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CÓDIGO DE ÉTICA PARA FLYFISHERS


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  • Mosqueiro

A FFF tem trabalhado para a difusão, promoção e regulamentação do Flyfishing em todo o mundo, com apoio dos associados e colaboradores.

A criação do Código de Ética para Flyfishers tem o propósito de melhorar a conduta dos praticantes, e se você desejar conhecê-lo é só entrar no link:

http://www.flyfishing.com.br/html/brasil/codigo_etica.htm

Fale com seus colegas a respeito do Código, principalmente para os que estão começando na prática. Só temos a ganhar com isso! wink.gif

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  • Mosqueiro

Estimados Fausto e JR: o Código foi elaborado para nortear o procedimento dos Flyfishers dentro e fora da água. E como você disse, é respeitando que poderemos ser respeitados, em todos os sentidos. smile.gif

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  • Pescador

Aquela frasezinha que está no final desse "código", que diz:

"Direitos reservados para Fly Fishers Federation – FFF, Inc. 2002.",

deveria estar escrita de outra forma, ou seja, que é direito de todos os flyfishers usarem e abusarem desse código.

Bela baboseira que tem por trás embutido um interesse econômico.

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  • Mosqueiro
Aquela frasezinha que está no final desse "código", que diz:

"Direitos reservados para Fly Fishers Federation – FFF, Inc. 2002.",

deveria estar escrita de outra forma, ou seja, que é direito de todos os flyfishers usarem e abusarem desse código.

Bela baboseira que tem por trás embutido um interesse econômico.

Ola Nelson,

Eu particularmente considerei muito interessantes e convenientes as 9 regras de conduta propostas pela FFF, e de certa forma já pratico algumas delas mesmo sem ter conhecimento deste documento. As que não pratico vou procurar seguir daqui pra frente.

Seu comentário foca apenas um detalhe deste instrumento, o do interesse econômico.

Gostaria que você abordasse melhor sobre o tema que trata de um código de ética internacional proposto pela FFF para os praticantes da pesca com mosca.

É interessante adotarmos um padrão internacional de conduta? Ou poderiamos criar um padrão brasileiro, ou regional, sem o copyright?

Você teria outras regras a propor?

Eu particularmente tenho o maior interesse em ler suas opiniões sobre este tema.

Obs.: sobre interesse econômico eu tenho a opinião que isso não é pecado. Pois nada acontece sem que alguém ganhe por fazer alguma coisa. Mas isso é off-topic, deixo para discutir isso num tópico mais apropriado.

Um grande abraço,

Zorrer

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  • Pescador

Todas essas "regras" já existem numa sociedade civiulizada.

Então prá que essa baboseira?

Só porque um "expert" americano resolveu criá-las e entitulá-las de "regra internacional" para praticantes de fly?

Essa história de pesque e solte foi criada para atender diretamente o interesse econômico gerado em torno da industria de pesca que exige cada vez mais pescadores para se sustentar. Todos os que a defendem, direta ou indiretamente ganham dinheiro com a pesca. Quem defende o pesque e solte e não sobrevive da pesca é porque começou a pescar tardiamente, agora que a vaca já foi pro brejo. Se há alguém a ser responsabilizado pela diminuição dos peixes e pela degradação dos rios é a industria do progresso, na qual se inlui a pesqueira diretamente.

Começou a faltar peixe, então pare de matar, essa é a lógica.

Quem é capaz de afirmar com segurança que praticar wading, por exemplo, não causa danos à natureza? Basta imaginar o resultado de duas pessoas caminhando na beira do rio e comparar com o de cem pessoas fazendo a mesma coisa. Ou, então, observe o que ocorre com as praias inexploradas depois de algum tempo ocupadas, a areia acaba impactada, vedadeiramente pilada. É óbvio que causa danos porque a pegada humana deixa marcas e também provoca estragos.

Nunca vi ninguém defender a diminuição do número de pescadores (o que eu defendo). Seria o equivalente ao controle da natalidade, o que acabará sendo inexorável em algumas áreas do planeta muito em breve. Mas como a diminiuição do número de pescadores machuca a "industria"...

Um bom começo seria acabar com as propagandas e as reportagens divulgando novos e intocáveis locais como "paradisíacos" para a pesca. Esse comportamento reflete o avanço da exploração de locais inexplorados para atender o mercado do turismo de pesca, seja qual for a modalidade praticada...

