[RELATO] Chile 2020 - DIY

[Gustavo Mello]

Saudações amigos!!!!!!

A pedido do Fausto vou iniciar um relato de nossa aventura no sistema DIYs, ou "faça você mesmo", ocorrida em janeiro de 2020 em terras chilenas. De antemão já aviso que as informações detalhadas virão quando o Fausto retornar da Argentina daqui a uns dias, é que eu sou muito direto para relatos, já o Boss detêm o dom das palavras.

A Ideia:

A ideia de pescar no chile surge em meados de 2015, se não me engano, depois de um temporada de 15 dias tenebrosos na Argentina no mês de Março, onde o calor e a seca dos rios nos presenteou com péssimos dias de pesca, então eu e Jost, que havia pescado semanas antes a nós na Argentina, nem sei dizer o porquê surgimos com essa ideia. De tentar uma aventura em terras Chilenas como alternativa. De 2015 até nossa ida muita coisa aconteceu inclusive uma incursão gloriosa na Argentina no mês de Abril de 2017, onde apesar do frio, a pesca foi soberba.

Disso tudo o que ficou mais marcante na minha cabeça foram as muitas opiniões dizendo que uma aventura, no esquema que gostamos de pescar era muito difícil de acontecer no Chile. A informação mais preocupante que tínhamos era que no Chile não haviam acessos públicos para os rios, que todos os rios eram cercados por propriedades privadas e que muitas delas tinham parcerias com os guias locais e só permitiam acesso a eles, ou que cobravam preços absurdos para que o rio pudesse ser acessado. 

 

O Planejamento

Bom seja como fosse em final de 2018 entrei em contato com o Fausto e levantei novamente a bola do Chile, ele prontamente disse que poderíamos iniciar o planejamento. Recrutamos o Rafael Rocha que já mais ou menos sabia da intenção, e nossa primeira pesquisa foi: Em que mês ir? Logo dezembro de 2019 ou janeiro de 2020, foram os meses que apareceram na agenda de todos, e em seguida descobrimos que o mês de janeiro, historicamente por dados meteorológicos, era o de menor incidência de chuvas. E a decisão foi tomada. Bem como a decisão pela região de Vila Manihualles e a região de Coihaique. O Fausto começou a conversar com amigos que tinham informações sobre lá, que efetivamente pescaram ou pescavam por lá, não vou citar nomes pra não esquecer de ninguém, MAIS NOSSO PROFUNDO AGRADECIMENTO A TODOS. E eu através de recursos de mapeamento muito fidedignos nos nossos dias iniciei um mapeamento e marcação dos pontos indicados pelos amigos e de pontos que por imagens de mapas ou de satélites se mostravam aparentes acessos públicos. Juntamente com a busca por hospedagem, supermercado, fly shop, venda de licença de pesca e todo o sortilégio de informações que pudessem vir a ser úteis. O Fausto teve grande papel nessa busca também. Já com tudo em andamento precisávamos de um quarto elemento, e fizemos o convite ao Carlos Gomes, que após verificar as datas, e sua agenda fechou o quarteto.

Vale ressaltar que nosso objetivo era fazer essa jornada de pesca com um valor de cerca de 750 dólares americanos por pescador. E como não temos mimimi, e metemos a faca na caveira, missão dada e missão cumprida. Isso sem privações ou apertos, com direito a cordeira assado e tudo mais.

 

E assim ficamos:

Fausto, conhecido como Boss, doravante também chamado de Babosa.

Rafael Rocha, conhecido como Rafa Rocha, doravante chamado de Coleguinha.

Carlos Gomes, conhecido como Carlito, doravante chamado de Butina de Palhaço

E eu Gustavo de Mello, conhecido como Pimpollo, doravante chamado de Pimpollo mesmo.

 

 

Os Rios:

Na região de Manihualles  marcamos pontos e pescamos o Rio Manihualles, Imperador Guilhermo e o rio Nireguao.

Na região de Coihaique marcamos pontos nos rios Simpson, antes de chegar à cidade, e depois que ele passa pela cidade, Rio Manihualles, Imperador Guilhermo, La Paloma, Rio Aysen, Rio Blanco (não é o rio El Blanco, que forma o rio Simpson, esse Blanco é um tributário do rio Aysen já na chegada a cidade de Aysen). Contudo não conseguimos pescar no Rio Blanco, no Aysen, no Manihualles no Simpson depois da cidade de Coihaique, cada qual por um motivo diferente e que explico no decorrer do relato.

Mais o que fica de mais importante é que SIM TODOS OS RIOS, REPITO TODOS OS RIOS possuem MOTHERFUCKER de acessos públicos para suas margens, onde não é preciso pular uma cerca sequer, não é preciso invadir a propriedade de ninguém, basta achar um lugar para deixar o carro e ir pescar. Ou então para quem quer um pouco mais de comodidade, camping que cobram algo entorno de 30 reais por pescador ou por carro para que o rio seja acessado por suas terras. e ainda oferecem no final da pescaria um belo lanche pela mesma bagatela, mais esse é opcional.

O único que apresentou maior dificuldades de acesso, foi o Rio Simpson, na região chamada de Vale do Simpson, antes dele chegar a cidade de Coihaique, mais mesmo assim encontramos um acesso público e um camping por onde acessar o rio. Já depois da cidade existem no mínimo uns 5 acessos públicos de ótima qualidade.

 

O Início

A chega foi no dia 24 de janeiro e em uma passada rápida por Coihaique fizemos um compra de mercado, uma visita em algumas lojas, e um belo lanche em um trailer de rua, enquanto esperávamos a loja que vendia a licença de pesca abrir do horário da ciesta (acontece geralmente entre 12 e 15 hs). Tudo pronto, tudo resolvido, partimos em direção a Vila Manihualles para iniciarmos no dia seguinte nossa jornada de pesca.

Nosso destino eram as cabanas La Herradura, uma lugar simples, mais extremamente aconchegante e com uma qualidade impressionante, tudo isso aliado a um valor que cabia em nosso orçamento.

Bom vou parar o relato nesse ponto, faltam muitas informações de detalhamento, como valores da compra, das licenças de pesca, etc, etc. Mais isso tudo só mesmo o Fausto pra acrescentar no relato. Como disse sou do tipo mais objetivo. A parada é estratégica para que os amigos de jornada possam incluir fotos e suas impressões, pois os fotógrafos do grupo eram o Coleguinha e o Butina de Palhaço.

A seguir o Primeiro dia de pesca, Rio Neriguao.

Editado Fevereiro 13, 2020 por Gustavo Mello

[Fausto]

Valeu Pimpollo! 

 

Como todo transtornado (aprendi com o @Jost tenho tudo definitivamente anotado de modo que a risca pudéssemos avaliar os gastos em todos os sentidos. Certamente muito melhor é ter todo nas mãos e não ter que nada fazer, porém se fosse assim a meta não seria cumprida e cumprimos como bem disse o Gustavo. 

 

Mas agora estou as vésperas de mais uma grande jornada de pesca na Patagônico Argentina. O Circuito Aluminé 2020 vai começar pra mim nesse sábado. O roteiro já está traçado e tudo devidamente planejado. Quanto retornar em março entro com meus relatos para que possa ajudar os amigos que desejarem um dia fazer essa pescaria no mesmo esquema DIY. 

 

Por hora é só. 

 

[Gustavo Mello]

Bom como os amigos Coleguinha e Butina de Palhaço não colocaram fotos, vou postar as 3 que eu tenho. Esses meus amigos fotógrafos devem estar tratando, editando e outros mimimis de fotografia.

 

Foto no aeroporto, reparem nessa foto que estamos preparados para qualquer probleminha de saúde. Compramos 1 litros de um maravilhoso Xarope alemão de 56 ervas.

 

 

Aqui logo após sairmos do Aeroporto de Balmaceda. Paramos para cobrir as malas com lona devido a uma chuva.

 

E por último aquela lanche esperto, sentados em um ponto de ônibus em Coihaique. O famoso Podrão.

 

 

 

 

[Gustavo Mello]

Mais vamos ao que interessa. A rotina que vou narrar brevemente aqui se repetiu em praticamente todos os dias de pesca da nossa aventura, salvo nos dias em que as condições climáticas ou a dose de vinho e xarope medicinal da noite anterior  interferiram. 

Acordávamos por volta das 05:30 ou 06 hs, preparávamos um belo café da manhã com ovos, bacon, pães, café preto, teve dia que até pão de queijo foi preparado. Junto cada um preparava seu lanche do dia, um cooler com bebidas geladas, e o kit de café para a beira do rio. Tudo isso regado a muita risada, piadas, palhaçadas e brincadeiras entre nós. No máximo as 07:15 saiamos para estar pescando por volta das 08 hs.

 

Vamos a Pescaria do primeiro.

Já estava definido que seria no Rio Neriguao, e que o acesso seria feito pelo Camping Campo lindo, pois já havíamos acordado com seus proprietário meio cordeiro preparado ao estilo local. Embora tenhamos mapeado outros 2 locais de acesso público ao rio, e que na prática se confirmaram.

Embora a pedida do cordeiro pareça ser um luxo, uma extravagancia dentro de um jornada econômica, não o foi, pois em momento nenhum da nossa estádia foi preciso comprarmos carne para as refeições, pois cada dia de cordeiro, nos rendeu carne para mais 2 ou 3 dias e para lanches.

 

O primeiro acesso público um longo trecho do rio já chegando a Vila Manihualles. O vadeio pode começar na altura desas coordenadas:

45°09'54.9"S 72°06'27.0"W

-45.165245, -72.107490

E terminar ja dentro da cidade de Vila Manihualles.

