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Carlos Salatti

Mosqueiro
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Tudo que Carlos Salatti postou

  1. Faz dias que não apareço por aqui. Vida atribulada e muita correria mas agora com a chegada do inverno as coisas deram uma acalmada hehehe Na verdade queria compartilhar um apanhado dos 10 peixes que marcaram minha vida de mosqueiro. Convido aos que tiverem interesse em fazer o mesmo e dividir com a gente suas capturas memoráveis. Está numerado de 1 a 10 mas isso não quer dizer que está em ordem de importância, na verdade a ordem é completamente aleatória inclusive cronológicamente. Vamos lá. 1 – Grayling Onde: Rivière d’Ain Rhône Alpes / França Quando: 2009 FB_IMG_1515701166243 by Carlos Salatti, sur Flickr Descrição: Quando descobri que essa espécie estava presente dentro do meu raio de deslocamento, fiz de tudo para conseguir chegar até esse ponto de pesca. O Rivière d’Ain é um dos mais reputados rio de salmonideos da França e sabia que nele tinha uma remota chance de pegar essa espécie. Estudei o máximo que pude antes de ir, atei as moscas mais recomendadas para a região e tentei entender as diferenças entre os Graylings e as trutas. Chegando no rio percebi que havia apenas umas 2h de pesca antes do escurecer, foco ao extremo para não perder tempo. Senti que em um grande rápido depois de um poço poderia ser o local onde fisgaria meu Grayling. Coloquei minha ninfa de caddis com BH laranja e fui usando a técnica de Czech Nymph (conhecida na França como La Roullette) e fui varrendo o run... Quando senti a pegada veio a tensão de não perder o peixe que só acabou quando estava com meu Grayling nas mãos. Uma das minhas capturas mais expressivas devido a todo o esforço e dedicação. 2 – SteelHead Onde: Tributários dos Great Lakes (Ganaraska River) - Ontario / Canadá Quando: 2017 FB_IMG_1515684835877 by Carlos Salatti, sur Flickr Descrição: A janela de tempo que esses fabulosos salmonídeos saem dos great lakes e migram para os tributários para a reproducão é bem pequena (Algumas semanas ao ano) mas essa é apenas uma das muitas dificuldades para ter um exemplar desses em mãos. Conseguir achar, fisgar, e embarcar um peixe desses pode demandar muito esforço e uma dose de sorte também. Foi na abertura da pesca na primavera do ano passado que peguei meus melhores exemplares dessa espécie e destaco esse espécime que me deixou com as pernas tremendo. Ainda não é o SteelHead da minha vida mas o meu melhor até agora e merece estar nessa lista. 3 – Tucunaré Onde: Rio Teles Pires – MT / Brasil Quando: 2011 FB_IMG_1515764390042 by Carlos Salatti, sur Flickr Descrição: Não só esse peixe, mas essa pescaria foi épica e arrisco até a classificá-la como uma das melhores da minha vida. Ganhei uma estadia de alguns dias na Pousada Mantega às margens do magnifico rio Teles Pires como prêmio de um concurso de fotografia no qual participei. Um dos meus grandes objetivos era pegar um Tucunaré com equipamento de fly. Achamos uma boca de lago às margens do rio que me rendeu muitos Tucunarés e esse foi um dos primeiros e mais emocionantes. 4 – Pike Onde: St-Lawrence River – Québec / Canadá Quando: 2016 FB_IMG_1515779093216 by Carlos Salatti, sur Flickr Descrição: Pike não era novidade para mim, havia feito excelentes pescaria dessa espécie na Europa mas esse peixe está na minha lista por três razoes. Primeiro porque foi o primeiro PIKE no fly, segundo porque peguei esse espécime depois de praticamente 10 anos sem ver a cara de um e finalmente porque foi meu primeiro Pike na américa do norte. Muito bom reencontrar esse peixe ainda mais na modalidade que mais gosto. 5 – Lambari Onde: Represa do Capivari – Paraná / Brasil Quando: 2007 FB_IMG_1515778877848 by Carlos Salatti, sur Flickr Descrição: Quando penso em lambari, lembro-me da minha infância. Acho que a grande maioria dos pescadores começaram a pescar com uma varinha de bambu atrás dos lambaris. Comigo não foi diferente. Esse lambari foi simplesmente o primeiro peixe que peguei com equipamento de Fly e, assim como minha infância na beira dos banhados, me proporcionou grandes emoçoes. 6 – Rainbown Trout Onde : Lac de Vallon – Annecy / França Quando : 2009 FB_IMG_1515701134640 by Carlos Salatti, sur Flickr Descrição: Acho que truta é a espécie que mais pesquei na vida e essa foi nada mais que a PRIMEIRA de todas no fly ademais ela foi pega num belissimo lago de montanha nos alpes franceses . Nem preciso explicitar mais motivos do porquê esse peixe está na lista. 7 – American Shad / Alose Onde: Rivière des Prairies – Québec / Canadá Quando: 2016 FB_IMG_1515778846351 by Carlos Salatti, sur Flickr Descrição: Esse peixe foi especial por ser um desafio. O run dos Aloses vindos do atlântico é muito curto (algo como 2 ou 3 semanas no máximo) e, além de ter que conseguir encaixar uma pescaria nessa pequena janela, o fly não é a modalidade mais fácil para pegar esse peixe. Consegui as duas coisas em 2016, não sem antes ver um indo embora apos uma briga de mais de 10min e sentir o gosto amarrgo de ter talvez perdido a oportunidade unica da season... Por sorte esse cara aí da foto não conseguiu se soltar e consegui embarcá-lo mesmo com um equipamento muito sub dimensionado (estava usando minha vara #3 porque ainda não tinha minha #8). Vibrei demais com esse peixe. 8 – Brown Trout Onde : Rivière du Diable – Tremblant / Canadá Quando : 2016 FB_IMG_1515684804093 by Carlos Salatti, sur Flickr Descrição: Novamente um perfeito caso de tamanho não é documento. Desde que me mudei para o Canadá, havia feito muitas pescarias de truta, havia engatado ao menos 10 ou 12 e TODAS inacreditavelmente escaparam, a cada truta perdida um peso extra ia se acumulando nas costas, eu sabia que era apenas questão de tempo para pegar uma truta canadense mas nossa emoção não é tão paciente assim. Avistei um run de velocidade média com uma grande pedra semi-submersa na margem oposta do Rivière du Diable. O vadeio nesse rio é extremamente difícil devido ao seu leito liso e forte corredeiras com bom volume de água. Fui cautelosamente atravessando sempre olhando fixamente para meu objetivo, a pedra. A uns 10 ou 15m a jusante faço um arremesso upstream fazendo pousar minha ninfa ao lado da pedra. Instantaneamente a truta atacou a ninfa. Levantei a vara no timming perfeito e logo senti o peixe disparando downstream nas fortes corredeiras. Foram minutos tensos e escorregadios rsrsrs Quando finalmente coloquei a truta no meu net, meus gritos ecoaram no vale do rio no Mont Tremblant em simbolo de mais uma fase vencida. Essa truta foi o marco de todas as outras que vieram depois. 9 – Rainbown Trout Onde : Rio Cubatão – SC / Brasil Quando : 2015 [FB_IMG_1515693921338 by Carlos Salatti, sur Flickr Descrição: O rio Cubatão é meu xodó da vida. Por causa dele montei minha empresa de pesca no Brasil, por causa dele que melhorei como mosqueiro, como pescador e até como pessoa. Eu respeito esse rio de uma maneira especial e conhecia cada pedra e cada curva desse paraíso. Fiz pescarias épicas, fiz amigos e fui muito feliz ali. Essa truta foi a quebra do meu record de anos (minha marrom da França assumia o posto por mais de 6 anos) essa truta me deixou feliz como criança e foi a recompensa de tanto trabalho nesse rio. 10 – Smallmouth Bass Onde : St-Lawrence River – Québec / Canadá Quando: 2016 FB_IMG_1515684827672 by Carlos Salatti, sur Flickr Descrição: Coloquei aqui um Smallmouth especifico mas na verdade essa espécie assim como essa pescaria marcam uma fase da minha vida. Marca a fase em que me estabeleci aqui no Canadá. A fase que percebi que esse seria o peixe do dia a dia, essa seria a pescaria que faria com mais frequência dali em diante. Engatar esse peixe no seu ambiente natural, no meio das corredeiras de um dos maiores rios do Canadá, de bermuda e torrando no sol é algo incrível quando olhamos para esse mesmo rio congelado no inverno. Todos SmallMouths que peguei até hoje foram com fly e esse peixe especificamente foi épico pois foi no visual. Visualizei uma macha escura se deslocando na água incrivelmente transparente do Saint Laurence, arremessei à frente dele uma zonker com meu equipamento #8 e instanteneamente ele atacou. A força e velocidade desse peixe nessas corredeiras é simplesmente inexplicável. Acho que é isso. Novamente os convido a dividirem seus peixes. Abraços.
