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Meu primeiro peixe


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  • 4 semanas depois...
  • Mosqueiro

Sensacional, Beto! Algumas coincidências interessantes: minha infância, adolescência e boa parte da vida adulta também foram na linda e saudosa Ilha do Governador; também fiz anzóis de alfinete quando criança, mas nunca fisguei nada além do meu próprio dedo com eles; por último e não menos importante, meu gosto pela pesca também foi iniciado com meu pai (e aqui reside uma diferença), um apaixonado por pescaria e que a contragosto de minha mãe comprou um apartamento no Jardim Guanabara, no início dos anos 70, na rua Uçá, bem perto da praia da Bica, da praia da Macumba e do Esporte Clube Jardim Guanabara e do Iate Clube. Tudo planejado...rsrsrs...

 

Pesquei em praticamente todas praias da Ilha e na baía de Guanabara (de bote, barco e até prancha de windsurfe), de diferentes maneiras, mas nunca tive tanto prazer como as longínquas pescarias com meu pai nas praias de dentro da APA Municipal da praia da Macumba, que se estende até a praia do Iate Clube. Naquelas prainhas que a gente só chega com maré baixa passei alguns dos melhores momentos de minha vida, numa época em que pescadas, corvinas, robalos, salteiras, xereletes, badejinhos e outros tantos peixes abundavam na região. 

 

Se eu pudesse voltar no tempo, certamente seria nos anos 70 e início dos 80, nesses momentos inesquecíveis com meu pai.

 

Adorei ler sua história, meu caro! Quando eu voltar a morar no Rio vamos marcar uma pescaria.

 

Obs.: tenho quase certeza de que esse é um post antigo ao qual já respondi... com a atualização da plataforma do fórum deve ter vindo à tona com ares de novo. Porém, gosto tanto de ler histórias como essa (e de compartilhar as minhas também), que respondi. Quando a coisa é boa, nunca é demais ver de novo.

Editado por Fred Mancen
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  • 3 semanas depois...
  • Mosqueiro

linda lembrança e por mais que nossas histórias de pescador não tenham nada em comum com seu relato, tenho certeza de que todos que leram se sentiram um pouco crianças de novo e lembrando como foi seu primeiro peixe...

parabéns pelo relato.

Abraços 

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  • 1 ano depois...
  • Mosqueiro
Em 21/09/2020 at 10:55, Fred Mancen disse:

Sensacional, Beto! Algumas coincidências interessantes: minha infância, adolescência e boa parte da vida adulta também foram na linda e saudosa Ilha do Governador; também fiz anzóis de alfinete quando criança, mas nunca fisguei nada além do meu próprio dedo com eles; por último e não menos importante, meu gosto pela pesca também foi iniciado com meu pai (e aqui reside uma diferença), um apaixonado por pescaria e que a contragosto de minha mãe comprou um apartamento no Jardim Guanabara, no início dos anos 70, na rua Uçá, bem perto da praia da Bica, da praia da Macumba e do Esporte Clube Jardim Guanabara e do Iate Clube. Tudo planejado...rsrsrs...

 

Pesquei em praticamente todas praias da Ilha e na baía de Guanabara (de bote, barco e até prancha de windsurfe), de diferentes maneiras, mas nunca tive tanto prazer como as longínquas pescarias com meu pai nas praias de dentro da APA Municipal da praia da Macumba, que se estende até a praia do Iate Clube. Naquelas prainhas que a gente só chega com maré baixa passei alguns dos melhores momentos de minha vida, numa época em que pescadas, corvinas, robalos, salteiras, xereletes, badejinhos e outros tantos peixes abundavam na região. 

 

Se eu pudesse voltar no tempo, certamente seria nos anos 70 e início dos 80, nesses momentos inesquecíveis com meu pai.

 

Adorei ler sua história, meu caro! Quando eu voltar a morar no Rio vamos marcar uma pescaria.

 

Obs.: tenho quase certeza de que esse é um post antigo ao qual já respondi... com a atualização da plataforma do fórum deve ter vindo à tona com ares de novo. Porém, gosto tanto de ler histórias como essa (e de compartilhar as minhas também), que respondi. Quando a coisa é boa, nunca é demais ver de novo.

 

Passado quase um ano, venho responder a sua mensagem, caso você me responda, apareço por aqui em 2023 para a réplica .

Ter vivido na Ilha em um tempo onde a pesca ainda era farta e a violência não era um problema tão grande deve ter sido uma maravilha.

