Mosqueiro Vasconcellos Postado Outubro 22, 2013 Mosqueiro Compartilhar Postado Outubro 22, 2013 Sempre que me interesso por uma espécie, começo pesquisa por artigos científicos, prioritariamente, distribuição geográfica e hábitos alimentares.Pesquisando sobre Brycon opallinus, encontrei este interessante artigo:http://www.scielo.br/scielo.php?pid=S1676-06032006000300015&script=sci_arttextAbs. Citar Link para o comentário Compartilhar em outros sites More sharing options...
Patrono Jamanta Postado Outubro 22, 2013 Patrono Compartilhar Postado Outubro 22, 2013 O que quer dizerNa coleta de abril, dos 47 exemplares de B. opalinus analisados três ingeriram itens animais incomuns (Fo = 1,17). Citar Link para o comentário Compartilhar em outros sites More sharing options...
Vitinhow Postado Outubro 22, 2013 Compartilhar Postado Outubro 22, 2013 O que quer dizerNa coleta de abril, dos 47 exemplares de B. opalinus analisados três ingeriram itens animais incomuns (Fo = 1,17).Pelo que eu entendi, foram animais que fogem da dieta normal da espécie. Citar Link para o comentário Compartilhar em outros sites More sharing options...
Marcelo_90 Postado Outubro 22, 2013 Compartilhar Postado Outubro 22, 2013 Muito interessante mesmo !!Preciso descobrir os hábitos das Oreochromis niloticus então..., pois no último domingo fiquei perplexo observando-as em fuga. Eram muito grandes e estavam dando sopa no raso. Porém não permitiam nem 15 metros de aproximação com a agua limpa.Abç Citar Link para o comentário Compartilhar em outros sites More sharing options...
Patrono GiulianoSA Postado Outubro 22, 2013 Patrono Compartilhar Postado Outubro 22, 2013 ...e eu louco para falar uma besteira! Citar Link para o comentário Compartilhar em outros sites More sharing options...
Mosqueiro Lorenzi Postado Outubro 22, 2013 Mosqueiro Compartilhar Postado Outubro 22, 2013 O que quer dizerNa coleta de abril, dos 47 exemplares de B. opalinus analisados três ingeriram itens animais incomuns (Fo = 1,17).No trabalho está descrito os três animais : duas pererecas e um ratinho ... incomum para uma espécie que se alimenta de insetos, frutos e sementes . Citar Link para o comentário Compartilhar em outros sites More sharing options...
Mosqueiro Vasconcellos Postado Outubro 22, 2013 Autor Mosqueiro Compartilhar Postado Outubro 22, 2013 Outro dado que me impressionou:Resultados e Discussão Foram capturados 266 exemplares de B. opalinus (4 a 36 cm CT) nas 12 coletas de 2004,... Citar Link para o comentário Compartilhar em outros sites More sharing options...
Mosqueiro Leandro Vitorino Postado Outubro 22, 2013 Mosqueiro Compartilhar Postado Outubro 22, 2013 Já tinha lido esse trabalho há 5 anos. Escrito pela UNESP de rio claro. Essa pirapitinga do sul se trata de uma espécie endémica da bacia do paraíba do sul. A nossa pirapitinga aqui de Goiás e a B. Nattereri, muito parecida. Mostra que a espécie e uma onívora oportunista, podendo se alimentar de ratos, rans e o que for oferecido. Foi nela que baseamos nossa matéria de pescando pirapitingas com ratos. Só não concordei com o formato do estudo: mataram 266 pirapitingas com rede só para estudar o conteúdo estomacal. Todo o achado já era esperado em se tratando de Brycons. Além disso: basta colocá-las vivas num recipiente, transisca, que o próprio stresse já faz com que a pirapitinga regurgite o que comeu. Assim fiz minhas pesquisas aqui em Goiás. Pq acho que matar 266 indivíduos de uma espécie ameaçada só para título de curiosidade, com um achado totalmente previsível, acho uma imprudência total. Mas há quem goste e ache interessante, uma pena para a espécie! E so o que acho, desculpe minha forma de interpretação. Abraços! Leandro 1 Citar Link para o comentário Compartilhar em outros sites More sharing options...
Patrono Diego Thomas Postado Outubro 22, 2013 Patrono Compartilhar Postado Outubro 22, 2013 É, 266 exemplares é um exagero, mas rendeu não apenas esse trabalho. Houveram outros e se bem me lembro dissertações ou teses.As coletas também foram feitas ao longo de um ano, fornecendo dados bem interessantes e abrangentes.Vale lembrar que aquela região, juntamente com outro afluente do Paraíba do Sul, fora repovoada pela CESP. Citar Link para o comentário Compartilhar em outros sites More sharing options...