 

O segundo acesso por uma ponte, já mais alto no rio, acessado por estas coordenadas:

45°09'45.0"S 72°00'50.4"W

-45.162489, -72.014011

embora tenha ficado a duvida se o trecho acessado por esta ponte seja pescavel. Tudo porque o rio se afunila dentro de um profundo vale, e não foi possível visualizar sua conformação nem as condições de vadeio. Na duvida eu não arriscaria esse ponto. Mais de qualquer forma vale ressaltar que o fim desse vadeio seria o inicio do primeiro acesso.

 

Depois, seguindo as informações dos proprietários do camping, ficamos sabendo de um outro acesso público mais afrente a localização do mesmo. Desse ponto acho que só o Babosa ficou com a localização fornecida pelos proprietários.

 

O camping já tem uma estrutura para receber pescadores e outros aventureiros, com quiosques estruturados com pia e churrasqueira já na beirada do rio. Chegamos, preparamos tudo, e após uma dose medicinal do nosso xarope, partimos para pescar com o objetivo de retorno as 19 hs, horário que o cordeiro seria servido.

 

O dia de Pesca.

Foi tenebroso, aqui eu conheci o verdadeiro vento patagônico, condições climáticas terríveis. O vento estava tão forte que por vezes supera a correnteza do rio criando um contra fluxo de água. Em vário momento ondas se criavam dentro do rio.  Castear estava sofrido, e a solução era diminuir no vadeio a distância do cast. Houveram momento de refresco nessas condições poucos e breves. Cada uma das 7 trutas capturadas por mim nesse dia, sendo a maior uma arco-ires de uns 35 cm foi um verdadeiro troféu. Ela foi capturada com uma soft-hackle logo o início de um swing.

Notas do dia:

As marronzinhas apesar da turbulência da água preferiram sempre os gafanhotos. E pegavam com uma voracidade impressionante.

Ao usar um streamer em um posso fundo, debaixo de uma ponte próxima ao camping, avistei uma enorme truta marrom de bobeira entre as pedras embaixo da ponte, a mesma logo desapareceu ao perceber minha movimentação.

 

Conclusão:

Não há o que concluir, sobre o rio, as condições climáticas não possibilitaram explorar o rio em sua potencialidade, fiquei com a impressão de que em condições melhores pode apresentar agradáveis surpresas pescativas. Potencial para isso ele tem de sobra.

Sobre o camping, nem todos os adjetivos poderiam descrever a simplicidade e a qualidade dos serviços que os donos dispensaram a nós. 1000% recomendado. 

 

Marronzinha e seu gafanhoto! Reparem na foto, no rebuliço causado pelo vento na água!

 

 

O Troféu do dia!!!!!!!!!!

 

AS 19 hs um chamado pelo rádio nos alertou sobre o cordeiro, e assim eu e o Rafa, ops, digo, o Coleguinha, nos dirigimos de volta a sede do camping. Se não fosse esse chamado nós teríamos continuado a pescar e pescar pois era o primeiro.

Bom o cordeiro foi servido no Quincho do camping, com salada, batas cozidas e sopaipillas um pão frito, tradicional da região e que se tornou nossa iguaria predileta. Não tenho fotos desse momento, pois eu estava preocupado em comer. 

Editado Fevereiro 17, 2020 por Gustavo Mello

[Rafael Rocha]

Olá Amigos, irei postar algumas fotos desacordo com o relato do pimpolho.. Opa, consegui postar minha primeira foto, irei preparar as demais.

Editado Março 7, 2020 por Rafael Rocha

[Gustavo Mello]

Vamos continuar com a história. O Coleguinha e o Butina de Palhaço estão com certa dificuldade em colocar suas fotos por aqui. E o Boss não consegue resolver lá da Argentina. Enquanto isso vou continuando a historinha! kkkkkkkk

Antes de iniciarmos o segundo dia de pesca, gostaria de fazer um adendo sobre o Rio Neriguao e um sobre o uso de imagens de satélite e afins. Lembrando que é uma referencia minha, nada cientifico ou algo assim.

Considero o vadeio no Rio Neriguao de dificuldade fácil ou mediana, não pude perceber nenhum fator complicante, basta a vontade e a determinação de andar por suas margens e buscar os pontos.  O volume de água é amigável na maioria dos pontos que acessei, O fundo não é demasiado escorregadio, e a profundidade ficou em sua maioria entre o joelho e um pouco acima de cintura. Me aventurei em um pontos mais fundos, com aguá no peito, e com água mais rápida, de forma confortável utilizando das técnicas de vadeio.

 

SEGUNDO DIA:

Rio Manihuales, acessado por um ponto que fora mapeado por mim e pelo Fausto e reforçado pelo amigo Divani, se não me falha a memória. ponto esse que pode ser visto na coordenada abaixo.

 

45°00'13.1"S 72°08'42.7"W

-45.003650, -72.145206

A ressalva é a atenção redobrada para entrar e sair com o carro, pois a acesso fica em uma curva bem fechada muito próximo a uma ponte. Dai o nome do local Ponte do Dora.

Bom vamos a pesca, eu costumo dizer que um dia como este que eu vivi no Manihuales é dia de pescador mentiroso. Pois aconteceu de tudo, foi um dia de pesca esplendoroso, com todas as emoções que um pescador procura e quer viver. Sem contar a grande número de capturas.

Mais o melhor de tudo sem o maldito vento patagônico! Até o clima estava a meu favor.

Logo nos dividimos, Boss e Coleguinha ficaram nos pontos iniciais eu e Butina de palhaço descemos um pouco para dar espaço de pesca ao amigos. Depois Butina adentrou em um ponto e eu desci mais uns 2 para lhe dar espaço de pesca.

 

 O vadeio nesse trecho do rio Manihuales  considero médio para difícil, pois a água ganha mais velocidade, um pouco mais de volume e principalmente as pedras do fundo ganham uma fina camada de limo que escorrega mais que sabão, o que exige um cuidado maior e um pouco mais de destreza no caminhar pelo rio, a profundidade vária do tornozelo até o peito tudo vai depender da sua capacidade de vadeio.

 

  Quando adentrei o primeiro ponto não houve duvida, um gafanhoto vitaminado na ponta da linha, e já logo nos primeiros arremessos, onde no barranco há uma grande moita de uma planta que parece uma taioba gigante, uma grande truta marrom dispara corredeira abaixo com ele na boca, só que no caminho havia uma grande pedra, uma grande pedra havia no caminho, e a truta faz a volta nela.

 E sentido o tipt, depois o leader passar prensado entre ela e o fundo, quando chega a linha eu já sabia o resultado, e a trutona vai se embora com a gafanhoto de premio. Nesse momento tive a certeza de que o tipt 4x não seria páreo para as trutas.

 

Me refazendo do susto e do momento de raiva, outro gafanhoto na linha e mais alguns arremessos e BINGOOOOOOOOO outra bela marrom. Que brigou muito usando a corrente a seu favor.

 

 

 

 

 

Depois da soltura, segue o Baile e mais alguns arremessos e um TUM,  uma batida seca, como se a isca tivesse agarrado em algo, dois instantes depois a carretilha cantou e outra grande marrom estava travada no gafanhoto. Essa briga teve dois momentos o primeiro com ela correndo a favor da corrente, e o segundo ela apenas resistindo.  Eu a chamava com o caniço e ela balançava a cabeça dizendo não vou, não vou, não vou. Mais após infinitos 5 ou 6 minutos eu consigo atraca-la entre as pedras da beira do rio. A maior truta que eu capturei,  51 cm, jogando pra baixo.

 

 

Bom o restante do dia seguiu esta toada, várias capturas de trutas que não superaram o porte destas duas, com certeza mais 2 que se iguaram a primeira captura algo entre 40 e 45 cm, mais a constante era na faixa de 30 cm. Vou deixar uma última foto de um truta de seus 30 cm que me aprontou uma presepada sem precedentes.

 

No início da tarde, em um poço mais fundo, fazendo uma longa deriva com o gafanhoto,  na quarta tentativa eu visualizei outra grande marrom se descolar do barranco e partir atrás do gafanhoto, meio sonolenta a desgraçada, pois essa trutinha da foto surgiu do nada e abocanhou o gafanhoto na frente da grandona. 

Nunca tinha acontecido isso comigo!!!!

 

OBS: Atentem na foto o limo que torna o fundo altamente escorregadio.

 

Fatos curiosos do dia:

1- Quando eu e o Butina encontramos o Coleguinha na metade da tarde, ele relata um pescaria ruim.  Nós nem acreditamos, pois o mesmo sucesso relatado por mim, estava acontecendo o o Butina. Logo aconselhamos ele a tirar a Wet que ele estava usando e adotar o gafanhoto vitaminado como isca, ai a pescaria dele também foi um sucesso, e pescando em locais que já haviam sido pescados.

2- Posso estar equivocado, mais nenhum dos 4 pescadores nesse dia viu sombra de trutas arco ires, somente trutas marrons. Fato que chama muito a atenção.

 

Conclusão do dia de pesca.

Cuidado no vadeio, usem gafanhotos vitaminados e cabeludos, e nada de tipt delicado pois as trutas marrons do Manihuales são brutas. De resto foi só alegria no coração.

 

Só pra motivo de informação e ilustração eu fui o pescador que mais andou no dia e terminei minha pescaria nessa altura no rio.

44°59'02.6"S 72°09'38.2"W

-44.984055, -72.160618

Comparando o ponto inicial e este final tem-se uma noção de quanto andamos em um dia de vadeio.

 

Em breve o terceiro dia.  Rio Imperador Guilhermo!

 

[Gustavo Mello]

Eita, Chegamos ao nosso terceiro dia de pesca.

Só nos restava uma investida no rio imperador Guilhermo, em sua parte baixa, próximo a se encontrar  ao Rio Manihuales avolumando ainda mais este rio.

