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Vasconcellos

Mosqueiro
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Tudo que Vasconcellos postou

  1. O aumento do esforço amostral sempre é bem vindo, quanto maior o N mais confiáveis os dados...
  2. Moderadores, favor mover esse para o tópico TRABALHO CIENTÍFICO II - A FALTA DELE...
  3. A título de ilustração, abaixo o resumo do trabalho de Lima & Britski, 2007, que descreveu a nova espécie de dourado da bacia do Rio São Francisco. RESUMO Salminus franciscanus, o dourado de grande porte da bacia do rio São Francisco, Brasil, é descrito. Esta espécie, embora conhecida ictiologicamente desde meados do século XIX (Valenciennes, em Cuvier & Valenciennes, 1850), nunca foi identificada de forma correta. Salminus franciscanus pode ser distinguida de suas congêneres pela combinação dos seguintes caracteres: presença de um dente da série externa do dentário consideravelmente maior que os demais dentes, ausência de uma faixa pós-orbital escura, contagens intermediárias de escamas (68-82 escamas na linha lateral, 11-14 séries de escamas horizontais entre a origem da nadadeira dorsal e a linha lateral e 6-8 séries de escamas horizontais entre a linha lateral e a inserção da nadadeira pélvica) e um prolongamento mediano da nadadeira caudal bem desenvolvido.
  4. Super interessante esta sua colocação Maurício, a sistemática de peixes neotropicais é complicada mesmo, e para isso com certeza necessitaria de coletas e análises morfológicas feitas em laboratório, como disse o Fausto, de contagem de escamas e outras características que poderiam descrever uma nova espécie. Além das morfológicas, também poderia ser feito estudos genéticos das populações e filogenia, mais caros e complexos. Porém com resultados mais conclusivos e provavelmente sem abate, ou pelo menos uma menor taxa de abate de exemplares tendo só que se fazer coleta de tecidos. Eu sou um cara que tenho planos de trabalhar nessa área, em um mestrado provavelmente. Esta já daria uma tese e tanto...
  5. Grande parceiro Jost, em resumo, o trabalho trazido ao fórum por mim, aponta que as pirapitingas do sul, em determinadas condições, se alimentam de vertebrados como rãs e ratos, e este foi o motivo pelo qual me chamou a atenção primeiramente. Lendo o trabalho completo, vi que foram coletados 266 espécimes em um ano de amostragem (12) e que as mesmas variaram entre 4 e 36cm, (grandona em). Claro que minha mente mosqueira já se encheu de imagens de pescarias em rios da serra do mar, com toda a beleza característica do local, e pirapitingas atacando ratinhos de deer hair....
  6. Quanto a coleta dos 266 indivíduos, vale lembrar que foram com total embasamento científico, que os exemplares estão tombados no museu de zoologia, e que a quase 10 anos atrás (2004), o estudo de conteúdos estomacais tinha esse padrão para método de coleta. Além de que a coleta com rede de espera deixada a noite toda armada, muito provavelmente os espécimes já estavam mortos quando do recolhimento do aparato. Também achei grande o N, mas com certeza foram dados bem aproveitados, inclusive por você Leandro, na sua pescaria com imitações de ratos em GO, conforme sua afirmação. Outro fato que vale lembrar, as coletas se deram dentro de um Parque Estadual, o que assegura (pelo menos em tese) a manutenção dessas populações. Cito aqui, que não estou defendendo os autores ou seus métodos de coleta, apenas fazendo um contraponto às opiniões de nosso amigo Leandro. Abs.
  7. Outro dado que me impressionou: Resultados e Discussão Foram capturados 266 exemplares de B. opalinus (4 a 36 cm CT) nas 12 coletas de 2004,...
  8. Sempre que me interesso por uma espécie, começo pesquisa por artigos científicos, prioritariamente, distribuição geográfica e hábitos alimentares. Pesquisando sobre Brycon opallinus, encontrei este interessante artigo: http://www.scielo.br/scielo.php?pid=S1676-06032006000300015&script=sci_arttext Abs.
  9. Lagoa Dourada, Parque Estadual de Vila Velha - PR
  10. André, este relato e o das traíras também estão só links...
  11. Aqui não aparecem as fotos, apenas os links... Alguém sabe porque?
