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[RELATO] - Patagônia 2016


Postagens Recomendadas

  • Moderador

:):):)

Venho acompanhando o relato e sempre me surpreendo com as novas e lindas facetas mostradas pela Patagônia.
É muito válida essa proposta de buscar e prospectar novos ambientes de pesca e sempre uma agradável surpresa encontra-los tão lindos e produtivos !
Parabéns aos integrantes desta maravilhosa e certamente inolvidável excursão de pesca.

Grande abraço

Odimir

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  • Administrador

Dois implicantes!   :nana:

Resolvemos levar os novatos para conhecer a região de Meliquina e assim fomos pescar no rio Filo Hua Hum.MAP2016-05.png

Do ponto onde deixamos os carro até o rio é uma longa caminhada e nesse dia fiz parceria com o mestre Beto Saldanha.
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Resolvemos conhecer o rio Filo Hua Hum onde desemboca no lago.
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Ao longo da longa caminhada belas imagens.
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Até que finalmente o lago é avistado.
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Nosso alvo era chegar no rio e não no lago.
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Agora em março o Filo Hua Hum fica com pouca água.
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Até que o Saldanha chega na desembocadura do rio no lago.
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Começamos a pescar.
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Comecei a subir o rio e daí então comecei a avistar pequenas trutas.
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Strike!
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Pescar elas na mosca seca é divertidíssimo.
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Essa saltou bastante.
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Até que tive a sorte de capturar duas belas trutas no melhor estilo Trout Bum, avistar e pescar.
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Depois pesquei a fêmea.
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As duas arco íris no mesmo local e com a mosca MDR.
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Já estava sem cauda.

Duas fotos panorâmicas.
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Depois do pic-nic resolvemos pescar no mesmo rio, só que depois do lago em sua parte oeste.
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Um trecho muito bonito também.
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A mosca que pegou a maior truta, também pegou a menor.
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Essa foto foi feita às 19:45.
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Continua........

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  • Moderador

Uma das coisas que mais me divertiu nessa viagem foi o fato de eu ter conectado minha câmera GoPro diretamente no cabo do net. Isso teve algumas implicações interessantes: primeiro que a câmera estava sempre pendurada nas costas; segundo que toda vez que eu pegava um peixe a câmera já estava a postos para fotos; terceiro que o net acabou virando uma plataforma de apoio e orientação da câmera durante fotos panorâmicas; quarto que eu tinha um "net de self" e podia fazer fotos distantes ou mesmo remotas utilizando o modo time-lapse da câmera; quinto que o time-lapse tirou algumas fotos inacreditáveis em alguns momentos... fotos que jamais poderiam ser tiradas com uma câmera normal! :)

Abaixo uma pequena (pequena mesmo... foram tiradas mais de 2500 fotos) amostra do aparato:

(hoje de noite coloco legenda em cada uma delas...)

 

Rio Caleufú, no primeiro pool acima da rede de alta tensão. Essa beleza sucumbiu a uma minúscula ninfa hot-head no upstream. Logo ali acima tem uma pequena corredeira marginal que desemboca no pool... ela estava no remanso de cima, encostada na corredeira, esperando a comida cair dentro da boca :D

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Ponto do Manzano, rio Chimehuim, logo na chegada, pela manhã. Antepenúltimo dia de pescaria.

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Gosto dos ângulos estranhos da grande angular.

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A caminho do Malleo Alto, para enfrentar uma manhã longa e exaustiva de vadeio complexo no meio de corredeiras e grandes pedras. 15 trutas no total... um bom resultado.

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Esse é o portal de entrada do Parque Nacional Lanín rumo Chile. Paramos para pescar no Malleo Alto uns poucos quilômetros depois desse portal. O rio segue à direita da estrada para quem vai no sentido que estamos indo. O problema é a sombra dos montes sobre o rio enquanto o dia nasce. A água estava a 8ºC e o ar a 7ºC. Início de vadeio complexo e frio.

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Outra foto bacana, dessa vez tirada no Quillén baixo, pouco abaixo do joelho que o rio faz dos índios.

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Aaaacho que foi no Chimehuim.

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Uma bela vista do Quillén tomada ao nível da água, quando o puçá começou a afundar durante a soltura da truta.