Saindo de manhã, percorremos um bom trecho de estrada verificando alguns pontos que tínhamos marcado pelos mapas, e embora alguns tenham se mostrado verdadeiros, só um apresentou um conjunto de condições para uso, como: local pra deixar o carro, acesso fácil ao rio, acesso a um bom trecho de rio ao nosso olhar, enfim. Nomeamos de acesso da Santinha, pois o carro é deixado estacionado junto a uma pequena capelinha na beira da estrada. Veja nas coordenada1. Ai basta caminhar uns 100 metros ou nem isso, como se fosse rio acima, e você encontrará a trilha para acessar o rio.  Coordenada 2.

 

coordenada 1

45°16'58.8"S 72°10'48.8"W

-45.283008, -72.180234

 

coordenada 2

 

45°16'59.9"S 72°10'36.8"W

-45.283308, -72.176881

Amigos tenham essas coordenadas como referencia, não se apeguem as imagens que o street view, mostra pois o cenário real já é bem diferente.

 

Ai você pode escolher pescar rio abaixo, ou rio acima. Mais uma vez eu e Butina de Palhaço, formamos dupla, fomos rio acima, nossa intenção subir o máximo possível para terminarmos o dia na proximidade do carro. e assim fizemos, eu como sempre subindo mais. 

Mais um dia perfeito de pesca, pouco ou nenhum vento, temperatura amena, e o melhor de tudo, trutas comendo até pão com salame, foi mais um dia recheado de capturas, de trutas geralmente na faixa dos seus 30 a 35 cm, com poucas na faixa dos 25 cm, sortidas entre arco iris e marrons. Aproveitei as condições climáticas para pescar no seu sistema preferido, Dropper de gafanhoto com ninfas, wets e spiders. e o resultados foi esplendoroso. Com a curiosidade de pegar geralmente as marrons no gafanhoto e as arco iris nos outros tipos de mosca.

O vedeio nesse trecho pescado do rio, considero fácil, até mais fácil que no Neriguao, com poucos pontos que exigiram mais atenção pelo volume de água e não por profundidade, esta ficou entre o joelho e a cintura.  

 

Essa foi a primeira do dia!

 

 

Uma arco iris pra colorir o mar de marrons!

 

 

Não é muito minha onda fotografar paisagens, mais fica o registro de um olhar de dentro do rio.

 

Nesse dia os troféus foram de arco iris, duas que devem ter esbarrado nos 45 cm.

 

 

A segunda

 

 

Nesse dia, todos tínhamos  preocupação extra com fatos no Brasil,  somado ao fato da pesca farta e abundante, com muitas capturas para todos, encerramos o dia pesca mais cedo, assim que chegamos na altura do ponto de entrada no rio. Embora ainda nos restasse algumas horas de pesca.

Amigos até tentei localizar no mapa o ponto onde comecei a pescar, para ilustrar a vocês a distancia percorrida no dia, mais minhas referencias de memória não bateram com nada nas imagens de satélite por isso fico devendo.

Se lembrar de algum detalhe, acrescento no quarto e último dia, onde a dúvida foi: TENTAR UM LUGAR NOVO OU REVISITAR UM LOCAL??????!!!!!!!!!

 

[Fausto]

Em 17/02/2020 at 13:52, Gustavo Mello disse:

Foto no aeroporto, reparem nessa foto que estamos preparados para qualquer probleminha de saúde. Compramos 1 litros de um maravilhoso Xarope alemão de 56 ervas.

Esse xaropinho tem é historia. Na certa uma talagada de ⅓ todas as noites, as vezes até mais. 

 

Em 17/02/2020 at 15:04, Gustavo Mello disse:

Acordávamos por volta das 05:30 ou 06 hs, preparávamos um belo café da manhã com ovos, bacon, pães, café preto, teve dia que até pão de queijo foi preparado. Junto cada um preparava seu lanche do dia, um cooler com bebidas geladas, e o kit de café para a beira do rio. Tudo isso regado a muita risada, piadas, palhaçadas e brincadeiras entre nós. No máximo as 07:15 saiamos para estar pescando por volta das 08 hs.

Ter que acordar cedo para preparar o que comer, algo básico para o grupo economizar. 

 

Em 17/02/2020 at 15:04, Gustavo Mello disse:

Já estava definido que seria no Rio Neriguao, e que o acesso seria feito pelo Camping Campo lindo, pois já havíamos acordado com seus proprietário meio cordeiro preparado ao estilo local. Embora tenhamos mapeado outros 2 locais de acesso público ao rio, e que na prática se confirmaram.

Aqui é o Camping Campo Lindo.

 

Alfinete inserido
Próximo a Camping Campo Lindo, Coyhaique, Aysén, Chile
https://maps.app.goo.gl/RQazeVSTSYVii9yYA

 

 

[Samuel Antero]

Que beleza de relato Gustavo, parabéns a vc pelas capturas e a toda turma pela aventura exploratória - bem sucedida - em águas chilenas.

 

Grande abraço!

[Gustavo Mello]

20 horas atrás, Samuel Antero disse:

Que beleza de relato Gustavo, parabéns a vc pelas capturas e a toda turma pela aventura exploratória - bem sucedida - em águas chilenas.

 

Grande abraço!

Obrigado Samuel !

[Gustavo Mello]

Quarto é último dia de pesca na região de Villa Manihuales ou Maniguales. Vimos estas duas grafias lá.

E como já havia citado a dúvida era onde pescar, um breve debate no retorno para cabana no final do terceiro dia e ficou acordado que voltaríamos ao rio Manihuales, ainda em um trecho do rio antes dele passar pela vila, trecho esse que é a continuação do trecho pescado no segundo dia.

A coisa é assim, o Rio manihuales faz o contorno em um enorme maciço, antes de contornar o maciço é o trecho que pescamos acessando pela ponte do Dora. Depois que ele faz o contorno é o trecho que pescamos no último dia. 

Vejam nesse print que fiz.

 

 

Contudo o acesso a esse trecho do rio é feito muitos kms antes, por uma ponte que atravessa o Manihuales, e feito por estrada de rípio. Nada para se assustar, uma estrada de ótima qualidade, e o melhor de tudo, tanto acima como abaixo da ponte, incontáveis locais onde se pode acessar o rio sem se preocupar com nada, nem cerca, nem propriedade, basta chegar, descer e pescar! Com maior concentração de pontos no sentido subindo o rio.

 

Ponte para a estrada de Rípio.

45°06'05.6"S 72°08'55.9"W

-45.101565, -72.148849

Lembrem-se, deve-se atravessar a ponte, pois existe a possibilidade de seguir sem atravessar, neste caso será perda de tempo.

Seguimos a estrada subindo o rio, pois pela pesquisa de mapas era onde se encontrava o maior números de pontos de acesso, e fomos até o ultimo acesso possível, e a partir dai iniciamos a descida, que para mim foi uma longa, dolorosa e sofrida descida, onde por vezes minha vontade era de largar tudo e ir embora. O motivo? Simples !

NÃO CAPTUREI NEM UMA TRUTA NESSE DIA!!!!!!

NADA, NADINHA, NEM MESMO UM CHAVEIRINHO DE 10 CM.

O consolo é que o dia de pesca foi sofrido para todos, embora o Coleguinha e o Butina tenham feito capturas. O Babosa, nesse dia dedicou boa parte do seu tempo a fazer uma prospecção pelas redondezas, e pouco pescou.

 

Ponto do Início da pescaria

45°01'24.5"S 72°10'50.0"W

-45.023482, -72.180568

 

Já aproveito e indico onde terminei o vadeio. Para vcs terem noção da distancia percorrida.

45°02'60.0"S 72°10'05.9"W

-45.049987, -72.168293

Como???? Como o rio que dois dias antes tinha me proporcionado uma orgia pescativa, faz isso comigo?????

Nada???

Partia meu coração e minha credulidade ver o gafanhoto derivar de forma majestosa por locais onde tinha que ter trutas, e nada????

Pois é! Pescar é assim né!

Usei todo sortilégio de gafanhotos, ninfas, e wets, e nada. Sei que devo ter tido uns 4 ou 5 ataques, mais de trutas tão pequenas que nem abocanhavam o gafanhoto.

Realmente terminei o dia cansado, pelo tamanho esforça que fiz, em me manter pescando e físico também. Desanimado pelo dia de pesca, e só terminei o dia porque já no final da tarde o maldito do vento Patagônico reapareceu e trouxe consigo uma chuva fina e fria. Contudo o dia todo permaneceu nublado, e acredito eu ter sido as condições meteorológicas o grande fator responsável pela inatividade dos peixes.

Vamos a informações importantes, esse trecho do rio é de vadeio complicado e perigoso, o grande volume de água, é o principal responsável, acrescido daquele limo já relatado anteriormente, aqui não há espaço para brincadeiras e descuidos. A profundidade varia do joelho ao abismo, isso mesmo, poções de um gigantesco fluxo de água e profundidade indeterminada estão presentes nesse trecho.

E foi em um desse poções que eu visualizei a cena mais marcante de toda a minha pescaria.

 Trata-se de um grande poço formado por uma forte língua de águam e que  tem em sua margem direita, no sentido da corrente, margem que pescamos em 90% do tempo, e que é a margem que a estrada vei beirando,  2 pedras, uma menor na altura do meio da língua de água, com acesso relativamente fácil e a uns 10 metros abaixo, uma bem maior, sem condições de ser acessada.

Subi na pedra menor e varri toda a extensão da área de alimentação com um dropper, usando a técnica da linha alta pra evitar o drag da corrente . E depois de muito castear, tomado por um acesso de fúria e desespero, coloquei um leader afundativo, uma holly lastreada no corpo, e comecei a varrer o poço com o streamer, até que no último cast, último mesmo, pois depois fiquei quase uns 45 minutos sem pescar.

Uma enorme truta marrom, daquelas quase negras por viver nas profundidades,  surge como um raio negro na limpidez da água e com um espetacular salto para fora erra o streamer.