  2. Valeu cara... Grande Fausto. Como ninfeiro de carteirinha, usei somente uma BH Prince. Gosto bastante dessa mosca para prospecçao, geralmente ela produz alguns peixes em situaçoes genéricas. Vale lembrar que voltei nesse rio mais umas 2 ou 3x de la pra ca e sempre com trutas. Depois posto mais umas fotos. Valeu Murilo. Esses dias fui em outros pontos desse rio e é lindo demais. Fala Mario. Eu também gosto muito desse tipo de rio. Geralmente sao bons de vadeio e produzem alguns peixes. Pois é amigo. Uma horinha e ja mostrou alguns peixinhos.
  3. Olá amigos como estão? Ando meio ausente do fórum ultimamente pois tem muita coisa acontecendo nesses últimos 2 meses. Pode-se pensar que o verão está a pleno vapor e as pescarias por aqui estão frenéticas certo? ERRADO!!! O verão esse ano está MUITO tímido, clima instável com muitas chuvas e variações de condições, rios com água suja e vazão extremamente elevada. Isso afeta diretamente as pescarias. No ano passado tivemos uma temporada excepcional para a pesca de Bass. Esse ano está muito complicado, fizemos poucas pescarias e com tímidas capturas. Para as trutas basicamente a mesma coisa. Exceto o Rivière du Diable que nos rendeu duas ou três ótimas pescarias, de resto está tudo muito difícil. O pior disso tudo é que o verão está acabando (mais uns 30 ou 45 dias). O fato é que sempre que dá eu, o Bruno e o Walter, damos uns tiros por aí atrás de alguns peixes e um pouco de diversão. Foi o que rolou a uns 10-15 dias... Tinha um compromisso profissional em uma cidade a 160Km daqui de Montréal que se chama Shawinigan. Fiz umas pesquisas e logo descobri que por ela passa um rio de mesmo nome e ali haveriam algumas pequenas rainbows stocked. Seria uma boa oportunidade para tentar pegar minhas primeiras Rainbows (Que não Steelheads) canadenses... Meu compromisso acabaria por volta das 16h logo teria apenas uma hora de pescaria antes de voltar para Montréal. Cheguei no rio por volta das 16h45 e gostei do que ví... 20840062_10214267285464951_731216673_o by Carlos Salatti, sur Flickr 20862167_10214267284504927_1897762839_o by Carlos Salatti, sur Flickr Fotor_150186276640540 by Carlos Salatti, sur Flickr Bem o estilo de rio que gosto de pescar... No primeiro run, depois de 3 ou 4 arremessos a primeira trutinha: 20861011_10214267284224920_1623346759_o by Carlos Salatti, sur Flickr Fotor_150186297707649 by Carlos Salatti, sur Flickr No segundo run, primeiro arremesso e... Fotor_150186290972623 by Carlos Salatti, sur Flickr Perdi ainda duas trutinhas do mesmo porte. Olhei no relógio e já tinha dado minha 1h de pesca. Hora de voltar. Achei bem produtivo para uma pescaria tão rápida. Valeu a ida. Espero ainda acertar alguma pescaria bacana como a primeira da temporada. Outubro está aí e é o run de Steelheads, estaremos lá para conferir Abraços.
  4. Valeu xará... Como diz o Steelhead ProMaster Bruno, no OPENER não tem erro!!! Parceiro, faltou você lá mas sabíamos que em várias situações estávamos pescando juntos. Isso aí, vida entrando na rotina e pescarias sendo consolidadas... Vamo que vamo irmão que a temporada só começou! Obrigado Samuel, as cores da primavera começa a dar um ar legal pra fotos! Valeu Fausto... Essas ovas são feitas de McFlyfoam em geral, tem alguns materiais pra substituir mas esse é o melhor. Abs. Brigadão Fred. O lugar é muito legal também o que fecha o pacote! Valeu Giuliano. Esses tanques num tippet 3X é uma loucura mesmo! Hehehehe. Verdade cara!
  5. Inverno... Ahhhh o inverno, o que nos dá força pra passar 5 meses sem pescar, sob temperaturas negativas, muito gelo e muita neve é o fato de encerrar a temporada no FALL RUN de Steelhead e saber que a abertura da temporada seguinte será provavelmente no opener dos Steelheads em Ontário. Isso já seria suficiente, agora some à essa receita temperaturas próximas dos 10 graus, sol e uma explosão de vida nos rios e florestas, sinceramente esse é um sentimento que não tem muito como descrever. O começo do renascimento da vida. Oficialmente a abertura dos principais trechos dos tributários dos Great Lakes foi nesse último final de semana de abril e, embora a pesca já estava aberta com muitas ressalvas desde o começo ano, o opener significa muitos trechos abertos de muitos rios e isso se transforma em uma verdadeira celebração e cultuação às trutas migratórias que sobem esses cursos d'água para se reproduzirem. Desde a minha última pescaria (que também foi a primeira) dos carinhosamente chamados Steelies, eu já vinha sonhando na próxima oportunidade de encará-los. Da última vez, fiquei com um gostinho amargo por ter perdido um verdadeiro tanque de guerra que saiu em disparada e estourou meu tippet 3x como uma linha de costura. O que não sabia é que esse tipo de coisa é completamente normal quando se trata de Steelhead e, como meu amigo e parceiro Bruno disse uma vez, esse peixe não foi feito para ser dominado, ele não se entregará e pegá-lo será um misto louco de sorte, fazer a coisa certa e a boa vontade do peixe. Falando da pescaria... Nos organizamos para fugir do final de semana propriamente dito pois sabíamos que estaria completamente “Crowd”, combinamos de sair de Montreal na segunda por volta da 01:00h da madrugada e chegamos no rio aproximadamente às 06:00h. A idéia seria pescar segunda o dia todo, dormir por lá, pescar terça até umas 16h e retornar para Montreal. Dessa vez quem entrou nessa empreitada foi eu e o Walter ficando de fora o Bruno porque, pasmem, ele foi para northern BC pescar os VERDADEIROS tanques de prata vindos do pacífico. Vamos ver ser sai relato dele J Tudo correu como programado e no comecinho da manhã já estávamos arrumando o equipamento à beira do rio. Impressionante em como já haviam pescadores, o Bruno já havia comentado que no opener sempre terá gente não importa a hora nem o dia. Tratamos de nos apressar e ir procurar algum run ou poço para dar os primeiros arremessos com tranquilidade e com alguma “privacidade”. Enquanto eu pescava a jusante do Walter logo no segundo run que paramos, subitamente escutei um estrondo de peixe grande pulando e caindo na água, quando olhei pro lado o Walter com o primeiro peixe da pescaria engatado. Não demorou muito para também ser o primeiro perdido. Depois constataríamos que nem se fizer tudo certo e nem se seu equipamento estiver 100%, embarcar um Steelhead é uma questão de destino. Continuamos a pescaria e fomos pescando alguns pontos upstream. A cada galhada, poço ou run a chance de se deparar com um tanque é real e é isso que faz dessa pescaria única e emocionante. Em um bom run o Walter perde simplesmente 3 peixes em menos de 10 minutos, sendo o último um peixe enorme que estava "praticamente" pranchado do meu lado quando resolveu acabar com a possibilidade de termos o primeiro exemplar fotografado. A briga com o animal minutos antes do peixe levar a