Rapaz eu sou fã e acho linda a Ilha do Governador, e devia ser ainda mais linda no tempo que você morou lá. Grande parte da beleza vem da geografia repleta de pequenas formas de relevo litorâneos que se sucedem, das suas ruas sinuosas e arborizadas; nunca era tedioso andar pela imensa orla que não acabava mais, praia após praia, de tal modo que eu costumava tomar um ônibus para uma praia qualquer e sair andando pela orla com meu equipamento ultra light, desbravando a profusão de pontos de pesca existentes; por lá, a cada dez metros topa-se com um pesqueiro em potencial, principalmente para quem gosta de equipamento leve e peixes pequenos, sempre existe uma pedrinha submersa, um pilar,  um costão, um barco afundado, um cascalho promissor; onde se escondem pequenos predadores esperando por sua presa. A variedade de peixes era enorme, provavelmente por estar no fundo da Baía de Guanabara e próxima à enorme área de mangues de Guapi. Nas águas rasas, os peixes pequenos pareciam se sentir seguros e ficavam muito ativos e sem vergonha de atacar as iscas artificiais, inclusive espécies menos comuns eram enganadas, como o michole, o tira e vira, o mamarreis (que eram enormes), a corvina, o peixe voador (coió), a corcoroca, entre outros.

A outra parte da beleza da Ilha estava na sua arquitetura, no clima quase caiçara que se encontrava em muitos de seus bairros, na maravilhosa sucessão, quase improvável, de realidades distintas e antagônicas, como a agitação do Cocotá (com ares de uma Madureira), que alguns metros a frente dava lugar à tranquilidade da Praia da Bandeira, com suas casas a beira mar, onde os únicos ruídos que se ouviam eram os produzidos pelo suave bater das ondas contra a mureta e, por vezes, alguma voz mais alta, que saltava da intimidade de um lar e ia cair no ouvido do transeunte. Ora se estava no meio do agito de um bairro comercial de subúrbio, ora, após uma curva qualquer, encontrava-se em lugares tão tranquilos e vazios de gente que levavam a crer que nem se estava na metrópole. Tudo isso era mágico. Só encontrei paralelo na Ilha de Paquetá, ambas possuíam a mesma capacidade de me deixar em paz.

Por isso que você é uma cara tão gente boa, viver em um lugar bacana desses auxilia na consolidação de um caráter já inclinado para o bem.

 

Grande Abraço

 

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Praia da Bandeira.

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  • Mosqueiro

Salve Beto!

Sem problema... antes tarde do que nunca! Ah a Ilha... eu sai da Ilha mas a Ilha não sai de mim! hahahaha... Juventude melhor, não poderia ter tido.

 

Minha única frustração pesqueira que trago desde aqueles tempos é em relação ao canto esquerdo da praia da Bica. Ali mesmo onde você está pensando: a estação rádio da Marinha, início da reserva onde emenda com o depósito de combustíveis da Marinha que vai até a Ribeira. Tinha um amigo cujo pai era motorista civil (ficava dedicado a servir os oficiais dali) e morava lá dentro, numa casa à beira mar, não mais do que 25 metros da água, bem na enseada que é literalmente o fim da praia da Bica, já dentro da reserva militar junto àqueles cascalhos da curva da primeira guarita. 

 

Fui umas duas vezes à casa dele e pude ver com meus olhos o que aquela pequena região tinha de peixes! Algo absolutamente impensável para a maioria, naquela pequena enseada encostavam xaréus, enxadas, pescadas, salteiras, xereletes e guaiviras. Esses iam e vinham de acordo com a maré e época do ano. Os residentes, esses eram figurinha fácil naqueles molhes de pedra: tainhas ao largo e robalos e mais robalos flecha junto às pedras... Este amigo tinha seus conchavos com os vigias dos turnos e eventualmente eles "não percebiam" que ele estava pescando no canto, ora de artificiais, ora de tarrafa, em troca de um pescado. Numa dessas tarrafadas, pude presenciar que foram precisos apenas dois lances pra pegar uns 3 robalos médios e duas tainhas enormes... Parecia um aquário. Ele ainda possuía uma foto de um robalo flecha que pegou (ainda lembro do ano: 1995) e pesou perto de 17kg na balança! Um monstro!

 

Não sei hoje como aquela pequena região deve estar, mas era uma filial do paraíso, com sua beleza ímpar, uma variedade assustadora de peixes, um belo pôr do sol e uma paz que até hoje cala meu pensamento...

 

Maravilhosos tempos! Um grande abraço, meu amigo! Nos falamos em 2023... kkkkkkk

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  • Administrador

Fui viver no Cocotá em 1980 e pouco depois vim a casar. Nessa época lembro das maravilhas do local e as boas pescarias que fiz, até mesmo antes de ir lá morar. Foi ótimo ler o texto de vocês, me fez lembrar bons momentos e causos.  

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  • 2 meses depois...
  • Mosqueiro

Que relato legal, @Beto, eu tenho experiência bem parecida com a tua. Meu primeiro peixe foi uma corvinota ali naquele pier ao lado da peixaria na Ilha do Governador, realmente essa primeira experiência nunca é esquecida.

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