Em um dia ruim de pesca, presenciar uma cena dessas e como ser torturado. Mais foi a cena mais marcante de toda a pescaria, ver a imponência e força daquele peixe, surgir do fundo, como se estivesse nadando em um piscina. Com certeza eu quebraria meu recorde de 67 cm, se não fosse o detalhe dela ter errado o bote.

Bom Vida que segue, ou não, pois ainda estou remoendo esse dia em meus gurgumilhos.

 

Deixo aqui apenas 2 registro fotográficos.

 

Eu antes de entrar no rio. O crédito da foto é do Babosa.

 Nota técnica, embora possa parecer ridículo e tudo mais, esta forma de carregar as moscas, foi a melhor que já usei até hoje, lógico para o meu estilo de pescar. A facilidade e agilidade com que se acessa as iscas e se faz a troca é muito grande.

 

Nesse trecho tive contato com o famoso, Salta montes. E entendi porque as marrons adoram um hopper vitaminado.

 

Meu dedo como referencia. 

 

Esse bicho sobrevoando o rio parece até um helicóptero, pelo barulho.

 

Bom em sendo assim, terminamos nosso trecho de aventuras em Vila Manihuales, Partiríamos na manhã seguinte para o Vale o rio Simpsom.

 

 

 

[Odimir]

Ola Gustavo,

Venho acompanhando o relato que até aqui vem se mostrando muito bem detalhado e interessante.

Contudo gostaria de observar que o inseto mostrado não corresponde ao saltamontes que é um gafanhoto.

Embora não saiba precisar a espécie o coleóptero mostrado, escarabajo em espanhol, parece ser uma cantaria.

[Rafael Rocha]

O relato do pimpolho está muito rico em detalhes, não sobrou muita coisa para fala.

[Rafael Rocha]

Em 17/02/2020 at 15:04, Gustavo Mello disse:

Mais vamos ao que interessa. A rotina que vou narrar brevemente aqui se repetiu em praticamente todos os dias de pesca da nossa aventura, salvo nos dias em que as condições climáticas ou a dose de vinho e xarope medicinal da noite anterior  interferiram. 

Acordávamos por volta das 05:30 ou 06 hs, preparávamos um belo café da manhã com ovos, bacon, pães, café preto, teve dia que até pão de queijo foi preparado. Junto cada um preparava seu lanche do dia, um cooler com bebidas geladas, e o kit de café para a beira do rio. Tudo isso regado a muita risada, piadas, palhaçadas e brincadeiras entre nós. No máximo as 07:15 saiamos para estar pescando por volta das 08 hs.

 

Vamos a Pescaria do primeiro.

Já estava definido que seria no Rio Neriguao, e que o acesso seria feito pelo Camping Campo lindo, pois já havíamos acordado com seus proprietário meio cordeiro preparado ao estilo local. Embora tenhamos mapeado outros 2 locais de acesso público ao rio, e que na prática se confirmaram.

Embora a pedida do cordeiro pareça ser um luxo, uma extravagancia dentro de um jornada econômica, não o foi, pois em momento nenhum da nossa estádia foi preciso comprarmos carne para as refeições, pois cada dia de cordeiro, nos rendeu carne para mais 2 ou 3 dias e para lanches.

 

O primeiro acesso público um longo trecho do rio já chegando a Vila Manihualles. O vadeio pode começar na altura desas coordenadas:

45°09'54.9"S 72°06'27.0"W

-45.165245, -72.107490

E terminar ja dentro da cidade de Vila Manihualles.

 

O segundo acesso por uma ponte, já mais alto no rio, acessado por estas coordenadas:

45°09'45.0"S 72°00'50.4"W

-45.162489, -72.014011

embora tenha ficado a duvida se o trecho acessado por esta ponte seja pescavel. Tudo porque o rio se afunila dentro de um profundo vale, e não foi possível visualizar sua conformação nem as condições de vadeio. Na duvida eu não arriscaria esse ponto. Mais de qualquer forma vale ressaltar que o fim desse vadeio seria o inicio do primeiro acesso.

 

Depois, seguindo as informações dos proprietários do camping, ficamos sabendo de um outro acesso público mais afrente a localização do mesmo. Desse ponto acho que só o Babosa ficou com a localização fornecida pelos proprietários.

 

O camping já tem uma estrutura para receber pescadores e outros aventureiros, com quiosques estruturados com pia e churrasqueira já na beirada do rio. Chegamos, preparamos tudo, e após uma dose medicinal do nosso xarope, partimos para pescar com o objetivo de retorno as 19 hs, horário que o cordeiro seria servido.

 

O dia de Pesca.

Foi tenebroso, aqui eu conheci o verdadeiro vento patagônico, condições climáticas terríveis. O vento estava tão forte que por vezes supera a correnteza do rio criando um contra fluxo de água. Em vário momento ondas se criavam dentro do rio.  Castear estava sofrido, e a solução era diminuir no vadeio a distância do cast. Houveram momento de refresco nessas condições poucos e breves. Cada uma das 7 trutas capturadas por mim nesse dia, sendo a maior uma arco-ires de uns 35 cm foi um verdadeiro troféu. Ela foi capturada com uma soft-hackle logo o início de um swing.

Notas do dia:

As marronzinhas apesar da turbulência da água preferiram sempre os gafanhotos. E pegavam com uma voracidade impressionante.

Ao usar um streamer em um posso fundo, debaixo de uma ponte próxima ao camping, avistei uma enorme truta marrom de bobeira entre as pedras embaixo da ponte, a mesma logo desapareceu ao perceber minha movimentação.

 

Conclusão:

Não há o que concluir, sobre o rio, as condições climáticas não possibilitaram explorar o rio em sua potencialidade, fiquei com a impressão de que em condições melhores pode apresentar agradáveis surpresas pescativas. Potencial para isso ele tem de sobra.

Sobre o camping, nem todos os adjetivos poderiam descrever a simplicidade e a qualidade dos serviços que os donos dispensaram a nós. 1000% recomendado. 

 

Marronzinha e seu gafanhoto! Reparem na foto, no rebuliço causado pelo vento na água!

 

 

O Troféu do dia!!!!!!!!!!

 

AS 19 hs um chamado pelo rádio nos alertou sobre o cordeiro, e assim eu e o Rafa, ops, digo, o Coleguinha, nos dirigimos de volta a sede do camping. Se não fosse esse chamado nós teríamos continuado a pescar e pescar pois era o primeiro.

Bom o cordeiro foi servido no Quincho do camping, com salada, batas cozidas e sopaipillas um pão frito, tradicional da região e que se tornou nossa iguaria predileta. Não tenho fotos desse momento, pois eu estava preocupado em comer. 

 

[Fausto]

Agora posso participar melhor desse relato e assim compartilhar um pouco do que vi e vivi no decorrer de toda essa jornada.  

 

Em primeiro lugar é importante frisar que é possível sim fazer tudo que fizemos sem contratar guias na região, isso porque há vários pontos de acesso público, embora o cerco na região seja muito grande. Isso prova que os chilenos pensam pouco em nós pescadores e isso deve, apenas acho, que deve ser em função da inexistência de uma Câmara de Guias que possa também pensar nos pescadores, como faz as câmaras de guias na Argentina. Existe uma entidade que regulamenta e pesca no Chile chamada SERNAPESCA e as informações não são grandes.

 

Em segundo lugar é quanto a questão de custo, está definitivamente posto uma pedra nesse assunto, pois nós quatro traçamos uma meta e cumprimos muito bem, sobrando alguns dólares para futuras pescarias. Nossa meta ficou restrita em USD$ 1.000 dólares por pessoa incluindo aluguel do carro, combustível, hospedagem em Cabañas, licença de pesca, compras no supermercado, lanches ao acaso, saídas para conhecer a cidade, refeições extras e pode botar algo mais que possa ter esquecido, compramos até chip da ENTEL para celular e assim ficamos online. Caro será contratar guias, pois são poucas operações se comparado com a Argentina e o preço fica entre $400~500 dólares por dia, ficando mais econômico o contrato de um pacote de pesca guiada para duas pessoas ou até mesmo quatro pessoas, isso se tiver guias para isso. 

 

Vale também comentar a questão climática na região de Aysén, em pleno verão é muito raro chegar aos 22 graus de máxima, sendo comum ficar em 20 graus. De manhã é fato acordar com temperatura próxima de 5 graus. Sendo assim é necessário atenção para que não passe frio. É muito comum em um dia ver três estações, podendo em algumas vezes além de chover, nevar nas montanhas, fato que presenciamos no três últimos dias de nossa jornada. Quanto a chuva, infelizmente uma realidade é e não apenas chover, mas se chover dias seguidos, é fato os rios ficarem sujos, implicando um desastre para qualquer pescador, presenciamos isso também quando estávamos no Valle Simpson, quando uma chuva constante caiu no sábado e no domingo o rio Simpson estava sujo e na segunda feira turvo. Vale resaltar que nesse dia de rio turvo fomos ver para crer o que acontece com o rio Simpson e com o rio Maniguales ao se juntarem com o rio Aysén, uma imagem que lembra muitos de nosso rios, literalmente marrons. Agora depois de toda essa experiência prática está mais do que claro porque muitos amigos pescam em lagos na região de Coyhaique, pois lagos não sujam como os rios.

 

Seguem agora uma sequencia de fotos de nossa jornada ao rio Ñiregao próximo de Villa Maniguales. 

 

Ocupação de uma espaço do Camping Campo Lindo.

 

Casa central do Camping Campo Lindo. 

 

A ponte ainda de pé na região próxima do Camping.

 

Tomara que ainda continue de pé.

 

Rio Ñiregao.

 

Rio Ñiregao.

 

Rafael atravessando a ponte "tomara que não caia".

 

Rio Ñiregao.

 

Alguns trechos fica bem difícil atravessar, principalmente em janeiro, talvez em fevereiro seja mais fácil.

 

De volta para o carro, missão cumprida.

 

Rio Ñiregao.

 

Fazer uma café bem brasileiro é tudo de bom. 

