Ir para conteúdo

Pike no quintal


Postagens Recomendadas

  • Moderador

Salve,

 

recentemente comecei uma pescaria diferente aqui no quintal: Pike!

 

É muito difícil pescar esta espécie com fly nos trechos do Danúbio onde ela ocorre. As margens são muito arborizadas e o fundo é lodoso, o que impede o vadeio. E não é permitido pescar embarcado nestes trechos.

 

A alternativa são os lagos. Meu clube oferece alguns, onde é permitido pescar embarcado. Então resolvi testar esta  alternativa, enquanto o Iller esteve cheio no último mês.

 

Equipamento: vara #9, 9 pés, linha flutuante com cabeça afundativa (sink 3) de 10 metros, e muito importante, belly boat (também conhecido como tube).  Até então, não tinha nenhuma experiência com belly boat, mas posso dizer agora que é um meio muito interessante e com muitas possibilidades táticas.

 

Água : Lago de Ludwigsfeld. Um lago de águas claras, com enorme movimento de banhistas no verão. Além do Pike, o lago tem várias espécies de ciprinídeos (carpas e compahia), além de forrageiros.     

    

DSC_0119.JPG

 

Meu equipamento. O número da licença tem que estar fixado na embarcação.

 

DSC_0130.JPG

 

Aqui embaixo tem uns 2 metros de água.  Este campos submersos não muito fundos são o território de caça do Pike.

 

DSC_0150.JPG

 

Resultado: alguns tricks. O trófeu ainda não saiu, mas eu também, ainda não desisti :).  

 

É bem  adrenalizante esta pescaria em água clara. A gente vê o streamer quando ele se está chegando perto do belly. Mas não se vê o Pike, até ele dar o bote na mosca como um torpedo. Numa fração e segundo , tem um Pike se cabeceando todo na ponta linha. 

 

DSC_0149.JPG

 

Teria mais a escrever sobre esta pescaria mas no momento, fico por aqui.

 

[]'s 

 

DSC_0135.JPG

  • Like 2
Link para o comentário
Compartilhar em outros sites

  • Patrono

Muito massa Carlos, abrindo novas alternativas afinal de contas o que importa é estar pescando. Lago muito bonito, impressionante a clareza da água.

O pike sempre me despertou curiosidade, pena que vemos tão poucos relatos dele. Me parece uma espécie meio que renegada por alguns pescadores, assim como a traíra por aqui.

Abraço!

Link para o comentário
Compartilhar em outros sites

  • Moderador
7 hours ago, Tcheigor said:

Muito massa Carlos, abrindo novas alternativas afinal de contas o que importa é estar pescando. Lago muito bonito, impressionante a clareza da água.

O pike sempre me despertou curiosidade, pena que vemos tão poucos relatos dele. Me parece uma espécie meio que renegada por alguns pescadores, assim como a traíra por aqui.

Abraço!

 

Salve Igor,

 

Aqui no sul, o Pike tem uma clientela fiel entre o pessoal do bait  e os linguiceiros, mas pouca gente do fly vai nele. Acho que é por que, por aqui,  a pesca de salmonídeos é muito forte. Já no norte, o Pike é muito visado no fly. A meca do Pike no fly aqui na Europa é a Lapland sueca. Dizem que por lá  é normal engatar 20 trófeus por dia.

 

Quanto ao lago, não é só o pike que é interessante não.  Avistei vários cardumes de carpa e "schleie" (um ciprinídeo nativo). Num dia, um cardume de schleie ficou nadando embaixo de mim por vários minutos, um show. Dizem por aí que ambas pegam em ninfas.  Foto de uma carpa e uma schleie:

 

230807_Z_schleie_karpfen.jpg

 

Link para o comentário
Compartilhar em outros sites

  • Moderador
3 hours ago, André Ribeiro said:

Sensacional! Eu não tenho preconceitos! :) 

 

Deve ser engraçado pescar boiando. :laugh: 

 

Mostra umas iscas pra gente! :ok: 

 

Bem nessa André: vadeio boiado!

 

Pode não parecer, mas belly boat é muito estável. Chato é que com ele se nada de costas, mas a gente se acostuma. No arremesso é como se você estivesse vadeando com água na cintura. Pode ser um pouco difícil lidar com uma  vara #9,  linha afundativa e streamers relativamente grandes em empate de aço, mas nada que uma boa técnica fundamental bem treinada não resolva  :bleh:.  

 

Na verdade, antes de sair pescando na primeita saída, eu fiquei aprendendo a manobrar o belly com a nadadeiras (isto é a girar usando somente os pés). Depois fiz alguns testes com tamanhos de moscas e empates diferentes. 

 

  • Like 1
Link para o comentário
Compartilhar em outros sites

  • Moderador
On 9/20/2017 at 6:03 PM, André Ribeiro said:

Mostra umas iscas pra gente! :ok: 

 

Não tenho experiência com streamers para predadores grandes. De qualquer forma, optei por não usar streamers gigantes prá facilitar minha vida, pelo menos no começo. O arremesso com uma #9 e linha afundativa de uma posição baixa como no belly já é complicado o suficiente. O prioritário prá mim é fazer um arremesso limpo.

