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Relato


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  • Mosqueiro

Patagônia Argentina

No Sábado (8), chegamos à BA, B. Saldanha, Gregório, Gabriel, Ivan e Eu. Ficamos todos no Hotel Lafayette, no centro de BA. Ao chegar no hotel, uma surpresa, o gerente nos entregou um bilhete do amigo Kensuke, que estava fazendo uma viagem na companhia de sua esposa Mari e sua querida sogra, o bilhete deixava marcado um encontro, com todos, para o dia seguinte pela manhã (café).

Domingo (9), depois do café em companhia do amigo kensuke e família, partimos rumo ao aeropark. Chegamos à SM às 13h30mim, neste exato momento o grupo se dividiu, o nosso grupo : JR, Gabriel, Ivan e Vitor ( este só se juntou ao nosso grupo no domingo à noite, vindo diretamente de SP) ficou aos cuidados do Guia Alejandro e o segundo grupo: B. Saldanha, Gregório, Tita e Irineu (que já estavam por lá, foram de carro e já estavam na estrada a uns 15 dias) seguiu rumo diferente, foram p/ Junin de Los Andes. Eles conhecem os rios da Patagônia a mais de 30 anos e já fazem essa pescaria juntos a muito tempo. Mas antes, deixamos marcado um jantar no restaurante La Barra em SM, domingo à noite.

Fomos direto do aeroporto para o Apart Hotel Torres del Sur. São chalés de dois quartos , com todo conforto de uma casa, geladeira, fogão, dois banheiros, três TVs e som. Tudo isso p/ 4 pescadores ao preço de $ 130,00 (pesos) por dia, com café da manhã.

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Antes do jantar, Alejandro passou no hotel e nos levou p/ a loja do Jorge, uma fly shop, bem legal, para comprarmos alguns materiais que faltavam, no meu caso, botas. Compras feitas, partimos para o jantar.

Fomos p/ o restaurante La Barra.

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Foi uma noite com muitas histórias, do passado e algumas bem recentes, contadas pelo Tita, Gregório e Beto. Comer, saborear vinhos ( dos vários que foram servidos) e dar boas risadas, foi tudo que se poderia esperar da soma de todos os elementos que ali se encontravam : comida+ vinho+ um lindo local+ excelentes pessoas+ e o clima de fly no ar = Alegria³ . Mas é chegada a hora de dormir, todos se despendem, pois, amanhã é o primeiro dia pesca e temos que checar os últimos detalhes.

Amanhã tem mais.

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  • Mosqueiro

putz Merda ( desculpem a expressão ) ... O lugar eh demais. Assim como descobrimos uma linda mulher e a escolhemos para passar algum tempo de nossas vidas, muitas vezes escolhemos um lugar para passar também, tempo de nossas vidas. Já me aconteceu isso com Ausentes, lindo lugar. Agora descobri, felizmente, mais um: a Patagônia Norte Argentina. O lugar eh cheio de história e belas paisagens, cabe a nós desfrutá-los da melhor maneira. E isso eh a Pesca com Mosca!!!

Valeu a parceira de todos: JR, Junior, Victor, Beto, Gregório e todos demais.

Grande Abraço!

Gabriel

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  • Administrador

Beleza JR!

Também jantamos uma noite no La Barra e foi um belíssimo chorizo que estava uma verdadeira delícia, ao ponto é claro... hehehe...

Bom demais ver o grupo reunido, é só alegria! biggrin.gif

Estarei ligado nos demais relatos e fotografias! smile.gif

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  • Mosqueiro

Continuação....

Segunda-feira (10), 6h30min da manhã , acordo com o movimento na casa. Gabriel e Ivan já andavam pela casa, um fazendo seu mate e o outro aprontando novamente o material. Victor dormia, e pelo que me disseram seria o último a acordar, isso se repetiria por toda semana. Ainda é noite, só amanhece lá pelas 7h45min. Às 8h chega o café. Victor acorda, e antes demais nada coloca, a tal surpresa ( ele vinha falando da SURPRESA desde a semana anterior à viagem) no cassete, trata-se do Chaquenho, um músico local, muito admirado pelo povo da terra, algo como Almir Sater da Patagônia. Alejandro chega às 8h30min, acompanhado do tb guia, Andres. Depois de acertados alguns detalhes partimos p/ o nosso primeiro local de pesca, o Rio Chimehuim. A sensação, neste momento, e de que está faltando algo, checo novamente tudo, nada está faltando e vamos nessa. Passamos antes em alguns lugares, loja e banco, e seguimos novamente o nosso caminho. Fotos e mais fotos, são tiradas, a cada nova paisagem um click! A beleza do lugar merece um capítulo à parte, quem sabe mais tarde. Em determinado momento já dá p/ ver o rio da janela do carro. Alejandro pára o carro, em uma área ao lado da estrada, todos descem e começa um ritual que se repetiria por todos os dias: montar as varas, passar as linhas e perguntar qual isca colocar.