 

Encomendei com a Ximena meio corderito e sobre a mesa somente uma parte. 

 

O rio Ñiregao é bem escorregadio e sendo assim botas com cravos de metal é uma boa escolha. Tivemos ação o dia inteiro e logo assim que acessei o rio pude perceber que mosca grande seria a melhor escolha, não porque vi trutas comendo insetos terrestres, mas sim porque estava eu pondo em prática um pouco do que havia escutado dos amigos e lido em minhas pesquisas em sites chilenos. Elegi a Elk Hair Caddis Rubber Legs como a mosca do dia e nela tive muitas ações. Fotos de trutas fico devendo e não tenho quase nenhuma para mostrar. Fica aqui alguns registros desse trecho do rio próximo ao Camping, rio abaixo entra numa área de pasto bastante interessante que vale explorar arremessando bem rente ao pasto e rio acima tem um trecho que leva para um grande cânion.

 

Vou editar mais fotos.  

 

 

[Fausto]

Em 06/03/2020 at 16:31, Gustavo Mello disse:

Nota técnica, embora possa parecer ridículo e tudo mais, esta forma de carregar as moscas, foi a melhor que já usei até hoje, lógico para o meu estilo de pescar. A facilidade e agilidade com que se acessa as iscas e se faz a troca é muito grande.

Abrir a caixa de moscas numa constante ventania é bem complicado. A ideia do Pimpollo foi excelente e se mostrou muito mais prático fazer assim.

 

Em 17/02/2020 at 13:52, Gustavo Mello disse:

Aqui logo após sairmos do Aeroporto de Balmaceda. Paramos para cobrir as malas com lona devido a uma chuva.

Chuva é uma constante, não tem nada de igual com a região de Junín de Los Andes, se você for para Coyhaique pescar pode 10 dias, existe uma grande chance de chover 3 dias, a não ser que algo contrarie as estatísticas, pois é muito raro 10 dias seguidos sem chuva na região. 

 

Em 24/02/2020 at 16:04, Gustavo Mello disse:

Quando eu e o Butina encontramos o Coleguinha na metade da tarde, ele relata um pescaria ruim.  Nós nem acreditamos, pois o mesmo sucesso relatado por mim, estava acontecendo o o Butina. Logo aconselhamos ele a tirar a Wet que ele estava usando e adotar o gafanhoto vitaminado como isca, ai a pescaria dele também foi um sucesso, e pescando em locais que já haviam sido pescados.

Wetfly não é a mosca indicada para pescar na região de Aysén, a mosca indicada é atada em anzol #2 ou #4 imitando grandes besouros. 

 

Em 24/02/2020 at 16:04, Gustavo Mello disse:

Cuidado no vadeio, usem gafanhotos vitaminados e cabeludos, e nada de tipt delicado pois as trutas marrons do Manihuales são brutas. De resto foi só alegria no coração.

A caixa de moscas é grande e cabeluda, parecendo até outra coisa. 

 

[Fausto]

Assunto é que não falta e sendo assim, vamos dar pano para as mangas.  

 

Nosso dia #2 foi pescar no rio Maniguales e na dica passada pelo amigo Luis Setúbal a Ponte Doña Dora.

 

O Pimpollo comentou maus acima que é necessário atenção para estacionar o carro nesse local, pois está justamente numa curva. Deixamos o carro a vista, pois estaríamos o dia inteiro pescando rio acima ou abaixo. Enquanto eu e o Rafa pescamos de manhã rio acima, o Pimpollo e o Carlito pescaram rio abaixo. Pra mim esse foi o melhor ponto de acesso desse rio para pescar de vadeio, outros trechos são diferentes, principalmente rio abaixo quando o rio Picaflor desagua no Maniguales. 

 

Impressionante como é uma constante a variação climática na região, ficando aquele "céu de brigadeiro" uma imagem pouco comum. 

 

Mesma cena, porém com foto feita com o celular. Trecho abaixo da ponte.

 

O local tem cerca, mas em nada impede nosso acesso pela ponte mesmo, em suma, não é necessário pular cerca alguma.

 

Trecho acima da ponte.

 

Trecho também acima da ponte que ofereceu boa pescaria.

 

Nossa Cabaña em Villa Maniguales.

 

Cabaña dos donos e ao fundo o pasto pronto para passar a máquina de fazer "marshmallow". 

 

Aqui os "marshmallows" prontos.

 

Nosso xarope para as noites frias e se tem 56 ervas, então é remédio. 

 

Conversamos muito sobre esse primeiro destino de pesca na região e em função da pesca ter sido melhor, achamos que numa futura investida ficaremos 7 noites hospedados e assim teremos 6 dias full de pesca, assim podemos explorar melhor as diversas opções que encontramos. Fica a dica para quem quiser fazer o mesmo. De Villa Maniguales para o rio Emperador Guillermo é muito melhor do que partir do Valle Simpson, que foi nosso segundo destino. 

 

Vem mais assunto por aí.   

 

[Fausto]

O rio Maniguales ou Mañihuales é bom de pesca, mas tem que procurar acessos em função de tanto cerco. Uma coisa é certa, na ponte Doña Dora tem como acessar com tranquilidade e fazer uma excelente pescaria. Nesse dia tive boas ações e entendi o erro primário achando que um conjunto #4 seria o ideal, com ele não era nada fácil arremessar moscas volumosas como as que as trutas estavam comendo. 

 

Com essa foto é possível entender onde estacionamos o carro e de modo que não atrapalhasse o acesso a fazenda. 

 

Foto feita no ponto de vista da ponte para baixo.

 

É um rio com trechos bem largos e não tem problema algum compartilhar com os amigos.

 

Foto feita mostrando o trecho do rio acima da ponte. 

 

Aqui faço meu primeiro comentário quanto a imensa quantidade de árvores caídas que encontramos e imensurável estimar sem vivenciar essa experiência.

 

Rio Emperador Guillermo, também cercado para tudo quanto é lado, mas nem por isso sem acesso.

 

Um dos poucos registros que fiz de minhas capturas e não é de uma grande truta.

 

Ao acaso o "coleguinha" Rafael Rocha me encontrou no rio e fez esse registro.

 

 

[Fausto]

Algumas coordenadas para facilitar os amigos. 

 

Cabañas La Herradura:

https://goo.gl/maps/jqQgCdAXsf1NJ1pp9

Coordenadas GPS: S45°09'29.4" O072°08'31.0"

 

Posto de combustível COPEC:

https://goo.gl/maps/aNV7WkF5VVSqSxfAA

Coordenadas GPS: S45°10'22.9" O072°08'49.8"

 

Acesso Público rio Niregao:

https://goo.gl/maps/fqNTR9rVjK1QaA258

Coordenadas GPS: S45°09'53.5" O072°07'20.6"

Próximo há mais acessos.

 

Fique atento ao longo da estrada e verá acessos de pesca como esse abaixo.

A foto boa não está, mas é possível ver a escada que fazem para facilitar as coisas para o pescador.

 

Camping Campo Lindo:

https://goo.gl/maps/5JwKLLUucHMXjaEJA

Coordenadas GPS: S45°10'05.0" O071°50'17.9"

Cobram a entrada para o Day Use, não nos cobraram porque encomendei meio cordeirito patagônico.

 

Ponte Doña Dona:

https://goo.gl/maps/UP5tYGQ5DJ4KmuuSA

Coordenadas GPS: S45°00'13.0" O072°08'42.5"

 

Vem mais informações assim pela frente. 

 

 

 

 

[Odimir]

Venho acompanhando o relato e quero parabenizar o grupo por terem alcançado o resultado esperado em suas metas previamente estabelecidas !
Parabéns também pelas ótimas capturas !
Muito bom rever paisagens chilenas, especialmente com ares de verão e pouca neve nos cumes das montanhas.
Curiosamente passei muitas vezes pela ponte Doña Dora em busca de outros destinos de pesca e mesmo para acessar pontos mais elevados do Mañihuales para descer em flotadas, contudo nunca me passou pela cabeça ser um ponto de acesso bastante interessante.

Grande abraço

[Fausto]

6 horas atrás, Odimir disse:

Venho acompanhando o relato e quero parabenizar o grupo por terem alcançado o resultado esperado em suas metas previamente estabelecidas !

Mestre fomos focados e atentos de modo que não tivéssemos aperto algum. Se o grupo sabe ser resolver sozinho quanto ao planejamento e elaboração do roteiro, fazer o mesmo é totalmente viável para qualquer pessoa, desde que queira, faça o dever de casa e saiba pescar sozinho. Não aconselho novatos e principiantes a fazer o mesmo, pois temos muita experiência de leitura dos rios e segurança. O Pimpollo já havia comentado sobre os rios de cima, da região de Villa Mañihuales (Maniguales) serem escorregadios e de fato percebi isso dia a dia, principalmente por estar com solado VIBRAM e não de feltro, foi aí que dei o devido valor ao bastão de vadeio. 

 

Fiz poucos registros do rio Emperador Guillermo e de fato é um dos rios mais amigáveis para vadeio. A pescaria nesse rio é divertida e certa para novatos e principiantes. 

 

Primeiro ponto de pesca que paramos no rio Emperador Guillermo:

https://goo.gl/maps/QrKGtVLmHx11Fo4a8

Coordenadas GPS: S45°16'58.9" O072°10'48.1"

 

É um pequeno santuário e bem característico em diversos locais. Não havia outra opção a não ser deixar o carro e partir para a pescaria e em momento algum nos preocupamos com essa questão. Tivemos uma longa manhã de pesca e na hora do picnic eu e o Rafael (coleguinha) nos encontramos, já o Pimpollo e Carlito (butina de palhaço) já estavam pescando. Por sinal a pescaria foi muito boa e farta, possivelmente o dia que tive mais capturas pescando com Wetflies.