melhor: Eu também perdi um ou dois peixes nessa altura. Vida que segue e a pescaria continuou... A quantidade de peixes no rio é algo impressionante e é possível ver MUITOS peixes (alguns parados, outros subindo e outros ainda em pleno ato reprodutivo) sem nenhuma dificuldade o que torna a pescaria extremamente voltada ao visual. Uma vez localizados os peixes, tenta-se apresentar as iscas corretas da melhor forma possível. Em uma dessas visualizações, vi na cabeça de um run um torpedo preto parado e, seguindo a lógica, apresentei um glow bug vermelho para ele. Para a minha surpresa um outro Steelhead surgiu do nada e atacou a isca. Lembro-me bem do Bruno falando que muitas vezes apresentamos a isca para um peixe que estamos vendo e do nada um peixe que não estávamos vendo surge e ataca a isca. O peixe saiu MUITOOOO rápido em disparada à jusante do run sem nenhum respeito e é justamente isso que gostamos. Tratava-se de um “Jack” que são os peixes de menor porte, mas mesmo assim já deu para aquecer e animar a pescaria. Primeiro peixe da temporada embarcado. Depois desse peixe perdemos MUITOS outros... Tentarei não focar esse relato nos peixes que perdemos mas fizemos uma estatística no final e percebemos que apenas 25% dos peixes fisgados foram embarcados e fotografados. Esse número é um pouco acima do normal, mas nada mais natural tendo em vista que estamos falando de dois iniciantes J Em um outro run com muitos peixes concentrados, consegui apresentar novamente o glow bug vermelho e engatar mais um valente e resistente Jack que foi pra foto após me levar pra passear por alguns metros rio abaixo. Esses dois primeiros peixes estavam com o prateado bem presente e indicam peixes que recém entraram no sistema dos tributários. Isso quer dizer uma força descomunal e muita resistência já que estão completamente descansados e prontos para uma longa jornada reprodutiva. Pescaria estava demasiadamente divertida mas o Walter começou a desanimar após perder mais de 10 peixes. Continuamos firmes e logo o primeiro tanque veio para o foto. Esse atacou o GB em um poço fundo com uma deriva bem lenta. Quando pegou quase arrancou a vara da minha mão e no primeiro pulo minhas pernas bambearam ao ver o tamanho do animal. Ele desceu o rio em disparada a um run que seria muito vantajoso pra ele, eu não gostei muito dessa história e saí em disparada atrás dele para não perder o contato, depois de muitos pulos, muitas corridas, mãos suando e MUITOS minutos de briga, com a ajuda do Walter e com cuidado, consigo pegar primeiro Steelhead de respeito da nossa pescaria: Pelo “estado“ do peixe percebe-se que ele estava a um bom tempo no sistema e provavelmente já havia se reproduzido, pela violência do ataque e pela força dele, presumi que estava em fase de recuperação para iniciar a descida de volta ao Lake Ontario. Peixes como esse contrariam a lógica de que peixes a muito tempo no rio são fracos e não brigam. Definitivamente esse não foi um caso. Demos uma paradinha para um lanche. O Walter preparou o excelente pão recheado como na pescaria do FALL RUN... Não muito depois disso, me separei do Walter e fui pescar em outro ponto rio abaixo, o Walter ficou no poço que eu estava. Consigo engatar outro excelente peixe que novamente me deixou meio bobo e com as pernas moles, dessa vez embarquei o bicho sem ajuda, levando-o a um baixio de cascalho. A foto saiu no padrão “alone”, mas dá pra ter noção do tamanho tendo em vista que a vara é uma #8 de 9pés. O Walter insistindo ainda no mesmo poço finalmente consegue a foto do seu peixe. Esse também deu trabalho pois também correu rio abaixo, pulando e tentando se enfiar em cada galhada que via. Não muito depois disso encerramos a pescaria pois estávamos simplesmente exaustos e acordados desde 01:00h. Acho que esse peixe do Walter era o que faltava para nos darmos por satisfeitos e encerrar o primeiro dia de pesca com esse cenário com a luz simplesmente perfeita. Fomos para o Hotel fazer check-in e dali seguimos para um bar para nosso merecido chopp. Depois disso tudo, o Walter ainda deu um sprint final para atar alguns glow bugs de reposição. Na terça acordamos por volta das 05:30h para aproveitar ao máximo o dia. Aproximadamente 06 :30h já estávamos vadeando o rio, dessa vez com bem menos pescadores, atrás dos peixes mas também com um dia chuvoso e bem mais frio. Em um dos primeiros runs que paramos pra pescar o Walter visualiza uma boa concentração de peixes e começa a apresentar o glow bug à eles, não demora 5 minutos e um canhão enfia a boca e mostra o porquê devemos respeitá-los. O peixe era simplesmente, incansável e de uma força descomunal. Ele levou o Walter para um passeio de mais de 200m rio abaixo e eu tive a oportunidade de fotografar a briga toda. Dado momento, larguei a câmera e fui ajudá-lo no embarque, mesmo com o peixe com muita força ainda, consegui meter a mão no pedúnculo caudal do tanque e entregá-lo ao meu parceiro. Incrivelmente o primeiro peixe fisgado foi embarcado, isso fez o Walter sentir-se aliviado e tirar a zica do dia seguinte. E mais uma vez a força desse peixe “escuro“ mostrou que não necessariamente são fracos. Depois desse peixe não tivemos um grande período de atividades. Decidimos então voltar ao hotel e fazer o check-out, assim teríamos mais tranquilidade o resto do dia para voltar para Montreal. Retornando ao rio, encontramos um barranco com facilmente 20 peixes concentrados. Decidi que ali valia a pena insistir. Lancei o mortífero glow bug vermelho... Muitas passadas e nada! Troquei para um sucker egg Spawn... Nada! Mais uma cor de glow bug e muitas passadas no ponto... Nada! Resolvi então tentar com uma San Juan Worm e na segunda passada um Steelhead deu uma PANCADA tão violenta que quase não podia acreditar... Ela saiu na minha direção MUITO RÁPIDO Pulando MUITO. Para mim essa briga foi a melhor da pescaria, esse peixe era extremamente forte, rápido, saltador e resistente. Consegui com a ajuda do Walter embarcá-lo e fazer belas fotos... Pelo prateado marcante desse exemplar, percebe-se que é um peixe recém chegado do Lake Ontário, o que explica a briga espetacular que ele me proporcionou. Voltamos a subir o rio e novamente tivemos muitos peixes perdidos... A essa altura a viagem toda já estava ganha, não só pelos peixes mas pela parceira, pelas risadas, pelo clima, pelo rio, pelo chopp, por tudo. Mesmo assim o Walter ainda consegue engatar, dessa vez com uma ninfa, um peixe MUITO forte recém chegado no sistema o que proporcionou uma briga épica. Conseguimos embarcar esse lindo peixe e fizemos essas fotos: Feitas as fotos decidimos finalizar ali nossa pescaria. Voltamos para Montreal com a alma lavada, abrindo a temporada em grande estilo e preparados para as pescarias do verão. E os Steelheads? Encontrarão novamente com nossas iscas no FALL RUN antes do inverno chegar...