Mosqueiro Leandro Vitorino Postado Outubro 22, 2013 Mosqueiro Compartilhar Postado Outubro 22, 2013 Repovoamento???? Mais uma agressão a variabilidade genética da população. Repovoamento e a ultima alternativa para salvar uma espécie. Primeiro sempre se deve retirar o fator agressor: poluição, pesca predatória, reconstruir mata ciliar, PCH, etc. Só depois de retirado o fator agressor, esperasse anos pra se recuperar com a população F1. Cada matriz de pirapitinga desova cerca de 60.000 ovocitos/ kg de peixe, vc acha mesmo que um repovoamento e melhor do que melhorar as condições para que a própria população se reproduza? Conheço a situação dessa região e sei que não foi assim que ocorreu. Quase cometi o erro do repovoamento nas áreas do projeto pirapitinga em Goiás, ainda bem que não o fiz. Minhas considerações pessoais. Citar Link para o comentário Compartilhar em outros sites More sharing options...
Patrono Diego Thomas Postado Outubro 22, 2013 Patrono Compartilhar Postado Outubro 22, 2013 (editado) Leandro, nunca disse que o repovoamento é a solução. Sei bem da variabilidade genética e sua importância, apesar de não ser biólogo.Já li alguns trabalhos em relação ao dourado da bacia do Rio Uruguai e das Bacias do Rio do Sinos, Jacuí e Camaquã.E quanto a isso:"...pelo setor de piscicultura da Companhia Energética de São Paulo (CESP) para repovoar tributários do reservatório de Paraibuna.."Se não houve repovoamento por parte da CESP o texto acima está errado.Desculpe Leandro, mas nao entendi a razão tom agressivo da resposta. Editado Outubro 22, 2013 por Diego Thomas Citar Link para o comentário Compartilhar em outros sites More sharing options...
Moderador Jost Postado Outubro 22, 2013 Moderador Compartilhar Postado Outubro 22, 2013 O tópico está excelente, apesar de meio quente...Em que pese os amores e ardores de cada um sobre a questão, peço, como moderador, um pouco de tranquilidade no que escreverem.Tem muita gente aqui, como eu, que não entende patavinas do correto procedimento de aumento de população de espécies de peixes nativas nem tampouco de ecologia de água doce, de modo que um certo didatismo, por parte de quem entende, seria de muito bom tom. Gostaria muito de entender mais sobre o que está sendo discutido e tenho certeza que posso, com a ajuda de vocês.Se quiserem postar outros trabalhos publicados sobre o assunto, agradeço, assim como agradeço qualquer sugestão de literatura (livro) sobre o assunto. Esses dias comprei o Dodds (http://www.amazon.com/gp/product/0123747244/ref=oh_details_o02_s00_i00?ie=UTF8&psc=1) mas não tive tempo de olhar com calma ainda Obrigado. Citar Link para o comentário Compartilhar em outros sites More sharing options...
Mosqueiro Vasconcellos Postado Outubro 22, 2013 Autor Mosqueiro Compartilhar Postado Outubro 22, 2013 Quanto a coleta dos 266 indivíduos, vale lembrar que foram com total embasamento científico, que os exemplares estão tombados no museu de zoologia, e que a quase 10 anos atrás (2004), o estudo de conteúdos estomacais tinha esse padrão para método de coleta.Além de que a coleta com rede de espera deixada a noite toda armada, muito provavelmente os espécimes já estavam mortos quando do recolhimento do aparato.Também achei grande o N, mas com certeza foram dados bem aproveitados, inclusive por você Leandro, na sua pescaria com imitações de ratos em GO, conforme sua afirmação.Outro fato que vale lembrar, as coletas se deram dentro de um Parque Estadual, o que assegura (pelo menos em tese) a manutenção dessas populações.Cito aqui, que não estou defendendo os autores ou seus métodos de coleta, apenas fazendo um contraponto às opiniões de nosso amigo Leandro.Abs. Citar Link para o comentário Compartilhar em outros sites More sharing options...