 

No dia seguinte os rapazes, digo rapazes, pois já está na hora do "garoto" aqui respeitar mais sua idade, resolveram pescar num trecho bem Hard Core. Mesmo não concordando com o local de pesca, considerei que os três teriam a devida expertise para assim explorar com segurança o rio Maniguales em um trecho de densa floresta. 

 

Aqui deixei os rapazes e assim tiveram a oportunidade de experimentar a pesca nesse trecho do rio Maniguales.

Tentei localizar as coordenadas no Google Maps, mas não consegui.

 

Já eu resolvi explorar o rio Maniguales um pouco mais acima da ponte Doña Dora e daí então resolvi também conhecer o rio Picaflor. O rio Picaflor desagua no rio Maniguales e tive que atravessar com a Pick-Up, só fiz isso porque avistei um pátio de obras e havia um trator para qualquer situação de aperto que viesse a pessar, mas passei tranquilo com a água na metade da altura dos pneus.

 

Não é uma ponte:

https://goo.gl/maps/79xeVCMakkk2wA2z8

Rio Picaflor.

Coordenadas GPS: S44°59'12.2" O072°12'15.7"

 

Rio Maniguales Alto acima da ponte Doña Dora:

https://goo.gl/maps/nQgSmyd1yEBFXSw97

Coordenadas GPS: S44°59'50.0" O072°05'54.9"

 

Também tem como principal ponto de referência um grande santuário, área de camping e picnic. Uma caminhada não muito longa e é possível acessar ótimos trechos de pesca. Com certeza vou voltar e pescar nesse trecho novamente. 

 

Foto 

Foto panorâmica do trexho que me refiro.

 

Rio abaixo.

 

Rio acima.

 

Pesquei com Elk Hair Caddis Rubber Legs e também com ninfas. Mesmo nos trechos mais profundos as trutas subiam muito bem na mosca seca e usei ninfa sem necessidade alguma, aliás, foi até pior, pois o tamanho das trutas diminuiu.

 

Após boas horas de pesca e o devido picnic, resolvi voltar e pesquisar por trechos mais adequados para se pescar com Tenkara. Claro que já havia feito meu dever de casa e pequisado bastante do Google Maps, não saí em vão para qualquer lugar e "encontrei", até parece que encontrei, o Estero Pedregoso.

 

Ponte sobre o Estero Pedregoso.

 

Para alguns aficionados pelo Fly Fishing seria um rio "difícil" de se pescar, mas para um amante da Tenkara, tirei de letra.

 

Riozinho duro de trutinhas e certamente farta pescaria. Cada queda d'água algumas trutinhas para se divertir.

 

Já estava quase no horário de buscar os rapazes e confesso que estava preocupado por deixar eles sozinhos por tanto tempo.

Na foto o Estero Pedregoso desaguando no rio Maniguales.

 

Outro ponto de parada, mas tem estacionar o carro direito para não atrapalhar o transito, procura que acha.

 

Estero Pedregoso.

 

Rio Maniguales e agora era hora de achar os rapazes.

 

Finalmente avistei eles já no trecho final do vadeio, não sei mensurar a distância que percorreram.

 

Com os três juntos fiquei mais tranquilo. Pimpollo na margem, Carlito na corredeira e Rafael logo acima. 

 

Aqui em detalhe o bicho que nos referimos em diversos momentos e aí o tolinho chega na região com EHC e Parachute em anzol #16 e quer pescar bem.  

 

Que fique claro, o anzol para esse bicho deve ser #2 no mínimo, talvez até maior e as trutas sobem com vontade.   

 

[Fausto]

Algumas considerações de modo que possa orientar melhor os amigo numa jornada dessas.

 

Câmbio - Fizemos o primeiro câmbio na AFEX do aeroporto de Santiago para assim chegarmos em Coyhaique com grana bastante para a primeira compra no supermercado e abastecer o carro ao longo dos próximos dias de pesca. O câmbio na AFEX foi no máximo aceitável, a cotação oficial na época era de 1 dólar para $780 pesos e pagaram $746. O segundo câmbio que fizemos foi pior ainda, foi numa cada de câmbio próxima de praça central de Coyhaique (Plaza das Armas) e pagaram apenas $1 dólar x $720 pesos. Não contente com essa situação procurei no meu GPS outras casas de câmbio que havia marcado e foi na Casa de Câmbio Prado que conseguimos o melhor câmbio, pagaram $1 dólar x $765 pesos.

 

Câmbio bom:

https://goo.gl/maps/dZX5UN5GEUn2Yc6b8

Coordenadas GPS: S45°34'11.6" O072°04'01.3"

 

Combustível - Encontramos preço regular em todos os postos de combustível. No nosso caso especificamente o combustível da Pick-Up era Diesel e o preço estava sempre abaixo de $ 720~740 pesos nos postos da região, isso corresponde a menos de $1 dólar o litro. Ao todo abastecemos o carro com S100.000 pesos e isso correspondia a aproximadamente $90 dólares em 04/02/2020. O melhor preço encontramos no posto SHELL na saída de Coyhaique. 

 

Supermercado - Nada que pudesse dizer que era muito caro, pelo contrário, alguns itens era muito mais em conta do que aqui no Brasil e melhor como, por exemplo, o pão. Vale fazer uma observação, os chilenos não sabem tomar café e sendo assim, o café para eles é solúvel e não será facilmente encontrado café em pó nos supermercados, sendo assim leve daqui do Brasil e não quiser passar raiva. Água achei um pouco caro, bem acima do que estamos acostumados a pagar por aqui. Também achei bem pobre a questão de presuntos e semelhantes, ficando assim algo bem sem graça. 

 

Internet - Se pra você estar online é imprescindível, então compre um chip pré pago da ENTEL que tem maior área de cobertura na região. Alguns complexos de Cabañas oferece Internet, mas é bom não se garantir muito nisso. 

 

Restaurantes - Não vou dizer que é barato, mas também não é o fim do mundo, uma boa refeição custa o equivalente entre $20 e $30 dólares. Por exemplo, nosso primeiro bife de chorizo custou o rateio da mesa algo próximo a $22.000 pesos que correspondia na época cerca de $28 dólares. Daí se pensa em fazer o mesmo que fizemos, comece a aprender a cozinhar e assim terá atingirá a meta. Como referencial, encomendei meio corderito patagônico por $50.000 pesos e fizemos várias refeições com ele, no dia nos foi servido acompanhamento também. Outro referencia foi ter pago $170.000 pesos num cordeiro inteiro que nos foi servido em dois jantares e com as sobras fizemos novamente várias refeições. Inicialmente esses $170.000 pesos parece caro, mas foi servido incluindo todos os acompanhamentos e bebidas, e fazendo os cálculos ficou barato, pois comemos ele em cinco boas refeições.

 

Cervejas e etc. - Essa parte deixo para os rapazes, pois nem me lembro direito porque me apelidaram de babosa . Acho que tem algo relacionado com uma das garçonetes que nos atendeu certa vez, mas o butina de palhaço era o Carlito.  

 

 

 

 

[Fausto]

Depois de um período de pesca na região de Villa Mañihuales seguimos viagem para o Valle Simpson, onde também havia encomendado um cordeiro patagônico, só que dessa vez inteiro. Como a peça inteira é muita coisa para um pequeno grupo, então o gerente das Cabañas fez apenas parte para nós. Ficamos hospedados em Cabañas Seis Lagunas, que infelizmente estão muito longo, muito longe mesmo de ser uma boa indicação. Infelizmente o gerente Washington deixou a desejar quando aos cuidados com a Cabaña, bem como com o grupo quando a limpeza das mesmas. 

 

Rafael Rocha

No caminho para Cabañas Seis Lagunas resolvemos parar num pitoresco local no Valle Simpson e achei o máximo a simplicidade e assim podermos tomar um simples café.

 

Pimpollo e Carlito

Já devem ter visto algo assim bem simples nas cidades do interior aqui no Brasil, foi um momento bem bacana com o grupo.

 

Era simples, bastava se servir com o que desejava, esquentar e comer. 

 

Cabañas Seis Lagunas.

 

Boss, Carlito, Pimpollo, Rafael e Washington

Recepção onde o Washington serviu um ótimo cordeiro assado.

 

O quincho onde o assado foi feito e servido e na foto apenas parte do cordeiro, o restante foi feito dois dias depois.

 

Na manhã do dia seguinte seguimos viagem para o rio Emperador Guillermo novamente. 

 

Acessamos o rio através do Camping Don Noé.

 

O rio corre por um lindo vale.

 

Oferecendo uma excelente pescaria. 

 

O registro de uma imagem impressionante, onde milhares de árvores caídas avistamos ao longo de todos os dias. 

 

O rio corre a penos de 300 metros de altitude e avistamos vários picos nevados.

 

Certeza que voltarei a pescar aí. 

 

No dia seguinte deixei os rapazes pescando no rio Simpson, num dos poucos pontos de acesso.

 

Enquanto pescavam fui conhecer a região e assim fiz esse registro, o Salto do Pollux, rio que corre por fora do Valle Simpson.

 

Foto abaixo da queda d'água.

 

Nossa companheira "flanela" que esteve conosco todos os dias.

 

Confesso que era bom chegar de noite e encontrar ela, de noite pra gente, pois para os chilenos de tarde. Noite para eles é as 22.00 horas.  

 

 

 

 

 

 

[Carlos Andriolli]

Isso não é um relato é um compendio.

Parabens a todos os participantes.

Pesquei com Fausto na Patagonia Argentina.

De fato é um ponto fora da curva.

Grande abraço a todos

 

[Gustavo Mello]

Bom vou fazer uma observações, ainda sobre o retorno de Manihuales para o Vale Simpson.

Aproveitamos o retorno para verificar alguns pontos de pesca que povoavam nossos planos.

 

Vou falar primeiro sobre o próprio rio Manihuales depois que ele passa pela vila.