  6. Steelhead? Rainbow você quer dizer? Não é uma rainbow é um Steelhead mesmo!Acho que a primeira vez que ouvi falar nesse tal peixe aí foi no começo de 2009, quando ainda morava na França e comecei a acompanhar os relatos do Bruno Corrêa aqui pelo fórum. A cada foto e a cada descrição, eu logo entendi que era um peixe lindo e desafiador.Mas uma coisa que demorei mais de 7 anos para entender é que DEFINITIVAMENTE o Steelhead não é uma Rainbow como as outras. Já sabia do fascínio do Bruno por essa espécie migratória já que a grande maioria das nossas conversas de pescaria, acabam passando em algum momento pelas Steelies, mas o que não sabia é que ficaria fascinado logo no primeiro contato... Esse peixe tem uma magia diferenciada seja pelo ambiente que ele se encontra, seja pela dificuldade em pegá-lo ou ainda pela sua força e beleza estonteante.Nos muitos relatos do Bruno aqui no Mosqueiros, ele descreve bem as características desse peixe, sua pesca e ambiente, e também os runs de primavera e outono pelos tributários do Lake Ontário. Na primavera, por N motivos não conseguimos fazer a nossa empreitada para Ontário, mas no Outono não deixamos escapar essa oportunidade.Além do Bruno e eu, nosso amigo e parceirão de pesca Walter também resolveu experimentar a sensação de estar "into the steelies world". O Walter também é brasileiro e é residente aqui no Canadá a uns 8 anos, ele começou no fly a não muito tempo e têm nos acompanhado frequentemente nas aventuras haliêuticas. Agora o time está completo. Os três mosqueteiros/mosqueiros brasileiros em Montréal.Acompanhamos a intensidade das chuvas durante todo o mês de outubro, bem como o nível dos rios que recebem os runs de Steelhead, observamos que estava fraco de chuva e isso não era animador já que os peixes não entram nos rios com o nível baixo, precisando de uma boa chuva pra dar condições ideias para a subida. Mesmo assim decidimos fechar a data para 28 e 29 de Outubro. Fora dessa data dificilmente seria viável conciliar as disponibilidades de nós três para a pescaria, como dizem, a melhor data para pescar é aquela em que podemos. Pra falar da pesca de Steelhead de outono temos que falar do run de salmão Chinook que começa em meados de Agosto/Setembro e vai até Outubro/Novembro. Isso é importante pois todos os tributários do Lake Ontario estão cheios de ovas de salmão e os Steelies não resistem à essa especiaria. Nos pescadores, meros imitadores da natureza, nos servimos desse capricho da natureza e oferecemos imitações dessas ovas aos peixes e essa seria nossa estratégia principal. Glow Bugs das mais variadas cores. O Bruno se encarregou de atar essas iscas e preparou um bom set delas: A viagem:Saímos de Montreal - QC por volta das 03:30h e chegamos na simpática Port Hope - ON por volta das 08:30h. Nossa estratégia seria tentar um pequeno e técnico creek a leste de Toronto (consequentemente mais perto de Montréal) para ganhar tempo de pescaria e também por ser um creek que o Bruno conhecia bem e sabia que reserva bons peixes. Pessoal se preparando para a dureza: Estamos na fase final do Outono, as belas cores já não estão mais tão vibrantes mas ainda assim ainda temos belas paisagens antes do longo inverno chegar e com ele, as cores pálidas e tons monocromáticos. Um pouco do espirito do outono e fly fishing: Depois de muitos anos, muitos sonhos e muita expectativa finalmente estava entrando no mundo Steelhead: Confesso que fiquei impressionado com as dimensões do creek. Inacreditável como grandes salmões e steelheads são capazes de subir um curso d'agua tão pequeno. E não demorou muito para ver a primeira carcaça de Chinook Salmon nas águas frias e transparentes: Nesse riacho especificamente o run dos salmões praticamente já acabou, então vimos muitas carcaças como essa ao longo do dia e alguns poucos salmões "zumbis" só esperando a morte certa após terem desovado e completando assim o ciclo natural dessa fascinante espécie. Como já comentei, o nivel estava bem abaixo do ideal, então cada trecho era cuidadosamente explorado. Bruno colocando o glow bug na "cara do gol"... Nesse tipo de rio, os Steelheads costumam ficar nos "logs" enfiados no meio dos galhos e buracos o que torna ainda mais difícil o landing. Nenhuma estrutura pode passar em branco, isso pode ser a diferença entre pegar um peixe e voltar pra casa sem nenhuma ação. Na primeira parte do dia decidimos pescar a parte superior do rio até a altura da ponte da estrada de ferro, foi exatamente em baixo dessa ponte que fiz essa fotos dos parceiros: Encerramos a manha de pesca, voltando ao carro para almoçar o belíssimo pão que nosso parceirão Walter fez: Na parte da tarde resolvemos explorar o tramo inferior do rio. Pegamos o carro e paramos em outro ponto para acessar os pesqueiros. Esse local fica em um belo parque com bons acessos e muito bem cuidado. Nesse ponto começamos a pescaria: Logo os filhotes de Steelhead começaram a aparecer: Pegamos incontáveis dessas, mas estávamos com varas para steelhead adultos que entraram frescos do Lake Ontário e queríamos os pais dessas crianças. Fomos descendo o rio e explorando cada galhada, cada log, cada run que merecia atenção... Não demorou muito para chegarmos na barra do rio e avistamos o imponente Lake Ontário: Barra do rio: Essa região é belíssima e merece mais fotos: Tentamos por alguns minutos bater a boca do rio no lago mas sem resultados, sentimos que tínhamos que voltar e explorar alguns logs que deixamos para trás. Assim como na ida, enquanto subimos o rio, cada ponto era cuidadosamente observado: Durante todo o dia, além dos incontáveis filhotes de steelhead, pegamos várias browns de pequeno porte que garantiram algum movimento para nós. Walter também garantindo sua bonita brown: A pescaria estava divertida, difícil mas divertida, a parceria da mais alta qualidade e tudo estava indo excelentemente bem... Mas o nosso alvo ainda não tinha aparecido... Enfim Steelhead: Depois de muito insistir em um log que o Bruno prospectou e definiu o bom padrão para pescá-lo, começou a aparecer uns peixes seguidos nesse ponto. Nada de Steelhead ainda, mas sentimos que alí teríamos algum sucesso, até porque vimos um bom peixe ali no meio da galhada e ele tinha que pegar na isca uma hora ou outra... Consegui descer o glowbug no meio dos galhos e senti a pegada... Seria a tão esperada rainbow migratoria dos Great Lakes? Seria o fim da busca que começou em 2009 lendo os relatos e tentando entender a diferença entre esse peixe e uma rainbow trout? Eram tantas coisas que passavam pela cabeça que só consegui gritar por ajuda ao Bruno que estava downstream e ao Walter que estava upstream. Sinceramente achava difícil embarcar esse peixe, era uma galhada muito "travada" e o peixe pegou bem no meio, não tinha como tirá-lo de lá, a única coisa a fazer era tentar controlá-lo no diminuto espaço da galhada e rezar para que nada de inesperado acontecesse, nenhuma corrida bruta downstream, upstream, pros lados... Vixi, acho que não vai dar!!! Quando o Bruno subiu pra me ajudar e meteu a mão no rabo, tive a certeza... Entrei para o seleto grupo de brasileiros que tiveram o privilegio de pegar um Steelhead dos Great Lakes. O Walter me presenteou com essas excelentes fotos que são bela recordações que terei para sempre. Eu sei que não é um BIG Steelhead, é um exemplar pequeno até, mas fiquei satisfeito e tive o sentimento de dever cumprido. Finalmente tinha um Steelhead nas mãos, vi de perto a beleza, senti a força descomunal e entendi finalmente... Steelhead não é uma rainbow convencional. Steelhead é Steelhead!!! Logo depois finalizamos a pescaria e encerramos o dia junto com o por do sol. Fomos ao hotel em Port Hope e seguimos para um chopp em um Pub regrado a uma excelente IPA de British Columbia (justamente a terra dos melhores Steelies da Terra) e muitas histórias que passamos durante esse primeiro dia. Devido às condições desfavoráveis do creek, decidimos mudar de estratégia no segundo dia, mesmo sendo 1:30h a mais de viagem, resolvemos ir até o Credit River, velho conhecido do Bruno. O Credit é um rio maior onde o baixo nível não é tão visível e influencia menos que em um creek onde normalmente a vazão ja é pequena. Seguimos para Mississauga-ON cerca de 20min após Toronto. Logo na chegada já vimos o crowd de pescadores, mais de 8 carros estacionados. Da mesma forma que era um mal sinal (pescar no crowd sempre é ruim) era uma possibilidade de haver peixes no rio (o pessoal sabe que o peixe esta ali e vai pescar). Logo descobriríamos. Walter preparando o equipamento: Primeira visão do Credit River: O nível também estava baixo, mas pelo menos tínhamos alguma agua pra pescar. A paisagem desse rio é impressionante e as cores finais do outono encheram nossos olhos: Pescamos os poços e runs que nos sobraram do crowd, não nos restou boas opções e aproveitei para fazer algumas fotos do rio e dos parceiros: Bruno "swingando" no run: Walter observando o belo Credit: Não foi um dia fácil, tentamos muito... No meio da tarde um grande Steelhead atacou meu glow bug, bem maior que o primeiro que peguei, esse não se manteve calmo no meio do log, saiu em disparada para o meio do rio e antes mesmo de eu fazer alguma coisa, ele estourou meu leader. Aprendi duas grandes lições nesse dia: Respeitar peixe grande e SEMPRE deixar o equipamento em perfeitas condições, qualquer dobra estranha no tippet deve ser imediatamente substituído... Encerramos a nossa pescaria e voltamos para Montreal com a alma lavada e com essa bela imagem: A próxima aventura? Com certeza será atras dos Steelies de Ontário. Ja esta na agenda, só precisamos de chuva...