  12. A questão das comunidades tradicionais é bastante complexa e contraditória, é complicado você falar que com o uso do recurso está se preservando o mesmo, porém é com estas práticas que estas comunidades estão a centenas de anos vivendo da mesma maneira (ou quase) e isto tem se sustentado, até agora. Com certeza não é pelo pescador artesanal que as políticas de pesca são decididas no país, e sim porque existe um indústria que movimenta uma quantia substancial de dinheiro, e tem possibilidade de expandir muito mais, isto se o "recurso" ainda estiver disponível. Eu como órgão ambiental e responsável por conservação, admito que mudei minha visão, que antes era de " sai o homem e fica o bicho" para uma visão mais ampla deste tema, não podemos relegar estas populações a viver em favelas, como disse o Jamanta, porque queremos chegar final de semana e encontrar a mesma natureza que Cabral viu quando desembarcou, ou mostrar para os gringos que financiam projetos que está tudo intacto... Esta é uma visão que começa a mudar, e pra melhor. Não há como conservar a biodiversidade esquecendo do homem, das culturas e saberes tradicionais que, como disse, a centenas de anos convivem com o meio. O que o Thiago falou, é uma das ações que devem ser tomadas, mas apenas uma, isto não depende e nem pode depender apenas do poder público, devem haver iniciativas de nós, sociedade civil, de alguma forma organizada e da própria população tradicional, que via de regra não tem voz ativa, porque mal aparece, de vez em quando em dia de votação, quando vão buscar ou levar a urna lá. O dinheiro, como disseram, é importante sim, no financiamento de ações, na melhoria de vida destes povos e na garantia de que as políticas que cremos serem as corretas para a conservação e RESTAURAÇÃO, em muitos casos, da biodiversidade seja executada. E vou mais além, só conseguiremos conservar e restaurar, quando esta mesma biodiversidade começar a se monetizar, valorar, valer dinheiro de verdade. A nossa utopia (profissionais que trabalham com a conservação) é de que um dia, o alqueire de floresta valha o mesmo que o alqueire de soja para o produtor. Estamos muito longe disso, mas os primeiros passos já estão sendo dados. Deletei boa parte do que escrevi porque a coisa começou a tomar uma proporção.... :huh:
  13. E que são essenciais para que o dourado esteja ali no rio, ou a turma pensa que o dourado come o que?
  14. - Debatendo, em reunião técnica para licenciamento de um aquário marinho aqui no Paraná, a representante da concessionária que irá explorar os serviços veio com uma frase que me fez pensar... - O problema aqui no Brasil é que peixe não é fauna.... - ????? Cuma??? - Sim, o peixe no Brasil é tratado como recurso pesqueiro, e não como fauna a exemplo de mamíferos e aves silvestres. Os peixes apenas são tratados como fauna na hora de se colocar dentro de um aquário para exposição, aí sim cada indivíduo necessita de marcação individual, licenciamento para captura e manutenção e todas os cuidados e informações necessárias, que são seriamente cobradas pelo IBAMA, inclusive comunicação quando da morte e atestado veterinário da causa do óbito. Ou seja, se o pescador quiser passar a rede no rio e matar 20kg de robalo, não tem problema, ele é pescador artesanal e pode, isso é um recurso pesqueiro. Agora se um único peixe for ser utilizado para exposição e educação ambiental ele precisa cumprir uma série de burocracias e é fiscalizado com afinco pelos órgãos ambientais. Apenas para expor mais esta situação de 2 pesos e 2 medidas, ressalvadas as particularidades do caso, e as variantes ambientais e sociais envolvidas.
  15. Na verdade turma, a nossa visão de introdução, enriquecimento, reintrodução de espécies "esportivas" de peixes é extremamente antropocêntrica. E faço aqui o mea culpa, porque também tenho esta vontade, de chegar em um rio de serra e pescar Jacundás e Saicangas a rodo e de tamanho considerável. Assim como gostaria de me fartar de dourados no rio Paraná, ou de robalos no Itiberê e de trutas no sul de meu estado. Porém, porque uma truta é mais importante do que uma espécie de cascudinho que não chega a 5 cm endêmica dos altos da Serra da Esperança no PR?? Por que nos da prazer em pesca-la? Porque um dia isso trará desenvolvimento do turismo de pesca para a região? São questões que sempre me vem a cabeça. Na verdade, no mundo ideal, essas ações de soltura de peixes nunca seriam necessárias, pois os rios estariam com suas populações saudáveis, se respeitariam as leis de pesca e o pesque e solte seria rotina na vida de todos que frequentam os corpos d`água para se divertir. Além disso, li um trabalho muito revelador que cita o risco da introdução de peixes, mesmo autóctones, em rios e lagos naturais, e dentre as causas apontadas estão saúde dos indivíduos soltos (risco de introdução de doenças em ambientes naturais) e pobreza genética dos animais introduzidos (geralmente oriundos de uma ou poucas matrizes). Bom pessoal, a discussão está muito boa e o tema é amplo, espero que com a contribuição de todos possamos amadurecer esta questão. Abs.
  16. Trigger, família Ballistidae. Peixes super inteligentes, acredito que daí a dificuldade em captura-lo
  17. Vasconcellos

    Fiber Glass

    Tem coisas que só a FSB faz pra você...rs Valeu pelo link! P.S.: Pena que o encontro em SC foi adiado...
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