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Uma caminhada nos separa do rio. Pular algumas porteiras faz parte do programa. É neste momento que eu me arrependo de estar com uns quilos a mais, uma verdadeira comédia, todos riem do meu sofrimento em tentar pular a cerca, pé aqui, ali, novamente aqui, retorna para cá e resolvo saltar e caio do outro lado, em pé, ufaaaa!!!! Chegamos a margem e a minha primeira impressão e de que não vai ser fácil. O guia me pede que venha com ele, estica o braço p/ que me apóie nele e segue em direção ao meio do rio. O sol ilumina as águas e dá para ver o fundo, com pedras que vão do amarelo ao marrom, variando do claro p/ o escuro. Tudo isso em turbilhão, pois a correnteza é forte e empurra suas pernas p/ frente, como se quisesse passar, com pressa, e você está ali, atrapalhando o caminho dela. Solto a linha na água, estico o líder, Alejandro leva Ivan até ao local em que ele deve começar seus arremessos e logo no primeiro o cara já estava engatado com uma marrom, de bom tamanho. Eu faço meus arremessos no lado direito do rio. Alejandro me diz onde e como devo fazer. Peço a ele que dê alguns arremessos e fico olhando, depois de uma meia dúzia, ele me passa novamente a caña e começa ali a minha pescaria. À isca é uma Adams Parachute cinza montada em anzol 14 (by Daniel). A minha primeira dificuldade, foi de enxergar a isca, um pequeno pontinho branco, no meio de tanta luz, impossível de se ver, somente os olhos treinados do guia podia ver a isca,mas com o passar do tempo você vai se acostumando e consegue ver ou acha que vê alguma coisa, é uma questão de tempo. Depois de alguns arremessos horrorosos, o guia, sutilmente me fala, “Rota Erre, aqui, não se faz necessário arremessos longos, arremessos curtos e com loops bem abertos, serão 99% de seus arremessos, não invente nada, faça o básico e pronto”... E assim foi, arremesso curto, depois outro um pouquinho maior e um mais largo. Em um desses arremessos curtos a primeira truta.

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Outro arremesso, outra truta, essa um pouco maior.

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Infelizmente um grupo de 5 pescadores, entra em nossa frente, o guia fica pt... com os caras, mas fazer o que!! Só me restou diminuir a velocidade e bater cada pedacinho que via pela frente. Um bom local abriu-se à minha frente, era um recuo, onde faltava algumas árvores, fiz um arremeso de uns 13m, ficou faltando uns 2m para margem, e bem rente a vegetação que ali terminava. A isca pousou na água lentamente e um pequeno movimento fez-se por debaixo dela. De repente ela desceu, sumiu, foi tragada, o peixe levou a isca calmament. Estiquei a linha e a travei junto ao grip. O guia estava assessorando Ivan, gritei e pedi que tirasse uma foto minha brigando com o peixe, ele não entendeu e venho em minha direção. Como o peixe era pequeno e eu queria somente uma foto da vara vergando, gritei novamente para que não viesse em minha direção e que tirasse a foto de onde estava, assim ele fez, uma foto, duas,

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e na terceira ele percebeu a minha aflição. O peixe era bom, o guia veio em minha direção. Eu já estava rindo à-toa, um pescador, argentino, que vinha logo atrás , parou para ver a briga, corre para cá, para lá, recolho linha, o peixe toma linha novamente e assim se passa alguns segundos. Até o momento em que o guia consegue colocar o peixe no net. O argentino que olhava de longe veio me dar os parabéns, não entendi nada do que ele falou, e o guia sorridente, explica para ele que eu era brasileiro e carioca, ele me cumprimenta em portunhol e vai embora.

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Fotos tiradas, Alejandro beija o peixe e o devolve ao rio. Eu já estava pescado, pegar uma boa truta, no dry, na argentina, queria mais o que...? Minha família!!!voltei a pescar e senti uma saudade imensa de minha mulher e filho, um misto de alegria e tristeza, eu queria que eles estivessem ali comigo nesta hora, não foi o maior peixe da tempora e nem o maior peixe da nossa estada ali, mas sem dúvida foi a realização de um sonho, foi um momento mágico, confesso que algumas lágrimas saíram dos meus olhos, fiquei anestesiado por alguns minutos, perdido em minhas lembranças. O meu pensamento é interrompido por um grito, é alejandro chamando para o almoço. O almoço foi servido junto ao carro, salada, carne, pão (sem bromato) e vinho, comi muito...e fui tirar uma soneca.

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Acordo com o movimento no carro, está na hora, vamos para segunda parte. Fomos para outro trecho do rio, um pouco mais abaixo. Novamente pulamos a cerca e andamos por uns 30min, até chegar em um local, bem alto, onde se podia ver o rio, uns 15m abaixo de nós. A altura nos separavam de trutas grandes, de uns 3kg no mínimo, quase imóveis, mas era impossível pegá-las, pois, a altura era muito grande, um abismo. Fomos embora p/ outro local de pesca, pois ali era impossível pescar. Chegamos em um trecho de pedras, alejandro deixou ivan em um local e me levou para outro. Subimos cautelosamente, em outra pedra adiante, sem fazer barulho e com movimentos bem lentos, fiz o meu primeiro arremesso onde ele mandou, bem no remanso, deixando a isca cair na correnteza, lentamente, e não deu outra, foi a isca cair na corrente e o peixe pegar, dessa vez com mais vigor. O peixe correu corrente acima, recolhi a linha, resolveu descer e tomou linha...corri para ponta da pedra, onde dava para brigar com o peixe com um pouco mais de conforto, já que estava sobre pedras, o guia passou a minha frente e baixando-se passou o net no peixe.

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Não era grande como o anterior, mas tinha um bom tamanho e novamente no dry.

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Tiramos as fotos e devolvemos o peixe. Falo com o guia para chamar Ivan, pois ali tinha bons peixes e eu precisava dar uma parada técnica. Ivan veio e logo sacou bons peixes enquanto eu dava uma chegada WC, eu não poderia sair de lá sem deixar a minha marca em terras patagônicas, serviço acabado, resolvemos voltar para o carro, pois a caminhada seria longa e já era bem tarde.

Satisfeitos e muito cansados, retornamos ao hotel, felicidade total, o dia foi 10. Tirando a tristeza do Gabriel, que teve sua máquina de fotografar quebrada, o dia foi ótimo para todos. De banho tomado e cabelo alinhado hahahaha, saímos para jantar.