  7. Ooooooo saudades da Bocaina. Ja acampei MUITO por essas querências e me enfiei em uns buracos que até Deus duvidaria hahaha Fiz pescarias épicas e parcerias memoráveis com os carrapatos Hahaha Legal rever as fotos e saber que ainda tem trutas por aquelas bandas. Muito bom, parabéns cara!
  8. Olá mosqueiros como estão? Aproveitando as minhas férias (curtas) para contar um pouco sobre as nossas últimas pescarias de trutas em terras Québécoises... Já contei um pouco sobre as nossas empreitadas no Rivière Chateauguay que fica ao sul da ilha de Montréal nascendo nos USA e desaguando no Saint-Laurence River. O fato é que o Chateauguay "sofre" muito no alto verão ficando com o nível próximo aos 3 m3/s o que é muito baixo para os 15 a 20m3/s ideais. Diante desse cenário, tivemos que nos focar mais na pescaria de Bass no Saint-Laurence deixando as trutas um pouco de lado. Mas como fãs de trutas, tivemos que garimpar algum novo local para pescar trutas em junho/julho/agosto e foi aí que o Rivière du Diable (ou Rio do Diabo) apareceu como uma excelente alternativa, seja pela distância de Montréal, seja pela aparente qualidade de pesca. O Rivière du Diable fica a aproximadamente 150km de Montréal na região do Parc du Mont Tremblant. Esse é o único Rio do Québec (exceto os de salmão) que tem áreas exclusivas fly fishing only levado a diante pelos "Mosqueiros Endiabrados" (mais informações pelo site http://moucheursendiables.com/). Foi feito um trabalho magnífico de gestão e melhoramento desse rio através dessa associação de mosqueiros que realiza anualmente peixamentos de Browns, incentivam o pesque e solte (ainda não é obrigatório em todo o rio), campeonatos de fly fishing, melhoramentos dos acessos/trilhas no rio e outras ações que tornam o Rivière du Diable uma referência em qualidade de pesca. Eu e o Bruno resolvemos ir ver de perto e conhecer os acessos, wadding, paisagens e qualidade de pesca. Fly box preparada com algumas secas, wets e ninfas. Seguindo para o Mont Tremblant: Chegando à beira do rio, tudo fazia sentido e se confirmava, sem nem mesmo pescar estar ali já era "jogo ganho" tamanha a beleza do local. Umas das placas informativas na beira do rio. O parceiro Bruno já cai na água e começa o wadding que merece um parênteses. O vadeio nesse rio é extremamente difícil!!! Embora não seja um rio muito caudaloso e pouco profundo, as pedras absurdamente lisas e soltas somadas a um fundo irregular, tornam a simples tarefa de atravessar de uma margem a outra em algo que precisa ser feito com calma e atenção, caso contrário a chance de tomar um caldo e descer rolando uns metros é quase inevitável. O Bruno começa os trabalhos e logo têm uma ação na mosca seca. Eu estava por perto e aproveitei para registrar a briga com a Brown. Pena que logo após a truta escapou. Várias boas ações e peixes perdidos em um mesmo poço comprovam que esse é um rio com excelência em dry fly fishing. As trutas não são nem um pouco acanhadas para subir nas secas. Eu como ninfeiro de natureza, continuei varrendo as profundezas afim de encontrar minha primeira truta canadense. Para quem viu o meu relato de 6 meses de Canadá, deve ter lido que eu perdi muitas trutas durante a briga e ainda não havia tido êxito em "embarcar" uma truta. Esse peso de certa forma estava me atrapalhando muito nas pescarias e eu não estava conseguindo relaxar e pescar como deveria. Só nesse dia no Diable eu já havia fisgado e perdido 3 trutas durante a briga, elas por algum motivo mágico que eu desconheço, simplesmente se soltavam do anzol no meio da briga (linha tensionada, vara no bom ângulo, tudo nos conformes). Isso estava me incomodando e precisava fazer o landing da minha primeira truta para conseguir finalmente voltar a relaxar em uma pescaria de truta. Assim que perdi minha terceira truta da pescaria, eu olhei o rio e o ambiente para dar aquela respirada e foi aí que avistei um grande e profundo run do outro lado do rio. Resolvi que mesmo com a dificuldade do vadeio ia atravessar e pescar aquele ponto. Fui calmamente apoiando bem cada pé antes de dar o passo, pensando se seria ali que pegaria minha primeira "canadian trout". Chegando no run, dei uma revisada na profundidade e peso da minha ninfa e arremessei caprichosamente um pouco a frente de uma grande pedra submersa bem no meio do run, ao passar do lado o strike afundou denunciando a batida do peixe, eu instantaneamente levantei a vara confirmando a fisgada. A truta era bonita e saiu em disparada para o meio do rio me forçando a seguí-la de perto sem perder muito o contato. A cada pool que ela entrava, seu instinto a levava para baixo das pedras e eu desesperadamente tentava levá-la para um lugar mais limpo e calmo, foi assim que cheguei até a margem de partida e consegui finalmente colocar as mão na minha primeira, sofrida, suava e chorada truta canadense. O Bruno me presenteou com uma bela foto desse peixe tão importante e que lembrarei pra sempre: As vezes o tamanho do peixe não é proporcional à sua importância, e foi exatamente o caso dessa truta. Logo após pescá-la eu simplesmente parei de pescar e fiquei somente curtindo aquele momento vendo o Bruno pescar e conversando com ele. O Bruno ainda engatou pelo menos mais 3 trutas na seca, mas todas escaparam. Acho que aquele dia foi o dia das trutas... Pouco tempo depois era hora de ir embora. Depois dessa pescaria, nos dedicamos a um projeto futuro e demos um tempo nas trutas, na verdade o Bruno voltou no Diable ainda uma vez sozinho e fez uma extraordinária pescaria com secas e embarcou mais de 7 peixes. Ele tem algumas fotos dessa pescaria. Posta aí Bruno hahaha Essa semana resolvemos voltar au Diable para ver como estava o rio. O calor está absurdo ultimamente e os mais de 30 graus dessa semana com muita umidade fez a sensação térmica ficar quase que insuportável. Chegamos no rio por voltar das 14h e percebemos que o rio estava mais baixo que na primeira visita porém a água sempre gelada e em ótimas condições de qualidade. Devido ao sucesso que o Bruno obteve na pescaria com moscas secas na empreitada dele, optamos por começar com elas... Logo no primeiro poço uma truta não resiste a Light Cahill e abocanha pra valer a mosca. Sem toda a pressão de antes, eu embarco tranquilamente a primeira truta da pescaria. A última truta marrom que havia pego na mosca seca foi em 2009 no Rivière l'Albarine na França. Estava com saudades já! Pouco tempo depois já mudo pra ninfa e nenhuma ação, só uma truta que atacou o strike indicator assim que caiu na água, isso me motivou a voltar pra seca e resultou em mais uma trutinha. O Bruno acertou sua primeira da pescaria (também na seca) no mesmo RUN da minha primeira canadense... Fazendo o landing: Uma bela marrom do Rivière du Diable Fizemos a pescaria nesse run. Perdemos muitas trutas engatadas durante a briga e algumas ações também. Mesmo assim o Bruno ainda garantiu mais essa. O bacana dessa pescaria é que as capturas foram 100% na mosca seca. Fazia muito tempo que não fazia uma pescaria dedicada tempo integral à mosca seca. Foi muito bom. Saldo do dia 2 trutas fotografadas para cada um e mais umas tantas perdidas ao longo do dia. Alma renovada, é hora de voltar para Montréal curtindo um belo pôr do sol... Isso aí pessoal, agora estamos nos perguntando qual será nossa próxima pescaria. Um grande abraço.
