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Neumann: Relatos dos dias 05, 06 e 07/02/2008


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  • Patrono

No dia 05/02, enquanto que o Fausto e o Maurício saem para flotar o baixo Chimehuín, eu e érgio fomos vadear no Chimehuín, nos mesmo local que o Fausto e Maurício haviam flotado no dia anterior. Este plano foi resultado da análise pós-pescaria do dia anterior, em frente a uns pratos com bife de chorizo, pollo e papas ao natural e truta a "La Posta"... Falamos para Fuasto e Maurício fugirem do Collon Curá. E, em função do sucesso do vadeio deles, eu e Sérgio decidimos ir aos mesmos lugares. Este foi o plano... Já a execução!!! O Fausto e o maurício disseram, mais ou menos, vá pela estrada depois da ponte, vire a direita, ande uns 100-150 m atravesse o rio, e nos esqueçemos do resto. Assim, eu e o Sérgio, neste dia, caminhamos muito mais do que pescamos. Fomos a pé até quase alcançar a barra do Quilquihué no Chimehuín. Fácil, fácil uns 5-6 km de ida e o mesmo tanto de volta.

Tudo começou bem. Ao chegarmos perto do ponto de cruzar o Chimehuín, o Sérgio vê uma arcoíris comendo e fa o arremesso. O resultado: uma briga com a trutinha. Na mesma foto, há um círculo amarelo. Ele marca o lugar onde, na volta, eu apliquei os preceitos de Heráclito diretamente pela segunda vez... Fiquei com uns 10 l de ´gua dentro do wader em cada perna! E eu autorizo ao Sérgio a mostrar a maneira pouco ortodoxa como eu me livrei daquela água. A foto esta com ele...

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Depois disso, caminhamos, caminhamos e caminhamos... Pescamos algumas trutinhas. E foi só!

Na parte da tarde, voltamos ao Chimehuín para pescar à esquerda da ponte, no corredor das trutas, indo na diração do álamos. Outra vez, faço heraclitolices.... Terceira vez.

Ai começa uma ventania das brabas mas chegando um pouco mais perto dos sauces achamos jeito de nos proteger e conseguir arremessar alguma coisa... Quando eu descia o rio pescando, um outro pescdor saiu do meio dos sauces e ficou entre eu e o Sérgio. E agora, Neumann? Neumann, e agora? Lembo do episódio anterior com o Serginho. Se eu passo por ele, arrumo briga. Fico parado casteando. Então, ele, gentilmente, me pergunta se eu estava pescando junto do Sérgio. Digo que sim e ele fala para eu ultrapassá-lo. Quando vou passando por ele, o gajo me chama. "usyed es de Curitiba?" não, sou de Macaé. " È que mirei tu wader e tu colete. ès amigo de beto vaucher?. Si, lo conosco, respondo no mais perfeito portunho. Ele replica: "Soy carlos, jo trouxe tu wader a Beto Vaucher!!! ohmy.gif O mundo dos pescadores com mosca é pequeno... na continuação da pesca, fomos abordados pelos guarda-caza que nos pediram identificação e a licençca de pesca. Segunda fiscalização. Bom.

No dia 06/07, mudamos as duplas. Pescamos de vadeio eu e o Maurício e fauxto e Sérgio de flotada.

Eu e o maurício, decidimos ir ao Malleo. Pela manhã na reserva Mapuche e a tarde na segunda ponte da ruta asfaltada (não a ponte amarela mais acima).

No trecho da reserva, muitas ações de trutas. Muitas mesmo, especialmente logo que chegamos, ainda "cedo"., lá pelas 10h. Não tenho foto, pois a Fujmez estava na charqueada!

A tarde, depois de um lauto almoço de três empanadas, fomos ao que eu vou chamar de médio Malleo. Decidimos caminhar uns 20-30 min rio acima e descer vadeando e pescando até o carro.

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Tivemos boas ações. Mostro uma foto meio expressionista, meio arte moderna de uma trutinha, pois eu estava em plena "fomeage". Aqui vai um conselho que eu seguirei. Não levarei mais para pescar máquina fotográfica sem um visor ótico convencional. É muito ruim em um ambiente de alta luminosidade fazer um enquadramento decente...

