Padrões para Mini Dun Mayflies

[André Ribeiro]

Olá pessoal,  

 

Em minhas duas últimas pescarias de trutas, notei uma intensa atividade na superfície (até alguns saltos) para abocanhar alguma minúscula coisa que eu não conseguia identificar.

 

Nas duas vezes, após parar pra tentar ver o que era, me deparei com mini mayflies na cor dun com caudas longas e claras (suponho que sejam brancas), como esse sujeitinho aí:

 

 

Pelo que vi, devem ser aproximadamente tamanho #16 ou #18. Estou agora tentando identificar um padrão representativo para atar. Inicialmente pensei em um BWO, sem hackle (por conta do tamanho) talvez um CDC Upright Wing, cinza chumbo, corpo de dubbing superfine e microfibbets brancos para a cauda, algo nessa linha:

 

 

O que acham? Alguma sugestão?  

[Fausto]

Também seguiria esse caminho André.  

 

Sei que encharca, chega a ser chato, mas a solução é trocar de mosca o tempo todo e assim minimizar o problema. 

 

 

 

 

[André Ribeiro]

É por aí mesmo que pensei Boss,  

 

Mas estava pensando em fazer um corpo com dubbing superfine, acho que fica mais delicado e homogêneo pra moscas pequenas e acho que absorve melhor um flotante. Será que quill encharca menos?  

[Odimir]

Ao que parece, trata-se de um trico (Trichorytodes).
Existe na net e no Youtube muita informação e videos sobre o atado das diversas espécies de tricos, nos seus estágios de vida.
Penso que dubbing Superfine devidamente tratado com flotante é bastante adequado ao atado deste tipo de imitação, que dependendo do tamanho são feitas em anzóis de números #18 ao #26.

Abração

Odimir

[André Ribeiro]

30 minutos atrás, Odimir disse:

Ao que parece, trata-se de um trico (Trichorytodes).
Existe na net e no Youtube muita informação e videos sobre o atado das diversas espécies de tricos, nos seus estágios de vida.
Penso que dubbing Superfine devidamente tratado com flotante é bastante adequado ao atado deste tipo de imitação, que dependendo do tamanho são feitas em anzóis de números #18 ao #26.

Abração

Odimir

 

Mestre Odimir,

 

Não sei dizer se são realmente Tricorythodes ou mesmo Tricorythopsis, mesmo porque nessas duas oportunidades, não consegui capturar nenhum deles (ainda que me esforçando para tal ).

 

E se não estou enganado, li não me lembro onde () que muitas espécies de ephemeropteras são bem parecidas na fase dun (subimago), nessa fase não possuem ainda as cores dos adultos, suas asas são normalmente opacas, da mesma cor do corpo e via de regra variando entre o cinza e o marrom (acho que é por isso que chamam de Dun). E esses danadinhos que eu vi, apesar de voarem muito bem (via de regra subimagos não são bons voadores), me pareceram ter acabado de eclodir, pois avistei alguns muito próximos da superfície da água, que após algum tempo se juntavam a outros voando em nuvens mais acima.

 

Cheguei a pesquisar algumas receitas de tricos, aliás, nessa segunda vez acabei por experimentar o trico que atei para o intercâmbio de parachutes e me rendeu algumas fisgadas (apesar de não ser o tamanho adequado, pois foi atado em anzol #14):

 

 

As receitas que consegui achar de tricos, em sua grande maioria eram de parachutes e spinners, gostaria de fugir da primeira (parachutes) por conta do hackle (para tamanhos muito pequenos com #18, não tenho pena adequada) e do segundo porque apesar de serem mais fáceis de atar em tamanhos diminutos, representam insetos adultos que acabaram seu ciclo reprodutivo e já estão no final da vida (o que não parece ser o caso desses que eu avistei).

 

Vou seguir conforme as indicações e tentar atar alguma coisa nessa linha mesmo  CDC Upright Wing, usando superfine no corpo.  