Veja, eu não disse que é pecado o exercício do interesse econômico, apenas acho que aquela frase no final contradiz todo o espírito em torno de um comportamento padronizado que alguém pretende ver adotado. Para quê defender direitos sobre um texto boçal como esse? Para que tipo de pessoa seria preciso estabelecer como regra "não invadir a prorpiedade alheia" ou outros "meros conceitos de educação"?

Repito, para mim esse texto sugere estar redigido para oligofrênicos.

Da minha parte jamais vestiria essa carapuça.

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  • Mosqueiro

Grande Nelson,

só tenho uma palavra para expressar seu posicionamento sobre o assunto: BRILHANTE!

Porém ainda considero que regras criadas por algum expert americano ou qualquer um sempre serão positivas para os praticantes do fly.

Assim como observamos regras para o casteado, o atado de moscas, a soltura dos peixes, também podemos ter um conjunto de regras para o comportamento do pescador de fly quando da pratica desta atividade. Nunca é demais manter a tona regras de bom comportamento, mesmo sendo em uma sociedade civilizada.

Mesmo uma sociedade civilizada poderá involuir se não mantiver a atenção a certas regras de comportamento social.

Isto é um tipo de assunto que os cursos de fly aqui no Brasil poderiam incorporar no seu conteúdo programático. - Fica a dica pra quem ministra estes cursos.

Sobre excesso de pescadores não temos muito o que fazer, eu, e acredito que muitos daqui, foram introduzidos no fly por alguma motivação externa, sejam por amigos, sejam por apelos publicitários da indústria da pesca, ou outros fatores. O fato é que esse número cresce a cada dia. Esse número pode crescer de forma ordenada e regrada, ou desregrada. Não temos opção senão promover que isso cresca de acordo com a primeira alternativa.

Mais uma vez agradeço suas considerações,

Um grande abraço,

Zorrer

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  • Mosqueiro

Respondo os comentários do Nelson Borges no próprio texto, em azul, para facilitar o entendimento.

I

Aquela frasezinha que está no final desse "código", que diz:

"Direitos reservados para Fly Fishers Federation – FFF, Inc. 2002.",

deveria estar escrita de outra forma, ou seja, que é direito de todos os flyfishers usarem e abusarem desse código.¹

Bela baboseira que tem por trás embutido um interesse econômico.²

¹O Código de Ética é precedido por saudação do presidente da FFF e diz:

“Sinta-se livre para copiá-lo e usá-lo, mas, por favor, acrescente nosso aviso de direitos autorais.” Marty Seldon.

Como pode ser constatado é para usar e abusar.

²O esforço de uma entidade reconhecida em mais de 40 paises para melhorar as relações entre flyfishers e demais pescadores, não pode ser qualificado como “baboseira”. Tanto os EUA como nosso país adotam o sistema capitalista, onde o lucro é permitido. As empresas inseridas nesse contexto geram empregos e tem que oferecer que algo em troca de remuneração, e a FFF não é diferente.

II

Todas essas "regras" já existem numa sociedade civiulizada.

Então prá que essa baboseira?

Só porque um "expert" americano resolveu criá-las e entitulá-las de "regra internacional" para praticantes de fly?

Martin Seldon é realmente um expert com mais de 30 anos dedicados ao flyfishing e trabalhou muito, junto com outras pessoas, para elaboração do Código. A adoção das regras não é um imposição, mas sugestão.

Essa história de pesque e solte foi criada para atender diretamente o interesse econômico gerado em torno da industria de pesca que exige cada vez mais pescadores para se sustentar.

Há 61/2 bilhões de habitantes do planeta e nos próximos dez anos seremos 8 bilhões. Nenhum governo consegue atender – democraticamente - essa demanda e na pesca esportiva não pode ser diferente. É preferível a limitação de uso a proibição dele.

Todos os que a defendem, direta ou indiretamente ganham dinheiro com a pesca. Quem defende o pesque e solte e não sobrevive da pesca é porque começou a pescar tardiamente, agora que a vaca já foi pro brejo.

A falta de consciência na preservação de recursos naturais é o principal motivo para a escassez de peixes nos dias de hoje. Mas nunca é tarde para reverter a situação. Felizmente, “os que começaram a pescar tardiamente” possuem, ou são mais sensíveis aos apelos de preservação. Os rios e lagos aqui no Brasil, onde a pesca é controlada através da limitação de captura e por fiscalização, mostram resultados positivos na qualidade e quantidade de peixes.