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Logo depoism tenho uma ação espetacular de uma grande truta marrom. Estava em um trecho onde o Malleo se afunila contra um paredão de pedra. Lancei minha stimulator grande ou média (as pequenas requerem o uso de óculos de leitura para passar a linha pelo olho do anzol...) bem na linha de corrente. A isca derivou um pouco e, subitamente, uma marron pula toda fora d´água e abocanha a mosca. Que salto. Que marron. Consigo clavar. Ela toma linha. O espaço é curto e se ela descesse rio abaixo eu´staria em sarilhos. Devido a profundidade do trecho eu não poderia segui-la. Apertei um pouco a frição. Comecei a recolher linha. Esta vai para foto. gritei para o maurício. venha cá, que eu peguei uma macanuda. Acho que era uma truta envergonhada... Meu grito e a possibibilidade de ser fotografada, a fizeram dar mais um salto e com isto, lá se foi o tippet... Que decepção. Era grande e naõ era boato... sad.gif

Descendo o malleo, logo chega a ve do maurício. É a vez dele gritar. PEguei uma grande. A foto da arcoíris esta no relato dele mas eu mostro parte da briga. Neste ponto, a linha já tinha ido quase toda e o maurício contemplava a possibilidade de usar o backing...

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Tivemos algumas outras ações mas nada que chegasse perto destas duas emocionantes imagens, uma em fotos a outra gravada nos meu neurônios!!!

No dia 07/02, a dupla de passoslargos Neumann e Sérgio sai para vadiar, e/ou vadear! Escolhemos o alto Malleo, baseado em dica do guia Mario Grande. Deveríamos achar três grandes araucárias e ali entrar no rio. Achamos três mil pois estamos em região mais alta e mais úmida. A fots diz tudo sobre o lugar...

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Foi chegar e pesca, pescar e pescar. A água do alto Malleo é bem mais fria e as trutas ficam mais a vontade e bem mais ativas. Com uma única isca, uma adams, peguei 10 trutas e trutinhas e lambaris (trutinhas anãs...) em uns 20-30 min. Muita ação. Depois as ações diminuiram e a pescaria, bem definida pelo Fausto, ficou bastante técnica, de caçar a truta nos spots, tal e qual no MDC. para não ficar só no boato, a ação de uma marrom maiorzinha e a sua foto, ruim, pela dificuldade de visualização do display e melhoria do enquadramento.

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Pescamos mais um tanto. Decidimos ir até o lago Tromen para ver se havia alguma lanchonete ou algum troço para comer. Não havia. Nosso almoço, às margens do Lago Tromen foi um pacote de batinhas fritas e 3 bolinhos (madeleines) para cada um Antes disso, ainda bem, como ninguém é de ferro, una Quilmes, si señor!!

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Ponderamos em seguir uns 6-8 pescadores que passaram por nós na direção da boca do Malleo... entretanto, pelo horário decidimos que se fôssemos lá pescar, não teríamos tempo de ver o papa... a boca do Chimehuín!!! Fomos, então para a mítica boca!!

Há um boato de que Neumann pegou uma arcoíris com de palmo ou palmo e meio lá. Ele achou que a havia fotografado mas nada... Fiquem então com um arremesso onde a linha foi ressaltada, mostrando linha bem lançada (acho eu...)

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O Sérgio pegou umas duas trutinhas ali, tb. Depois descemos o Chimehuín e ao passar por debaixo da ponte, eu achei uma pinça. Como eu já havia perdido a minha, o achado veio mesmo a calhar! rolleyes.gif

o final da tarde parece uma pintura de Turner (um pintor inglês famoso por suas paisagens de tempestades) ou a pintura de Turner é que se parece com o fim de tarde nas orillas do lago Huechulafquen...

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Eu havia decidido escrever o relato até o fim da pescaria mas as obrigações familiares (e as tropas também...) me forçam a postergar o final da história, deixando mais um relato, este com grandes arcoíris para mais tarde.

Até lá.

sds,

Neumann

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  • Administrador

Muito bom Neumann! bom.gif

Gostei do relato! okok.gif

Suas fotografias podem ser apresentadas um pouco maiores do que estão, basta clicar sobre elas em nosso ábum de fotografias e em seguida copiar o endereço dela devidamente ampliada.