 

Obrigado pelos comentário e dicas. Grande Abraço  

[André Ribeiro]

Mestre McPhail revolveu me ajudar  

 

 

[Rinaldo]

Não sei o que o André viu, mas lendo o relato, a primeira isca que me veio a mente foi um tricô como o mestre Odimir sugeriu, as asas poderiam ser de poli pra ajudar na flutuação...

Uma outra possibilidade seria essa RS2, que usa CDC...        

 

[André Ribeiro]

Eu vi pequeninas mayflies cinza escuro com a cauda clara.  

 

Tricos com asas de polyyarn não seriam spinners?  

 

Boa sugestão essa da RS2, gostei!  

[Fausto]

Nesse caso seria a receita de uma DUN com Poly Yarn como asa.

 

 

 

 

[André Ribeiro]

39 minutos atrás, Fausto disse:

Nesse caso seria a receita de uma DUN com Poly Yarn como asa.

 

 

Entendi.  

 

Mas ainda estou tentando evitar moscas com hackle, por conta da falta de material adequado.  

[Carlos Mitidieri]

Salve André,

 

a Hatchmaster é uma mosca impressionante mas torce o tippet durante o arremesso uma barbaridade, ao ponto de se ter que refazer a montagem frequentemente. Qualquer uma das moscas de CDC atadas a la Petitjean mostradas acima na cor dun dá conta é super neste caso. Mas existem alternativas que são tão boas quanto as Petitjean prá pescar mas são mais rápidas de atar e ficam melhores em tamanhos muito pequenos:

 

a IOBO:

 

a Plume:

 

No fim da última temporada eu comecei a atar um variação da dun atada pelo McPhail no vídeo postado pelo Fausto acima. Aquela dobrada do CDC aumenta consideravelmentre a flutuabilidade da mosca em relação a todas estas acima. Mas em moscas muito pequenas, usar a pena inteira com o raquis deixa  a mosca muito bruta. Na minha variação da dobrada, eu usei somente a barba das penas (separadas do raquis com a magic tool e empillhadas com o stacker) e desta forma consegui moscas em anzóis #20 com muito boa flutuação e ainda assim muito delicadas. Também tive bons resultados neste estilo dobrado em anzóis #20 e menores substituindo as barbas de CDC por Snowshoe.

 

[]'s

[André Ribeiro]

Grande Carlos,  

 

Já fiz uma tentativa de IOBO tem algum tempo pros lambaris, em anzol #20:

 

 

Está longe de estar bem atada, mas mesmo assim, não me cativou muito e acabei por optar por uma variante de CDC Caddis também em anzol #20:

 

 

Funcionam muito bem com os pequeninos e acredito que funcionariam também pras trutas em situações normais de temperatura e pressão, mas não estou certo se funcionariam pra aquela específica que enfrentei, pois elas estavam bem seletivas.

 

De toda forma, também são boas sugestões, vou adicioná-las à minha caixa para testá-las na próxima ocasião.  

 

Esse problema do material pra moscas pequenas é realmente crítico, uma pena um pouco maior, um thread ligeiramente mais grosso, ou um tiquinho a mais de dubbing, podem transformar a mosca num monstrengo. 

 

Vou escolher com atenção o material pra usar nessas moscas. 

 

Obrigado pelos comentários e Grande Abraço  

[André Ribeiro]

Upright CDC Mayfly (primeira tentativa) 

 

[Neumann]

André

Observei o mesmo na Patagônia. Trutas comendo bichos pequenos, 18 para baixo. Consegui boas trutas (relato a caminho...) com moscas do Petit Jean (Caddis e may flies, cores marron acinzentado ou cinza amarronzado...). Obtive sucesso tb com Grifith Gnat 20# e parachute 18 (corpo cinza claro e hackle dun). A durabilidade do CDC aumenta se oleado levemente com óleo de CDC (umedeça os dedos e esfregue as penas levemente). Depois de uma fisgada, é necessário passar em um pós secante (sei que tem um nome mais elegante mas não lembro agora...).