Mais algumas fotos do rio Chimehuim.

Este é o trecho onde não se pode pescar, pois estávamos na parte de cima.

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O mesmo trecho, só que bem no final do dia

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Continua...

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  • Administrador

Eduardo, são 130 pesos por dia o aluguel da cabaña p/ quatro pescadores e sendo assim, sairá cerca de 35 pesos p/ casa um, cerca de R$ 30 por dia com café da manhã incluído. Barato não?

JR meu camarada, vc está de parabéns amigo, como estou feliz em ler seus relatos, lembrou-me cada momento que passei com o mano em nossas pescarias. Já estou contando os dias p/ o próximo ano e o mano véio já me passou o bizú, provavelmente serão dois grupos e o meu será novamente no carnaval. Vou falar com o Serginho que não pode estar comigo nessa e farei de tudo p/ que possa estar no próximo ano.

Perguntinhas básica:

O wader que comprou, fico certinho???

E a bota, ficou certa também???

Como vcs dividiram o grupo com quatro pescadores???

Os seus gastos gerais, ficaram próximos ao meu e do mano véio???

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  • Mosqueiro

Campelo, é isso mesmo o fausto mandou certinho. Cabem 4 pescadores confortávelmente.

Qt ao wader, ele ficou um pouco grande, poderia ser menor, mas está confortável e bem quentinho hahahahahah. Eu gostei muito!!!

Qt à bota, comprei uma Borger, ficou bem legal, comprei dois números a mais e o feltro me deu muita segurança p/ caminhar nas pedras.

Dois Guias, Alejandro ficou comigo e o Ivan, Andres ficou com Gabriel e Victor.

Qt aos Gastos, ficou US$ 800 dólares pacote e R$1400,00 passagens.

Agora... gastei bastante com compras, colete, botas, linha, etc...

Vale apena comprar materias por lá, principalmente na irresistibleflyshop. p.ex: linha cortland farplay WF5S 85 pesos, ou seja, 60 reais.

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  • Mosqueiro

Continuação.... A Flotada

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Terça-feira (11), Flotada no Chimehuim, Chegamos ao local de saída e junto conosco a Guarda Florestal, eu acho que é assim que se chama. Alejandro vai ao encontro do Oficial, que dá um bom dia a todos e começam um bate-papo entre eles. A segunda pessoa que sai do carro é uma mulher, não sei seu posto, cumprimenta a todos e pede que lhe entreguemos os nossos Permiso de Pesca Deportiva. Ao todo me foi pedido o Permiso 2 vezes em 7 dias de pescarias, tal fato demonstra o alto grau de consciência sobre a importância da preservação. Uma coisa me chamou atenção, na segunda vez em que fomos abordados, no Malleo, a guarda florestal que nos inquiriu, morava às margens do mesmo rio e mostrou uma bela truta pescada pelo seu filho, um belo exemplo de como a coisa pode ser feito em nossos rios, dar aos moradores locais a responsabilidade de preservação do local onde moram. Voltado a flotada, após a saída do barco com o material p/ acampamento, foi a nossa vez. Eu fiquei na frente, Alejandro ao remo e Ivan na outra extremidade. Logo no primeiro arremesso uma marrom, eu não sabia o que fazer, se puxava ou se travava a linha, mais parecia uma aranha, de tanta linha que havia embaraçada pelo meu corpo, uma comédia, e não deu outra o peixe se foi, mas, já deu para dar uma idéia do que iria vir pela frente. Usávamos as Adams parachutes marrons #14 e #16.

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Após alguns arremessos, eu não acreditava no que estava vendo, era só arremessar a isca na água, sempre atrás de um obstáculo qualquer e esperar uma fração de segundo e pronto, lá estava mais um peixe ferrado. Um, dois, três.... E assim foi, perdemos a conta de quantas pegamos ou perdemos hahaha, eram tantas que começamos a menosprezar as trutas de quilo, chamando-as de “tiquetitas” ou “mui pequeñas”.

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Quase não dava tempo para as fotos, passamos essa responsabilidade para Alejandro que: guiava, remava, soltava o peixe, colocava iscas, líderes, desembaraçava as linhas e tirava fotos, pouca coisa heimmm!!! . Passamos da ponte preta e veio um trecho longo, começamos os arremessos bem rentes às árvores. Ivan acerta bem no meio de um recuo na mata, e como um raio o peixe ataca a isca. Alejandro logo grita “Trucha!!! Trucha!!!!”.... E pulou na água. Ivan aproveita a parada do barco e pula e começa a travar uma bela briga com sua trucha. Alejandro segura o barco e tenta encalhá-lo, eu aproveito o momento e saio do barco e faço um arremesso. A cena, naquele momento era a seguinte: Ivan alucinado tentando segurar o bicho, não podia deixar o peixe ir para a pauleira; Alejandro berrando que a truta era grande e tentando ajudar Ivan e eu com uma truta marrom, de bom tamanho do outro lado da linha. Alejandro ria de tanta felicidade, duas marrons, no mesmo local. A truta do Ivan era realmente grande, deu trabalho, mas o cara mandou bem, não deixou escapar e depois de alguns minutos, tchahhhhhh!!! Consegui encalhar a minha, tirei a isca da boca e me preparei p/ foto, junto com a do Ivan, será uma foto linda, seria, é isso mesmo, ela se cansou da demora em preparar a máquina e foi-se embora, caiu de minhas mãos e me deixou a ver navios. Aproveitamos e tiramos muitas fotos da trutona do Ivan.