Se há alguém a ser responsabilizado pela diminuição dos peixes e pela degradação dos rios é a indústria do progresso, na qual se inclui a pesqueira diretamente. Começou a faltar peixe, então pare de matar, essa é a lógica.

A responsabilidade não é só da indústria do progresso, mas de cada um dos que assistiram a degradação e nada fizeram, ou por ignorância ou por omissão. Graças ao trabalho de alguns abnegados, hoje a legislação de pesca amadora e esportiva no Brasil, ainda que falte fiscalização, mostra que estamos no caminho certo. A recuperação da ictiofauna em rios e lagos “adotados” pela iniciativa privada já pode ser sentida, e em mais um ou dois ciclos a normalidade será percebida.

Quem é capaz de afirmar com segurança que praticar wading, por exemplo, não causa danos à natureza? Basta imaginar o resultado de duas pessoas caminhando na beira do rio e comparar com o de cem pessoas fazendo a mesma coisa. Ou, então, observe o que ocorre com as praias inexploradas depois de algum tempo ocupadas, a areia acaba impactada, vedadeiramente pilada. É óbvio que causa danos porque a pegada humana deixa marcas e também provoca estragos.

Os estragos causados na natureza podem ser minimizados com a educação dos pescadores e é ai que entra o papel do Código.

Nunca vi ninguém defender a diminuição do número de pescadores (o que eu defendo). Seria o equivalente ao controle da natalidade, o que acabará sendo inexorável em algumas áreas do planeta muito em breve. Mas como a diminiuição do número de pescadores machuca a "industria"...

A defesa da tese “diminuição dos pescadores” inclui qual tipo de ação: por idade, peso, sexo, cor, religião, tempo de pescaria, modalidade ou no sistema de rodízio?

Em lugar de proibir é mais sensato regulamentar e difundir a conscientização, e é ai que a Federation of Fly Fishers, através do Código pode ajudar e muito.

Um bom começo seria acabar com as propagandas e as reportagens divulgando novos e intocáveis locais como "paradisíacos" para a pesca. Esse comportamento reflete o avanço da exploração de locais inexplorados para atender o mercado do turismo de pesca, seja qual for a modalidade praticada...

A regulamentação e fiscalização, através do Estado ou da iniciativa privada, mais a limitação financeira ao acesso permitem que locais privilegiados permaneçam preservados. O turismo de pesca gera empregos e ao redor do mundo existem agências especializadas e atuando profissionalmente, com o foco na preservação.

Veja, eu não disse que é pecado o exercício do interesse econômico, apenas acho que aquela frase no final contradiz todo o espírito em torno de um comportamento padronizado que alguém pretende ver adotado. Para quê defender direitos sobre um texto boçal como esse? Para que tipo de pessoa seria preciso estabelecer como regra "não invadir a prorpiedade alheia" ou outros "meros conceitos de educação"?

O texto do Código, no original ou na tradução, não revela nem boçalidade e muito menos contradição, mas sim a tentativa de colaborar na prática exemplar do Flyfishing ao redor do mundo. Como cidadãos somos subordinados ao Código Civil e como profissionais estamos sujeitos ao Código de Ética de cada classe. Como Flyfishers temos o Código para nortear nossos procedimentos. Nos três casos não há obrigatoriedade do cumprimento. Repito, para mim esse texto sugere estar redigido para oligofrênicos.

Da minha parte jamais vestiria essa carapuça.

Nem todos possuem sua educação, procedimento, atuação no passado e visão de futuro, daí a necessidade da iniciativa privada gerar conteúdos de auxílio para àqueles que desejam se envolver, com responsabilidade, junto a natureza através do Flyfishing. O Código de Ética para Flyfishers está presente em mais de 40 paises, mas não se trata de uma imposição autoritária, é tão somente uma sugestão.

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  • Pescador

Fala Maurício, você também anda sumido, tudo bem?

Para concluir, não vou deixar de matar meu pexinho, pescado a duras penas, para que a Shimano, a Daiwa, a Orvis, a Winston, a Fenwhick, a FFF, o IGFA, e todos os outros vendedores de equipamentos continuem vendendo mais e mais seus produtos. Tão pouco para que o Fulano ou o Cicrano possam continuar a guiar seus clientes ou a formar seus grupos de turismo de pesca, ou mesmo para que determinadas pessoas continuem a ter acesso privilegiado a determinados trechos de rios considerados públicos.

