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Um conto de Hector Gugliermo


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O conto a seguir é muito bacana, na linha do Velho e o Mar; o Dr. Carlos Andriolli recebeu faz algum tempo de um amigo que mora na Espanha e postou recentemente em um grupo de WhatsApp. Com a permissão dele, compartilho esse belo texto aqui no fórum, acompanhado da tradução livre e impecável feita pelo amigo Neumann.

 

Boa leitura!

 

“Durante un largo rato estuvo observàndola comer, la había visto anteriormente, muchas veces, pero nunca hasta ahora se habìa decidido a pescarla.
De hecho, desde mucho tiempo a esta parte sus salidas de pesca eran màs contemplàr que pescar. 
Era grande, no había duda de eso. (grande de las de ahora..."(penso).
Eligió cuidadosamente la mosca hurgando con sus dedos en la vieja y noble caja, gastada por mil salidas, estudiò por algunos instantes el rìo preparo el tiro y lanzó; mientras esperaba que la corriente arrimara su ilusiòn al pez, se dejò llevar por los recuerdos.
Pudo haber sido uno de los referentes, uno de los pioneros cuyas fotos, hazañas y relatos adornan las paredes y los libros de muchos pescadores de ahora; lo sabìa y no le importaba.
Estaba seguro que sus mejores capturas logradas hace tanto tiempo, pudieron figurar entre los records de la época, y tampoco le importaba.
Conociò a todos los que por aquellos años dorados dieron marco a la epopeya de la pesca con mosca. Era amigo, camarada, compañero de pesca y de aventuras reconocido por ellos como uno màs; solo por ellos, tampoco le importaba.
Fueron pasando los años, y se fue quedando solo.
Solo con las sensaciones que le transmitìa la pesca y por sobre todo, con las que le transmitìa el pez, su astùcia, su fuerza, sus ansias de libertad y el alivio por la liberaciòn obtenida despues de entregar todo. No habia ningùn trofeo màs hermoso, ningùn reconocimiento màs importante que esas sensaciones y los recuerdos...los recuerdos donde los años no pasaban, y los amigos no se iban.
El tiròn lo volviò al presente.
Tenìa al pez prendido de su anzuelo; de esa seca que lanzò con dificultad, porque ya no era como antes. Estaba viejo y tambièn enfermo. Sabìa que el fin estaba cerca. Se lo habìan dicho.
El pez, luchaba por su vida, sin saber que nunca estuvo màs segura que en esas manos. Mientras tanto, el pescador disfrutaba; siempre 
disfrutaba ese momento pero nunca como esta vez, seguramente porque èsta, podrìa ser la ùltima.
Pero que difìcil era mantener tensa la linea, que terrible esfuerzo demandaba este pez, "Cuanto darìa por un poco mas de fuerza", pensò.
Los recuerdos volvieron a golpearlo.
Añorò otros tiempos, cuando pasaba dìas enteros apenas alimentandose, casi sin dormir, solo pescando y disfrutando de sus amigos.
Pero no querìa perderse en el tiempo, tuvo que hacer un gran esfuerzo para volver al presente, a la lucha con el pez. Y el esfuerzo fue grande porque los recuerdos eran màs dulces que la realidad; tenìa pocas fuerzas y las necesitaba en este momento.
Ya casi lo tenìa y .....de pronto lo supo, en el fondo de su ser algo le dijo que ese pez , era el ùltimo. Un relàmpago de tristeza cruzò por su cuerpo y su mente al saber que ya no habìa màs tiempo, que su vida se iba irremediablemente y que no le quedaba nadie para recordarlo.
Se habìa convertido en un solitario por decisiòn pròpia y ahora la soledad que fuè su amiga durante tanto tiempo, ya no parecìa tan gràta; los ojos se le nublaron y un par de làgrimas viejas que estuvieron esperando màs tiempo de lo debido para salir, surcaron sus arrugadas mejillas.
Tomò la trucha y con un suave movimiento le desprendiò el anzuelo,
al sentir el alivio del pez al ser liberado, otra sensaciòn nueva le hizo ver màs allà de su agonìa: él tambièn se liberaba, le esperaban nuevos tiempos de aventura, volverìa a ser jòven y fuerte, pronto se reencontrarìa con sus amigos.
Se parò, tirò su vieja caña al rìo y mientras miraba como desaparecìa, se secò las làgrimas con el revès de la mano y sonriò,
yà no tenìa miedo......morir, tampoco le importaba.”