  9. Excelente cara. Está de parabéns pelo relato e pela pescaria. Muito bom mesmo! Essa coisa de pescar no meio da cidade trutas e graylings é uma loucura e muito bacana. Parabéns mais uma vez!
  10. Valeu gurizada... Realmente a cada saída temos boas surpresas. Qualidade de pesca excelente e belíssimos lugares. Quanto à parceria com o Bruno, nem preciso falar, gente muito boa e pescador da mais alta qualidade. A BASS SEASON está a todo vapor e em breve farei um relato mostrando um pouco disso. É uma loucura essa pescaria de Bass na corredeira. Abraços.
  11. Estava um tempo meio ausente do fórum, muita correria nesse começo, um longo inverno e voltar a sentar em um banco de faculdade tiraram muito do meu tempo e, o pouco que restou, usei pra pescar e é justamente esse o intuito desse post, mostrar um apanhado geral das pescarias que fiz nesses 6 meses de Canadá, 6 meses modo de falar porque a temporada de pesca começou mesmo a 3 meses aproximadamente. Antes de abril foi simplesmente impossível pescar, quando se está a -30 graus com um vento cortante dando uma sensação térmica abaixo de 40 negativos entende-se bem isso... O fato é que viver esse primeiro inverno canadense foi menos traumático que eu pensei, o tempo passou rápido e preenchi com várias atividades como patins no gelo, etc... A grande verdade é que sempre que dava eu saía pra dar uma espiada no rio pra ver e imaginar como seriam as empreitadas futuras à essas águas tão desconhecidas. Saint Laurence River em pleno inverno. Dá pra ver muito gelo descendo. Difícil imaginar como ficaria 3 meses depois. Bom, acho que ninguém quer ficar vendo gelo, o negócio é pescaria e vamos à elas. Mas antes de falar da pescaria preciso falar de um cara que foi muito importante nesse meu começo, não só na parte da pescaria mas de uma maneira geral. O Bruno, a maioria daqui já o conhece. Ele conhece o Canadá e seu modo de funcionamento muito bem e, a cada saída com ele, eu aprendo alguma coisa seja de pesca, seja de Canadá, ao longo desse relato vocês o verão muito. Voltando a pescaria, como falei só começamos a pescar em Abril, especificamente dia 13 fizemos a nossa primeira empreitada. Foi uma ida a um rio atrás das trutas. Aliás, vou separar esse relato mais ou menos por espécies e tipo de pescaria e não cronologicamente, acho que assim fica mais curto e resumido e melhor de ler. Deixarei as trutas pro final, e começarei com umas pescarias variadas que fiz no Canal Lachine. Essa pescaria é 110% Street Fishing. Basicamente nesse canal existem Pikes, Smallmouths Bass (dizem que tem Largemouths também), Rock Bass, Perchaudes, Sunfish, BlueGill, entre outras. Por ser um local walk distance da minha casa, eu tive a oportunidade de visitar esse canal em algumas ocasiões e saíram uns peixinhos. Sunfish: Perchaudes: Bluegill: Rock Bass: Um melhorzinho: Esses peixinhos aí na #3 garantem uma boa diversão e a quantidade deles é absurda, mas chega uma hora que buscamos o algo a mais, aí que o Canal Lachine reserva boas surpresas. Um belo dia um Bass bate num com força e faz a minha #3 sofrer: Primeiro Bass das terras geladas: Depois disso me equipei com uma vara #8 e me preparei para os Pikes e Bass. E as pescarias de bass se focalizaram no Saint Laurence com o Bruno. Na verdade, ele me apresentou uma região belíssima a qual realizou belas pescarias no verão passado (pra quem não leu, vale a pena dar uma olhada nesse relato dele: http://www.mosqueirosdorio.com.br/forum/index.php?/topic/11821-montreal/ ) Ele me ensinou a técnica de swing que é muito interessante, o legal é que já vou treinando essa técnica para o run de Steelhead de Novembro. Ele também tentou me iniciar no Double Hand, mas o pangaré aqui não se saiu bem, vou treinando e quem sabe um dia eu chego lá hahaha Bruno lançando com a DH no Saint Laurence ainda cheio e com a água turva do degelo: Umas imagens dos rápidos Lachine (Não é o Canal Lachine, apesar do nome semelhante o local é totalmente diferente). E os Basses aparecem em peso nessa região. Bass na linha: O Bruno com os dele também: E a bassrada pegando forte nos rápidos. Esse playground a 20min de casa é um baita privilégio. Os grandes que o Bruno pegou ano passado ainda não saíram essa temporada, mas logo vão aparecer, até porque o verão só começou... No mês de maio ocorreu o RUN de um peixe emblemático que se chama ALOSE. O Alose é uma espécie de "sardinhão" do Atlântico que sobe o Saint Laurence (Rivière-des-Prairies mais especificamente) para se reproduzir assim como fazem várias espécies de salmonídeos. Centenas de pescadores lotam as margens do rio para tentar buscar seu peixe... Farei algumas ponderações dessa pescaria. É uma pescaria nada elegante, até porque ficar buscando um espaço na beira do rio não tem nada de glamour. O local não é apropriado para o fly fishing devido a quantidade enorme de pescadores de jig. É uma pescaria urbana pois o run se concentra num trecho do rio no meio da cidade. Tem MUITOOOOO Alose subindo o rio, é uma quantidade absurda de peixe. A pesca com mosca do Alose é um tanto quanto difícil e resolvi ir de teimosia pois, mesmo sabendo disso tudo, queriam tentar pegar um Alose. Pescaria urbana tem suas vantagens, indo pescar de metrô: Chegando no ponto de pesca: Grata surpresa ao chegar e ver um flyzeiro de DH. Estava chovendo e um clima bem frio pra época por isso fiz poucas fotos. Depois de tentar por várias horas sem sucesso, eu finalmente consegui um bom lugar na cabeça do run e tive minhas primeiras ações. O primeiro peixe bateu e acabei perdendo depois de uns 10min de briga, estava com a minha #3 (subdimensionada para essa pescaria). A força e esportividade desse peixe é algo inacreditável, sem dúvida é um dos peixes mais esportivos que tive o prazer de pescar. Na segunda batida eu não menosprezei o peixe e fui com mais calma e busquei cansar mais o peixe sem forçar tanto... Deu certo, depois de uns 10-12 minutos de briga tinha meu Alose nas mãos: Peixe lindíssimo e absurdamente rápido. Peixe liberado, me dei por satisfeito e fui embora feliz da vida. Foi sorte porque a chuva apertou muito... Fiz umas empreitadas nos PIKES também e tive meus primeiros espécimes pegos com equipamento de fly. Alguns pontos de Pike no Saint Laurence: Vários pequenos brigadores: E o maiorzinho da turma com 60cm. Volte e meia visitando a excelente fly shop de Montréal: Essas foram as pescarias mais mistas que fiz por aqui, estou pescando mais que imaginava e nosso quintal tem excelentes opções. Como prometido, agora falarei das pescarias de trutas que fizemos até o presente momento dessa temporada. Lá em cima comentei que 13 de Abril fizemos nossa primeira pescaria da temporada e foi de truta. Fomos para um pequeno rio mais a título de explorar mesmo, na verdade nem sabíamos se tinha ou não truta, o fato é que ele está no sistema do Chateauguay (falarei bastante desse rio) e imaginamos que poderia ter, mas analisando alguns fatos depois, observamos que é um rio com pouco volume de água no verão e dificilmente suportaria uma população de truta. Algumas fotos dessa aventura: O belo ruisseau Noir: Apesar dessa pescaria, para as trutas nos concentramos 100% no rio Chateauguay. Esse rio nasce nos Adirondacks nos USA e desce até desaguar no Saint Laurence em Québec Canadá. É um rio lindo, clássico para as trutas e SUPER técnico (um dos mais difíceis que já pesquei). Na verdade existe uma questão em torno do Chateauguay que é importante ressaltar... O estado de NY estoca trutas nesse rio e o Canadá não, o fato é que a pesca do lado canadense é muito mais difícil que nos USA, seja pelos estoques de lá, seja pela conformação do rio no nosso vizinho que parece ser mais adequada para os peixes. Uma coisa que é importante falar também é que, apesar dos estoques, o Chateauguay tem grandes trutas marrons residentes. Fizemos algumas empreitadas de reconhecimento ainda em Abril e vimos de perto o porquê de ser um rio considerado como desafiador por muitos... É um rio de difícil leitura e apresentar decentemente a mosca é um desafio. Esse trecho fica a alguns metros da fronteira com os USA. Alguns insetos da região. Uma stone gigante. Ele tem trechos de remansos. Grandes runs E algumas sessões de pools Em termos de pesca eu tive alguns peixes ferrados e até agora não consegui nenhuma foto, todos escaparam antes. Acho que estou com algum karma de vidas passadas com esse rio, não é possível isso. Hahaha O Bruno fez uma excelente pescaria do lado Americano e pegou uma linda brown... E também garantiu uma bonita rainbow do lado canadense. As pescarias no Chateauguay geralmente são desafiadoras e não temos mais que 4-5 ações em 3-4h de pesca. Como citei, é um rio de difícil leitura e apresentação da mosca, mas ao poucos estamos desvendando as melhores formas e locais para pescar. Para começar a contar as sagas de pescarias, acho que é isso por enquanto. Temos um longo e merecido verão pela frente e, junto com ele, muitas pescarias... Abração amigos.