Mosqueiro Vasconcellos Postado Outubro 22, 2013 Autor Mosqueiro Compartilhar Postado Outubro 22, 2013 (editado) Grande parceiro Jost,em resumo, o trabalho trazido ao fórum por mim, aponta que as pirapitingas do sul, em determinadas condições, se alimentam de vertebrados como rãs e ratos, e este foi o motivo pelo qual me chamou a atenção primeiramente.Lendo o trabalho completo, vi que foram coletados 266 espécimes em um ano de amostragem (12) e que as mesmas variaram entre 4 e 36cm, (grandona em).Claro que minha mente mosqueira já se encheu de imagens de pescarias em rios da serra do mar, com toda a beleza característica do local, e pirapitingas atacando ratinhos de deer hair.... Editado Outubro 22, 2013 por Vasconcellos Citar Link para o comentário Compartilhar em outros sites More sharing options...
Moderador Jost Postado Outubro 22, 2013 Moderador Compartilhar Postado Outubro 22, 2013 É, imaginei que essa tinha sido a razão de seu post inicial...36cm? Já dá uma briga boa isso numa vara #1 rsrsVamos ver os desdobramentos da postagem... Citar Link para o comentário Compartilhar em outros sites More sharing options...
Mosqueiro Milton Bueno Postado Outubro 22, 2013 Mosqueiro Compartilhar Postado Outubro 22, 2013 Boa tarde.Na minha opinião essa espécia esta com dificuldades de encontrar sua alimentação e por isso acaba se alimentando de ratinhos, rãs.... Citar Link para o comentário Compartilhar em outros sites More sharing options...
Patrono Celio Postado Outubro 22, 2013 Patrono Compartilhar Postado Outubro 22, 2013 muito legal, mas ainda me irrita muito a enorme confusão entre matrinxãs e piraputangas. Vejam isso: "Na Amazônia Central, o matrinxã Brycon cephalus (Günther 1869) é considerado onívoro, alimentando-se de sementes, frutos, flores, restos de vegetais e insetos, de acordo com a estação do ano e a disponibilidade destes alimentos." Essa é a alimentação regular piraputanga, e não a da matrinxã amazônica, que é um voraz predador e também (e ao que me consta principalmente) se alimenta de peixes, crustáceos e moluscos, além de insetos e vermes, claro. Tb não me espantará se encontrarem pequenas aves e roedores em seus intestinos ... Citar Link para o comentário Compartilhar em outros sites More sharing options...
Mosqueiro Mauricio Velho Postado Outubro 22, 2013 Mosqueiro Compartilhar Postado Outubro 22, 2013 Sem dúvidas a pesquisa é interessante e válida. De se relembar que faltam pesquisas como essa para embasar (ou impugnar) qualquer atividade que cause impacto ambiental seja ele qual for. Tudo bem que a metodologia deveria ser diferente, mas não retira a validade do estudo.Creio que estes rios dentro do parque estadual não foram objeto de repeixamento já que são locais de difícil acesso/acesso controlado o que propicia boas condições para desenvolver populações sustentáveis e saudáveis. A CESP fez sim peixamento em locais fora do parque e principalmente no reservatório de Paraibuna.Quanto a resposta do Célio, creio que não há confusão alguma sendo que os brycons em geral são onívoros e, portanto não há confusão entre os hábitos alimentares da matrinxa e piraputanga visto que são exatamente identicos, podendo variar de acordo com o local e época do ano. Tanto a matrinxa (amazonica ou do São Freancisco) quanto a piraputanga se alimentam de flores, folhas, frutos, insetos, vermes e outros peixes, basta dar uma olhada aqui no fórum para ver que o pessoal sempre pega piraputangas e matrinxas do SF em grandes streamers pescando dourados. Aliás no pantanal é comum ver as piraputangas estourando em cardumes de lambaris e outros peixinhos da mesma forma que os dourados. Citar Link para o comentário Compartilhar em outros sites More sharing options...
Administrador Fausto Postado Outubro 22, 2013 Administrador Compartilhar Postado Outubro 22, 2013 Gostei estou aprendendo bastante e bom ler o ponto de vista dos amigos quanto a esse as questões debatidas. T+ Citar Link para o comentário Compartilhar em outros sites More sharing options...
