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Bariloche: Trutas e turismo


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  • Mosqueiro

Bariloche: trutas e turismo

Embora muitos pescadores brasileiros torçam o nariz quando falamos em pescar trutas em Bariloche, nós adoramos passar uns dias por lá, sempre que possível.

A cidade de São Carlos de Bariloche é a pricipal porta de entrada da Patagônia Argentina e vem sendo tão frequentada por brasileiros – principalmente no inverno – que já é chamada de “Brasiloche” e o Real é moeda corrente.

Bariloche tem atualmente uma população fixa de cerca de 120 mil pessoas e excelente estrutura turística, com hotéis e restaurantes para todos os gostos e bolsos. Além da neve e das estações de esqui que tanto encantam os brasileiros, a cidade é banhada pelo imenso lago Nahuel Huapi (que abriga grande população de trutas, inclusive exemplares de porte) e conta com dezenas de rios e arroios, dentre os quais o belíssimo rio Limay. Aliás, para mim, o Limay tem uma das mais belas colorações de água de toda a Patagônia, como se fora uma garrafa de água mineral onde dissolveram algumas gotas de anilina azul e verde.

Evidentemente que a proximidade com a cidade (barulho, iluminação, etc...) a pressão de pesca e outros fatores, vêm fazendo com que a pesca na região seja muito menos produtiva do que já foi no passado ou, comparativamente, menos consistente que em outras regiões da patagônia. Mas, ainda assim, continua – pelo menos em minha opinião – sendo um atraente destino de pesca de trutas, principalmente para aqueles que viajam acompanhados por esposa não-pescadora ou pela família, pois, afinal, é um privilégio pescar mais de 20 trutas selvagens numa tarde, enquanto a família se diverte na cidade, a apenas meia-hora de onde esticamos nossas linhas. E, no caso da esposa ou família acompanhar na pescaria, há tempo para as trutas, tempo para lindos passeios, para cafés aconchegantes e para jantares junto à lareira. E tudo isso com preços bem moderados. A única coisa realmente cara é o guia de pesca. Nessa oportunidade ficamos na cidade por 7 dias e só fizemos duas saídas (flotadas) com o guia – por sinal, uma pessoa nota 10, a quem conheço há anos e sobre quem deixarei as referências ao final do relato. Por outras duas vezes pescamos sem guia, tentando grandes exemplares na Boca do Limay e brincando com pequenas fontinallis no Arroyo Guillelmo.

Vejamos algumas ilustrações do que estou contando:

Jacquelline, na margem do Limay, numa localidade denominada anfiteatro. Nós sempre passamos por essa área do rio en nossas flotadas, que por ser próxima a estrada pode ser atingida a pé.

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Primeira flotada, com poucas ações e quando “ninfava”...Hooked!!!!!!!!!

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E a primeira trutinha veio para a foto:

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Já eram 2 da tarde e com apenas uma truta, fomos almoçar. Nessa hora faziam incríveis 25º e pude ficar de camiseta...

No nosso restaurante, com Jack:

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No restaurante com Eduardo, meu amigo e o melhor guia da região:

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Na parte da tarde a pesca continuou difícil, mas saíram outras 5 trutas, todas pequenas, como a da foto abaixo:

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Mesmo sendo um dia de poucas trutas, pescamos beleza, terminando o dia felizes e em paz!

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E a vantagem de estar em Bariloche, pois a menos de uma hora do fim da pescaria, já desfrutávamos de um delicioso café para nos esquentar, pois a temperatura já caíra para 15º

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Nos dias que seguiram passeamos, descansamos, fizemos turismo e pescamos por conta própria, contabilizando uma imensa truta perdida (calculo em cerca de 5 quilos) na boca do Limay e muitas pequenas trutas nos riacho próximos.

A pousada que sempre ficamos em Bariloche: Hostería El Retorno, na beira do lago Gutiérrez, muito bom de pesca com secas em dezembro e janeiro, época das grandes eclosões. Agora em março, com águas baixas e cristalinas, a pesca é muito difícil, pois as trutas nos vêem de longe.

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Restaurante/Churrascaria Pioneiros, que fica em Vila la Angostura e serve um dos melhores cordeiros patagônicos que já experimentamos:

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YESSSSSS!!!!!!!!!!!!!!

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Dia sem vento, voltamos ao Limay, cheios de esperanças.

Colocando o wader (vejam o capricho do guia, que leva cadeiras e tapete para trocarmos a roupa)

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Navegamos pelo último tramo do rio, em direção a uma área conhecida como Vale Encantado e que é realmente belíssima. Considero-me priviligiado por ter pescado trutas nesse cenário:

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Nesse dia as trutinhas estavam ativas, pegando principalmente em ninfas...Foram mais de 20,,,Eis algumas:

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Também sairam percas-trutas (nativas, que os argentinos desprezam como bagres, não sei porque, pois o peixe briga demais) bem animadas:

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Finalizamos o dia com outro almoço maravilhoso, com filés de truta salmonada, defumados de forma caseira pelo Eduardo...Muito, muito bom!

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Esse brinde foi feito em homenagem a todos os nossos companheiros pescadores! Tin-Tin!!!!!