Existem nesse trecho de rio muitas possibilidades de acesso público, incluindo alguns lugares pra deixar o carro na estrada. Só que não verificamos a pescabilidade desses pontos, pela falta de tempo. Contudo isso só se verifica poucos kms após a vila, pois em determinado momento o rio adentra um profundo vale, o que complica em muito o acesso e lógico a pesca., ele só retorna a ter pescabilidade alguns kms antes de encontrar o rio Simpson para formarem o rio Aysen. Nesse trecho final existem sim possibilidades de acesso e a pesca parecia ser muito promissora, mais não pode ser verificada por motivos expostos mais adiante.

 

Seguindo a descida Passamos pelo rio Aysen, aqui a coisa muda de figura, vadeio é impossível, pescar da margem provável, mais é claramente um rio de Flotada, largo, volumoso e profundo. Pudemos observar algum pescadores usando molinetes e provavelmente colheres como iscas.

 

Passamos rapidamente pala borda da cidade de Porto Aysen, para acessarmos o Rio Blanco, último tributário do rio Aysen antes dele chegar ao mar.

Nesse rio eu depositava a maior esperança de um encontro com um salmão, e o rio não decepcionou, é um rio magnifico de possibilidades, com seus drops, estruturas submersas e suas margens repletas de possibilidades, suas águas verde esmeralda são convite a uma linha sinking e um belo streamer.

Com um pequeno detalhe,  que não é tão pequeno assim, ele só perde em magnitude para o rio Aysen, é um senhor rio, próprio para flotadas, pescar de suas margens é até possível e muito convidativo, desde que você esteja munido de um equipamento #8. Se não me engano o Babosa tem um foto da balsa, usada para travessia de uma margem a outra desse rio.

 

Ainda vou aproveitar para falar da parte final do Rio Simpson, depois que ele passa pela cidade, mais especificamente de seus últimos kms quase encontrando o Manihuales. Também é um trecho de rio repleto de possibilidades de acesso público, 4 certos no mínimo, diga-se de passagem é o trecho do Simpson com a maior quantidade de acessos públicos, com uma conformação de pesca muito convidativa. Mais, que também não pode ser testado, por razoes expostas mais adiantes.

E assim depois deste tour exploratório chegamos ao ponto de tomar o café aprazível na pitoresca lanchonete. Ilustrada pelas fotos do Babosa!

 

Editado Março 21, 2020 por Gustavo Mello
correção

[Marcelo R. S.]

Muito bom ver os amigos felizes nesta grande aventura, gostei de ver as fotos.

abraços aos três Mosqueteiros e Fausto Tataranham. 

[Gustavo Mello]

Bom agora vou falar do imperador Guilhermo em sua parte alta.

 

Constatamos um acesso publico mais o acesso pelo camping. Que por um valor módico oferece a oportunidade de se para a o carro a poucos metros do rio, com segurança e comodidade, e ainda é possível fazer um delicioso lanche no final da pescaria, basta deixar tudo combinado na chegada. 

 

Contudo, Não Gostei de pescar nessa altura do rio.

Ahhhh deve ser porque o dia de pesca foi ruim!

 

Não, muito pelo contrario, o dia de pesca foi magnifico, muitas captura inclusive com 2 dubles comigo mesmo.

 

Não gostei por 2 motivos. Primeiro tem-se que viajar muito a partir de Coyhaque. Se não me engano mais de uma hora.

Segundo é um rio que apresenta características de pesca que não me agradam. Explico!

Nessa altura ele é um rio onde pesca-se pouco e anda-se muito. Os pontos de pesca são pequenos e curtos, o que te obriga trocar de ponto, pois rapidamente você garimpa todo ele. Assim a pesca está sempre sendo interrompida, pescar nessa altura do rio não é uma coisa fluida. E isso me incomoda muito. Tudo devido ao fato do rio estar em plena descida da montanha.

 

Bom é um rio de vadeio simples e fácil, com profundidade máxima na cintura, e águas de lentas a moderadas, o único cuidado são com as grande pedras que podem enganar durante o vadeio. 

Chamo atenção para um único ponto em especial! trata-se um um ponto do rio onde form-se um desfiladeiro, com uma queda de água de uns 3 ou 4 metros. Aqui a melhor opção e dar a volta pela margem esquerda, por fora do rio, contornando uma pequena elevação, o que significa uma caminhada de uns 15 minutos. Eu me aventurei pela outra margem e passei um cagaço pra transpor esse trecho.

 

Como foi um dia de clima agradável e tudo mais, principalmente sem o vento patagônico, pesquei o dia todo no dropper, por isso por duas vezes consegui fazer dubles, sempre com a marrom no gafanhoto e a arco iris na wet. 

 

Acho que foi a menor captura de toda a pescaria pra mim.

 

 

Dublezinho de leve.

 

Gordinha essa ai não!!!!!!

 

Olha só no perfil!!!!

 

É isso turma, em seguida vem a primeira investida no Simpson!

[Gera]

Fausto, Rafael, Carlos e Gustavo!!!

parabéns por desbravarem a região, pelo compartilhamento aqui e pelos maravilhosos relatos e fotos, me senti pescando com vocês... forte abraço a todos!!!

[Marcelo R. S.]

Grande amigo Gustavo cuidado nesta ultima foto apareceu um fantasma próximo da Truta é um sinal.   

Grande abraço e tudo de bom.

[Gustavo Mello]

Bom vamos continuar a historia, se não vira novela mexicana né!

O dia seguinte foi dedicado ao Rio Simpson, ainda gastamos mais de uma hora de carro rodando pela estrada de rípio entre as cabanas e a cidade de Coiahaque em busca de um possível acesso público, tendo como referencia pontos que havíamos marcado através de imagens de satélite. E tudo so serviu pra confirmar o que já vinhamos constatando, que no trecho conhecido como Vale do Rio Simpson as margens desse rio já esta toda particularizada, e não conseguimos ver nenhum acesso sem que tenha-se que pular uma cerca ou algo do tipo.

Sendo assim voltamos para a ponte que fica entre as pedreiras, pois era uma acesso certo ao rio.

 

O Babosa nos deixou em um ponto na beira do rio em uma cabeceira da ponte. Enquanto foi investigar uma nova possibilidade de estádia na região. Eu e coleguinha subimos o rio, Butina de palhaço foi rio abaixo. Já adianto que pouco tenho a falar do trecho da ponte para baixo, pois segundo o Butina logo se chega a pedreira. Já  rio acima subimos, passando pela pedreira, e seguimos o rio até chegarmos um um paredão muito difícil de ser transpostos, e a contorno por fora seria muito trabalhoso e longo, então eu e Coleguinha decidimos por pescar desse paredão até a pedreira, o que se configura um trecho de rio limitado, mais com espaço e pontos suficientes para um dia vagaroso e calmo de pesca. 

 

Mais em hipote algum se configurou em um dia ou trecho ruim de pesca, justamente o opostos, e a tipo de pesca que eu mais gosto, longos trechos de rio, onde pode-se pescar por mais de hora sem sair de dentro da água. A não ser para fotografar as muitas trutas capturadas. E mais uma vez um dia maravilhoso de pescaria, com muitas trutas entre 30 e e pouco mais de 35 cm. e Algumas já maiores. Pesquei o dia todo no Dropper e como as imagens vão mostrar o tempo esta formidável.

Nesse trecho o vadeio é fácil, com pressão e volume de águas moderados e profundidade que chega ao umbigo. o único trecho que exige uma maior atenção e cuidado e onde a pedreira mexe no rio, pois cria-se grandes e profundas valetas no leito do rio com pressão absurda de água. Mais nesse ponto e abaixo dele até chegar na ponte não houve pescaria, nenhuma ação sequer. O que mostra que as trutas não tem ficado paradas ali, ou estão acima, ou abaixo.

Pequena e briguenta arco iris!

  

 

 

Outra capturada no mesmo ponto! Nesse pool capturei umas 10 arco iris nesse padrão.

 

As marrons estavam presentes também! Nessa longa corredeira, que se inicia no final do pool das fotos anteriores, e vai até depois da curva ao fundo da foto onde vê-se um barranco, foram muitas trutas capturadas, eu o Coleguinha dividimos essa corredeira e era um pega daqui o outro pega de lá.  

 

Outra da corredeira!

 

Tinha arco iris também!

 

essa capturada mais no final da corredeira, estavam todas assim gordas e saudáveis, proporcionando ótimas brigas!!!!

 

 

Nessa altura o amigo Butina já havia nos encontrado, e veio repescando os trechos já pescados, e mesmo assim consegui fazer muitas capturas, ou seja, truta pra comer é o que não faltava!!!!!!

No final da tarde o tempo foi mudando, e aquele ventinho, patagônico voltou a se fazer presente, foi a deixa pra juntar tudo e ir embora, com um dia de pesca formidável. Embora não seja o ponto mais charmoso para se pescar os pontos acima da ponte e da pedreira não podem e nem devem ser negligenciados. Pois tem peixe!!!!

Vinho, cordeiro e sopapilhas, e sonhar com o dia seguinte.

Rio Lá Paloma!!!!!

 

[Gustavo Mello]

Bom a noite se foi!

4 ou 5 garrafas de vinho também!

Algumas doses do Xaropinho de ervas!

Pedaços de cordeiro e nacos de sopaepillas!!!!

Algumas acrobacias e piruetas!!!!!!

E no dia seguinte só 3 de nós tinham medianas condições de ir pescar.

E assim rumamos para o rio La Paloma!

O tiro mais longo que daríamos, isso já era programado.

Só o que não estava programado era o retorno do ventinho patagônico, parecia que ele estava com raiva de nós, pois até a cabana deu uma balançadinha!

Mais mesmo assim lá fomos nós!