 

Mas eu construi um conceito de como a mosca devia trabalhar antes de sair atando prá esta empreitada. Com o pre-requisito de permanecer fiel à minha filosofia de que mosca tem poder ser atada rapidamente. Me dá um nervoso quando vejo tutoriais de streamers que levam 40 minutos prá atar.

 

O Pike tem grande sensibilidade para vibrações na água.  A cabeça dele é coberta com células parecidas com as da linha lateral. Em outras palavras, a cabeça do Pike é um sonar passivo de primeira. Com este sentido ele localiza vítimas de longe. Por isso atei alguns streamers  que deslocassem bastante água, e me inspirei parcialmente num tópico recente do Gustavo sobre o  estilo andino.

 

Mas continuando, eu queria que o streamer tivesse flutuação quase neutra, para que ele "levitasse" após o strip. No máximo, eu queira que o streamer afundasse lentamente após o strip. O que eu não queria de jeito nenhum era uma ação de jig, que afundasse o streamer na macega do fundo. Este objetivo também influenciou a seleção final do material do empate, obviamente.

 

Uma outra ação que eu tinha em mente era a ação de Jerk, que é aquela na qual o streamer flanqueia para um lado após o strip. Prá isso se precisa, em teoria, de um perfil fino visto de frente e alto visto de lado. Alguma inspiração aqui

 

O anzol. Nada de muquiranice :D. Usei um partridge sem farpa, com  ponta tipo "wave". Não perdi nenhum peixe. 

 

Estética não preocupou no primeiro momento, e nem mesmo a durabilidade. Na verdade quero é que as moscas se destruam, para atar melhores.

 

Bem, depois de tanta enrolação:

 

DSC_0199.JPG

 

DSC_0202.JPG

Link para o comentário
Compartilhar em outros sites

  • Moderador
1 hour ago, Samuel Antero said:

Realmente muito bacana Carlos, gostei de ver!  

 

Os outros dois peixes tb merecem umas investidas, talvez com material mais leve.

 

 

 

Valeu Samuel! Tens razão, numa dessas saídas vou levar um caniço mais leve com ninfa, caso eu aviste uma schleie. 

Link para o comentário
Compartilhar em outros sites

  • Patrono

Pike ou lúcio? Acho lúcio mais simpático até por que ele era capa co o nome de lúcio de um número de Os Bichos que eu e meus irmãos colecionávamos uns 45 ano atrás...

 

Quando for visitar vc e o outro Alemón, vamos pescar um desses lúcios!

  • Like 1
Link para o comentário
Compartilhar em outros sites

  • Administrador
7 horas atrás, Carlos Mitidieri disse:

 

Não tenho experiência com streamers para predadores grandes. De qualquer forma, optei por não usar streamers gigantes prá facilitar minha vida, pelo menos no começo. O arremesso com uma #9 e linha afundativa de uma posição baixa como no belly já é complicado o suficiente. O prioritário prá mim é fazer um arremesso limpo.

 

Mas eu construi um conceito de como a mosca devia trabalhar antes de sair atando prá esta empreitada. Com o pre-requisito de permanecer fiel à minha filosofia de que mosca tem poder ser atada rapidamente. Me dá um nervoso quando vejo tutoriais de streamers que levam 40 minutos prá atar.

 

O Pike tem grande sensibilidade para vibrações na água.  A cabeça dele é coberta com células parecidas com as da linha lateral. Em outras palavras, a cabeça do Pike é um sonar passivo de primeira. Com este sentido ele localiza vítimas de longe. Por isso atei alguns streamers  que deslocassem bastante água, e me inspirei parcialmente num tópico recente do Gustavo sobre o  estilo andino.

 

Mas continuando, eu queria que o streamer tivesse flutuação quase neutra, para que ele "levitasse" após o strip. No máximo, eu queira que o streamer afundasse lentamente após o strip. O que eu não queria de jeito nenhum era uma ação de jig, que afundasse o streamer na macega do fundo. Este objetivo também influenciou a seleção final do material do empate, obviamente.

 

Uma outra ação que eu tinha em mente era a ação de Jerk, que é aquela na qual o streamer flanqueia para um lado após o strip. Prá isso se precisa, em teoria, de um perfil fino visto de frente e alto visto de lado. Alguma inspiração aqui

 

O anzol. Nada de muquiranice :D. Usei um partridge sem farpa, com  ponta tipo "wave". Não perdi nenhum peixe. 

 

Estética não preocupou no primeiro momento, e nem mesmo a durabilidade. Na verdade quero é que as moscas se destruam, para atar melhores.

 

Bem, depois de tanta enrolação:

 

DSC_0199.JPG

 

DSC_0202.JPG

 

Excelentes! :bs-aplauder: 

 

Bem no estilo "cabeludos" como manda o "figurino". :) 

 

Esses streamers certamente atraem traíras, dourados e tabaranas. :yes: 

 

E as cores também parecem

ser universais. Preto, amarelo e vermelho é uma combinação que

comprovadamente funciona. :ok: 

Link para o comentário
Compartilhar em outros sites

  • Administrador

Você desistir? 

