Após doze anos longe do rio macaé, resolvi, na madrugada de sexta para sábado, embalado pelos relatos dos amigos aqui do fórum, dar um pulo por lá para matar a saudade. Saí de casa 4:20 da manhã e levei duas horas até o ponto que o Fausto indica em seu relato, o posto de rafting. Quanto à pescaria, tracei uma estratégia: usar streamer nas primeiras horas da manhã e nas ultimas horas da tarde em busca dos robalos, jacundás e saicangas, deixando as horas mais quentes do dia para correr atrás dos lambaris com mosca seca. Fugi do roteiro e utilizei por toda a manhã e parte da tarde uma clouser minnow branca #8 com olhos de chumbo, e busquei os peixes em locais mais profundos e com água rápida. Já no primeiro arremesso peguei um lambari e pensei que seria o primeiro de muitos peixes daquele lindo dia. Ledo engano, bati todos os pontos que julgava conter peixes e não peguei nada, sequer percebi qualquer intenção neste sentido. A manhã já havia transcorrido quando passei a bater a borda de uma corredeira, bem na junção da água rápida com a lenta, a cada arremesso lançava a mosca 20cm a frente do local onde a isca havia caído anteriormente, após quatro arremessos no mesmo pool saquei um robalinho. De resto foram muitos lambarizinhos nas secas e lambarizões em uma wooly bugger #12, que eu providencialmente tratei de arrancar a cauda. só esse miúdo posou para a foto. O rio estava cheio de taínhas enormes, que lembravam trutas nadando nas águas rasas, consegui tirar essa foto de uma delas, o peixe está embaixo da hora. Fiz um vídeo onde aparece um belo cardume delas fazendo evoluções na água rasa, depois posto. Considerações finais: Me senti muito a vontade no rio macaé, especialmente se comparado aos demais rios em que costumo pescar. Tomo como exemplo, para estabelecer comparação, o rio piraí. Trata-se de um rio apertado, cheio de potenciais macacos que limitam o cast, com correnteza concentrada em calhas que dão à água uma velocidade e força que dificultam absurdamente a pescaria, pelo mesmo motivo o vadeio é bem restrito e o pescador precisa ficar das margens se desdobrando para controlar a linha que está na água turbulenta, a linha que está enroscando nos malditos capins, os macacos. Como bem disse o Fausto em seu relato, o rio macaé lembra os rios da patagônia em alguns momentos e é, sem dúvida, um ótimo local para pôr em prática as técnicas de apresentação e correção, devido a correnteza moderada e ao amplo espaço para as mais variadas manobras, sem falar na grande quantidade de lambaris grandes que exitem por lá e na possibilidade de pegar algum predador desavisado.