Cuento de Hector Gugliermo

 

Tradução livre (Neumann):

 

Por um longo tempo ele a observou comer. Ele já a vira antes, muitas vezes, mas somente agora ele decidiu pescar.
De fato, durante muito tempo, suas viagens de pesca eram mais para contemplar do que para pescar.
Era grande, não havia dúvida sobre isso - (grande para agora - pensou).
Escolheu cuidadosamente a mosca, procurando com os dedos na caixa velha e nobre, usada por mil saídas. Estudou por alguns momentos o rio. Preparou o arremesso e lançou; Enquanto esperava que a corrente trouxesse seu engodo para o peixe, ele se deixou levar pelas lembranças.
Ele poderia ter sido uma das referências, um dos pioneiros cujas fotos, façanhas e relatos adornam as paredes e os livros de muitos pescadores de agora; Ele sabia e não se importava.
Ele tinha certeza de que suas melhores capturas feitas há tanto tempo poderiam figurar entre os recordes da época, e tampouco se importava.
Ele conheceu todos aqueles que naqueles anos dourados fizeram a epopeia da pesca com mosca. Ele era um amigo, um camarada, um parceiro de pesca e aventura reconhecido por eles como mais um; somente por eles e ele também não se importava.
Os anos se passaram e ele foi ficando sozinho.
Somente com as sensações que a pesca lhe transmitia e, sobretudo, com as sensações que os peixes lhe transmitiam, sua astúcia, sua força, seu desejo de liberdade e o alívio pela libertação obtido depois de entregarem tudo. Não havia troféu mais bonito, nem reconhecimento mais importante do que aqueles sentimentos e lembranças ... as lembranças onde os anos não passaram e os amigos não foram embora.
O ataque o trouxe de volta ao presente.
Ele tinha o peixe no anzol; aquela mosca seca que ele jogou com dificuldade, porque não era mais como antes. Ele era velho e também doente. Sabia que o fim se aproximava. Eles disseram a ele.

O peixe lutou por sua vida, sem saber que nunca estaria mais seguro do que naquelas mãos. Enquanto isso, o pescador apreciava; sempre
gostei desse momento, mas nunca como dessa vez, certamente porque essa poderia ser a última
Mas quão difícil era manter a linha esticada, que esforço terrível esse peixe exigia: "Quanto eu daria por um pouco mais de força", ele pensou.
As lembranças o golpearam outra vez.
Ansiava por outros tempos, quando passava dias inteiros comendo pouco, quase sem dormir, apenas pescando e curtindo seus amigos.
Mas ele não queria se perder nas memórias, teve que fazer um grande esforço para voltar ao presente, para a briga com o peixe. E o esforço foi enorme porque as lembranças eram mais doces que a realidade; Tinha pouca força e precisava dela agora.
Já quase o tinha e ... de repente ele soube, lá no fundo de seu ser algo lhe dizia que esse peixe seria o último. Um lampejo de tristeza atravessou seu corpo e mente, sabendo que não havia mais tempo, que sua vida se esvaia irremediavelmente e que não havia mais ninguém para se lembrar dele.
Tornara-se solitário por sua própria decisão e agora a solidão que era sua amiga por tanto tempo não lhe parecia mais tão agradável; seus olhos nublaram e duas velhas lágrimas que estavam há muito represadas molharam a sua face enrugada.
Tomou a truta e, com um movimento suave, a desprendeu do anzol e quando sentiu o alívio do peixe a ser liberado, outra sensação nova o fez ver mais além de sua agonia: ele também se liberava. Novos tempos de aventura o aguardavam, ele seria outra vez jovem e forte e logo se reuniria com seus amigos.

Ele se levantou, jogou sua velha cana no rio e, enquanto a observava desaparecer, enxugou as lágrimas com as costas da mão e sorriu,
ele não tinha medo ... morrer, ele não se importava.”

Conto de Hector Gugliermo

Editado por Samuel Antero
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