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Sequência de soltura de uma arco-íris no Malleo médio. Primeira foto...

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Segunda foto :)

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Mosca grande pega peixe grande? Algumas vezes sim... Isca minúscula também :) Uma ninfa hot-head #16 pegando uma arco-íris parruda no Chime, logo após o poção do Manzano.

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Caleufú... foto propaganda da Abel :D

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Upa!... a truta não quis cooperar :D

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Uma bela nadadeira no rio Filo Hua Hum... a truta se deixou enganar pelo meu bitu de EVA.

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Acho que foi Aluminé, na forte corredeira que paramos para dizer que vadeamos o rio. Corredeira enorme: tipo 100m de comprimento por 50 de largura fácil... assustadora de fora, antes de você entrar e ver que a correnteza não é tão forte e o rio não tão profundo. De toda forma, estou acostumado a fazer uns vadeios mais agressivos aqui e ali. Não recomendo.

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Um filhote de marrom no Chime, caminhando pousada Quilahue abaixo. Bichinho inacreditavelmente bonito. Adoro elas.

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De madrugada, a caminho do Caleufú... a câmera, grudada por dentro do para-brisas com uma ventosa especial, em time-lapse de 30 segundos. Casualmente passamos por um carro no sentido contrário. Beto e Neumann roncando dentro do carro...

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Arroyo Calfiquitra... cercado de araucárias nativas (Araucaria aruana)

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Uma visão fantasmagoricamente bela da transparência do Chimehuin, mesmo tendo a saída de chorume alguns quilômetros acima.

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  • Administrador

Já almocei muitas vezes embaixo dos galhos dessa mesma árvore, é a hora do almoço da flotada do Aluminé. :D
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Sobre suas cabeças pode-se observar galhos secos indicando o nível do rio em setembro....... Não é ninho de passarinho.   :D

 

 

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  • Moderador

Salve, salve,

aos espíritos elevadíssimos, depois desta trip.

Eu tenho uma dúvida sobre o comportamento das trutas na Patagônia. Parece, pelos relatos, que os peixes sobem regularmente na seca mesmo não havendo nenhuma eclosão. Quer dizer, um método que parece ser usado constantetmente, é usar secas para peixes localizados visualmente. É isso mesmo? Seria interessante, porque li num blog que este é o comportamento das trutas na Nova Zelândia: mesmo não havendo nenhuma eclosão as trutas sobem seguramente na seca, por lá.

[]'s

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  • Administrador

É por aí mesmo Carlos, as trutas sobem e vemos o rise, provavelmente ela não subiu para comer uma mosca seca e sim uma emerger, daí arremessamos uma mosca seca pequena e ela sobe para pegar, mesmo sabendo que no momento não tenhamos observado uma enorme eclosão ou nem mesmo tenha havido uma pequena eclosão. Agora em março não é um mês de grandes eclosões como acontece em novembro, dezembro, janeiro e fevereiro, mas assim mesmo observei muitas eclosões e de efêmeras na cor cinza e algumas bem clarinhas.

Observação: As Parachutes na cor marrom (March Brown) tiveram ótimo resultado e também as Catskill (estilo Hendrickson) que atei.

Essa eu atei, usei e me deu muitas alegrias. :okok:
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A fibra lisa de pavão que usei para fazer o abdômen não suportou tantas ações, mas na boa, cumpriu a missão e mesmo se desmanchando depois de umas três ou quatro trutas vou seguir a receita e atar novamente. O problema, no meu caso é evidente, é ver essa mosca, pois ela não "acende" na superfície da água, mas é bom demais ver uma marrom subir nela como aconteceu comigo algumas vezes.

Carlos nem sempre pesco no up stream, tenho duas hérnias de disco e quando incomodam eu mudo meu estilo de pesca, mas não deixo de pescar é evidente. Faço up stream de manhã bem cedo e depois entro no down stream fazendo swing sem preconceito algum. Essa questão de pescar com ninfas, wetflies, secas ou terrestres já é um caso superado em minha mente e faço a coisa de forma bem prática, eu simplesmente pesco e me divirto muito. :)

Mas respeito quem pensa diferente e procuro aprender com eles também.   :yes:

Né Jost?
Né Jamanta?