Mosqueiro Leandro Vitorino Postado Outubro 22, 2013 Mosqueiro Compartilhar Postado Outubro 22, 2013 Leandro, nunca disse que o repovoamento é a solução. Sei bem da variabilidade genética e sua importância, apesar de não ser biólogo.Já li alguns trabalhos em relação ao dourado da bacia do Rio Uruguai e das Bacias do Rio do Sinos, Jacuí e Camaquã.E quanto a isso:"...pelo setor de piscicultura da Companhia Energética de São Paulo (CESP) para repovoar tributários do reservatório de Paraibuna.."Se não houve repovoamento por parte da CESP o texto acima está errado.Desculpe Leandro, mas nao entendi a razão tom agressivo da resposta.Diego,escrevi minha mensagem no meu celular, no sinaleiro, na pressa, não tive a intenção de responder de forma agressiva, e não foi esse o sentimento que agia em mim no momento. Lendo o que postei percebi que realmente foi uma resposta agressiva, não escolhi bem as palavras, foi a pressa mesmo. Quem me conhece sabe que sou muito pacato. Me desculpe, com sinceridade.Só pq acho que nenhuma das informações coletadas necessitavam de matar tantos peixes, ainda mais pq nenhum laboratório domina a reprodução em cativeiro da pirapitinga do sul.Me desculpe mais uma vez! Não sou uma pessoa agressiva e não tinha esse sentimento dentro de mim, só me expressei de forma inadequada.Grande abraço!Leandro 2 Citar Link para o comentário Compartilhar em outros sites More sharing options...
Mosqueiro Leandro Vitorino Postado Outubro 22, 2013 Mosqueiro Compartilhar Postado Outubro 22, 2013 É, imaginei que essa tinha sido a razão de seu post inicial...36cm? Já dá uma briga boa isso numa vara #1 rsrsVamos ver os desdobramentos da postagem...Em alguns estudos cientificos, o tamanho dos exemplares são até a última vértebra, ou seja, sem a contar a cauda.Se assim foi, esse exemplar de 36 cm deveria ter uns 40 cm com a cauda.Li esse trabalho há 5 anos, não lembro mais...Abs!Uma pirapitinga acima dos 40 cm é meu sonho...Abs!Leandro Citar Link para o comentário Compartilhar em outros sites More sharing options...
Mosqueiro Leandro Vitorino Postado Outubro 22, 2013 Mosqueiro Compartilhar Postado Outubro 22, 2013 Quanto a coleta dos 266 indivíduos, vale lembrar que foram com total embasamento científico, que os exemplares estão tombados no museu de zoologia, e que a quase 10 anos atrás (2004), o estudo de conteúdos estomacais tinha esse padrão para método de coleta.Além de que a coleta com rede de espera deixada a noite toda armada, muito provavelmente os espécimes já estavam mortos quando do recolhimento do aparato.Também achei grande o N, mas com certeza foram dados bem aproveitados, inclusive por você Leandro, na sua pescaria com imitações de ratos em GO, conforme sua afirmação.Outro fato que vale lembrar, as coletas se deram dentro de um Parque Estadual, o que assegura (pelo menos em tese) a manutenção dessas populações.Cito aqui, que não estou defendendo os autores ou seus métodos de coleta, apenas fazendo um contraponto às opiniões de nosso amigo Leandro.Abs. Amigo Vasconcelos,Não estou fazendo contraponto a vc, mas ao trabalho:Qual dos dados da conclusão necessitaria de matar 266 exemplares para que esse estudo fosse tão eficiente?Sabemos que a maioria dos trabalhos feitos por biólogos, usam redes como metodologia de coleta, mesmo pq a maioria desses biólogos não pescam com linha e alguns ainda usam ribeirinhos na coleta.Achei os dados interessantes tb, assim como vcs, só não me agrada a metodologia usada.Independente desse trabalho eu usaria ratos, rãns e outros animais para se pescar.Quem pesca pirapitinga sabe que muita coisa é possível...Se passar a rede após uma revoada de cigarrinha do campo, o que vão encontrar?Se passar após uma revoadas de saúvas, o que vão encontrar?Se passarem no pico de eclosão da dobsonfly, o que vão encontrar?Admiro os autores, o trabalho e os dados, só não gostei da metodologia.No Projeto Pirapitinga, temos um trabalho com 400 peixes, metodologia: pesca com mosca, pesque e solte.Os dados mais aprofundados do trabalho não cabe aqui, talvez numa outra oportunidade.Mesmo pq, não teríamos o mesmo respaldo, além de santo de casa não fazer milagre.Grande abraço a todos!Leandro Citar Link para o comentário Compartilhar em outros sites More sharing options...