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Depois de soltar a truta, Ivan ficou tão feliz que não parava de falar "JR arremessa ali, Alejandro ali atrás de vc tb tem uma"... ou seja, ficou que nem um louco falando sem parar, era muita adrenalina na veia. Em determinado momento gritei – páááááraaaaaaa Ivan, ele ficou inerte me olhando, assustado com a minha atitude e falei novamente - calma cara, calma... estamos vendo os peixes, calma- todos riram do lance e resolvemos então parar de pescar p/ ver como ficaram as fotos. De volta no bote, voltamos a pescar, logo depois paramos para o almoço, já que chovia muito e era hora do vinho

Após o almoço retornamos ao rio. Alguns arremessos e...

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Trata-se de uma Perca, peixe típico da região.

Mais alguns peixes, apenas tiquetitas e nada mais.

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Chegamos ao acampamento. Na mesa vinho, queijo, salaminho, azeitonas e pão e para o jantar um churrasco.

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Fazia muito frio, retiramos os waders, sentamos perto da fogueira, e acompanhados de uma caneca de vinho, começamos a comentar a grande pescaria que fizemos naquele dia.

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Após uma noite horrorosa, onde não consegui dormir mais que uma hora seguida, veio o café da manhã. Que saudades do café Brasileiro. Pode até ser que eles tenham bons cafés na Argentina, mas eu só me lembro de ter tomado um bom café em toda viagem, foi no restaurante Mendieta (SM), que além do café serviu uma carne de cordeiro maravilhosa.

Tudo preparado e lá vamos nós outra vez. Alejandro faz a proposta de colocarmos os gatos para trabalharem. Gatos são streamers bem peludos, lastreados e escuros. Ele demonstrou como deveríamos trabalhar as iscas, depois de apanhar um pouco, pegamos o ritmo e fomos nessa. De cara pegamos algumas trutas, mas nada grande.

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Faço um arremesso atrás das galhadas de uma árvore, espero alguns segundos p/ isca afundar, começo o trabalho, rápido e contínuo. Uma truta salta fora dágua, era bem grande, mas ela erra o bote. Agora é a vez de uma Arco-íris e ocorre à mesma coisa, o peixe erra o bote. Ficou na dúvida quanto ao trabalho ideal, se rápido como alejandro ensinou ou se deveria ser um pouco mais lento, ou mesmo se deveríamos ter colocado linhas sinking.

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Em fim chegamos ao Collun Cura, um rio largo, pois ele recebe o Chimehuim e outro rio que não me recordo o nome agora. Um pouco complicado para pescar, pois não há referencias. Vimos algumas trutas comendo, mas Alejandro tinha pressa em chegar ao local de encontro e fomos embora.

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  • Patrono

JR belo relato, a viagem deve mesmo ter sido memorável, o local é muito lindo. Parece que você pegou menos trutas que o Fausto/Fábio, mas com tamanho médio bem superior, ao que se deu tal fato, foram outros locais ou a mudança das condiçoes climáticas devido ao avanço do outono. Pelas suas vestimentas parece que já estava bem mais frio que quando o Fausto e o Fábio foram, é impressão minha ou estava mesmo ?

Qual a numeração de vara que você mais usou ?

Fausto vamos realmente tentar ver se no próximo carnaval conseguimos irmos juntos, desta vez vamos tentar fazer um esquema que evite confusão e fique em conta para todos !!!

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  • Administrador

Serginho meu camarada, tu é meu parceiro desde já e por acaso acabei de lhe enviar uma mensagem sobre essa assunto... hehehe...

Ano que vem o mano pretende pescar em datas diferentes de modo que possa levar outros amigos que ainda não foram. Eu também pretendo organizar um pequeno grupo, quem sabe com quatro pescadores, mas na certa nós dois já estamos dentro dessa pescaria e no mesmo período que estive lá, ou seja, no carnaval. Vá se organizando p/ que essa data fique livre p/ ti e assim poderei trabalhar de modo que o grupo se forme completamente até lá.

Quanto ao tamanho dos peixes vc observou muito bem, o JR tem nos mostrado peixes maiores e isso já indica que existe época mais apropriada p/ a pesca. Talvez no carnaval não seja tão indicado como agora, mas não tenho como pescar por lá sem que seja nesse período.

Quanto ao frio, vc observou muito bem, todos estão bem agasalhados e isso já é um ponto a seu favor, no carnaval faz menos frio e as vezes um calor insuportável. Mas por outro lado, no frio as trutas cresceram... hehehe... biggrin.gif

Serginho, vamos trabalhar seus arremessos com a #3 que vc tem. O guia Alejandro repetiu p/ o JR a mesma frase que disse a mim, "arremessos curtos e precisos", não é preciso esticar tanto na distância como fazemos por aqui. Pesquei o tempo todo com meu conjunto #4 e em alguns locais, onde encontramos muitas "tiquetitas", um conjunto #2 ou #3 seria muito melhor, tanto que pretendo ter um conjunto desses mais leve até o próximo ano. Usei durante a flotada um conjunto #6 e pude pescar tranquilamente, ou seja, vc já tem em mãos dois conjuntos que serão ideais em nossas pescarias.

JR meu camarada, seus relatos estão sendo aguardados diariamente. Valeu!!! smile.gif

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  • Patrono

Fausto, média do tamanho das trutas em uma pescaria por la, depende de um monte de coisas. Mas em principio, as marrons são consideravelmente maiores e pegam muito mais se voce utilizar linhas sinking. O local da pesca tambem é muito importante - no meliquina , por exemplo, voce pega centenas, mas pequenas. No Chimehuin elas são muito maiores, mas não é comum mais do que umas 20 trutas por dia. Aguas muito quentes ou muito frias prejudicam muito a atividade das trutas maiores, as pequenas parece não se importar tanto. Quanto as varas eu e o Gregório só utilisamos varas de bambu #2 e #4 e pegamos tanto peixe quanto o Tita e o Irineu que estavam usando varas 4 e 6 de carbono. Na flotada do Chimehuin, onde eles pescaram com linha sinking e gatos e nós com floating e dries deu para ficar claro como o equipamento influencia a pesca. Eles só pegaram marrons ( algumas bem grandes ) e nós só rainbows nenhuma com mais de 1,5 kg. Nas flotadas coisa que faz grande diferença é a prática de arremessos muito rápidos, se demorar um pouquinho mais o ponto bom já passou, se fizer false casting então....