  12. Pois olhem... 2015 em termos de pescaria pra mim foi fantástico. Em janeiro finalmente pude pescar na Argentina (não foi na Patagônia ainda mas peguei umas trutinhas andinas e foi muito legal). Comecei o projeto da OTHERFSISH e foi fantástico, fiz muitos amigos, aprendi demais com cada pescador que guiei e me diverti demais com todos. Foi excepcional. Peguei minha maior truta da vida e isso foi bemmmm legal também. Basicamente pesquei trutas só, mas rolou até uns BLACKS no meio da história. Foi um dos anos que mais pesquei sem dúvida. Para 2016... Um dos meus objetivos de 2015 que não consegui realizar foi pegar uma fontinallis. Em 2016 isso será praticamente consequência de pescar no Québec (terra das fontinallis). Certamente meu goal será uma steelhead. Já estou esquematizando umas pescarias com o Brunão por aqui e vou com o professor. Vamos ver se terei competência! Quero fazer uma ICE FISHING também, Só estou esperando o gelo chegar com força. Se conseguir pescar 1/3 do que pesquei ano passado, estou muito feliz. Hehehe Abraços.
  13. Feliz 2016 amigos... Muitos peixes e excelentes pescarias para todos nós. Abração.
  14. Amigos... Wader é um assunto que sempre disperta amores e ódios hehe Minha experiência é a seguinte... Ja tive dois wader na vida. O primeiro era um RAPALA (isso mesmo). Comprei na França em 2009 e o bichinho foi valente que só ele. Durou muitas pescarias. O segundo foi um "DEVILS BRAND" (desculpem o termo) HIGHWATER. O uso com ele foi extremo, sim porque o usei para abrir trilhas no meio da mata fechada, raspando em galhos e vegetação pesada, usei por MUITAS pescarias, para terem uma idéia cheguei a usar esse wader 18 dias em um único mês e ele durou muito. Contabilizando todas as pescarias que usei, acredito que ele foi heroicamente resistente e não tenho nada a reclamar quanto a durabilidade. Já usei SIMMS, REDINGTON (emprestado de amigos) também e com total segurança são ótimos equipamentos. Agora vai do seu bolso. Eu ultimamente tenho pensado que se for pra usar no mato, abrindo trilhas, etc, não vale a pena investir num wader muito caro, porque vai detonar com certeza. Se for pra Patagônia e outros lugares que já existem estruturas, boas trilhas e tudo mais eu realmente pensaria num wader SIMMS, etc... Abração.
  15. Obrigado amigos... Peço desculpas por somente responder agora, minha vida está uma correria (ainda) com a mudança. Aproveito para desejar um Feliz Natal (atrasado) e um maravilhoso 2016 com muita saúde, paz e boas pescarias. Um grande abraço amigos e obrigado novamente.
  16. Agradeço demais pelas palavras de incentivo e força meus amigos. Eu amo nosso Brasil e, embora não pareça, não está sendo fácil largar tudo e começar uma vida nova em outro país, mesmo com todas as dificuldades que temos passado por aqui. Aos amigos que quiserem pescar umas trutinhas, serão bem vindos em Montreal, por essas bandas não se encontram as SteelHeads mas temos várias boas opções para pescar com mosca. Continuarei por aqui com toda certeza e não perderemos contato. Abração amigos.
  17. Olá amigos como estão? Andei meio sumido esse últimos tempos mas foi por um bom motivo. A vários meses estou ajeitando toda a documentação necessária para iniciar uma nova etapa da minha vida... Em dezembro me mudarei definitivamente para o Canadá (Montreal) junto com a minha esposa. Estamos deixando nosso amado Brasil com o coração apertado, sem esperanças e com um desejo imenso que as coisas melhorem, mesmo não conseguindo vislumbrar isso a médio prazo. Farei uma nova faculdade nas terras geladas e espero começar uma nova vida num país sério, seguro e que respeite as pessoas. Dificilmente conseguirei pescar por lá nos primeiros meses até porque o inverno se estenderá até meados de Abril/Maio, mas assim que possível, tentarei dar algumas escapadas. Gostaria de colocar aqui que a empresa OTHERFISH continua suas atividades sem mim, sob o comando do Juliano Rataiczyk. Ele é um cara nota 10 e sempre disposto a ajudar. Eu realmente espero que ele continue com o trabalho que nós começamos e que a pesca de truta prospere de forma sustentável sempre. No que puder ajudar e contribuir para que isso aconteça, farei mesmo à distância. Para finalizar preciso externar que sentirei MUITA falta das pescarias de trutas nas serras Catarinense e Paranaense. Um grande abraço.
  18. Carlos Salatti

    Montreal

    Grande Bruno... Maravilha de pescaria cara, encheu os olhos, street fishing aqui no Brasil é um sonho distante ainda, mas vejo que mais ao norte é uma realidade (boa realidade). Você sabe como esse teu relato é importante pra mim né? Show demais cara. Boas pescarias por aí e não deixe de postá-las. Um abração e vamos conversando.
  19. Brigadao Beto... Quando quiser, venha! Abs. Muito obrigado pelas palavras Marchi. Abracos.
  20. Valeu Cazes Grande parceiro. Realmente o Akamine e o Partica são feras demais, ver os caras pescando é um prazer. Hehehe O Cubatão é um rio fantástico mesmo e a cada lugar que vamos é uma surpresa, pena que essa pescaria os peixes estavam super difíceis. Mas faz parte do show! Abraços cara. Muito legal mesmo Felipe. Com esses dois é sucesso garantido. Grande Boss... Agradeço as palavras de incentivo e lhe convido para uma pescaria por essas bandas, tenho certeza que tu irá se divertir um bocado. Abraços. Edson meu caro... Nós temos guiado pescadores com pouca experiência no flyfishing e lhe digo com segurança que essa nossa operação não é somente para quem é "expert" como o Akamine e o Partica. Apesar de bastante técnica, essa pescaria é super tranquila e obtivemos resultados muitos bons com todo tipo de pescador. Sinta-se convidado para se aventurar com a gente. Abração.
