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Persistindo...


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  • Mosqueiro

Nos últimos tempos as coisas tem sido complicadas, muito trabalho, compromissos, problemas a resolver.

Era hora de pescar. Foi só parar o carro após menos de 10 minutos de direção, encontrar o marido da prima de minha esposa e andar até a primeira porteira que dá acesso ao pasto vizinho ao rio das Mortes.

Passamos pela entrada estreita junto à porteira que impede a fuga do gado e andamos uns 150 metros até a segunda porteira. Mais uma espremida (menos dramática depois dos 10kg que perdi) e pronto, estávamos mais uma vez tentando a sorte nos lagos de Santa Cruz de Minas, junto à pousada Lagos de Minas.

Desta vez fui com este nosso primo que é um pescador inveterado e exímio conhecedor da região - mateiro dos bons - que nos conduziu a um ponto muito interessante do lago maior. O taquaral impedia a aproximação por toda a extensão da margem, mas mesmo assim era possível chegar a um barranquinho de cara pro lago e para o canalzinho que liga o lago a um segundo menor mas com habitantes bem dentuças...

Estava quente, mas sem sol. Uma situação teoricamente boa para as espécies residentes: traíras e lambaris, além dos carás, tilápias e eventualmente tabaranas que ficaram no lago depois da última enchente, vindas do rio das Mortes.

Ao chegar, a visão era essa da foto a seguir, com uma vista geral de parte do lago.

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No lago maior, uma pequena ilha bem no meio do lago:

IMG_2219.JPG

Os arremessos eram feitos junto às margens e em direção a movimentos de peixes mais pro centro. Como disse antes, este lago fica na propriedade da pousada Lagos de Minas, e de onde estávamos apreciávamos a vista da pousada e dependências.

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Aproximando um pouco mais a pousada, temos noção do real tamanho do lago.

IMG_2229.JPG

Iniciei os trabalhos com pequenas ninfas que me foram presenteadas pelo Fausto, e os lambaris "voavam" nelas com vontade. Mas como ainda estavam pequenos, me diverti um pouquinho com a faina deles e parti para os meus objetivos que eram as traíras e - a esperança é a última que morre - tabaranas. Coloquei uma tanajura tabajara e parti pras tentativas de fisgar algo.

Tentei poppers, streamers, divers; nada mais que rebojos por perto. Bom sinal, penso eu... Mas nenhuma captura. Tudo bem, o objetivo principal era "desopilar o fígado", depois de tanto tempo enrolado com uma carreta de pepinos. O importante é que eu estava ali, em paz, conectado a toda aquela natureza, a tanta calma e sons que só fazem bem ao espírito.

Vamos explorando a área e, como a carne é fraca, arremesso um popper Yo-Zuri 3D rente a uma galhada onde há segundos explodiu um ataque de traíra das grandinhas. O taquaral impedia uma melhor cobertura da área. Tentei em seguida com uns casts fajutos, com um diver na ponta, mas fiquei na expectativa.

A tarde ia caindo e a movimentação aumentando, os lambaris maiorezinhos foram dando as caras mas na cevinha de meu parceiro de pesca, que contabilizou uns 12 ou 13 lambaris na varinha de mão. "Tenkara caipira", divaguei. Pelo menos era um consolo ter tal visão da situação. Batemos um ou outro ponto ainda, inclusive nos lagos menores.

Um dos pequenos lagos que se ligam ao rio das Mortes e ao lago principal na época das cheias.

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Os pequenos movimentos no meio do lago indicando a atividade dos peixes ao cair da tarde.

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O espelho d'água só era quebrado por eventuais ataques a insetos na superfície.

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Ainda não foi desta vez que quebrei o encanto do fly com uma captura na natureza, mas tenho certeza de que é questão de tempo. Os casts vão aos poucos ficando menos toscos, mas ainda me enrolo para arremessos mais longos - totalmente dispensáveis neste ambiente, diga-se de passagem.

Retornamos com a noite já encobrindo a bela paisagem, com os peixes dando lugar aos batráquios abundantes. A pequena trilha nos conduzia pelo caminho de volta, já não era necessário enxergar nada além da estreita faixa de terra: o coração, agora mais leve, nos levava de volta à casa.

No pensamento, o som da carretilha cantando com aquela traíra levando o diver para um passeio pelo lago após um magnífico ataque a poucos metros de meus pés. Já não tinha mais nada em mente além desta cena, agora é sonhar com a próxima pescaria.

Editado por Fred Mancen
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  • Mosqueiro

Insistir Sempre e Desistir NUNCA.

Palavras do amigo Mauricio Rigotti Motta que apanhou um bocado até fazer uma captura :yes: Inclusive eu :laugh:

Só uma Paisagem dessa já vale a contemplação. O Peixe virá quando menos se espera :ok:

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  • Moderador

:):):)

Ola Fred,

Parabéns pela pescaria, ainda que não tenha sido contemplada com capturas.
Não desanime porque os peixes virão, e verá que é muito bom captura-los porque sempre serão o pretexto para justificar o retorno a lugares aprazíveis como este mostrado no relato !

Grande abraço

Odimir

Editado por Odimir
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  • Mosqueiro

Obrigado, amigos. Sei que o peixe é questão de tempo; na verdade ultimamente tem sido de verdade mero detalhe - um grande detalhe, mas não é o principal. Tem sido muito legal aprender muita coisa nova com o fly fishing... Daqui a pouco o bicho aparece....rs...

Abração a todos.

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  • 3 semanas depois...
  • Administrador

Com certeza Fred e tudo em função do foco que for dar na pescaria. :ok:

Veja como exemplo quando vou em busca das pirapitingas do sul aqui no rio Preto, se não definir como sendo ela o peixe a ser pescado, acabo focando a pesca dos lambaris que infestam esse rio e perco a oportunidade de ter uma na ponta da linha, pois não dá para pegar elas como moscas para lambaris, elas gostam de moscas grandes, moscas volumosas como as Madam-X e Stimulators. Fui lá algumas vezes e não tive sucesso em todas, mas elas estão lá e consegui fotografar algumas, algo que para mim fui muito motivador usando um conjunto #4 recém comprado na época com o sem vergonha do Senninha (Claro que tu se lembra dele :happy:). O mesmo faço com os lambaris, quando vou em busca deles, vou pescar ele e possivelmente uma pirapitinga do sul não vai perder tempo com ninfas ou moscas secas atadas em anzol #20. ;)

Banda bala e bota fé que vai pegar várias dentuças dessas. :okok:

T+ :)

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