Gostaria de ver essa FFF ou a IGFA, ou qualquer outra "entidade americana", que chamam para si o título de "internacional" ou "mundial", destinarem recursos, como por exemplo parte de seus lucros, para serem revertidos na recuperação de rios, lagos etc, AQUI NO BRASIL. Os outros "40 países" que se cuidem.

Gostaria de ver gerarem DIREITOS, mais e novos DIREITOS, repito, para os pescadores, se é que existe essa classe. Quero prerrogativas, liberdade, e não mais e mais regras estultas feitas essa baboseira. A cada dia que passa estamos mais aprisionados a leis e a todo tipo regras.

Não vou para a beira do rio para me submeter ao padrão de conduta ou comportamento idelaizado pelo Sr. Ilustre Desconhecido Martin Seldom.

Para mim ninguém trabalha muito por trinta anos praticando fly fishing, mas sim se diverte muito, tem muitos momentos de prazer, é um privilegiado, verdadeiramente um bom vivant. Um esperto, não um "expert", pois conegue ganhar dinheiro se divertindo. O mundo tá cheio disso, faz parte da democracia, logo, não se trata de uma crítica, mas sim de uma constatação, fazer o quê?

Num mundo como o nosso, nos dias de hoje, que falta faria para a humanidade a pesca com mosca? É um hobby, uma diversão, nada mais. Ninguém precisa disso para viver.

A lógica dessa industria é a seguinte: Tá faltando peixe? Deixe de matar, mas não deixe de pescar e de comprar os equipamentos que eu vendo...

A defesa da tese da diminuição dos pescadores começa da mesma forma eficiente para reduzir uma trangressão qualquer, no bolso.

Ninguém paga direito de uso de trechos dos rios no Brasil. Não me refiro ao pescador pessoa física, mas sim àqueles que usam o patrimônio público como parte do ativo de suas empresas sem pagar nada por isso. Indiretamente, os vendedores de equipamento também o fazem. A hippotese assemelha-se à da industria do tabaco como causadora de cancer de pulmão. Essa industria de equipamentos, de turismo de pesca e a própria pesca comercial refletem na destruição da natureza, é óbvio.

Ora veja, qualquer um pode criar uma empresa de turismo de pesca (se bem que a maioria nem isso faz) e passar a ganhar dinheiro com a exploração dos rios e dos peixes que são públicos (patrimônio público = conjunto de bens e direitos da coletividade). É mais ou menos como se eu quisesse abrir uma fábrica e, precisando de um galpão, invadisse qualquer um que encontrasse e logo o incorporasse ao ativo da minha empresa para começar a produzir e ganhar dinheiro.

É o que fazem essas "empresas" que exploram o turismo de pesca, simplesmente incorporam os rios, os peixes, as paisagens etc, ou seja, a parte principal do seu ativo, feito um patrimônio seu, sem nada pagar por isso.

No mesmo sentido ocorre com todas as empresas que de uma forma ou de outra se valem da natureza para expplorar sua atividade.

Reiterando, admitir esse texto como um "código" de "classe" é uma boçalidade.

Agora, um código de DIREITOS E PRERROGATIVAS até que seria bem vindo...

A pesca com mosca para mim só obedece a uma lei... A LEI DA FÍSICA. Quem for capaz de dominá-la a ponto de realizar os aremessos com um mínimo de eficiência vai se divertir muito, sem precisar prestar honrarias a ninguém...

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  • Mosqueiro

Ola Nelson,

Seus comentários me causam certa estranheza. Você bate de frente com instituições como a FFF ou IGFA, com o mercado que explora a pesca esportiva, até ai tudo bem, é um direito seu, e seu ponto de vista é muito interessante, mas no meu entender você excede um pouco nestas criticas e trás uma mensagem implícita de que o que está sendo proposto é exatamente o contrário do que deve nortear a pratica da pesca com mosca, ou outra modalidade qualquer. Isso me preocupa.

Eu penso que todos neste pais, não apenas os pescadores, tem direitos demais e deveres de menos.