Jost e Jamanta são como os polos de uma imã, pescam nos extremos um do outro.   :D

 

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  • Moderador

Usei terrestrials com certo sucesso. O verão estendido encheu os matos de gafanhotos e as tritas ficavam doidas com coisas de EVA caindo na água...

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  • Moderador

Obrigado, Fausto. Meu interesse é mesmo no comportamento de  salmonídeos. Como eu comentei, li no blog de um membro do time neozelandes, que participou no mundial da FIPS na Bósnia em 2015, sobre as diferenças de comportamento dos salmonídeos na Europa, em relação à experiência deles na Nova Zelândia, e estava curioso sobre a Patagônia. Obviamente há diferenças.

Mais impressões são bem vindas!

[]'s

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  • Administrador

Sábado dia 12 de março foi a flotada que havia reservado com o Alejandro Klap e o Claudio Brandileone foi comigo. Dessa vez a história tinha que ser bem diferente, não somente porque o Alejandro Klap estava nos guiando, ele simplesmente é o ponto fora da curva, mas porque eu estava com a faca entre os dentes e querendo que o Claudio Brandileone tivesse uma experiência especial dessa vez, algo que deixasse a má impressão que teve da flotada que fez dia 7 no rio Aluminé. Ele fez e tudo aconteceu da melhor forma.   :okok:

A "temida" flotada do Collón Curá agora já não mete mais mede em ninguém, era uma flotada muito monótoma e muitas vezes ruim, o que criava fama do Collón Curá ser um rio passional, onde o pescador pode amar ou simplesmente odiar. Assim que o Alejandro chegou na Cabaña e disse que faríamos a flotada do Collón Curá un nó deu em meu estômago....... Será que dessa vez a flotada vai ser boa ou mais um vez decepcionante como já foi comigo e outros amigos?   

As coisas mudaram, agora a Flotada começa na desembocadura do do rio Chimehuin com o rio Collón Curá e assim já começa "quente" como deve ser.
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O primeiro a capturar uma truta foi justamente o novato e assim fiquei mais feliz e com menos temor de dar algo errado. :D
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O Alejandro sempre atendo e dando o suporte necessário para ajudar o pescador.
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Foto da primeira captura.
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Dois patos sismaram em nos seguir o tempo todo.
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Muitas trutas foram fisgadas nesse meio tempo e foi ação em vários trechos até chegar no Paredão de Pedra.
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Essa possivelmente foi a maior.
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Acreditem....... esse motorista simplesmente atravessou o rio Collón Curá na maior tranquilidade e garanto que não faria isso de forma alguma.
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O Cláudio estava danado, era truta na ponta da linha o tempo todo.
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Com direito a beijinho. :D
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Dá-lhe Cláudio!!! :okok:
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Até que chegou ao fim, agora acabando 2,5 Km mais abaixo do antigo local de saída.
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Inclusive um trecho excelente para vadear.
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Com direito a Photoshop é claro. :ok:
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Continua....... 

 

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  • Patrono

Tigrada! Que loucura!:yahoo:

Muito que aprender e praticar para fazer uma viagem destas!

Muitas imagens legais! Beto no campo, a 'faceirice' do Fausto e do Claudio, mas o recurso do net selfie produziu imagens para revista especializada, muito bom Jost!

E o Presidente junto é informação e diversão garantida! Ele não esqueceu as cuecas na pousada, né?:huh::whistle:

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  • Patrono

baita pescada!

eu to seco por uma pescaria, semana passada  até me atirei nos lambaris do guaíba hahaha

ver um relato desses... é de suar debaixo dos olhos

e o Pulmari? como foi a pesca lá?

 

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  • Mosqueiro
8 horas atrás, Tcheigor disse:

baita pescada!

eu to seco por uma pescaria, semana passada  até me atirei nos lambaris do guaíba hahaha

ver um relato desses... é de suar debaixo dos olhos

e o Pulmari? como foi a pesca lá?

 

Blz, Tcheigor

Para o pulmari foram apenas eu o Claudio e o Jamanata

Do trecho que o Boss nos indicou o Jamanta e o Claudio subiram o rio, não tiveram uma pescaria muito produtiva e eu desci o rio quase 2km e subi pescando, foi muito boa a pesca, ja que nesse trecho havia muitos "pools" entre as corredeiras, foi onde eu acertei a mão

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  • Mosqueiro

Para o pescador Fausto, quando você colocou a fibra de pavão no abdômen, cegou a colocar a resina para reforçar e ter brilho?