Isso é para os fracos.

Ferro neles!!! :okok: 

 

Relato seu diferente não seria e fico sempre animado em ler cada um. Creio que as amizades se fortalecem mesmo com a distância e surpresas sempre acontecem, quem sabe um dia apareço por aí para estreitar essa amizade ainda mais. :ok: 

Link para o comentário
Compartilhar em outros sites

  • Administrador
Em 21/09/2017 at 19:15, Neumann disse:

Pike ou lúcio? Acho lúcio mais simpático até por que ele era capa co o nome de lúcio de um número de Os Bichos que eu e meus irmãos colecionávamos uns 45 ano atrás...

 

Quando for visitar vc e o outro Alemón, vamos pescar um desses lúcios!

Será uma honra ser seu parceiro nessa investida.  💪🏻

  • Like 1
Link para o comentário
Compartilhar em outros sites

  • Moderador

Qualquer água que tenha peixe... de preferência onde se possa fazer vadeio... :D

 

Seria bacana pegar uma bike, pedalar uns quilômetros e dar de cara com um riozinho cheio de truta.

  • Like 1
Link para o comentário
Compartilhar em outros sites

  • Administrador
4 horas atrás, Jost disse:

Qualquer água que tenha peixe... de preferência onde se possa fazer vadeio... :D

 

Seria bacana pegar uma bike, pedalar uns quilômetros e dar de cara com um riozinho cheio de truta.

 

fly-fishing-gold-medal-band.jpg

  • Haha 1
Link para o comentário
Compartilhar em outros sites

  • Patrono
Em 20/09/2017 at 10:01, Jost disse:

Ó! :)

 

Ía até vender meu conjunto #9...

 

Não faça isso Jost.

Fique com seus equipos. Uma hora surge uma situação onde ele lhe será muito útil...

P.S.: Gosto muito dos seus videos de atado....

Abraços,

Mário

  • Like 1
Link para o comentário
Compartilhar em outros sites

  • Mosqueiro
Em 20/09/2017 at 15:29, Carlos Mitidieri disse:

 

 

230807_Z_schleie_karpfen.jpg

Caramba, que massa! Esse ciprionideo nativo deve ser muito brigador, e pela boca mais posterior será que não pega umas secas?:hum:

 

Pescar de flout é muito massa, por aqui ja pesquei algumas vezes, mas como os lagos do Rio Tietê são muito grandes o deslocamento rápido é o que deixa devendo do flout, mas creio que para lagos menores deve ser fantástico, ainda mais com uma água clara dessas. 

 

Parabéns pela pescaria, se fosse pra te indicar alguma isca eu indicaria uma snake fly, ela tem as características que você descreveu acima, boa vibração, leve e não afunda muito. Creio que vai dar um bom resultado. O vídeo do Zanetti abaixo é muito bom e explicativo.

 

Abraço!!

 

 

Link para o comentário
Compartilhar em outros sites

  • Moderador

ÃOSalve Samuel,

 

devem pegar em secas sim, mas em água sem correnteza  (lagos), ninfa pode ser mais eficiente mesmo quando estão subindo. Em água sem correnteza, os peixes não guardam um lugar, mas ficam patrulhando uma área.  Quando você vê o anel na superfície, o peixe  já está em outro lugar. A não ser que se esteja em uma posição alta, e se veja prá onde o peixe está nadando, a melhor tática é arremessar uma ninfa perto do anel e "stripar". Isto chama a atenção do peixe e ele volta prá pegar a ninfa.  Esta é a experiêcnia que tenho em pesca de trutas em lagos.

 

Vou fazer uma tentativa coma snake. O decisivo para uma mosca ter flutuação neutra é o material, que deve ter  flutuação positiva na medida prá compensar a fluatuação negativa do anzol. Na minha  experiência, bucktail e deer hair são os materiais adequados neste caso.  As moscas da foto que postei são de bucktail (pelos coloridos) e a cabeça andina  é de pelo de "Gämse" (Camurça em português) que ganhei de um amigo caçador. A camurça é na verdade é um tipo de cabra, mas on pedaço  de pelos que eu ganhei, os pelos são ocos na base e servem para o propósito referido.   

 

1200px-G%C3%A4mse_(Rupicapra_rupicapra)_

Link para o comentário
Compartilhar em outros sites

Participe da conversa

Você pode postar agora e se registrar mais tarde. Se você tem uma conta, faça seu login agora mesmo para postar com sua conta

Visitante
Responder a este tópico...

×   Você colou conteúdo com formatação.   Remover formatação

  Apenas 75 emoji são permitidos.

×   Your link has been automatically embedded.   Display as a link instead

×   Your previous content has been restored.   Clear editor

×   You cannot paste images directly. Upload or insert images from URL.

×
×
  • Criar Novo...

Informação importante

Ao usar este site, você concorda com nossos {termos}.