aquelas bandas...Quem sabe?????????

Eu sou suspeito para falar do caniço, pois gosto muito da ORVIS, mas sei que a marca sofre restrições por parte de muitos pescadores brasileiros. Eu adoro, tanto na Internet, quanto nas lojas espalhadas pelo mundo, fico igual a criança na Disney. Acho tudo bacana. Têm uns quadros de mosca, em bico de pena...Coisa séria! Até a coleira e a cama do meu cachorro são da Orvis (agora minha filha trocou por outra, do Pluto, que ela trouxe de viagem)

Bem, no meu passional entendimento de torcedor, a Helios ZG #5, é algo sério...Muito sério! A minha é de 9' e 4 partes, com ação de ponta ( tipflex 9 ) ou seja, rápida...Mas muito suave. O Nino ficou tão encantado que encomendou uma ao seu filho mais novo, que está estudando nos EUA e retorna no meio do ano.

(Tenho uma outra ZG, tipflex 10, super rápida, que usei com linha totalmente wet da Rio e fez a diferença...Inclusive, funcionou no Mysterioso muito melhor que a Teeny Wet Tip ...E a ZG para o vento é sem igual. E você sabe de que vento estou falando!)

Mas voltando à Orvis Helios só posso dizer uma coisa: é a melhor vara com a qual já lancei uma mosca!

Ganhou vários prêmios no ano passado, inclusive Best Fly Rod of the Year da revista Field and Stream, cujos editores escreveram:

We tried to break it on big fish, but couldn’t. We cast everything from dry flies to big streamers. It dropped midges on the money in ponds and busted foam hoppers through heavy winds, proving to be responsive and accurate on the light side, and burly in the down-and dirty.

And it cast well. In fact, we observed 10-to20-foot distance gains unfurl within a few casts for almost everyone. A 5-weight feels like a 3-weight; a 10-weight feels like an 8-weight. In the end, we were convinced you get what you pay for, and we couldn’tquite say that about some other rods.”

Veja bem, quem conhece os EUA sabe muito bem o que significa o editor de uma publicação do porte da Field and Stream dar uma declaraçao dessas.

Quase todas as varas Orvis continuam a ser produzidas em Vermont, assim como todos seus componentes são americanos e ingleses. Só a cortiça é portuguesa. De resto, acabamento impecável e garantia de 25 anos, para qualquer tipo de quebra, inclusive dentro do avião, por exemplo.

Apenas as séries baratas são xing-ling. Também são cada vez mais xing-ling as roupas e acessórios. As carretilhas continuam inglesas e americanas. E as moscas, muito bem feitas - das quais compro muitas secas pequenas, pois são perfeitas e jamais farei igual - são paquistanesas ou indianas. São feitas por artesãs oriundas de famílias de tapeceiras, tradição milenar nos dois países.

Pensando em comprar uma? Bem, isso é muito pessoal...Tem gente que só gosta de Winston...Outros Scott...Outros ainda não abrem mão do bambú...E todos estão certos em seus argumentos, pois todas são ótimas!

Abraços

Luiz

[Wlademir]

Luiz,

Seria um prazer pescar com vocês !

Poderíamos formar o "Hormigas Voladoras & Spi-n-glo Fly Team" !!!

Que tal ?

Falando sério: vamos amadurecer essa idéia, ok

Quanto a Helios, só leio coisa boa sobre essa vara !

Quem sabe um dia, sobrando "tempo", compro uma !

Abraço e obrigado pelas dicas

[Bruno Corrêa]

Relato histórico!!! Hoje pude parar e ler pois quando vi que você havia colocado pensei comigo mesmo "esse relato eu vou ter que ler com calma..." Meus parabéns e como disse o Marcelo, estivestes no paraíso! Espero que sempre sobre um cantinho para os pobres mortais esticarem suas linhas sem ter que aturar essas placas de áreas privadas...(esse problema tbm rola por aqui...). Bom, mas os seus troféus estão registrados para sempre e isso que importa! Do pampo à truta, a felicidade de fisgar o troféu que buscamos, ainda mais em locais como esse, é algo indescritível!

[Kensuke]

Luiz, nem tenho o que dizer, seus relatos são todos dignos de prêmio!!! Muito ricos em detalhes e observações, enfim, RELATOS com letra maiúscula!!! Parabéns, sempre!!

Essa questão de tudo um dia virar privado e só os ricos poderem pescar, acho que não tem jeito, é dindin que manda no mundo e os ricos querem e podem pescar em suas terrinhas privadas. A nós, mortais, vai só restar os p&p. Fazer o quê... O jeito é antes que virem privados, dar jeito de irmos antes a esses paraísos. Sobre o casal de guias, só ouço falar bem. Queria um dia poder ir lá pescar com eles. Pena tb que a cada ano os custos com eles tão galopando. A cada ano de indecisão minha, mais e mais longe fica de concretizar o sonho.

Não pude ver as fotos, pq aqui barraram photobucket da vida, mas nem precisa, já dá pra imaginar as cenas de cartão postal pq vc descreve tão bem que nem precisa ver. Valeu!!! Show!!

PS: mas Costa Rica ????? Logo vc que odeia calor, lugar feio, digo água escura e tals ???? Nun intendí lhufas kkkkkkk

[Luiz Almeida]

Luiz, nem tenho o que dizer, seus relatos são todos dignos de prêmio!!! Muito ricos em detalhes e observações, enfim, RELATOS com letra maiúscula!!! Parabéns, sempre!!

Essa questão de tudo um dia virar privado e só os ricos poderem pescar, acho que não tem jeito, é dindin que manda no mundo e os ricos querem e podem pescar em suas terrinhas privadas. A nós, mortais, vai só restar os p&p. Fazer o quê... O jeito é antes que virem privados, dar jeito de irmos antes a esses paraísos. Sobre o casal de guias, só ouço falar bem. Queria um dia poder ir lá pescar com eles. Pena tb que a cada ano os custos com eles tão galopando. A cada ano de indecisão minha, mais e mais longe fica de concretizar o sonho.

Não pude ver as fotos, pq aqui barraram photobucket da vida, mas nem precisa, já dá pra imaginar as cenas de cartão postal pq vc descreve tão bem que nem precisa ver. Valeu!!! Show!!

PS: mas Costa Rica ????? Logo vc que odeia calor, lugar feio, digo água escura e tals ???? Nun intendí lhufas kkkkkkk

Grande Kensuke...Grato por seus comentários e, quando puder, veja as fotos em casa ( no meu trabalho também ficam boquedas no firewall ) pois nenhuma descrição vale uma imagem...E ficaram bem legais. E concordo muito com você quanto ao detalhamento de um relato de pesca: mais valioso ele é quanto mais informações agrega, de forma que outras pessoas que queiram conhecer a regiao em tela possam se beneficiar desse conhecimento. Afinal, nosso tempo, e a grana cada vez mais difícil, que investimos nessas viagens tem que ser otimizados. Da mesma forma são seus relatos em geral e sobre LR, em particular. O antigo, quando você foi com a Mari, já estava impresso. Agora, imprimi esse e juntei na pasta sobre LR, que tem muitas outras informações de sites e fóruns americanos. Caso um dia eu tome coragem de enfrentar as latas-velhas voadoras, sei exatamente o que vou fazer, em termos de guia, hotel, equipamentos, moscas e iscas de bait...E essa informação é preciosa. Pelo menos eu penso assim.

Agora, quanto à Costa Rica estou enviando MP

Abraços

Luiz