Além das Trutas nas Serras do Sul

[Jorge de Azevedo]

Existem Joanas de bom tamanho em quase todos os rios em trechos de "pé de serra" no Rio Grande do Sul. Suponho que nos rios, nos trechos de "pé de serra" de outros estados também possam ocorrer presença de Joanas. Alguém no fórum sabe dizer ? A pesca delas com fly é bem divertida e elas tem comportamento semelhante ao das trutas nas corredeiras.

[André Vergara]

Grande Jorge!

Lindas joanas (ou jacundás, como também são conhecidas).

Aqui onde moro (Foz do Iguaçu) tem um grande lago (Lago de Itaipu) onde encontramos muitos tucunarés de, de vez em quando, entra um jacundá também.

Pelo que sei, são peixes que preferem áreas de águas mais calmas e quentes, ou seja, no pé da serra a água se torna mais quente e, consequentemente, mais lenta devido a baixa declividade. Acredito que bons pontos para serem explorados atrás delas seriam os baixios e remansos próximo a pedras, troncos ou qualquer estrutura que sirva de refúgio.

São realmente ótimos oponentes para serem buscados!

Brigam muito mesmo! Com uma varinha #3 ou #4 a festa é garantida, ainda mais com jacundás do tamanho destes que pegou!

Grande abraço!!

[André Ribeiro]

Wow! Belos peixes!

Essa pesca foi relaizada próximo a alguma represa? Quanta espuma na água!

[Willians Guarapuava]

Rios de serra de altitude acredito que não encontrará Joanas. Elas procuram aguas mais quentes mesmo,tanto em rios e represas.Mas é um peixe muito brigador .Vale a pena explora-las.

[Beto]

Bela pescaria, belíssimos jacundás!

Aqui no RJ temos jacundás em quase todos os lagos, rios e represas, afinal de contas o que não falta no Rio de Janeiro é um pé de serra. Em minhas pescarias em água doce, esse é um peixe que acaba servindo como um tipo de prêmio de consolação, se não estou pegando nada vou para o jacundá, pois esses não falham. Em um único ponto dá para sacar uma dúzia deles em meia hora.

Embora seja um peixe bem comum, que existe em quantidades massivas, em geral são bem menores que esses que você pegou, não passando dos 15cm. A concorrência por comida em determinados locais é tão grande que por vezes consigo pegá-los na superfície, usando chernobill ants.

Ressalto que a experiência relatada acima é fruto das minhas pescarias habituais, que se dão em ambientes lênticos. Não resta dúvida que a pescaria dessa espécie nas corredeiras é bem mais complicada que em águas paradas, porque o jacundá costuma ter um comportamento letárgico, se mexendo pouco para comer, sendo importante o pescador conseguir realizar arremessos precisos perto das tocas onde o peixe costuma ficar e fazer a mosca passar o máximo de tempo próximo a esses locais, precisando contornar as forças da correnteza, caso contrário não conseguirá despertar o interesse do peixe. Nesse tipo de pescaria a produtividade cai drasticamente, dificilmente saco mais que meia dúzia de jacundás em um bom dia de pescaria, porém, a esportividade sobe drasticamente, se diferenciando em muito da pescaria em lagos e represas, que chega a ser tediosa.

Geralmente capturo esses peixes usando wooly buggers, wooly worms, bitch creeks, nas cores brancas, amarelas ou pretas.

[Jorge de Azevedo]

Isso mesmo André,

Ao fundo aquele paredão branco é a água que estava transbordando sobre a muralha da represa.

[Jorge de Azevedo]

Beto, como você sabe existem inúmeras espécies deste Ciclídeo. Aqui em Canela RS e arredores, eles resistem bem ao frio . Estes que apresento nas fotos mediam em torno de 40 cm, mais existem maiores (em torno de 50 cm). Capturei vários outros menores, alguns foram capturados ao pé do muro da barragem que estava transbordando, em águas turbulentas e outros nas bordas da corredeira onde ficam abrigados da correnteza se escondendo atrás de pedras de onde partem para atacar na meia água (em águas mais rasas dá para ver o ataque). Brigam um pouco no início da fisgada mas não tanto quanto as trutas. Atacam a mosca e depois de fisgados tentam voltar para as pedras. Na técnica que utilizei, arremessava transversal a correnteza em direção a margem oposta do rio e deixava a mosca derivar rio abaixo até o meio do rio quando então começava a recolher fazendo com que a mosca fosse passando por trás das pedras a medida que ela ia encostando rio abaixo na margem onde eu estava. Ela gosta muito de brilhos nas moscas. Ainda não experimentei com mosca seca, vou experimentar quando passar a época das chuvas ocasionadas pelo El Ninho.

Editado Novembro 4, 2015 por Jorge de Azevedo

[Sergio Renato Ristow]

Parabéns Jorge,

belíssimos exemplares!

[Angelo]

Parabéns Jorge, gosto muito de pegar essa especie no fly! Com equipamento leve dá uma boa briga. Na minha região tem muito Jacundá em rios e riachos com fundo de pedra. Sempre pego eles com ninfas lastreadas, sendo a BH PRINCE NYMPH uma ótima opção!

[Jamanta]

aqui no rs tem em muitos rios, e nao so serranos, no próprio jacuí tem.... deve ter no guaíba e todos os outros

no rio maquiné são famosas, igrejinha tambem

sem duvida, um peixe muito esportivo que temos que nos dedicar mais

[Jorge de Azevedo]

No Maquiné foi o primeiro rio onde pesquei Joanas bem criadas. Sei de outros mosqueiros que pescaram essa espécie no Sinos e seus afluentes (Rolante; Rolantinho; Da Areia e Paranhana).

Ainda não tive notícia delas na bacia do rio Caí / Santa Cruz. Sabe de alguém que tenha capturado por lá?

Editado Novembro 5, 2015 por Jorge de Azevedo

[Murilo Vargas]

Que legal seu relato Jorge.

 

Peixinho legal de pescar no Fly é a Joana. Aliás, faz um bom tempo que não pesco uma...

 

Parabéns. 

[Murilo Vargas]

Aqui pega-se mais em lagoas, e também em pequenos rios de serra. Há 10 km de casa tem um riozinho que já enxerguei algumas. Logo vou atrás delas!