Quanto a nossa submissão a novas regras não vejo exatamente assim pois nós não somos submetidos diariamente a novas regras, nós desrespeitamos diariamente regras velhas.

O que está proposto não é nenhuma novidade, mas apenas algo para não nos fazer esquecer que temos de manter uma certa disciplina quando da pratica da pesca com mosca em contato com a natureza. Se instituições americanas tem o interesse em divulgar isso, ótimo, se ganham por isso melhor ainda, pois vai persistir por mais tempo. Isso é salutar. Há ainda o fato de que nenhuma instituição neste país consegue promover isso decentemente.

Sobre a exploração comercial da pesca também tenho um posicionamento um pouco diferente do seu.

O mercado da pesca, seja o de comércio de equipamentos, o de serviço de guia de pesca, o de transporte de pescadores, a transformação de paraísos naturais em reservas “privadas” de pesca, não nasce porque existem lugares intocados, nem porque tem peixe nos rios, mas porque o pescador quer esses serviços.

O fornecedor é cria do consumidor.

Repito: o nro de pescadores de qualquer modalidade vem crescendo, e a conseqüência será o crescimento destas empresas que de certa forma exploram o bem público. Que esse crescimento venha acompanhado de boas práticas, já que impedi-lo de crescer é impossível.

Neste cenário o que é mais eficiente? Impor taxas, regras e fiscalização rigorosa as empresas ou criar uma consciência de boas praticas para os pescadores?

A primeira não é boa escolha, pois os pescadores é quem cometerão as barbáries se não tiverem um mínimo de respeito a certas regras. Já se os pescadores tiverem consciência de seus deveres, isso naturalmente norteará o comportamento das empresas. Mesmo que elas ganhem muito com isso. Elas tanto podem ganhar muito dinheiro explorando inescrupulosamente lugares públicos, ou atuando de forma mais civilizada motivada pelo comportamento regrado do pescador. Esse é quem determina o direcionametno que as empresas darão ao seu negócio.

Para ir pescar ninguém precisa prestar honrarias a quem quer que seja. Nem é isto que está sendo proposto. Basta o pescador estar num rio e se divertir. Mas ele não pode esquecer de que a natureza ao seu redor tem seus direitos.

Embora tendo um posicionamento diferente do seu quero agradece-lo por nos proporcionar este interessante debate.

Um grande abraço,

Zorrer

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  • Pescador

Zorrer,

Vá passear na China ou em Cuba, e quando voltar me diga qual é a sensação de perder seus direitos.

Depois, podemos discuitir se temos direitos demais, ou de menos...

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  • Mosqueiro

Como a banda toca:

Amigos, sem querer ser dono da verdade - longe de mim - creio oportuna a reprodução de um post que mandei para alguns companheiros, em outro contexto, mas que se aplica perfeitamente à discussão que está em curso.

" Sérgio, JR, Fábio, demais companheiros pescadores.

Que tristeza presenciar essas cenas e não poder fazer nada...aliás, a caça submarina (e depois a poluição e degradação ambiental) foi a maior responsável pela morte da vida no canal da Barra, no Rio. Em 7 de setembro de 1974 eu tinha 18 anos e, junto com dois amigos, fiz a melhor pescaria de linguados de minha vida, junto á chamada ponte velha, que ligava (e liga até hoje) a estrada da Barra a Armando Lombardi, em frente a igreja de São Francisco. Pois bem, cada um de nós - além de meis dúzia de outros pescadores que lá estavam - pegou de 2 a 5 linguados entre 2 e 6 quilos. Foi uma festa no céu! No dia seguinte, mergulhadores foram ao local ( que sempre teve linguados) e mataram mais de 400!!! ISSO MESMO! Isso continuou nas semanas seguintes, nos meses seguintes, nos anos seguintes, até não restar um só vestígio de linguado no canal. Com o robalo, primeiro foram as redes e, depois, a poluição e assoreamento fez com que acabassem o camarão ferro, o carapicú e o peixe-rei. Hoje o canal não tem um só carapicú (desses com os quais o JR iniciou sua vida de pescador, com latonete e um balde cheio no fim da tarde, todo orgulhoso levando para casa para fritar...mas, principalmente, com o coração cheio de alegria, por um dia de água limpa e peixes prateados que encantam qualquer garoto). Hoje o canal tem ratos e urubus e recebe os dejetos de não sei quantos condomínios, de restaurantes e de Rio das Pedras e outras comunidades. Em tempo, em tupi-guarani temos que:

