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As moscas de Pablo Saracco


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  • Mosqueiro

Estou gostando cada vez mais do Pablo Saracco. Acho que ele tem uma boa postura "sem frescura", para mim é um ponto de vista similar ao do estadunidense Kelly Galloup, embora ambos tenham focos diferentes.

 

Estou navegando o site dele e me deparei com as opiniões dele em relação a escola de moscas, vou copiar aqui:

 

Primero, tamaño, segundo tipo de mosca, y tercero color.Durante toda la temporada, la mayoría de las situaciones de pesca, se resuelven con 5 modelos de moscas y un par de tamaños diferentes. La elección de esos 5 modelos, depende del gusto del pescador, pero no hacen falta más.Podría sugerir 5 modelos de mosca para cada mes de la temporada.Cinco para noviembre, otras cinco para diciembre, y asi hasta mayo.No importa que modelos. Los que nos gusten mas o a los que le tengamos mas fe. Yo tengo los míos. Pero no hacen falta mas de cinco.Yo elijo siempre 3 secas, una ninfa y un streamer.Les doy mi lista de moscas para cada mes, para los ríos de la zona de Junín y Aluminé: Noviembre: Fat Albert, PMX, Stimulator, Copper John, Rabbit Matuka.Diciembre: PMX, Royal Wulff, Elk Caddis, Copper John, Wooly BuggerEnero: Royal Wulff, Elk Caddis, Parachute Adams, Pheasant tail, Wooly Bugger (una extra: gusano del sauce si los hubiera)Febrero: Elk Caddis, Parachute Adams, Dave's Hopper, Pheasant tail, Matuka.Marzo: Elk Caddis, Parachute Adams, Foam Beetle, Pheasant Tail, Matuka.Abril: Mismas moscas que marzo.Mayo: Fat Albert, PMX, Wooly Bugger, Rabbits, y alguna mosca tubo de plastico o con trailer hook. Eso es lo que mas utilizo, por supuesto con alguna que otra excepción.

 

Duas coisas destacam-se: (i) a afirmação de quê 5 modelos de moscas resolvem a maioria das situações de pesca (embora eu acredite que essa afirmação não inclua como modelo variações de tamanho), e; (ii) o fato de que, dentre estes cinco modelos, três são moscas secas. Embora eu pense que isso se deve em parte a preferência declarada pelo autor por esse tipo de mosca, ainda acho esta uma afirmação bastante interessante.

 

Pessoalmente tendo a considerar as moscas secas como secundárias. Tanto que na última Patagônia quase não pesquei com com esses modelos (estou disposto a considerar que isso é um erro). Ademais, frequentemente ouve-se que a a maior parte da alimentação das Trutas ocorre subsuperfície. Entretanto, a maior captura da última expedição ocorreu com Mosca seca.

 

Enfim, meu ponto é que fiquei um tanto surpreso com as afirmações do Autor. Estou tentando superar a mentalidade de que são necessários centenas de modelos para uma pescaria, mas apenas cinco modelos e três deles secas me parece uma redução excessiva e um enfoque demasiado nas moscas secas.

 

Qual é a opinião dos Senhores sobre o tema?

Editado por Guilherme Benevenutti
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  • Patrono

Eu conheci o Saracco pessoalmente e ele tem uma didática muito boa e realmente acredita no que fala e age de acordo também. Esteve em Porto Alegre ministrando um workshop. Beira o minimalismo nas moscas mas dá uma importância monstra para apresentação e aproximação.

Me identifico bastante com o estilo dele, sem muita frescura com equipamento, apenas o essencial e funcional.

Tirando as influências clássicas, ele é uma das referências pra mim atualmente. Seus vídeos são muito bons, vale a pena ver.

Quanto às moscas, eu ainda não cheguei nesse nível zen dele de usar só cinco. Mas uma caixinha bem montada basta, com algumas secas e terrestrials, emergers, wets, ninfas e streamers.

Eu aposto muito na mosca seca, essa sequência que citei acima é pela ordem que escolho e por quantidade também, sempre ato e levo nas caixas mais secas do que ninfas e streamers.

É uma boa discussão!

 

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  • Patrono

Guilherme com certeza as predileções pessoais interferem em nossos pontos de vista, inegável.

Contudo quando se chega ao nível do Pablo e de alguns dos amigos aqui do fórum, emitir uma opinião publica baseada em predileções não condiz. 