Patrono Diego Thomas Postado Outubro 22, 2013 Patrono Compartilhar Postado Outubro 22, 2013 Diego,escrevi minha mensagem no meu celular, no sinaleiro, na pressa, não tive a intenção de responder de forma agressiva, e não foi esse o sentimento que agia em mim no momento. Lendo o que postei percebi que realmente foi uma resposta agressiva, não escolhi bem as palavras, foi a pressa mesmo. Quem me conhece sabe que sou muito pacato. Me desculpe, com sinceridade.Só pq acho que nenhuma das informações coletadas necessitavam de matar tantos peixes, ainda mais pq nenhum laboratório domina a reprodução em cativeiro da pirapitinga do sul.Me desculpe mais uma vez! Não sou uma pessoa agressiva e não tinha esse sentimento dentro de mim, só me expressei de forma inadequada.Grande abraço!LeandroSussa, Leandro, a comunicação digital tem desses mal entendidos/interpretados. Citar Link para o comentário Compartilhar em outros sites More sharing options...
Patrono Diego Thomas Postado Outubro 22, 2013 Patrono Compartilhar Postado Outubro 22, 2013 Grande parceiro Jost,em resumo, o trabalho trazido ao fórum por mim, aponta que as pirapitingas do sul, em determinadas condições, se alimentam de vertebrados como rãs e ratos, e este foi o motivo pelo qual me chamou a atenção primeiramente.Lendo o trabalho completo, vi que foram coletados 266 espécimes em um ano de amostragem (12) e que as mesmas variaram entre 4 e 36cm, (grandona em).Claro que minha mente mosqueira já se encheu de imagens de pescarias em rios da serra do mar, com toda a beleza característica do local, e pirapitingas atacando ratinhos de deer hair....Vasconcellos, também já imaginei isso, mas aquilo é parque, sabe como é a legislação para parques no Brasil. O curioso é que os rios de lá são explorados por agências de rafting locais. Citar Link para o comentário Compartilhar em outros sites More sharing options...
Moderador Odimir Postado Outubro 22, 2013 Moderador Compartilhar Postado Outubro 22, 2013 Quem pesca pirapitinga sabe que muita coisa é possível...Se passar a rede após uma revoada de cigarrinha do campo, o que vão encontrar?Se passar após uma revoadas de saúvas, o que vão encontrar?Se passarem no pico de eclosão da dobsonfly, o que vão encontrar?Leandro Ola Leandro,Como você, não vejo qualquer motivo para espanto, desde que consideremos que a alimentaçãochamada de "seletiva" é uma forma de alimentação oportunística.Melhor seria chamada de "foco" seletivo, que ocorre da forma como você citou.Oportunisticamente porque não engolir um bom naco de proteína trazido pela esteira de alimentaçãona forma de uma rãzinha ou um camundongo ?Grande abraçoOdimir Citar Link para o comentário Compartilhar em outros sites More sharing options...
Mosqueiro Leandro Vitorino Postado Outubro 22, 2013 Mosqueiro Compartilhar Postado Outubro 22, 2013 Como disse o mestre, palavras da experiência... Abs!! Citar Link para o comentário Compartilhar em outros sites More sharing options...
Administrador Fausto Postado Outubro 22, 2013 Administrador Compartilhar Postado Outubro 22, 2013 Sussa, Leandro, a comunicação digital tem desses mal entendidos/interpretados.Principalmente quando estamos digitando num celular, que é o meu caso agora.Está em alto nível o tópico e será bem aproveitado pela comunidade. T+ Citar Link para o comentário Compartilhar em outros sites More sharing options...
Mosqueiro DRTrute Postado Outubro 23, 2013 Mosqueiro Compartilhar Postado Outubro 23, 2013 Diego,escrevi minha mensagem no meu celular, no sinaleiro, na pressa, não tive a intenção de responder de forma agressiva, e não foi esse o sentimento que agia em mim no momento. Lendo o que postei percebi que realmente foi uma resposta agressiva, não escolhi bem as palavras, foi a pressa mesmo. Quem me conhece sabe que sou muito pacato. Me desculpe, com sinceridade.Só pq acho que nenhuma das informações coletadas necessitavam de matar tantos peixes, ainda mais pq nenhum laboratório domina a reprodução em cativeiro da pirapitinga do sul.Me desculpe mais uma vez! Não sou uma pessoa agressiva e não tinha esse sentimento dentro de mim, só me expressei de forma inadequada.Grande abraço!LeandroLeandro: grande sua conduta.....perdoar e aceitar desculpas é muito mais fácil que pedir perdão ou desculpar.se.. ahumildade é o ultimo degrau da sabedoria. parabens, um abraço, ADAUTO. Citar Link para o comentário Compartilhar em outros sites More sharing options...