  21. Nelsão, reitero aqui o grande prazer que foi estar contigo nessa pescaria. Muito em breve repetiremos a dose mas dessa vez será lá na Serra da Esperança e pegaremos umas trutas Paranaenses. Um abração meu amigo Brigadão Marco. Abs. Muito obrigado pelas palavras incentivadoras Cazes... Nós estamos trabalhando duro para fazer alguma coisa de diferente e especial para os pescadores. Abraços. Olá Ilza, como vai? Realmente a temperatura por lá tem caído bastante nos últimos tempos. Na nossa última empreitada os dias amanheciam com uma temperatura de 3,3 graus mas durante a pescaria em sí essa temperatura sobe para uma média de uns 12-14 graus. Nessa pescaria com o Nelson, a temperatura estava bem mais amena que em Junho e ficou na faixa de 18 graus. Quando quiserem "passar frio" e de quebra pegar umas trutas, já sabe como conseguir Agradeço de coração às palavras. Obrigado Matheus. Abs.
  22. Olá amigos como estão? Faz dias que estou ausente daqui, mas a correria está enorme e as trutas não estão nos dando folga Cada dia que passa a OTHERFISH tem novas experiências e o privilégio de ter a cia de pescadores e pessoas espetaculares. Nossa última expedição à Campo Alegre no rio Cubatão exemplifica exatamente isso... A praticamente 2 meses atrás uma dupla fantástica reservou uma data para o final da temporada, pouco antes do fechamento para a reprodução das trutas que vai até meados de Agosto. O Beto Akamine e o Fernando Partica são de Ponta Grossa e são renomados mosqueiros além de serem dois caras da mais alta qualidade e simpatia. A pescaria ficou marcada para os dias 27 e 28 de junho, e eles viriam até Curitiba para daqui continuarmos. Lá pelas 05:30h do sábado os dois estavam no "QG" da OTHERFISH para seguirmos de Jipe até o rio. Por volta das 07:30h estávamos tomando um café nas instalações às margens do rio Cubatão. Sem demorar muito, logo estávamos quase prontos para encarar o primeiro período de pescaria. Tudo pronto e preparado lá vamos nós para o primeiro ponto de pesca... Não sem antes registrar a alegria desses dois grandes amigos: Agora sim, pé na estrada: Menos de 10 minutos de caminhada e já estávamos na água com as primeiras informações de como faríamos essa pescaria e fazendo a leitura do rio e ambiente. Partica começando a pescaria com suas primeiras derivas e boas apresentações... O Beto também começou muitíssimo bem, fazendo jus a sua fama de excelente pescador. SEMPRE muito bem humorados, sentimos como se já nos conhecêssemos a muito tempo e o tempo inteiro a pescaria foi assim... Risadas, piadas, histórias e muita parceria. Claro que muita técnica também: Quando o pequeno rio Cubatão nos permite, conseguimos pescar em dois no mesmo tramo, mas não são todos os lugares que conseguimos isso. Beto super concentrado na deriva: A manhã passou absurdamente rápida e logo era a hora do almoço: O Beto tratou de sacar um whisky para harmonizar com o maravilhoso bolinho de truta: Isso abriu o apetite e logo partimos para o almoço que já tem a sua marca registrada na OTHERFISH. Um breve descanso e logo estávamos nas trilhas em busca dos pontos de pesca: E os trabalhos recomeçam: A pescaria estava extremamente difícil, peixes inativos e tivemos que trabalhar muito para tirar a primeira da água: Finalmente no net: A alegria do Partica: Um zoom da pequena: Uma coisa que merece destaque aqui é que, a Dupla Partica/Akamine são grandes casteadores, a cada arremesso as moscas caíam onde eles queriam. Mais algumas movimentações pelo rio... E a lua deu as caras... Era hora de finalizar o nosso primeiro dia de pesca. Conseguimos fisgar alguns poucos peixes, a maioria escapou e fomos nos consolar com um belíssimo caldo de truta, truta frita e defumada, mandioca frita, arroz e bolinho de truta. Jantar top demais. O Beto não perdeu tempo e foi aproveitar. CLARO que não faltou um bom vinho, atado e excelente papo. Estávamos quebrados, principalmente o Akamine e o Partica que saíram de Ponta Grossa antes das 04:00h da manhã... Resolvemos ir cedo para a cama pois o domingo seria muito ativo. Dormimos cedo, logo pulamos cedo da cama... Antes das 07:00h já estávamos sentindo na pele a temperatura de 3,3 graus. Chaleira no fogo para o café e chimarrão: O "target" desse dia era principalmente passar a técnica da "LA ROULETTE" para os nossos amigos. Esse era o principal objetivo técnico deles pelo o que conversamos. Reservamos esse segundo dia porque queríamos explorar pontos diferentes e mais distantes, assim teríamos tempo e calma para fundamentar com solidez os conceitos dessa técnica. Buscamos explorar pontos bem mais a jusante do rio e logo já estávamos na trilha: Parceria forte: Movimentações pelas paisagens do Alto Cubatão: Começamos o dia com uma rápida passada pela cachoeira: Uma boa dose de aventura, se fosse diferente não seria a OTHERFISH: Chegamos nesse tramo do Cubatão que é perfeito para praticar a LA ROULETTE... Em uma extensão de aproximadamente 400m, o rio se aperta e encaixa a calha em um ambiente rochoso e com bons pools e rápidos excelentes: O Beto e o Partica, executando perfeitamente a técnica: Explorando cada pedacinho do tramo: Natureza preservada e exuberante: Na parte da tarde resolvemos encerrar a pescaria um pouco mais cedo. No domingo a atividade das trutas estava ainda mais escassa e o dia serviu apenas para a praticar a LA ROULETTE e discutir sobre as próximas pescarias que já estão pré marcadas pelo Akamine e Partica. Os últimos movimentos da pescaria: Essa foto é o registro perfeito da nossa aventura... Fernando Partica, Carlos Salatti, Juliano Rataiczyk, Beto Akamine: Faltou peixe? Sem dúvida que faltou... Nossa equipe usou todas as armas que tínhamos disponíveis e tivemos pouco sucesso, na verdade vivenciamos uma situação semelhante com o Ananias. Desse vez a coisa estava ainda mais severa e observamos que muitos fatores influenciaram negativamente a produtividade. Tudo isso no final das contas não atrapalhou em nada nossa aventura, foi muitíssimo produtivo justamente por tornar a pescaria ainda mais técnica e desafiadora. O TEASER da pescaria acabou de sair do forno e é um resumo do que foi tudo isso: Aproveito também para convidá-los a visitar nosso Canal do YouTube: https://www.youtube.com/channel/UCHJZOfSF5mt8ui95TOXd-rw E nossa página do Facebook: https://www.facebook.com/otherfishtours Gostaria de agradecer aqui aos nossos parceiros Beto Akamine e Fernando Partica, muito em breve estaremos juntos em mais uma aventura única e cheia de desafios. Aproveitando o tópico gostaria de salientar novamente que a pesca para esse mês de julho/agosto estará fechada... Caso tenha interesse em fazer uma pescaria conosco, entre em contato que marcamos sua pescaria para o começo da abertura. Muitíssimo em breve abriremos nosso novo roteiro na Serra da Esperança-PR. Garanto que valerá muito a pena esperar pois a novidade será arrebatadora. Espero que tenham apreciado as fotos e o nosso vídeo dessa aventura. Um grande abraço de toda a equipe OTHERFISH.
  23. Realmente o assunto é polêmico Boss e eu não quero ressucitar o "defunto"... Minha intenção não é colocar em check questões como leis, certo/errado, egos, etc... Queria apenas verificar se o assunto Estudo da reprodução das trutas no Brasil andou efetivamente, sem segundas intenções, sem ofender alguém e sem ter interesses de qualquer tipo (além é claro da curiosidade). Enfim, queria ver se existem pessoas (acadêmicas) envolvidas em algum assunto correlato. Faltam estudos no Brasil, não falando só de truta mas de qualquer peixe. Quanto ao assunto estar calmo, penso que isso é bom mas temos que cuidar para não nos acomodarmos demais em temas (qualquer tema) que são de grande repercussão, pois são geralmente esses temas que deveriam ser mais discutidos afim de evoluirmos como pescadores. Um Abração ps.: Depois que o Jamanta voltar da lua de mel, falarei com ele sobre esse assunto...
  24. Valeu Jost... Vamos esperar e ver se o jamanta sabe de algo. Guilherme, as paixões são boas... hehehe Abs.
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