Quanto a época - no inicio da temporada os rios estão muito cheios e são poucos os rios onde voce pode pescar de vadeo - as rainbows acabaram de desovar e estão flaquitas. o meio da temporada costuma ser boa época, mas as vezes faz muito calor , sem contar que aquilo fica lotado de americanos.

para mim a melhor época é março e abril, mas isto é uma questão de gosto.

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  • Mosqueiro

Beto, nem passou pela minha cabeça comer a tal perca. A cara do alejandro qd pegou o peixe foi tão feia que eu nem tirei uma foto decente do peixe.

Sérgio K. , a caña que usei foi uma #4, nada mais. Confesso que me arrependi de não ter usado a #5 com linha Sinking na segunda parte do segundo dia da flotada, eu acho que não teria perdido bons peixes, no momento do ataque, eles erravam o bote. Se tivesse usado sinking a isca iria passar na cara deles, não sei tenho que testar na próxima.

Qto a comparação com a pescaria dos caras, fica difícil. Beto tem razão qd diz que abril e março são os melhores, isso p/ nós, já o Nelson é mais Heavy e p/ ele, neve, chuva, degelo, linha sinking , gato bem preto e cabeludo são tudo de bom.

Virgula, estou morrendo de saudades. Lá é muito bom, pode ser até que exista melhores lugares p/ truta, mas por enquanto eu só conheço esse e com certeza eu estarei indo novamente.

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  • Mosqueiro

Quinta-feira (13), Neste dia fomos pescar no Rio Filo Hua Hum. No meio do caminho, Alejandro mostrou uma curiosidade, havia nevado durante a noite e os topos das montanhas estavam bem branquinhos.

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o lago Filo Hua Hum e o gelo no alto das montanhas.

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Quando chegamos alguns cervos nos olhavam bem de longe. Após o ritual caminhamos até as margens do rio.

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Ventava muito, o frio vinha direto das montanhas geladas para cima de nós, minha orelha ficou congelada e só conseguia pescar com o capuz do casaco na cabeça. O rio estava muito raso, só trutas pequenas. Coloquei a velha e boa Adams Parachut #16 e comecei a pegar as trutinhas, uma atrás da outro, foram várias, mas não passavam de meio quilo.

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O rio é lindo, ele desce serpenteando campos abertos onde gados e cavalos pastam calmamente. O rio começa bem raso, uns 300m à frente ele começa a ficar caudaloso e fundo. Neste momento a pescaria passa a ser no visual, o mosqueiro caminha pelo campo olhando para o rio procurando pelas trutas. Parece fácil, mas não é, os menos desavisados são vistos bem antes, pelas trutas e um abraço. Tirando as trutinhas não pegamos nada. A melhor coisa foi ter ido almoçar, pois o frio não me deixava respirar direito. Vai uma dica: se vc tem problemas respiratórios, leve seus remédios. Lá o ar é muito seco, ele entra gelado pelas narinas e entope tudo. Não levei soro fisiológico para umedecer as vias respiratórias e sofri muito por isso.

Na parte da tarde fomos para o Caleufú.

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Já bem diferente, mas não menos sinuoso, o caleufú é um rio clássico, com muitas pedras aparentes e vegetação em volta. O rio é flotável no início da temporada. Fiz uma boa pescaria, com peixes um pouquinho maiores. Mas novamente o frio não me deixou pescar bem, preferi ficar pescando em um trecho pequeno. Alejandro ficou fora do rio, pois ele mesmo não estava agüentando o gelo da água. Peguei uns 15 peixes em um trecho de apenas 150m. Satisfeito saí da água e fui tomar um café.

Voltamos para cidade, pois iríamos fazer um churrasco à noite, com a galera toda, mas que Infelizmente não saiu, pois, o Alejandro estava mau de saúde e tínhamos que fazer as malas.

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  • Administrador

Mais uma boa amostra do que podemos passar em nossas pescarias na região. Valeu JR, as fotografias estão muito boas e o relato vai ajudar todos os amigos que desejarem fazer essa pescaria também.

Vejo que passou aperto com a friagem dessa vez, mas não te vi vc usando a bandana que lhe recomendei. A bandana seria usada como um lenço cobrindo a boca, o rosto e orelhas, assim evitaria um bocado todos esses problemas que passou, só o fato de não respirar o ar frio diretamente já seria bom e melhor ainda, manteria os lábios sempre úmidos. Recomendo a todos que forem pescar na região que levem um lenço ou banadana, levei comigo um frasco de Sorine também.

Tirando o dia da flotada, nos dias de pescarias de vadeo vc chegou a fazer uso de linhas sinking ou sinking tippet??? Viu ou soube de alguém que fez uso???

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  • Mosqueiro

É verdade, eu não fui na sua dica e me estrepei. Cheguei a colocar no meu rool de materias p/ comprar, mas não comprei, dei mole.