Patrono Diego Thomas Postado Outubro 23, 2013 Patrono Compartilhar Postado Outubro 23, 2013 Um pouco de informação as espécies aquáticas do Paraíba: http://www.icmbio.gov.br/portal/biodiversidade/fauna-brasileira/plano-de-acao/146-pan-paraiba-do-sul Citar Link para o comentário Compartilhar em outros sites More sharing options...
Mosqueiro Leandro Vitorino Postado Outubro 23, 2013 Mosqueiro Compartilhar Postado Outubro 23, 2013 Leandro, nunca disse que o repovoamento é a solução. Sei bem da variabilidade genética e sua importância, apesar de não ser biólogo.Já li alguns trabalhos em relação ao dourado da bacia do Rio Uruguai e das Bacias do Rio do Sinos, Jacuí e Camaquã.E quanto a isso:"...pelo setor de piscicultura da Companhia Energética de São Paulo (CESP) para repovoar tributários do reservatório de Paraibuna.."Se não houve repovoamento por parte da CESP o texto acima está errado.Desculpe Leandro, mas nao entendi a razão tom agressivo da resposta.Amigo Diego,Mais um mal entendido pela digitação. Quando disse: "conheço a situação da região e não foi assim que ocorreu", não quis dizer que vc não falou a verdade, eu quis dizer que a CESP não seguiu a forma ideal de se salvar uma espécie: retirar o fator agressor para só então repovoar, entende. Encheram a região de hidroelétricas e PCHs e repeixaram alguns rios e represas com espécies reofílicas, ameaçadas da bacia do paraíba do sul, uma verdadeira hipocrisia. Soltar alevinos e juvenis é muito poético, mas não resolve o problema das espécie ameaçadas...infelizmente.Aproveitem pra pescar....pq vai acabar...Me desculpe mais uma vez amigo Diego!Leandro Citar Link para o comentário Compartilhar em outros sites More sharing options...
Patrono Diego Thomas Postado Outubro 23, 2013 Patrono Compartilhar Postado Outubro 23, 2013 Amigo Diego,Mais um mal entendido pela digitação. Quando disse: "conheço a situação da região e não foi assim que ocorreu", não quis dizer que vc não falou a verdade, eu quis dizer que a CESP não seguiu a forma ideal de se salvar uma espécie: retirar o fator agressor para só então repovoar, entende. Encheram a região de hidroelétricas e PCHs e repeixaram alguns rios e represas com espécies reofílicas, ameaçadas da bacia do paraíba do sul, uma verdadeira hipocrisia. Soltar alevinos e juvenis é muito poético, mas não resolve o problema das espécie ameaçadas...infelizmente.Aproveitem pra pescar....pq vai acabar...Me desculpe mais uma vez amigo Diego!LeandroÉ Leandro, o interessante pra eles é aparecer na mídia como amigos da natureza, não fazer o que é correto.Semelhante acontece nas represas do rio Pelotas/Uruguai. Acredito que esteja sendo feito coisas bem feias por aquelas bandas.Não precisa se desculpar por mal entendidos! ;-)Abação Citar Link para o comentário Compartilhar em outros sites More sharing options...
Patrono Jamanta Postado Outubro 23, 2013 Patrono Compartilhar Postado Outubro 23, 2013 É galeraExcelente tópico, o nível foi lá para as alturas.Bueno, pesquisa é importante. Tem que haver. Evidente que tem que ser buscadas formas de não haver matança de um peixe como justificativa para salva-lo.Pois bem, depois destas pesquisas devem vir ações. E aí, que parece que sempre as coisas param.Vou achar a pesquisa sobre o Dourado aqui na bacia do Uruguai para passar para voces, e podemos ver a metodologia.Digo isto, porque esta pesquisa foi o vetor das ações que aconteceram recentemente acerca do dourado e do surubim. Se não fosse a pesquisa, não haveria proibição, se não houvesse proibição estariam extintos.E agora, num segundo momento, as pesquisa estão apontando como fazer para minimizar os fatores agressores para o Dourado voltar.Abc Citar Link para o comentário Compartilhar em outros sites More sharing options...
Mosqueiro Salles Postado Outubro 23, 2013 Mosqueiro Compartilhar Postado Outubro 23, 2013 Só pq acho que nenhuma das informações coletadas necessitavam de matar tantos peixes, ainda mais pq nenhum laboratório domina a reprodução em cativeiro da pirapitinga do sul. Olá, Embora a pirapitinga não seja produzida em escala comercial (talvez porquê cresça bem menos que outras espécies do gênero Brycon) sua reprodução é feita em laboratório, sem grandes dificuldades, como é evidenciado no artigo abaixo, publicado há mais de dez anos. Nesse artigo observou-se 90% de fertilização e 40% de eclosão. De modo geral, os briconídeos (matrinxãs, piracanjuba, piraputanga, entre outros) respondem bem à indução hormonal. Caso alguém tenha interesse nos detalhes do procedimento, acesse: http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S1516-35982002000500002 Citar Link para o comentário Compartilhar em outros sites More sharing options...