Estou feliz de ver a aventura de vocês os locais, rios e a alegria de vocês nas fotografias e este paraíso com as nossas amigas Trutas.

O nosso amigo Gáudio feliz com as capturas das Trutas é emocionante de ver.

Para pescador Xará, ficarão as fotos excelentes com a câmera na Net, pergunto a câmera Gopro como foi desenvolvimento dela nesta temporada?

Para o pescador Beto Saldanha, estou percebendo que você ficou destacado das fotos só vi uma, meu amigo.

Incrível os quatro pescadores, o nosso alemão segurando uma Truta fantasma pelo rabo, o grande Jamanta com um estilo pirata, e os dois pescadores felizes em todas as fotos é muito legal de ver.  

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Estou de olho nesta temporada de vocês vai em frente.

Parabéns estou gostando.      

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  • Administrador
9 horas atrás, Tcheigor disse:

e o Pulmari? como foi a pesca lá?

Não fui Tcheigor, somente os três foram, Claudio, Guilherme e Jamanta. Indiquei no GPS onde deveriam parar para fazer uma boa pescaria, mas não tenho detalhes. Nesse dia eu, Beto Saldanha, Jost e Neumamm, fomos pescar no rio Aluminé próximo ao PILOLIL.

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  • Moderador
19 horas atrás, Carlos Mitidieri disse:

Apropo, Jost, esta temporada tu fizestes alguma experiência com técnicas de linha curta por lá, certo? O que é que tu nos conta?

Boa noite, e até amanhã.

 

19 horas atrás, Carlos Mitidieri disse:

 

Então Carlos...

Nessa temporada as trutas, por algum motivo, pareciam não estar pegando bem nas técnicas up-stream. Achei que fosse só eu, já que não sou exatamente versado no assunto, mas o Fausto sentiu a mesma coisa e ele realmente é uma referência a ser levada em conta, já que usa seguidamente a técnica e tem outras patagônias com que comparar. O Jamanta sugeriu que provavelmente não estávamos vendo ou sentindo os piques, oque é uma boa possibilidade. Além disso, não estavam exatamente felizes comendo ninfas e foi um certo sufoco de vários dias descobrir exatamente que tipo de ninfa elas queriam, o que acabou por ter como resultados apenas uma! (para mim,pelo menos).

Assim, não tive sucesso nas técnicas up-stream de linha curta.

Isso pode ser uma conjuntura de fatores que eu teria que ter mais tempo para sistematicamente testar a fonte de erro, mas, de cara, as trutas não estavam pegando em ninfas grandes. Isso já me colocava o problema de como descer a ninfa minúscula até o fundo do rio em tão pouco espaço de tempo na correnteza forte. Mesmo usando apenas o "líder" inteiro como apenas um monofilamento 0,16mm (~5 ou 6X) com 1,80m de comprimento, não estava funcionando. Eu não estava a fim de usar pesos ou split-shots ou essas tranqueiras. Tentei  dropper com ninfa mega pesada e outra isca "secundária" para ataque e não tive bom resultado também, tanto com a maior em baixo quanto em cima.

Não que as trutas não estivessem pegando algumas pequenas ninfas específicas em dead-drift: muito pelo contrário, pois fui extremamente feliz com uma hot-head #16 com a qual peguei uma boa quantidade das maiores arco-íris de todas as minhas patagônias. O problema acho que estava em levar a ninfa até o fundo e depois garantir alguns instantes sem arraste ou movimentos estranhos para a truta pegar. Com essa ninfa, só consegui capturar trutas realmente grandes com um arremesso longo e ortogonal na corrente com vários e sucessivos mendings para a ninfa ter tempo de afundar na coluna de água

 


 

Na linha longa up-stream tive alguns resultados bons, mas como foi o primeiro ano que tive paciência e categoria pra me arriscar com isso, não sei dizer se o quantitativo de acerto foi decente ou não. Capturei boas e grandes trutas usando tanto a hot-head quanto a MDR e a mini-MDR. Algumas das trutas capturadas não poderiam ter sido capturadas de outra forma que não um preciso arremesso up-stream, de linha longa em diagonal na corrente, para só a mosca pousar a 5cm da margem oposta... o fato de eu tê-las capturado mostrou que de súbito me tornei suficientemente competente nisso.