LAGOA DE MARAPENDI - LAGOA DAS ÁGUAS CLARAS

LAGOA DO CAMORIM - LAGOA DOS ROBALOS

Já que a conversa está entrando nesse rumo da preservação, vou me permitir contar um caso verídico: Tem gente que não gosta dos EUA e, muitas vezes tem razão para isso. No entanto, mesmo tendo eu restrições em certas coisas, admiro aquele país, a forma com que lidam com os problemas e o respeito pelo patrimônio público. Nos EUA, especificamente na Flórida, no final da década de 70, o robalo estava quase exterminado. Tanto a pesca comercial, quanto a esportiva - associada a poluição dos Everglades - fazia com que o robalo desaparecesse tanto nos pântanos, quanto nos rios que desembocam junto as Keys e até mesmo na costa oeste do estado, já no Golfo do México. Vendo que as medidas paliativas não davam certo, o Departamento de Caça, Pesca e Recursos Naturais ( é uma beleza de órgão, fui lá conhecer o trabalho deles - morri de inveja ) radicalizou: proibiu a pesca de robalo em toda a Flórida, quer esportiva, quer comercial. Mais ainda: proibiu o consumo em restaurantes e a importação de robalo de outro estado ou país (com isso, evitou que se pescasse no estado se alegando que o robalo viria do Texas ou do México). O desrespeito era punido com multas altíssimas, além de prisão (uma lei estadual foi aprovada nesse sentido). E como isso tudo foi prá valer, a natureza se recuperou. A legislação foi amenizada, mas quem já pescou robalo naquelas bandas, sabe que a coisa ainda é dura: Hoje vale o seguinte: a pesca comercial do robalo é proibida, assim como seu consumo em restaurante e a venda em mercados (por isso vocês nunca viram pratos com robalo nos restaurantes de peixe da Flórida). A pesca esportiva é liberada, durante a temporada, sendo obrigado pagar uma licença adicional que vale para o dia, dois dias ou três dias. A licença por barco é de US$50,00 por dia ( dão um decalque com a data, para colar na proa) mais US$15,00 por pescador. A fiscalização é severa. A pesca com devolução é incentivada e só podem ser abatidos dois exemplares por dia: maior que 35 cm e menor que 70 cm ( para preservar a diversidade de tamanho da espécie). Resumo da ópera: se vocês abrirem as páginas amarelas de Miami, encontrarão mais de 3 páginas só de guias de pesca de robalos, muitos deles garantindo que o cliente pegará pelo menos um exemplar de mais de 3 quilos e que, se isso não acontecer, não precisa pagar. Sabem porque? Por que hoje, mesmo nos canais mais pequeninos e vicinais de estradas em Miami existem robalos e seus alimentos preferidos, que na região são crustáceos e, principalmente, um peixinho chamado shinner.

Desculpem por me estender tanto, mas é que fico muito, muito triste em ver que, em outros estados brasileiros - como o Sérgio constatou - o caminho da poluição e da devastação continua. E nós pouco podemos fazer...mas o pouco que pudermos - denunciar, orientar, ensinar, lutar por leis de proteção - temos a obigação moral e cívica de fazermos."

Bem, como disse - e se tiveram paciência de ler coisa tão longa - de certa forma viram que isso se encaixa como uma luva a atual discussão. Quero ainda aduzir que, atualmente, em caso de desrespeito às regras, a multa é de 5 mil dólares e cadeia de 6 meses, podendo ser agravada. É prá valer e ninguém faz fora do penico!

Ou seja, embora esteja implícito o conceito de defesa econômica como pano de fundo, isso só contribuiu para que a natureza se recuperasse.

Finalmente,gostaria de reproduzir uma afirmação do companheiro Nélson, que diz:

(Perdão, meu PC não está permitindo que eu use a função quote)

"Essa história de pesque e solte foi criada para atender diretamente o interesse econômico gerado em torno da industria de pesca que exige cada vez mais pescadores para se sustentar. Todos os que a defendem, direta ou indiretamente ganham dinheiro com a pesca. Quem defende o pesque e solte e não sobrevive da pesca é porque começou a pescar tardiamente, agora que a vaca já foi pro brejo"

Companheiro Nélson

Devagar com o andor, porque o santo é de barro...Tenho 51 anos, pesco desde o três anos de idade ( com meu pai, varinha de mão na lagoa Rodrigo de Freitas ) e desde aquela época - QUE TINHA PEIXE EM PENCA - já soltávamos peixes...e nunca ganhamos um tostão com a pesca...papai era marceneiro, um dos mestres portugueses, e o amigo que lhe fala trabalha nas negociações de defesa comercial de interesse de nosso país.