Mosqueiro Leandro Vitorino Postado Outubro 23, 2013 Mosqueiro Compartilhar Postado Outubro 23, 2013 Amigo Salles, quando coletei as matrizes F1 de pirapitingas aqui de Goiás, estudei esse e outros trabalhos. Trabalhamos as matrizes em dois grandes laboratórios daqui. Escolhi laboratórios que já faziam reprodução de brycons( matrincha e piracanjuba), com o mesmo pensamento que vc apresentou agora. Conseguimos taxas de desova, hormônio induzidas, fertilização e eclosão semelhantes aos desse trabalho. Porém a nossa grande dificuldade foi lidar com o canibalismo dos alevinos. Usamos várias estratégias de alimentação anti-canibalismo. A primeira tentada foi a tradicional: artemia. Depois partimos pra segunda, misturar os alevinos de pirapitinga com os de outra espécie, escolhemos o curimba e piau, que possuiem alevinos menores que os da pirapitinga. Mesmo assim não conseguimos o sucesso esperado. Com o insucesso da reprodução, e por pena das 14 matrizes que tinha em cativeiro, e por ter mudado minha opinião quanto ao repovoamento, desisti desse processo. Parti para outras estratégias mais inteligentes, orientadas por biólogos renomeados. Obs: se vc achar algum trabalho que mostra o sucesso de sobrevivência na reprodução de pirapitingas me mostrem, por favor. Tem anos que não pesquiso isso, talvez já tenham algum. Grande abraço! 1 Citar Link para o comentário Compartilhar em outros sites More sharing options...
Administrador Fausto Postado Outubro 23, 2013 Administrador Compartilhar Postado Outubro 23, 2013 O que significa matrizes F1? Citar Link para o comentário Compartilhar em outros sites More sharing options...
Administrador André Ribeiro Postado Outubro 23, 2013 Administrador Compartilhar Postado Outubro 23, 2013 Pelo que me lembro da época de aquariofilista, quando vamos iniciar uma criação, chamamos de F0 os primeiros indivíduos, F1 os filhos do cruzamento desses e de F2, F3, F4..., os cruzamentos dos filhos das gerações anteriores. Citar Link para o comentário Compartilhar em outros sites More sharing options...
Mosqueiro Leandro Vitorino Postado Outubro 23, 2013 Mosqueiro Compartilhar Postado Outubro 23, 2013 Exatamente isso que o André falou, obrigado pela correção! Onde eu escrevi f1, leia-se f0, desculpe por mais esse erro. Valeu Andre! Citar Link para o comentário Compartilhar em outros sites More sharing options...
Administrador André Ribeiro Postado Outubro 23, 2013 Administrador Compartilhar Postado Outubro 23, 2013 Desculpe a peruada aí, se eu falar bobagem me corrija! Citar Link para o comentário Compartilhar em outros sites More sharing options...
Mosqueiro Salles Postado Outubro 23, 2013 Mosqueiro Compartilhar Postado Outubro 23, 2013 (editado) Leandro Vitorino, em 23 Out 2013 - 09:16, disse:A primeira tentada foi a tradicional: artemia. Depois partimos pra segunda, misturar os alevinos de pirapitinga com os de outra espécie, escolhemos o curimba e piau, que possuiem alevinos menores que os da pirapitinga. Mesmo assim não conseguimos o sucesso esperado.Olá Leandro,Compartilho contigo a ideia de que povoamento é o último recurso, para ser usado em casos extremos; depois que todas as medidas de conservação tiverem sido tomadas. E isso não se aplica só a peixes. Havendo abrigo (no sentido amplo) e alimento, a grande maioria das espécies selvagens são muito eficientes para formarem populações auto sustentáveis. Mas como existe a tal da mídia...Náuplios de artêmia são muito pequenos (considerando o tamanho da boca dos Brycons!), sobrevivem por pouco tempo em água doce, e geralmente são carreados para fora da incubadora rapidamente; ou ainda, se a tela for de malha estreita, entopem a tela.O problema é que a abertura da boca e o início da alimentação ocorrem muito rapidamente (larvas de peixes de piracema eclodem com o trato digestivo totalmente incompleto)e a alimentação tem que ser feita ainda dentro da incubadora, pois a larva ainda não está suficientemente desenvolvida para ser solta nos viveiros de alevinagem.O uso de outra espécie forrageira ajuda, mas a diminuição do canibalismo se dá por uma questão meramente probabilística: a larva do Brycon não tem preferência pela larva do forrageiro; e ela abocanha o que passar pela frente...Daí tem que estocar uma proporção bastante elevada de larvas de forrageiro em relação às larvas de Brycon. Outra providência importante é transferir as larvas o mais rapidamente possível (quando estiverem nadando corretamente) para os viveiros de alevinagem, e se possível, em viveiros em que a produção de cladóceros seja elevada. Se a população zooplanctônica for constituída primariamente por rotíferos, o problema do canibalismo vai continuar no viveiro, e no final da alevinagem sobrarão pouquíssimos alevinos (bem grandes, por sinal...). Essa estratégia de produção de alevinos funciona tanto com Brycons quanto com Salminus (dourados e tabarana).Abraços, Editado Outubro 23, 2013 por Salles Citar Link para o comentário Compartilhar em outros sites More sharing options...