Observe a última fotografia, está maior que as demais, pois eu copiei o link do endereço dela já ampliada. wink.gif

Tem como me enviar por e-mail a original da Turner?

T+ smile.gif

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  • Patrono

Neumann sua foto extraindo água já consta do meu relato, se quiser complementar com ela é só copiar o link do meu post e colar no seu post editando-o.

Gostei bastante das suas fotos, a Fujimex de vez em quando faz bonito, têm fotos muito boas. Achei as cores das suas fotos mais vivas que as que tirei. Já gravei um CD com as minhas fotos para você, vamos ver se amanhã consigo lhe entregar.

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  • Patrono

Segredo: Fujimex + Programa de edição de fotos (bem simples, da HP)...

O problema da Fujimex (marca de fantasia de uma trading chinesa, quando dá muito problema com os consumidores, eles simplesmente trocam o nome...) é a lente que deve ser de acrílico ou de um cristal bem ruinzinho.

As tuas fotos e as do Fausto são bem mais nítidas ("sharp image") do que as da Fujimex. Para estes detalhes não há jeito, a imagem tem de ser boa desde o nascedouro e ai só com lentes de qualidade superior e legítimas (Nikon, Canon, Fuji legítima. Zeiss, Olimpus, etc).

Várias das fotos que eu apresentei sofreram algumtipo de edição mas tratando do brilho, contraste e "aguçamento das bordas".

Na próxima viagem, máquina de primeira qualidade e com visor ótico! E, possivelmente, a prova d´água!!! laugh.gif

sds, Neumann

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  • Patrono

Bueno gurizada, para aqueles que me acompanharam até aqui, início o meu último relato.

No dia 08/02/2008, infelizmente o último dia da pescaria, eu e o Sérgio fomos flotar no baijo Chimenuín. O guia foi o Mário Chico pois o grande havia se desidaratado ao flotar no mesmo trecho com o Fausto e o Maurício.

Foi a melhor flotada em que pese o vento que começou a soprar depois do meio-dia e do cansaço que afetou meus arremessos. Perto do fim do dia eu estava chicoteando a água e não mais arresessando...

A flotada se iniciou no Quilquihué mas a pescaria, de fato, teve início quando chegamos ao Chimenuín. Ali, eu e Sérgio tivemos uma clara noção do tanto que havíamos caminhado no outro dia :p

Um pouco depois eu já tenho minha maior truta arcoíris de toda a jornada. Pique lindo, briga inesquecível mas apenas boas fotos pois a flotada é comprida e não se parava para estas "frescuras" de parar o bote, descer, sacar umas quantas fotos e soltar a truta. Aqui também uma diferença entre os guias. O Mário grande tem uma preocupação maior com a direção da luz quando vai fotografar a nossa truta, o Mário Chico sai logo apertando o disparador. Entretanto, ele interage mais com a gente em questão da isca a ser usada... No fim, ambos se equivalem e são muito bons guias!

A maior arcoíris, em foto em tamanho grande também, foi esta ai debaixo que foi um pouquinho aumentada pelo esticar de braços:

maior_arcoiris_chimenhuin_bajo_08-02-200

A manhã prossegue cheia de ações. O sérgio estava infernal. Terei de cobrar um extra pelas filmagens e fotos das suas ações... Uma delas foi esta aqui:

sergio_briga_no_bajo_chimenuin.jpg

Antes que ele abrisse muita frente em trutas capturadas (o que aconteceu depois... :angry: ) eu capturo uma outra arcoíris usando um gusano

outra_arcoiris_bajo_chimenhuin.jpg

Ai começou a "fomeage". Passei a forçar arremessos e, portanto, a perder iscas, tippet, lider e tome a amarrar tudo de novo. E o Serginho pegando truta... Cheguei a pesnar que era uma influência direta da posição no bote, ele na frente eeu atrás. Mudamos de posição mas se mudou alguma coisa foi pouco. A verdade é que o Serginho estava arremessando bem melhor, com melhor apresentação e, portanto, muito mais ações. De-lhe a se lembrar daquele alemão bigodudo: tudo aquilo que não nos mata, nos torna mais fortes.