Qto a linha sinking, eu não usei, comprei mas não usei. No segundo dia de flotada, onde o guia sugeriu que usásssemos os gatos, eu estava com a minha #5 e com linha sinking no bote. Perguntei sobre a possível troca de equipo e ele me disse que não era necessário, mas eu acho que se tivesse usado teria pego os peixes que vi atacarem as iscas e erraram o bote. Pelo meu raciocínio, a linha floting tende a levantar a isca do fundo, juntando com a correnteza do rio e o trabalho rápido de recolhimento a linha acaba subindo e trabalhando quase na superfície. Tá certo que o rio estava raso, mas mesmo assim o trabalho da isca fica um pouco errático. Se tivesse usado linha sinking a isca viria rente ao fundo, facilitando o ataque do peixe. Me parece que o Tita e Ireneu usaram as linhas sinking, isso o Beto pode responder melhor. qt as sinking tip, acho que ninguém usa isso por lá.

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  • Patrono

A escolha da linha faz a maior diferença - flotando o Chimehuin eu e o Gregório estavamos usando mosca seca - pegamos só arco iris, muitas mas de no máximo 1,5 kg - O Tita e o Irineu usaram sinking - só pegaram marrons e bem maiores.

Quando eles voltarem ( os 2 continuam pescando) vou pegar as fotos e posto aqui.

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  • Administrador

É por isso que estou lhe perguntando, quando estive com o Alejandro perguntei a ele se haveria alguma linha indicada p/ fazer uso durante a flotada e ele indicou a Teeny como sendo a linha mais indcada, tanto que segundo ele vários pescadores já levam o conjunto montado com ela ao iniciar a flotada. Como sou teimoso, perguntei a mesma coisa outro dia p/ o Franco, o guia que nos levou nas pescarias de vadeo e ele disse a mesma coisa. Nenhum deles chegou a comentar algo sobre essa linha???

Uma observação, o que é isto dentro d'água além da truta é claro, é um saco plástico por acaso?

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Outra observação, chegou a levar e fazer uso do bastão de caminhadas ou ele ficou abandonado?

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  • Mosqueiro

É verdade, não entendi porque ele me falou p/ usar flotinhg, dancei

Usei o bastão direto. em alguns rio não, mas na maioria dos rios eu usei e não atrapalhou em nada. O único incidente ocorreu no primeiro dia , qd fui pular a cerca e bastão saiu voando, é isso mesmo, voou longe , somente a parte de baixo e quase acontece um disgraça, pois caiu junto dos caras que estavam rindo de mim hahahahahahaha.

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  • Pescador

A verdade é que na flotada usando linha sinking não dá tempo da mosca afundar tanto quanto se imagina. É muito rápido a passagem pelo local e o trabalho da isca também é muito rápido. é preciso usar muito peso para que as mosca realmente afunde. Agora, batendo a pé dá pra fazer um trabalho bem melhor com a linha sinking.

A sinking tip é muito boa para usar no rio mais raso. No final o que realmente influencia é o peso da mosca e a velocidade do trabalho, é isso que vai determinar o nível de profundidade que se vai atacar.

Acredito que se tem muito mais chances de pegar as trutas maiores nos streamers (gatos ou não), porque as grandes comem outros peixes.

Na flotada que fiz no Chimehuim praticamente só peguei marrons de bom tamanho, e poucas arco-íris também de bom tamanho, sempre usando streamers e linha sinking. Não saiu nenhuma truta pequena.

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  • Mosqueiro

Jota,

Parabéns, amigo, pela sua pescaria.

Belos peixes dentro do cenário mais lindo do mundo.

Fico aqui de longe viajando nessas paisagens.

Qual a altura daquele barranco de onde vc avistou as grandonas?

Quando eu puder ir vou levar um pára-quedas e pular em cima delas.

KKKKKKKKK!!!! Vc viu alguma vara de spey por lá? Viu preços?

Grande abraço.

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  • Patrono

Noticias frescas daquelas bandas -

Caríssimo,

Pois o Chimehuin subiu muito,com a água limpíssima e decidimos repetir a flotada Chimehuin abajo...

Bueno,para resumir,lotou o cartao de memoria ds maquinas digitais,14 marrons enormes,uma arco-íris maior que aquela do Malleo e cerca de 30 peixes daqueles que se tira fotos e fotos...

Impressionante,nunca vi o Chimehuin igual,CANSAMOS de tirar trutas grandes.Foi o gran finale do mes pescativo.A conclusao é que : UM MES FOI POUCO,hehehe

Fomos ao Chile,2 dias,para conhecer o Calcahupe e o Cumilauhe...Decepcao.Volume dágua enorme,rio chileno tipico.A tal pousada existe mesmo (Cumilauhe)e o preco é acessivel.

Quase perco a aposta da Toyota,Irineu pegou a tal marron de mais de 3 Kg...(entre várias marrons enormes da ultima flotada do Chimehuin)

Alejandro vai ter que nos pagar pelas proximas fotos de propaganda do site dele,hehehe

Falando nele,nunca o vi mais agitado.O cara remava quase que rio acima para que pudessemos pescar atras do sauce certo...Olha,faz tempo que nao vejo alguem guiar com tanta gana de sacar peixe...Nota 10

No mais,tristeza de deixar a patagonia,depois de 30 dias e mais de 10 rios pescados.

E a falta maior ainda da tua companhia e do grande Le.Diz pro Le que a Quilquihue foi honrada no rio do mesmo nome...

Te mando logo o CD de fotos,vias ficar impressionado com as marrons.

Abraco

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  • Mosqueiro

Sexta-feira (14) de malas prontas partimos para segunda parte da viagem, à cidade de Aluminé, mas antes uma parada no rio Malleo. No meio do caminho encontramos Titã, Irineu e B. Saldanha. Paramos para trocarmos umas idéias e queríamos saber como estava à pescaria deles. Beto bem feliz falava de sua bela truta, migratória “ontem eu peguei uma... no Chimehuim, quase dentro da cidade e com pouca água...” vimos à foto, e a truta era realmente bela. Depois desse bate-papo rápido seguimos viagem. Para pescar no rio é necessário pagar um pedágio aos índios donos das terras.