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  • Administrador

Que luxo amigo! :ok

Seu guia realmente é muito atencioso e detalhista ao atendê-lo! ok:

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Uma coisa é seu guiado, outra é ser atendido com detalhes assim! :ok

Fico feliz de verdade em ver sua felicidades. Vocês estão de parabéns! ok:

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Divulgue aos amigos informações de contato com esse guia, pois certamente é um fator diferencial p/ quem está viajando com a esposa, ou até mesmo com a família.

Um abraço! :bye:

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  • Mosqueiro

Olá Fausto

Grato pelos comentários e sim, realmente estávamos muito felizes.

Quanto ao nosso guia - sobre quem já fiz uma divulgação anterior aqui no tópico - volto a dar o contato:

Eduardo Bladauskas

Guía Profesional de Pesca Deportiva P.N.N.H.

+54 2944 458593

+54 2944 15555619

nomades@bariloche.com.ar

info@fishinglife.com.ar

http://www.fishinglife.com.ar

É pessoa extremamente educada, competente e professor de guias de pesca. Trabalha sozinho ou com seu sócio, Aldo, que é outro guia nota 10. Qualquer dia vou postar um filmete, que fizemos há 5 anos, quando um casal que nos acompanhava (não pescadores, ecologistas e cantores de ópera) juntamente com o Aldo (filho de sicilianos e também cantor lírico amador) cantaram parte de uma ária de Madame Butterfly na beira do Limay, em uma tarde de sol, frio e vinho. Indescritível!

Abraços

Luiz

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  • Mosqueiro

Excelente Luis!

Quem sabe com seu relato consiga fazer minha esposa fezer uma dessas.

Abraços,

Claudio

Valeu Claudio!

Posso lhe garantir que tem boas chances de sua esposa topar (e no fim gostar muito) de um esquema desses.

Aliás, no próximo relato, relativo à segunda parte dessa viagem, você verá o "processo de conversão" da Cristina, esposa do Luciano, que nos encontraram para irmos para Esquel.

Abraços

Luiz

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  • Mosqueiro

Grande Luiz Pescador foi tudo bem com vocês nesta aventura que parece um piquenique, trutas bonitas esta com o lombo cinza esta bonitona, estava muito frio ou não, quantos dias vocês passarão na Patagônia.

Grande abraço e ótimas pescarias. :ok :D:bye:

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  • Patrono

Que beleza de passeio e relato, Luizão!! Vcs estão de parabéns!! E vc sabe que tb curto um bom programa pesca/passeio ou seria mais passeio/pesca hehehe. Não sei pq mais gente não faz isso e fica um tanto qto obcecado em somente pescar, se com um pouquinho de boa vontade dá pra agradar tanto a gregos como troianos, digo ao pescador e à sua família, que aliás, merece toda a nossa consideração. E pq não, tb fica mais fácil arrumar alvará tb hehehe e no fim, a gente merece um passeio do bom tb. Não só de pesca se vive o homem. Sugestão de guia anotada pra qdo voltar à brasiloche!! Agora vou correndo lá pra parte 2 com dr. Lu.

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  • Mosqueiro

Grande Luiz Pescador foi tudo bem com vocês nesta aventura que parece um piquenique, trutas bonitas esta com o lombo cinza esta bonitona, estava muito frio ou não, quantos dias vocês passarão na Patagônia.

Grande abraço e ótimas pescarias. :ok :D:bye:

Meu amigo Pescador

Como você bem disse, foi um baita pic-nic! :lol: Mas deu para pescar nos intervalos!!

Ao todo passamos 15 dias na patagônia.

Abraços

Luiz

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  • Mosqueiro

Parabéns Luiz e Jack. Vocês são sempre fonte inspiradora para nossas pescarias. Esperamos ve-los qualquer dia desses lá pelos lados da Fragária.

Abraços.

Karen e Marcelo

Olá Karen, Olá Marcelo

Grato pelas palavras e, como já dissemos no outro tópico, em breve nos veremos em Fragária. Escreverei quando formos.

Abraços

Luiz

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  • Mosqueiro

Meus parabéns ao casal! :ok

Se der para fazer os "2 ps" juntos, passear e pescar melhor ainda e melhor ainda com a família! :ok :ok

Grande abraço!

Olá Eduardo

Bom vê-lo aqui no Mosqueiros!

Agradeço seus comentários e

Um grande abraço

Luiz

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  • Mosqueiro

Que beleza de passeio e relato, Luizão!! Vcs estão de parabéns!! E vc sabe que tb curto um bom programa pesca/passeio ou seria mais passeio/pesca hehehe. Não sei pq mais gente não faz isso e fica um tanto qto obcecado em somente pescar, se com um pouquinho de boa vontade dá pra agradar tanto a gregos como troianos, digo ao pescador e à sua família, que aliás, merece toda a nossa consideração. E pq não, tb fica mais fácil arrumar alvará tb hehehe e no fim, a gente merece um passeio do bom tb. Não só de pesca se vive o homem. Sugestão de guia anotada pra qdo voltar à brasiloche!! Agora vou correndo lá pra parte 2 com dr. Lu.