Ainda, assim tive outras capturas de trutas menores até ferrar esta última maiorzinha (na verdade nem sei se capturei outras depois).

arcoiris_no_chimenhuin_baixo_08-02-2008.

Devo confessar que alterei a ordem das trutas. olhei nas propriedades das fotos e esta última foi capturada às 11h58 e a anterior ás 12h51. A maiorzona às 10h06, o que dá um espaço de quase 60 min entre cada truta maior. A trita do meio dia já foi capturada em uma chernobyl...

Depois aumentou o vento, eu bebi dois copos de vinho malbec Ventus no almoço, continuei a pescar macacos e sábias e terus (quero-quero). Minha técnica, foco na pescaria e reflexos diminuiram. O Serginho observou que perdi várias trutas por estar com a linha frouxa, desatento, etc. Faz parte. :ok

Quado chegamos ao Collon Curá, terminou nossa pescaria e nossa jornada patagônica. uma pena. Passou tão rápido.

Eu aprendi imensamente. Citei Heráclito não a toa. Realmente a Patagônia me mudou em relação à pesca com mosca. Hay que practicar! Hay que pescar. Hay que disfrutar la pesca mesmo que se pesque um único peixe. è díficil ver isto quando estamos no rio mas só o fato de er estado lá e lá ter esticados as linhas valeu imensamente... Nossa alma aumenta e como diz o Fernando Pessoa, tudo vale a pena se a alma não é pequena.

Sem pretensão alguma de ensinar alguma coisa, faço as minhas últimas observações e registros dos meus causos:

a) quatro contatos diretos com os rios, três no Chimenuín e um no Malleo :p

bb- moscas que me renderam mais ações: humphys (verdes, vermelhas e amarelas), stimulators e royal wulff. No alto Malleo 10 trutas com uma caddis;

c) máquina fotográfica deve ter visor ótico;

d) óculos de leitura para amarrar a mosca ao anzol são realmente uma necessidade;

e) boa apresentação de isca e leitura do rio não são bobagens, são poucos em que preciso melhorar;

f) é absolutamente necessário aprender a cotrolar a ansiedade. Por outro lado é fácil de entender estes ataques ansiosos quando se vai pela primeira vez à patagônia;

Finalmente, mas não último, a camaradagem. Foi um imenso prazer ter pescado com o Sergio, com o Fausto e com o Maurício. Nunca tivemos um único aborrecimento um com o outro. Bom humor, piadas, brincadeiras e a necessária seriedade foram uma constante. Este é o melhor recuerdo que trago desta magnífica jornada. Brothers in arms...

Por fim, um agradecimento especialíssimo para a Paula, minha esposa, que soube tão bem entender esta minha necessidade de ir pescar trutas na Patagônia. Sem parecer excessivamente pedante com tantas citações, faço uma última. Ela agiu como uma daquelas mulheres do Tempo e o Vento do Érico Veríssimo. Ele diz que quando a gauchada saia para as suas estripulias, especialmente pelear com os castilhanos (e foi o que nós fizemos, pelear com trutas castelhanas), quem cuidava da estância, criava os filhos e filhas, quem mantinha a terra, isto é, quem realmente mantinha o Rio Grande, eram as mulheres, aquelas magníficas mulheres. Foi o que a minha esposa fez. Ela manteve minha terra, manteve e cuidou do meu lugar, pois se é muito bom ir, melhor ainda é voltar...

Um imenso abraço a todos vocês.

jardim_e_agua_host_chimenhuin_09-02-2008

Luz, água e sombra nos jardins da Hosteria Chimenuín na nossa despedida...

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  • Mosqueiro

Lindo relato Neummann! Conheço o Serginho e o Fausto e sei como é agradável a companhia deles, 2 experts! Espero um dia ter a satisfação de conhece-lo também, para isso irei providenciar um material de Fly para pescarmos juntos (afinal, existe melhor meio de se conhecer alguém? rsrsrs). Ao ler vossos relatos da Patagônia essa vontade de tornar-se mosqueiro aumenta e muito dentro de mim!

Abs e parabéns pelos peixes, pelas fotos e pelos conselhos!

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