A opinião expressa pelo Pablo com certeza absoluta e balizada pelos muitos anos de pesca dele, pelas infindáveis horas andando pela beira dos rios patagônicos e por isso tem uma veracidade inegável.

Concordar ou não com a opinião dele é uma questão de afinidade, gosto e evolução. O que mais uma vez recai na ceara da pessoalidade.

Minha experiencia de 4 idas a patagônia está em consonância com  as palavras dele. Na primeira vez levei um infindável número de iscas, eram 4 estojos imensos de iscas. Nem sei quantos modelos mais eram muitos. nessa última ida levei 2 estojos médios com exatamente 9 modelos (3 de superfície, 3 de sub-superfície e 3 de fundo ) umas variando em 3 tamanhos outras em 2 tamanhos.

Efetivamente usei 2 modelos de superfície e os 3 de sub-superfície.

Hoje também não me vejo usando apenas 5 modelos, num futuro quem sabe??

Abraços 

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  • Mosqueiro

Esse ano eu e o Jamanta tivemos o privilegio de pescar com o Saracco, é um baita cara e sabe o que fala.

Nós três fomos pescar no caleufú e pescamos unicamente com hopper, vadeando em água muito rasa ( que ele chama de aguas de marrom) que cheguei achar que ele estava louco.  Pois bem , o sucesso nesse estilo de pesca foi tão grande, que eu e o jamanta pescamos basicamente os 7 dias restantes com hopper e só saiu trutas grandes e marrons.

Então eu entendo que essa publicação dele é baseada na experiencia de pesca pessoal dele e não como sendo uma obrigação

 

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  • Administrador

Ando escrevendo justamente sobre esse assunto, porém com o objetivo único de transmitir minha experiência de pesca na Patagônia para iniciante, aqueles que lá irão pela primeira vez, algo que tenho feito faz muito tempo, e sendo assim, tenho que orientar de modo bastante focado para que o novato tenha sucesso e não uma frustração. 

 

Fica muito dificil escrever sobre sobre o assunto se eu limitar em cinco tipos de moscas, principalmente pelo fato no novato sequer sabe o que é pescar em águas com tanta dinâmica como nos rios patagônicos. Por isso estou tratando desse assunto com mais flexibilidade. Um novato não pode chegar na Patagônia com três tipos moscas secas, um tipo de ninfa e outro de streamer, pois muitos dizem saber arremessar e quando chega na margem dos rios vê que arremessar na grama, lago e pesque e pague é muito diferente. Mas..... uma vez que o pescador tenha mais experiência na Patagônia, sim é possível pescar com essa visão que o Pablo descreve. 

 

Atualmente duas caixas de moscas é o bastante para mim, fiz isso duas temporadas seguidas, esse ano até abusei, pesquei com uma caixa. Mas..... conheço os rios que pesco e posso montar a caixa conforme quero.

 

Seja como for, negar as wetflies acho um erro, pois para novatos pode ser e tem sido a única mosca para conseguir pescar. Por isso confiar em somente uma ninfa em dois tamanhos diferentes acho um grande risco. Pescar com mosca seca no upstream sem saber na prática como controlar a linha em movimento não é para qualquer um. Mas..... esse ano entrei no Pulmarí com uma caixa de moscas somente com secas e fiz uma excelente pescaria. 

 

Em resumo, seguir a proposta do Pablo é uma furada para principiantes. ;) 

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  • Mosqueiro
19 horas atrás, Guimercatelli disse:

Esse ano eu e o Jamanta tivemos o privilegio de pescar com o Saracco, é um baita cara e sabe o que fala.

Nós três fomos pescar no caleufú e pescamos unicamente com hopper, vadeando em água muito rasa ( que ele chama de aguas de marrom) que cheguei achar que ele estava louco.  Pois bem , o sucesso nesse estilo de pesca foi tão grande, que eu e o jamanta pescamos basicamente os 7 dias restantes com hopper e só saiu trutas grandes e marrons.

Então eu entendo que essa publicação dele é baseada na experiencia de pesca pessoal dele e não como sendo uma obrigação

 

 

Show! Em que período foi esta pescaria? Eu também já tive a experiência de pescar majoritariamente com esses modelos, no Malleo e no Caleufú, quando estive pescando no início de fevereiro.