IOBO humpy não cheguei a usar com esse propósito.

[André Ribeiro]

Obrigado pela contribuição Herr Neumann.  

 

Depois de tentar entender o que estavam fazendo na superfície da água, considero que seja uma dessas duas possibilidades: estavam eclodindo ou estavam em reprodução (minha aposta).

 

A menor numeração que trouxe comigo foi #16, vou tentar alguns outros padrões.

 

Devo experimentar esse sujeitinho aí de cima nos próximos dias, depois digo como foi.  

[Fausto]

Semana passada o @Claudio Brandileone atou uma moscas com CDC nesse mesmo estilo que ficou muito bom mesmo.

 

 

 

 

Essa foi para arrebentar com o "mestre" aqui.

 

Detalhe.... Atadas em anzol #18.  

O "gafanhoto" está ficando chato nisso!!!  

 

[André Ribeiro]

Lindas moscas! 

 

Fiz um teste com a que atei, mesmo não tendo observado um hatch ou atividade na superfície. Não tive ações. 

[Fausto]

1 hora atrás, André Ribeiro disse:

Fiz um teste com a que atei, mesmo não tendo observado um hatch ou atividade na superfície. Não tive ações. 

A coisa está ruim em nosso riozinho, mas certamente terá ótimo resultado, tanto aqui, quanto na Patagônia.  

 

Algo que observei com muito atenção diariamente quando estive na Patagônia esse ano em abril, não notei em momento algum hatch de Caddis, mas em compensação o que vi de efêmeras foi algo muito acima do que vi em anos anteriores. Era um constante balé de mayflies em tamanho diminuto, tipo #18 ou #20, nas cores cinza (Dun) e marrom (March Brown). Agora sei que para ano vou dar mais atenção à esses padrões.  

[Jost]

Neumann está atando muito bem coisas desse tipo em CDC em tamanhos 18 e 20. Talvez seja o caso de trocar algumas ideias com ele.

[Guimercatelli]

Aprendendo atar com CDC.

 

Criticas por favor  

 

 

[Marcelo R. S.]

Amigo  Guimercatelli, posso passar uma dica para você?

 

já passando.

Guando você atar uma mosca que tenha asas, procura atar um pouco antes do olho do anzol.

Esta mosca que você atou as asas estão muito para frente quase em cima do olho..

Procura uma imagem de um inseto que tenha asas e você vai ver que é um pouco atras e com isto nas próximas moscas você  vai  melhorar muito OK.

Atar moscas com CDC é bem faceio é só plasticar com tempo de atado.

Vai em frente as moscas estão voando.  

[Guimercatelli]

47 minutos atrás, Marcelo R. S. disse:

Amigo  Guimercatelli, posso passar uma dica para você?

 

já passando.

Guando você atar uma mosca que tenha asas, procura atar um pouco antes do olho do anzol.

Esta mosca que você atou as asas estão muito para frente quase em cima do olho..

Procura uma imagem de um inseto que tenha asas e você vai ver que é um pouco atras e com isto nas próximas moscas você  vai  melhorar muito OK.

Atar moscas com CDC é bem faceio é só plasticar com tempo de atado.

Vai em frente as moscas estão voando.  

 

Entendi Marcelo, é que esse anzol gamakatsu a haste dele é bem curto, por isso as asas ficaram perto do olho.

na próxima eu vou tentar corrigir

valeu pela dica 

[Marcelo R. S.]

Amigo  Guimercatelli.

Outra dica ok. 

Coloca no seu subconsciente, no anzol dividir em três partes o espaço entre o olho do anzol (cabeça) o taraxe (o estomago) e o abonem (a calda), isto vai facilitar na hora do atado, logico que procura atar as asas em primeiro, sempre procurando ter o famoso jeitinho para atar.