Mosqueiro Leandro Vitorino Postado Outubro 23, 2013 Mosqueiro Compartilhar Postado Outubro 23, 2013 Amigo Sales, bela explicação! Foi exatamente esse o nosso problema e não conseguimos resolvê-lo. Espero que a espécie aqui de Goiás não necessite de peixamento. Abrigado! Pessoal bom final de semana a todos! To indo pro chapadao, fisgar uns brycons e salminus com o Jamanta!! Fiquem com Deus! Citar Link para o comentário Compartilhar em outros sites More sharing options...
Mosqueiro Vasconcellos Postado Outubro 23, 2013 Autor Mosqueiro Compartilhar Postado Outubro 23, 2013 A título de ilustração, abaixo o resumo do trabalho de Lima & Britski, 2007, que descreveu a nova espécie de dourado da bacia do Rio São Francisco.RESUMOSalminus franciscanus, o dourado de grande porte da bacia do rio São Francisco, Brasil, é descrito. Esta espécie, embora conhecida ictiologicamente desde meados do século XIX (Valenciennes, em Cuvier & Valenciennes, 1850), nunca foi identificada de forma correta. Salminus franciscanus pode ser distinguida de suas congêneres pela combinação dos seguintes caracteres: presença de um dente da série externa do dentário consideravelmente maior que os demais dentes, ausência de uma faixa pós-orbital escura, contagens intermediárias de escamas (68-82 escamas na linha lateral, 11-14 séries de escamas horizontais entre a origem da nadadeira dorsal e a linha lateral e 6-8 séries de escamas horizontais entre a linha lateral e a inserção da nadadeira pélvica) e um prolongamento mediano da nadadeira caudal bem desenvolvido. Moderadores, favor mover esse para o tópico TRABALHO CIENTÍFICO II - A FALTA DELE... Citar Link para o comentário Compartilhar em outros sites More sharing options...
Administrador André Ribeiro Postado Outubro 23, 2013 Administrador Compartilhar Postado Outubro 23, 2013 Moderadores, favor mover esse para o tópico TRABALHO CIENTÍFICO II - A FALTA DELE...Feito Citar Link para o comentário Compartilhar em outros sites More sharing options...
Patrono Diego Thomas Postado Outubro 25, 2013 Patrono Compartilhar Postado Outubro 25, 2013 Esse é um pouco mais completo a respeito da alimentação: http://www.scielo.br/pdf/bjb/v68n2/a13v68n2.pdfTem mais de onde esse veio.Fausto, poderíamos fazer um subforum só com dados academicos/científicos! Que achas? Citar Link para o comentário Compartilhar em outros sites More sharing options...
Administrador Fausto Postado Outubro 30, 2013 Administrador Compartilhar Postado Outubro 30, 2013 Opa desculpe a demora na resposta, li somente agora.Fausto, poderíamos fazer um subforum só com dados academicos/científicos! Que achas?Não creio ser uma boa ideia Diego, pois nem mesmo a seção Wiki conseguiu conquistar os amigos motivando sua participação e olha que o assunto são os nossos peixes, tanto que vou discutir com os moderadores abrir a seção Nossos Peixes sem controle algum de post ou moderação, assim a coisa se torna menos formal e aproveitamos alguma participação dos amigos.T+ Citar Link para o comentário Compartilhar em outros sites More sharing options...
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