 

A atenção com este rio começa pela  estrada, apesar da belíssima paisagem, a estrada é perigosa, com declives e aclives que devem ser superados em baixíssima velocidade, curvas muito fechadas, somado tudo ao rípio. O que torna a viagem um pouco demorada, mais as lembranças dos dias anteriores, principalmente da noite anterior serviram de distração. Principalmente as acrobacias e piruetas! O Babosa e o Coleguinha tiraram fotos das paisagens e podem ilustrar a narrativa. Como já disse fotografia não é muito a minha.

 

O rio em si é o outro ponto de atenção, o La Paloma foi outra grande surpresa! A expectativa era de um rio, e encontramos um riozão. Lindo é verdade, com um potencial de pesca formidável, mais com um volume de água e uma profundidade que com apenas 3 ou 4 passos a água já esta acima da cintura e te empurrando com força. Isso em sua porção inicial, a que foi escolhida por nós para pesca pelas inúmeras possibilidades de acesso. Talvez em sua porção media e final ele se torne mais amigável. Somando o ventinho patagônico, foi um dia de pesca sofrido, trabalhoso. Ainda mais que as trutas não estavam ativas.

 

Após algumas horas de pesca já estávamos desanimados, com o conjunto da obra. Rio, vento,  ressaca, falta de atividade dos peixes. Então resolvemos fazer uma prospecção em uns pontos que o Babosa havia marcado por satélite. Pontos de um dos rios que forma o Lá Paloma. e Não deram em nada. Hoje penso que o mais indicado seria ter feito a prospecção mais abaixo no Lá Paloma. Mais conhecimento e conhecimento. Hoje sabemos mais que no dia!

 

Nas horas de pesca devido ao vento, nem montei o Dropper, apostei um poucco nas gafanhotos, e muito nas grandes ninfas e nos streamers, usando o leader afundativo e ou não, mais castear assim estava desumano.  Mais quem persevera sempre alcança.

 

E  sentindo a grande ninfa tocar o fundo do rio em uma das tentativas, aquele toque seco faz-se presente, e apos bons minutos de briga consegui retirar ela da correnteza, mais alguns minutos uma bela marrom veio dar o ar da graça.

 

 

 

 

Juntamente a rio Manihuales o Lá Paloma merece uma atenção maior em nossa próxima investida!

 

 

 

[Fausto]

Em 09/04/2020 at 15:55, Gustavo Mello disse:

E tudo so serviu pra confirmar o que já vinhamos constatando, que no trecho conhecido como Vale do Rio Simpson as margens desse rio já esta toda particularizada, e não conseguimos ver nenhum acesso sem que tenha-se que pular uma cerca ou algo do tipo.

Sim o Pimpollo está certo, é tolice tentar pescar no rio Simpson próximo do Valle Simpson. Nesse dia deixei os rapazes pescando na ponte próxima de Valle Simpson e saí em busca de opções de hospedagem para futuras viagens.  

 

Estacionamos o carro aqui próximo da ponte:

https://goo.gl/maps/X33YHD4AVqqY1iah7

 

Em 09/04/2020 at 15:55, Gustavo Mello disse:

Mais em hipótese alguma se configurou em um dia ou trecho ruim de pesca, justamente o opostos, e a tipo de pesca que eu mais gosto, longos trechos de rio, onde pode-se pescar por mais de hora sem sair de dentro da água.

A única parte ruim é que próximo da ponte circula muitos caminhões entre os dois pontos de retirada de seixos, bem como escavadeiras.

 

A referida ponte e nosso carro parado no ponto indicado no Google Maps.

 

Esse é o hotel que fui visitar para oferecer hospedagem melhor aos amigos. 

 

 

[Fausto]

Em 11/04/2020 at 14:46, Gustavo Mello disse:

Bom a noite se foi!

4 ou 5 garrafas de vinho também!

Algumas doses do Xaropinho de ervas!

Pedaços de cordeiro e nacos de sopaepillas!!!!

Algumas acrobacias e piruetas!!!!!!

Com certeza uma noite super bacana onde pudemos conversar e contar muitas histórias.

 

Rio La Paloma.

 

Em 11/04/2020 at 14:46, Gustavo Mello disse:

E assim rumamos para o rio La Paloma!

O tiro mais longo que daríamos, isso já era programado.

De fato a viagem merece ser feita mais vezes para assim termos uma melhor impressão desse rio. Digamos que não tivemos muita sorte nesse dia e pode ser que tenhamos escolhido um trecho mais intenso para parar. Um ou dois Km mais abaixo e tem ótimos locais para explorar. Esse tipo de descoberta faz parte para qualquer um que lá vá pela primeira vez, por isso faço questão de compartilhar locais onde paramos para pescar e assim outros amigos terem noção. Diferente do Simpson, o rio La Paloma oferece mais locais para parar o carro e acessar e pescar.

 

Local do rio La Paloma onde estacionamos o carro:

https://goo.gl/maps/qoVtKbt1dQBBZ7h96

 

Numa futura viagem vou dedicar mais tempo para explorar esse rio e assim conhece-lo melhor. 

 

 

[Luiz Almeida]

Aventura, camaradagem, paisagem, peixes e memórias, em um relato cativante! Pescaria muito bacana!

Abraços a todos.

Tio Luiz

 

[De Bortoli]

Que beleza de relato!!

 

Baita vontade de conhecer!

[Gustavo Mello]

Em 18/04/2020 at 18:02, Luiz Almeida disse:

Aventura, camaradagem, paisagem, peixes e memórias, em um relato cativante! Pescaria muito bacana!

Abraços a todos.

Tio Luiz

 

Tio Luiz Mais uma vez obrigado.

[Gustavo Mello]

Em 21/04/2020 at 10:35, De Bortoli disse:

Que beleza de relato!!

 

Baita vontade de conhecer!

Amigo vou te contar um segredo ! kkkkkkkkk

O Fausto tem a intenção de criar um roteiro de grupos para o Chile, como o que ele faz atualmente pra Argentina. Fala com ele. Existem planos para 2021!

[Gustavo Mello]

Vamos ao último dia de Pesca!

Ahhhhhhhhhhhh se eu imaginasse que seria o último dia de pesca, tinha aproveitado os 90 minutos que ainda me restavam quando decidi parar de pescar.

Bom seguindo as dicas dos amigos, resolvemos tentar a sorte logo no início do rio Simpson,  com locais de acesso público, até um camping para deixar a beira do rio, mais uma breve investigação nos mostrou um acesso cerca de 2 ou 3 km a frente do camping, através de um propriedade particular, o Babosa tem os pontos de gps todos marcados. Basta acertar alguns pesos com um senhor e deixar o carro estacionado em um ótimo local na beirinha do rio.

 

Foi um dia muito atípico, pois o mesmo foi regado por pancadas regulares de chuva, e momentos de sol, desse que nem esquenta, mais tá lá. E era muito bonito e interessante sentir e ver a chuva chegando pelo vale do rio, bastava olhar ao longe e ver a grande massa branca acinzentada se aproximando engavetada dentro do vale e saber que em poucos minutos a chuva ia começar. 

 

Atípico também porque com cerca de 2 horas de pesca, o wader do Coleguinha furou e se encheu de água, e  com 2 pancas de chuva, com a jaqueta impermeável pra dentro do Wader o Butina de palhaço também estava encharcado. Somado ao frio, eles estavam fora do páreo. Foram para o carro tentar se aquecer para retomar a pescaria. Coisa que não aconteceu. Na hora do almoço o Babosa os levou para a cabana. E lá depois de alguns mi mi mis, como comidinha quente e afins. Até conseguiram pescar no lago da propriedade. Eu disse para o Babosa pelo rádio que podia leva-los e me buscar no ponto de encontro por volta das 19 hs.

 

Bom, honestamente me sinto constrangido de falar sobre esse dia de pesca, dizer que foi bom é mentira, dizer que foi magnífico é pouco, acho que teria que inventar um adjetivo. Não sei numero exato, mais com certeza minhas capturas nesse dia chegaram aos 3 dígitos. Erá impossível pescar um ponto sem captura muitas trutas, a grande maioria na mediada dos 30 cm, algumas maiores, mais não houve Big One. E é isso, peixe, peixe e peixe.

 

Passagem da grande massa cinzenta de chuva! Com o Sol ao fundo!

 

 

E o pescador fica como na chuva e frio?????

Assim ohhhhh !!!!!

 

 

Com o peixe na mão é até melhor!

 

Mais uma!

 

As maiorzinhas do dia.

Essa na ninfa,  do dropper!

 

Na ninfa 2!

 

Mais também no gafanhoto!

 

 

Por volta das 18 hs. Resolvi parar de pescar, e como já disse me arrependo muito disso, pois nos 2 dias seguintes que ainda tinhamos de pesca, devido a chuva desse dia os rios passaram de límpidos para leitosos, e seus volumes aumentaram drasticamente, o que definitivamente acabou com nossa pescaria. 

A única ressalva fica para uma grande marrom captura pelo Butina de palhaço no dia seguinte, mais foi só. 

 

Eu passei os 2 últimos dias com um frustração e decepção muito grandes, mais enfim faz parte do esporte.

Fica a lição!

A coisa estava tão feia que na tarde do último dia vesti o wader e entrei nas margens do lago da propriedade onde estávamos  e por sorte e azar consegui capturar 2 belas trutas marrons de lago. o azar disso é que eu estava sem a câmera e não tive como fotografar. O Coleguinha ainda tirou uma foto da primeira captura. Só que esta me devendo ela. 

 

Na próxima mensagem faço umas considerações finais!!!

 

[Guilherme Benevenutti]

Que relato primoroso! Vai ajudar muito qualquer investida na área.

 

 Parabéns pelo esforço e dedicação de vocês.

 

 

[Fausto]

 

Espero que gostem. 

 

[Diego Thomas]

Ficou muito bom, Fausto.

Parabéns.

[Fausto]

 

Esse foi nosso primeiro destino de pesca lá região de Villa Maniguales (Mañihuales). Na descrição do vídeo tem muitas coordenadas para quem quiser um dia fazer esse roteiro.