 


 

Linha curta no down-stream, por outro lado, foi bem diferente. Em vários pontos de vários rios essa foi a única forma efetiva de capturar trutas em águas rápidas e eu peguei um sem-número delas assim, tanto com ninfas quanto com emergers tipo a MDR e congêneres. Várias delas foram pegas com minha bambu de 7.5' só com o líder pra fora, garimpando cada pedra e corrente do rio.

No mais, foi isso... não sou exatamente competente em nenhuma das técnicas que uso, de forma que me é complicado dizer se foi bom ou ruim.

Por outro lado, essa foi a primeira Patagônia na qual não tive um problema sequer de arremessos. Tudo bem que tivermos 12 dias seguidos quase sem vento, mas no dia que ventou DE VERDADE, eu estava bem tranquilo fazendo arremessos muito complicados sem grandes esforços. Fiquei bem feliz com essa conquista técnica. :happy:

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  • Moderador

Valeu Jost pelos esclarecimentos.  Se me permitires uma observação... a dificuldade pode estar em não ter o equipamento ideal, que seria  uma vara #2 ou #3 com 10' ou 11'. As caraterística mais importante da vara para linha curta é sensibilidade e curva progressiva. Já comentei contigo que com varas como a Hanak SLT tu sentes as saliências do fundo com a ninfa.  Isto é uma vara sensível. Outra coisa, tippet 0.16 já é muito espesso e atrasa a decida. Ideal é 0.10 a 0.12. Com curva progressiva, a vara cede na primeira arrancada protegendo o tippet, mas te garante um pouco de "backbone" pra trabalhar um peixe mais parrudinho. O equipamento certo, todas as técnicas ficam mais fáceis.

[]'s

 

 

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  • Administrador
Em 30/03/2016 at 14:40, Jost disse:

Por outro lado, essa foi a primeira Patagônia na qual não tive um problema sequer de arremessos. Tudo bem que tivermos 12 dias seguidos quase sem vento, mas no dia que ventou DE VERDADE, eu estava bem tranquilo fazendo arremessos muito complicados sem grandes esforços. Fiquei bem feliz com essa conquista técnica. :happy:

Jost tu se lembra que fiquei lhe observando por um bom tempo quando no primeiro canal de pesca lá no Chimehuin (aquele onde todos queriam pescar) e seus arremessos estavam muito bons. Aquela técnica Spey que fez uso ancorando a linha e arremessando na outra margem estava de tirar o chapéu. :ok:

Vamos deixar de mi, mi, mi e continuar mostrando mais imagens.   :D

Nossa ida ao Delta do Caleufú. :)

Vejo a pesca no Delta de forma diferente de alguns pecadores, vou para lá para me divertir pescando trutas "pequenas" e algumas vezes encontro trutas de tamanho cima do que esperado, por isso subo o delta e vou até onde minha coluna não reclama. Chamamos Delta porque o rio Caleufú se ramifica em diversos braços que exploramos de acordo com nossa experiência e aprendizagem. Dessa vez estava bem disposto e resolvi subir mais do que das vezes anteriores. Durante a longa caminhada é bom lembrar de lembar água e algo para comer.

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O ponto indicado como Limite acima foi até onde tive disposição para chegar.

O local é árido ao extremo e o sol castiga impiedosamente, não tem árvores em suas margens para se abrigar e o pescador tem que estar prevenido contra insolação e com muita proteção solar. Geralmente voltamos para o carro exaustos depois de horas de pesca e com vontade de voltar para o chalé, coisa que geralmente não acontece em outras pescarias na região, onde gostamos de fazer em dois turnos até de noite. No Delta do Caleufú é diferente, quando você chega no carro que se hidratar, matar a fome, descansar um pouco e depois voltar para Junín de Los Andes para um bom banha, um copo de Gancia com limão siciliano e muito gelo, e comer um belo bife de chorizo. 