Caro Kensuke

Concordo totalmente com seus comentários (tanto que sempre busco conciliar as coisas). A isso chamo de equilíbrio. Sempre procuramos equilibrar o interesse de todos, ora cada um cedendo um pouco.

Vou contar uma história:

Minha filha velejou dos 8 aos 16 anos de idade e chegou a ser da seleção carioca, foi bi-campeã do RJ da Classe Optimist, campeã do Laser Radial, chegando a pensar em seguir no esporte como carreira e modo de vida. Durante esse período as demandas por treinos, competições pelo Brasil afora (e no exterior) eram enormes e durante 8 anos nossos finais de semana eram em algum iate clube que sediava o torneio. Além disso, acabei sendo o capitão da flotilha do Clube Caiçaras, aqui da Lagoa, no RJ. Isso significava a supervisão de 15 a 18 adolescentes no mar e nas viagens. Imagina o que é embarcar 15 barcos e velas para competições fora do Rio, com a gurizada correndo pelos corredores de aeroportos ou rodoviárias. Alguns pais acompanhavam, outros deixavam nas nossas mãos (treinadores e comissão).

Bem, com tudo isso, nunca deixei de pescar e nunca deixei de me divertir com a Jack. O que fazíamos? Tirávamos o melhor proveito das oportunidades. Sempre levava equipos de pesca comigo e enquanto a gurizada estava treinando, eu ficava batendo o cais com minhas peninhas e grubs...Quantos robalos e badejos pegamos Brasil afora...Mundo afora...A noite, a gurizada tava exausta e tinha que dormir cedo (vida de atletas mesmo) e nós aproveitávamos, dentro do possível, o melhor que a cidade onde estávamos oferecesse...E tudo isso feito com prazer, de coração. Nunca nos sentimos como se estivéssemos nos obrigando a algo ou deixando, com lamentações, a vida social de lado (essa de fato termina, pois não se vai mais a festas de amigos, aniversários, casamentos, nada disso!)pois sabíamos que aquele esporte era importante para ela, não só por ela ser apaixonada pela coisa, mas como formação para a vida. E acho que acertamos, pois embora ela não tenha seguido na vela, aprendeu a ser disciplinada, a ter objetivos e a saber superar dificuldades, o que muito colaborou para que hoje, com apenas 22 anos de idade, seja uma quase médica (se forma no fim do ano, na UFRJ). Evidentemente que ela tem um monte de qualidades e méritos para isso, mas temos a convicção que o equilíbrio que todos tivemos em lidar com os desejos de cada um e de todos, sempre prontos a flexibilizar e ceder, muito contribuiram a um ambiente favorável.

Mas, voltando ao veio principal, às vezes, não depende só de nós, pescadores, em flexibilizar as coisas. Eu e você (e agora o Dr. Lu tb. :ok ) temos a sorte de nossas mulheres/familias gostarem de natureza, não ficando em pânico com uma picada de inseto, nem com a lagartixa que teima em passear pelo teto do quarto...Mas para quem é fundamentalmente urbano, não tem saída...Podem até acompanhar para tentar agradar ao marido/pescador, mas vão estar no meio do rio, tristinhas, com o olhar distante, lá em NY...E pensando que o dinheiro do guia seria melhor aplicado em muuuittaass comprinhas básicas de bolsas, maquiagem, perfumes, etc... :lol:

Abração

Luiz

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  • Administrador
Mas, voltando ao veio principal, às vezes, não depende só de nós, pescadores, em flexibilizar as coisas. Eu e você (e agora o Dr. Lu tb. ) temos a sorte de nossas mulheres/familias gostarem de natureza, não ficando em pânico com uma picada de inseto, nem com a lagartixa que teima em passear pelo teto do quarto...Mas para quem é fundamentalmente urbano, não tem saída...Podem até acompanhar para tentar agradar ao marido/pescador, mas vão estar no meio do rio, tristinhas, com o olhar distante, lá em NY...E pensando que o dinheiro do guia seria melhor aplicado em muuuittaass comprinhas básicas de bolsas, maquiagem, perfumes, etc...

É isso aí Luiz e não consigo convencer dona Jane em viajar comigo p/ a Patagônia de forma alguma, ela quer o Nordeste com suas praias e águas quentes, falou em frio dona Jane nega na hora. ^_^

T+ :bye:

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  • Patrono

Luiz,

muito legal o seu texto e estou aqui lendo com a Cris.Ela ficou muito satisfeita com a viagem e se propôs a fazer um curso com o PC e vamos nos programar para a próxima pescaria,que será no próximo ano.

Certamente poderemos fazer outras como essa.

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  • Mosqueiro

Luiz

Vou mostrar o relato para Paula.

UM dos próximos verões iremos para lá.

Agora, eu gosto muito de ópera... então põe o link da ária no Limay...

Neumann

Oi Neumann

Tomara que sirva de inspiração à Paula.

Procurei o arquivo completo da ópera no Limay, mas não o achei (tinha uns 5 minutos de filme) mas apenas um pequeno trecho. Me diz seu email para eu enviar.

Abraços

Luiz

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