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  • Mosqueiro
19 horas atrás, Fausto disse:

Ando escrevendo justamente sobre esse assunto, porém com o objetivo único de transmitir minha experiência de pesca na Patagônia para iniciante, aqueles que lá irão pela primeira vez, algo que tenho feito faz muito tempo, e sendo assim, tenho que orientar de modo bastante focado para que o novato tenha sucesso e não uma frustração. 

 

Fica muito dificil escrever sobre sobre o assunto se eu limitar em cinco tipos de moscas, principalmente pelo fato no novato sequer sabe o que é pescar em águas com tanta dinâmica como nos rios patagônicos. Por isso estou tratando desse assunto com mais flexibilidade. Um novato não pode chegar na Patagônia com três tipos moscas secas, um tipo de ninfa e outro de streamer, pois muitos dizem saber arremessar e quando chega na margem dos rios vê que arremessar na grama, lago e pesque e pague é muito diferente. Mas..... uma vez que o pescador tenha mais experiência na Patagônia, sim é possível pescar com essa visão que o Pablo descreve. 

 

Atualmente duas caixas de moscas é o bastante para mim, fiz isso duas temporadas seguidas, esse ano até abusei, pesquei com uma caixa. Mas..... conheço os rios que pesco e posso montar a caixa conforme quero.

 

Seja como for, negar as wetflies acho um erro, pois para novatos pode ser e tem sido a única mosca para conseguir pescar. Por isso confiar em somente uma ninfa em dois tamanhos diferentes acho um grande risco. Pescar com mosca seca no upstream sem saber na prática como controlar a linha em movimento não é para qualquer um. Mas..... esse ano entrei no Pulmarí com uma caixa de moscas somente com secas e fiz uma excelente pescaria. 

 

Em resumo, seguir a proposta do Pablo é uma furada para principiantes. ;) 

 

Quando não vi nenhuma wet na lista imediatamente passei a pensar em você Fausto. Acho que ele poderia incluir ao menos um modelinho de wet, tive muito sucesso com esses modelos.

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  • Moderador

Esse tema levantado pelo Pablo Saracco na verdade não é novo, sendo tema de abordagem e discussão de muitos autores e mosqueiros mundo afora e acredito que sempre caminhará ao lado dos que optam pela pesca com mosca.
De maneira resumida Gary Lafontaine classifica os mosqueiros em três categorias segundo a forma como se utilizam de moscas e estas são as posturas que assumem em suas categorias :

1) Empiricistas : "vou usar uma Adams Parachute porque esta mosca funcionou na temporada passada, nesta época, quando o rio se encontrava nestas condições".
2) Generalistas : "esse peixe pega qualquer mosca desde que eu as apresente corretamente "
3) Naturalistas : "vou usar uma Hendrickson para imitar aqueles "duns" de mayfly que estão sobre a água"
As discussões sobre cada uma destas categorias envolve muitas considerações com profusão de detalhes que impossibilitam sua inclusão em um tópico do fórum.
De qualquer forma, caso alguém tenha interesse no tema, sugiro a leitura do livro "The Dry Fly- New Angles" de Gary Lafontaine, um clássico sobre o assunto.

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  • Mosqueiro

Amigos eu penso que cada mosqueiro pesa diferente de cada um, alguns países só pesca com moscas ninfas e tem grupos de pescadores só pescam com Wetfly.

Se o pescador pesca a muitos anos em varias região do mundo vai saber quais as moscas a ser colocada na caixa e com isto diminui a quantidade de caixa sabendo quais moscas a se colocada.

Logico se o comportamento da truta não quer comer e a situação precisa de atar uma variada mosca ele atar a mosca que ele pensa que vai dar melhor resultado.

Isto vai pela experiência de cada mosqueiro.

Eu tenho certeza da para pescar com um caixa metade ninfa e Wetfly na Patagônia.

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  • 3 semanas depois...
  • Patrono

Acho essa discussão bem interessante.

 

Ao longo do tempo fui reduzindo e para a Patagônia levo 8 tipos de moscas:

 

Wooly Bugger Preta

Pheasant Tail (marrom com bead head e preta sem bead head) 

Prince com bead head

Copper John

Soft Hackle

Elk Hair Caddis

Stimulator com pernas

Parachute Adams

 

Dessas, raramente uso a Wooly Bugger e a Adams.

 

Se não pescar nada com essas, vou fazer o almoço e fumar um cachimbo, ou tirar fotos e filmar os outros pescando (quando pesco com outras pessoas).  Não tenho ideia se pescaria mais trutas tendo mais moscas.

 

 

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