Acordamos cedo, a viagem não é curta e para sofrer menos por lá tem que chegar cedo.
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Vale uma brincadeira com o Photoshop.
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Não são trutas pequenas como nos outros rios, as trutas do Delta são sadias, fortes e boas combatentes.
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Essa é uma da classe das "pequenas".
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A paisagem é assim o tempo todos.
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O Guilherme subiu comigo e teve uma "aula" de como pescar no Caleufú do Delta para cima.
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Não que eu seja "professor", mas eu estava danado nessa manhã e acertei na escolha da mosca.

Muita pedras o tempo inteiro e caminhando muitas vezes sobre elas, o Delta estava seco.
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As vezes um álamo aparece e serve como referência para próximas caminhadas.
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Essa marrom foi especial, pesquei com mosca seca e rio acima, no estilo.
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Essa arco íris também.
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Exausto, queimado pelo sol e seco de sede....... Não há quem aguente.
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O que todos querem é sombra e comer.
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Essa foto foi feita às 16:13 e todos queriam voltar para os chalés.

Vem mais por aí........   :)

 

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  • Mosqueiro
31 minutos atrás, Fausto disse:

Jost tu se lembra que fiquei lhe observando por um bom tempo quando no primeiro canal de pesca lá no Chimehuin (aquele onde todos queriam pescar) e seus arremessos estavam muito bons. Aquela técnica Spey que fez uso ancorando a linha e arremessando na outra margem estava de tirar o chapéu. :ok:

Vamos deixar de mi, mi, mi e continuar mostrando mais imagens.   :D

Nossa ida ao Delta do Caleufú. :)

Vejo a pesca no Delta de forma diferente de alguns pecadores, vou para lá para me divertir pescando trutas "pequenas" e algumas vezes encontro trutas de tamanho cima do que esperado, por isso subo o delta e vou até onde minha coluna não reclama. Chamamos Delta porque o rio Caleufú se ramifica em diversos braços que exploramos de acordo com nossa experiência e aprendizagem. Dessa vez estava bem disposto e resolvi subir mais do que das vezes anteriores. Durante a longa caminhada é bom lembrar de lembar água e algo para comer.

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O ponto indicado como Limite acima foi até onde tive disposição para chegar.

O local é árido ao extremo e o sol castiga impiedosamente, não tem árvores em suas margens para se abrigar e o pescador tem que estar prevenido contra insolação e com muita proteção solar. Geralmente voltamos para o carro exaustos depois de horas de pesca e com vontade de voltar para o chalé, coisa que geralmente não acontece em outras pescarias na região, onde gostamos de fazer em dois turnos até de noite. No Delta do Caleufú é diferente, quando você chega no carro que se hidratar, matar a fome, descansar um pouco e depois voltar para Junín de Los Andes para um bom banha, um copo de Gancia com limão siciliano e muito gelo, e comer um belo bife de chorizo. 

Acordamos cedo, a viagem não é curta e para sofrer menos por lá tem que chegar cedo.
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Vale uma brincadeira com o Photoshop.
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Não são trutas pequenas como nos outros rios, as trutas do Delta são sadias, fortes e boas combatentes.
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Essa é uma da classe das "pequenas".
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A paisagem é assim o tempo todos.
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O Guilherme subiu comigo e teve uma "aula" de como pescar no Caleufú do Delta para cima.
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Não que eu seja "professor", mas eu estava danado nessa manhã e acertei na escolha da mosca.

Muita pedras o tempo inteiro e caminhando muitas vezes sobre elas, o Delta estava seco.
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As vezes um álamo aparece e serve como referência para próximas caminhadas.
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Essa marrom foi especial, pesquei com mosca seca e rio acima, no estilo.
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Essa arco íris também.
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Exausto, queimado pelo sol e seco de sede....... Não há quem aguente.
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O que todos querem é sombra e comer.
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Essa foto foi feita às 16:13 e todos queriam voltar para os chalés.

Vem mais por aí........   :)

 

Você é o jamanta foram professores sim, tenho que agradecer é muito vcs dois

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  • Moderador
23 minutos atrás, Willians Guarapuava disse:

Jost. Na pagina 3 tem umas fotos sub aquaticas.Sabe me dizer com que camera foram feitas? Ficaram sensacionais.

GoPro Hero 3 White Edition no modo time-lapse ou normal. Tira fotos wide-angle de 5M pixels.

