Ludwig

Nasci em São Paulo, SP, em 25 de março de 1932. Estudei no Colégio Visconfe de Porto Seguro e me formei em História Natural pela Universidade Federal do Rio Grande do Sul, em Porto Alegre. Doutorei-me em Zoologia na Universidade de Tübingen, Alemanha, em 1958. Desde março de 1959 sou docente na UFRGS, atualmente na condição de Professor Titular aposentado, mas ainda em plena atividade docente e de pesquisa.. Minha linha de investigação está focada na fauna de água doce, em especial nos crustáceos límnicos. Comecei pescando em Guarujá, no costão de Asturias, avistando a ilha da Moela, em 1937, portanto com 5 anos de idade, na companhia dos meus pais, pegando boas garoupas no canição com isca de sardinha meio passada. Havia muitas e grandes. Guarujá, na época, era em pequeno vilarejo. Só havia um hotel e algumas poucas pousadas e casas de veranistas. Enseada, Praia do Tombo, Guaiuba e as outras praias do norte eram pura mata atlântica, sem estradas ou edificações. Um paraíso. Me instalando no Rio Grande do Sul, logo abracei a pesca, inicialmente apenas nas praías e estuários (Torres, Tramandaí e Rio Grande). Em 1962 ajudei a fundação do Clube de Pesca Anzol de Ouro, cuja diretoria integrei diversas vezes desde então. Passei pela presidência da Confederação Sulamaricana de Pesca e Lançamento (COSAPYL) e integrei equipes brasileiras em campeonatos sulamericanos. Nos anos 60 me especializei na pesca de miraguaias, tendo capturado mais de 300 peças. Com o quase desparecimento dos peixes de interesse desportivo das praias do RS voltei-me para a água doce e em especial para a pesca de fly. Fui pescar várias vezes no sul do Chile, na Patagônia Argentina e na Amazonia, neste caso atráz dos grande Tucunarés. Os robalos também tenho procurado inúmeras vezes, tanto na baía de Babitonge em SC, como nos costões da praia Brava em SC. O rio Mampituba já percorri várias vezes desde as cabaceira até a foz em Torres, atráz dos Pevas. Tenho ido todos os invernos para São José dos Ausentes, especialmente para rio do Silveira, atrás das trutas arco-iris, sempre no fly. Me afastei totalmente da pesca de competição, por razões de ordem ambiental e ética. As provas de pesca regulamentadas pela Confederação Brasileira de Pesca e Desportos Subaquáticos, tem privilegiado a captura de filhotes de peixes, em especial de pampinhos com peso médio de 8 g (!) e de "mandins" na água doce, menores ainda. Emborao impacto ambiental sobre as populações seja pequeno, éticamente, enquanto docente e pesquisador da área ecológica, não posso participar desta matança injustificável. Estou convencido que o "pesque e solte" é a única modalidade de pescaria que se deveria admitir.