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Tudo acertado seguimos viagem. Após o ritual de sempre, iscas na água. Ivan começa bem pega duas trutas de quilo, eu não passo do meio quilo. Uma hora depois começa uma eclosão e os peixes comem sem parar, é uma farra e eu ali pegando trutas como louco. Passei a pescar com Timberline #14 e muita truta, mas nada grande. Vamos para outro ponto de pesca, uma pequena corredeira. E faço um arremesso bem despretensioso, bem aos meus pés, algo em torno de 5m. A Adams pousa na água e desce ao sabor da correnteza, o peixe quase no raso ataca a isca e sai em disparada correnteza abaixo, tento frear a corrida, mas é impossível e corri em direção as árvores do outro lado do rio. Ele passa por entre os paus e fica quase impossível entender por onde ele foi, tento desesperadamente passar p/ o outro lado do rio, mas é impossível. Ele ainda toma mais linha e acabo forçando demais o material, o peixe ganha a parada e sai em liberdade levando a isca. Uma boa briga, com certeza não era um peixe muito grande, calculo um quilo, mas na correnteza eles ficam bem mais fortes. A minha carretilha ficou muda, a corrida do peixe fez quebrar o pinguelo, aquele que faz o barulho tão agradável de peixe tomando linha. Pescar sem o barulho de tomada de linha é muito ruim!!! Na parte da tarde vamos para outro trecho, este um pouco mais largo e novamente uma eclosão. Alejandro logo avista uma trucha comendo no que ele chama de área de alimentação: trata-se da parte onde a água corre mais depressa, o peixe fica atrás de algo ou mesmo em um remanso olhando para essa parte do rio, esperando que a comida, que vem na correnteza passe por ali. Tentamos várias iscas, começando pelos Parachutes e passando pelas Emerger e nada. Ficamos ali algo em torno de 15 a 20 min, tentando e trocando de iscas, não tinha mais o que colocar, já tinha usado todas as iscas de minha caixa. Ele tenta e consegue pegar o inseto que eclodia a nossa volta. Um mayflay todo marrom claro bem pequeno, ele abre a caixa dele e saca uma Adams toda marrom #16, amarra com cuidado, passa o flutuante e pede que eu arremesse bem no meio da correnteza. Nervoso, fico fazendo vários arremessos falsos até ter certeza de que a isca iria cair no local correto. E pousa, e por uma bondade divina, ao lado de um mayflay, as duas descem a correnteza juntas, o inseto a frente da isca por um palmo de distância, aproximadamente. Este momento é mágico, ali estavam o real e o falso, um feito por Deus e outro pelo Homem, juntos, quase idênticos, descendo a corredeira. Eu e Alejandro naquele momento éramos crianças brincando de Deus, pois tentávamos dar vida ao que naturalmente nasceu sem. As iscas passam juntas pelo ponto de ataque e o peixe escolhe a minha, prefere o falso, é a glória. Os dois pulam como se tivéssemos no Maracanã e o Fluminense tivesse acabado de marcar um gol, nem ligo para o peixe que está preso no anzol, só penso em comemorar o golaço que marcamos. Ele resolve subir p/ ver como estava Ivan e eu saio da água, sento em uma pedra e fico ali parado olhando tudo e não vendo nada, só relembrando o gol. Alguns minutos depois resolvo fazer imagens do local antes de ir embora.

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Pâncora

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  • Patrono

Jota, cuidado com as pancoras - quando estão vivas tudo bem, mas se voce pegar uma que morreu, pode ser 15 minutos atraz, voce vai ficar fedendo que nem bode velho - nunca vi nada cheirar tão mal - e é a maior dificuldade tirar o cheiro.

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  • Administrador

Parabéns pelo golaço, dá muito mais gosto em nossas pescarias!

Pescamos também nesse trecho do Malleo, pagamos a taxa também e pescamos em dois pontos. O primeiro ponto passava um cabo de aço atravessando o rio e o segundo ponto terminava em um imenso poção e fundo de montão. Foi no segundo ponto que o guia Franco acertou uma bela truta arco-íris, eu e mano véio ficamos mesmo com trutas menores, no máximo por volta de 500 gramas.

Foi um dia bom de pesca, mas não me motivou em voltar lá no dia seguinte, tenho muito que aprender ainda sobre como pescar no Malleo. Também vale muito pelas fotografias que podem ser feitas do vulcão Lanin.

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  • Mosqueiro

Valeu Rycardo.

Fausto, o lugar é lindo e merece ser melhor pescado, uma semana é pouco!!!

Beto essa mão aí é do Alehandro.

Ádamo, o local é bem alto uns 15m. Com uma vara de Spey, quem sabe!

Eu não vi, mas com certerza lá na AR deve ter alguém negociando essas belezas. O Marcelo Morales da BA Anglers é um cara muito atencioso e entende bem o português, entre em contato com ele pelo site e questione sobre tal.

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  • Pescador

Grande JR,

Seu relato foi tão realístico que eu já tava nervoso torcendo pela tua Adams, ha,ha,ha...Ufa, pegou! Imagino tua satisfação. Show, parabens!

Abraço

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  • Administrador

É verdade, vc tem toda razão!

Fiz uso de alguns filtros no PhotoShop e agora pode-se ver bem o cabo de cortiça e a carretilha. Despulpe-me JR por ter chamada seu conjunto de pesca de saco plástico, acho que estou ficando velho. happy.gif

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  • Mosqueiro

Sábado (15), Na noite se sexta-feira chegamos a Aluminé, e nos hospedamos no hotel Pehuenia.