Usei a caixa estanque dela aparafusada no puçá.

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  • Patrono
Em 28 de março de 2016 at 10:48, Jost disse:

Vou te dizer que não entendi como você solta o peixe do anzol... um dia você me mostra pessoalmente.

Onde você adquiriu esse troço?

Também não deu pra compreender como isso funciona rsrs...

 

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  • Moderador
Em 02/04/2016 at 13:56, Fausto disse:

Jost tu se lembra que fiquei lhe observando por um bom tempo quando no primeiro canal de pesca lá no Chimehuin (aquele onde todos queriam pescar) e seus arremessos estavam muito bons. Aquela técnica Spey que fez uso ancorando a linha e arremessando na outra margem estava de tirar o chapéu. :ok:

Fausto, você tem isso gravado? Se tiver, poderia me fornecer uma cópia?

 

Em 02/04/2016 at 13:56, Fausto disse:

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Vai saber o que tinha nessa garrafa :D

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  • Administrador

Jost assim que descarregar os vídeos vejo e hospedo para download direto. :ok:

Nesse dia o Cláudio sentiu toda a agressão do Delta do Caleufú. Dava dó ver como estava no maior bagaço. Ainda bem que o Guilherme estava no volante nesse dia. :D

 

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  • Administrador
2 horas atrás, Thiago Zanetti disse:

Animal. Hard core total.

No vadeio no Pilolil (Aluminé), na flotada do Collón Curá e no vadeio do Delta do Caleufú a RPD+ #6 foi fundamental.   :ok:

 

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  • Administrador

Pescaria no Malleo Alto.

Esse trecho do rio Malleo fica dentro do parque do Vulcão Lanin e tem característica de rios de montanha onde em seu leito há muitas pedras de tamanhos diferentes, obrigando assim ao pescador ter mais cuidado no vadeio.

Majestoso Vulcão Lanin.
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A "La Photoshop".
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Os carros ficam sobre as árvores, bem protegidos e na sombra.
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Dá até para fazer uma brincadeira posicionando nossa sombra.
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Essa é a ponte que é nossa referência de parada.
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Turma animada.
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O passagua "saca truta".
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Qualquer trecho fotografado faz imagens bonitas.
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Águas claras e pescador mais atento.
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Até que uma bela truta se apresenta.
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Hora do pic-nic e não há local mais bonito para isso, a não ser no rio Filo Hua Hum.
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Foto sobre a ponte mostrando o rio abaixo.
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Foto sobre a ponte mostrando o rio acima.
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Jost pescando no upstream.
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Sempre com uma truta na ponta da linha.
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Outra se mostrando para a foto.
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Uma série de fotos do Jost arremessando.
 

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Bom vadeio.

De tarde fomos para o Malleo Médio e apresento ele com algumas fotos.
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As moscas que mais "trabalharam" nesse dia.
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Para encerrar mais uma brincadeiras com minha sombra.
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Continua.......

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  • Patrono
19 horas atrás, Odimir disse:

:):):)

Realmente muito rico e muito bacana o relato !

Na foto abaixo me foi possivel entender melhor o uso do net "solta-peixe"...

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Eu ainda estou boiando kkkkk...ainda não entendi rs. Como enganchar o anzol nesse soltador, se o anzol ficaria na mesma posição dele? penso que se ele ficasse ao contrário daí sim.....Bom vamos ver se uma hora entenderemos.

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  • Mosqueiro

Fausto muito legal gostei.

Tem uma truta que sabemos que é Truta, mais parece ser um filhote de Salmão do Atlântico, no tempo 2:55 a 13:17.

A Net ficou bem fácil de saca a Truta, melhor ainda sem colocar as mãos no peixe.

Estou reconhecendo este local e este também, já tivemos ai.

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Editado por Marcelo R. S.
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  • Administrador

O vídeo acima foi gravado no Japão e são peixes de lá das regiões de montanha. Parecem nossas trutas arco íris. 

Isso mesmo Marcelo, você conhece esses dois locais. A primeira foto é o Vulcão Lanín lá em cima no Malleo Alto e a foto de baixo fica no Malleo Médio. 

Assim que eu conseguir tempo vou hospedar o vídeo feito por mim usando esse "passaguá saca truta". :ok:

 

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