Abraços fraternos

Luiz Pescador

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  • Pescador

Prezado Luiz,

Não dá para querer transmutar o que eu disse no tempo, no espaço ou considerá-lo fora do seu texto e contexto originais.

O que eu escrevi está concatenado numa sequência lógica de raciocínio e de idéias que representa a minha posição sobre o tema.

Quem ler o texto com atenção vai entender com clareza o que eu disse, e perceber o que eu não disse.

Alguém poderá concordar, outro alguém discordar, mas não se pode afirmar ou interpretar o que eu não disse.

A discussão era outra, mas derivou...

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  • Mosqueiro

RESPONDENDO AO NELSON BORGES

O conteúdo do Código em nenhum momento diz que não devemos matar peixes, mas diz com todas as letras, [i]“- Os que praticam a pesca com mosca se esforçam para preservar as áreas de pesca ao compreender a importância de limitar o número de capturas. "Pescar e soltar" é um componente importante para manter as áreas que estão sob pressão de pesca.”[/I]

O leitor atento perceberá claramente que a proposta é limitar e não impingir limite zero. Esta é a prerrogativa do pescador, a qual você solicita, mas que já está explicita no Código.

O Código é internacional e aqui as águas são públicas, diferentemente do que ocorre na Argentina e alguns estados nos EUA, por exemplo, onde as águas são privadas.

Assim, esta parte não deve ser levada em consideração.

No final de 2001 recebi a solicitação da FFF para traduzir o Código para que eles pudessem publicá-lo nos paises de língua portuguesa. Está inserido no meu site desde início de 2002, ou seja, há cinco anos.

O que me levou a fazer a chamada do Código aqui no Fórum, foi a constatação do crescimento do número de praticantes de flyfishing, o que resulta no aumento da pressão de pesca e sinaliza claramente para a necessidade de normas e procedimentos. Com isso, os erros do passado poderão ser evitados e/ou minimizados, possibilitando maior diversão para todos nós, através da prática do Flyfishing.

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  • Administrador

Concordo! wink.gif

É através de um trabalho de divulgação e conscientização que vamos encotrar no futuro mais opções e chances de continuarmos pescado.

Não devemos radicalizar, pois abater um peixe não deve ser levado a ferro e fogo como sendo uma atitude insana, pelo contrário, deve ser compreendido como sendo natural e acima de tudo um direito do pescador.

T+ smile.gif

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  • Mosqueiro
Zorrer,

Vá passear na China ou em Cuba, e quando voltar me diga qual é a sensação de perder seus direitos.

Depois, podemos discuitir se temos direitos demais, ou de menos...

Certo Nelson,

mas o tema não é exatamente direitos ou deveres, eu utilizei isso para contextualizar minha opinião sobre o tema inical deste tópico.

De qualquer forma, ainda me permito o direito de continuar expressando minhas opiniões sobre pesca com mosca, as quais pode ter certeza, sempre serão focadas no aperfeiçoamento da pratica da pesca com mosca neste país.

Cordiais saudações,

Zorrer

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  • Mosqueiro

Muito bem senhores !!!!

Saudável a acalorada defesa dos mais diversos pontos de vista !!!

Todos ,a seu tempo e hora, tem razão no que veementemente defendem.

Quem de nós,hoje com mais de 50 anos de vida e pescando a mais de 30 anos nunca praticou a barbárie de voltar com o barco de uma pescaria abarrotado de peixes ao ponto de não ter para quem dar ???

Tudo isto por ignorância (no bom sentido).O lamentável desta história é que hoje em dia,tais fatos ainda se repetem.Sorte nossa que em pequeno número graças a campanhas de conscientização as quais nós ex-exterminadores defendemos.

A mim parece saudável e importante,que estes conceitos sejam cada vêz mais difundidos aos iniciantes da pratica da pesca seja ela de que forma que for,fly,casting etc ...

Abraços a todos

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