Foto tirada da janela do hotel, Rio Aluminé

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O hotel não é nada lá grandes coisa, mas é o necessário para descansar e fazer as nossas refeições. A cidade é pior ainda, não tem nada, muito simples. A temperatura caía a cada dia, em alumine fez 3ºc, pela manhã.

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Após o café, partimos para o Rio Quillem. O rio é lindo, o mais técnico de todos, pois, além de ser mais estreito a mata ciliar se deita sobre ele. Pedras grandes formão belos poços, excelentes para quem gosta de pescar com ninfas. Lembra um pouco o M Cima na sua parte de baixo (Porquinhos). Inicialmente bati um trecho em que as trutas estavam bem seletivas, tentamos várias iscas e nada. Descemos fomos para outro trecho bem mais complicado que o anterior, mas com várias pedras e trutas, muitas trutas por trás delas. O difícil era colocar as iscas, pois a vegetação encobria bem os locais, dificultando muito a apresentação da isca. Alejandro avistou muitas, as que estavam mais ao meio foram todas sacadas. Ivan que estava um pouco mais acima também pegava as suas. Alejandro me disse que havia duas trutas, de bom tamanho, lá dentro, bem embaixo dos sauces junto a uma pedra. A primeira era a mais difícil, pois tinha que arremessar junto à pedra, além manter a linha bem sinuosa por causa do drag e haviam muitos galhos por cima. Tentamos por vários minutos, mas confesso que não consegui. Era muito difícil, quando conseguia encaixar o arremesso o peixe não se encantava muito com a isca e decepção total. Trocávamos as isca e eu começava tudo novamente, depois de muitas tentativas e erros, conseguia encaixar a isca e nada. Decidimos tentar a truta que estava mais acima. Ali a vegetação era um pouco mais aberta, facilitando, um pouco mais os arremessos. Tentamos as parachutes, depois Adams e por final o alejandro teve uma idéia, emergers. O local era bem raso, por isso ele passou silicone na Timberline para que ela não afundasse de imediato, permanecendo tempo necessário para que o peixe visse a isca, antes que o drag a forçasse para o fundo. Fiz o arremesso dois metros acima do local de ataque, e assim que passou pela pedra veio o ataque, dei os meus parabéns a Alejandro e deixei o peixe correr. Infelizmente não tenho a foto, pois quem tirou foi Ivan, postarei assim que receber a foto. Depois dessa paramos para o almoço e na parte da tarde, poucos peixes, mas todos no dry.

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  • Mosqueiro

Grande JR!!!

Parabéns seus relatos estão fantasticos, bela pescaria com mosca seca nota 1000, marrons, arco-iris e percas uma verdadeira Triplici Coroa.

Suas fotos estão lindas!!! e vc conseguiu filmar alguma pescaria?

Forte Abraço!!

Daniel

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  • Mosqueiro

Obrigado Daniel, fiz alguns pequenos filmes, mas nada demais.

Não Fausto, o carro estava no estacionamento do hotel, saímos para fazer essas fotos antes do café da manhã.

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  • Mosqueiro

Domingo (16) – Último dia de pesca, Rio Aluminé.

Assim que chegamos tirei está foto, de um pequeno córrego que deságua no Aluminé.

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O trecho escolhido era de corredeira com pedras grandes. Alejandro propôs que eu colocasse um terrestrial, Chernobyl haaa!!!!!! Tem pessoas que nem podem ouvir falar em cher... Eu topei na hora, pois nunca tinha visto um e nem tão pouco trabalhado. É bem interessante, depois do arremesso, você deve recolher em média velocidade a linha, podendo dar pausas no recolhimento ou não, e fazendo movimentos rápidos e curtos de ponta de vara, como se estivesse tremendo. Imita um inseto, grande e apetitoso, tentando sair da água desesperadamente. As trutas enlouquecem, saem de seus lugares atacando a isca freneticamente. Infelizmente não pegamos nenhuma, pois elas atacaram a isca enquanto Alejandro demonstrava o trabalho da mesma, depois fiz várias tentativas e nada. Trocamos à isca e colocamos ninfas (Cooper John) parecia brincadeira, tinha tanta truta que a coisa ficou monótona, nada grande, tudo em torno de 500g.

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A isca foi se desmontando a cada ataque, perdeu a wincase, ficando apenas o BH e o cobre, e assim mesmo pegava uma atrás da outra. Coloquei Prince com BH e aconteceu à mesma coisa, ou seja, qualquer coisa que se colocasse iria pegar peixe. No remanso à direita, uma marrom tentou pegar a isca por duas vezes, até que conseguiu, foi uma boa briga, deveria ter um quilo aproximadamente. Soltou-se do anzol antes que eu conseguisse passar o net nela, uma pena, daria uma boa foto, Alejandro filmou a briga. Veio o almoço (o último, beira do rio).

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continuamos a brincadeira, nada demais, somente peixes de 500g aproximadamente.

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Quando deu 18h30min paramos e saímos para procurar os outros que estavam mais abaixo. Todos juntos, cansados e felizes. Resolvemos fazer á última foto da aventura.

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da esq. p/ dre.: JR, Andres, Alejandro, Ivan, Gabriel e Victor.

No ano quem estaremos lá novamente, não sei quando, mas sei que estarei.... até lá.

Gostaria de agradecer ao Gabriel e Victor que permitiram que eu me juntasse ao grupo e que me receberam com muito carinho, ao Ivan pela paciência e companheirismo (quase não dormiu com o meu ronco) e ao Beto Saldanha que sempre me falou e me incentivou a ir para lá.

Obrigado!!

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