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Beto

Mosqueiro
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Posts postados por Beto

  1. Em 09/05/2019 at 11:04, Fred Mancen disse:

    Só você mesmo, Beto, pra encarar um PDI desses. Parabéns pela coragem; valeu o esforço pra sabermos que ainda há vida lá. Por outro lado, só dá mais desgosto esse tipo de constatação, cada vez mais frequente e corriqueiro.

    Grande abraço.

     

    Rapaz nem me lembra dos tempos do PDI, eu estou igual um gato castrado, só no sofá engordando kkkkk. Tá difícil juntar um pouquinho de vontade de pescar para conseguir sair da frente da TV. 

    É uma pena mesmo que a situação ali seja tão grave, se fosse uma coisa aceitável eu não sairia de lá, é um lugar ideal para a pesca com mosca.

     

     

       

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  2. Em 09/05/2019 at 08:53, André Ribeiro disse:

    Que pena, esse relato poderia ser muito mais prazeroso de se ler, se houvesse real preocupação em reestabelecer a vida desse bioma. :( 

     

    Temos um potencial pesqueiro enorme em nosso litoral que além de tudo é lindo e não temos nem de longe a frequência de relatos que poderíamos ter. 

     

    Tive algumas experiências parecidas aqui em Niterói na lagoa de Itaipú, local onde outrora pescava-se muitos robalos, ubaranas, xeretes, xaréus, savelhas, xixarros, guaiviras, corvinas e uma infinidade de outras espécies, até cações eu vi naquela lagoa, passando a poucos metros de distância de mim enquanto eu caminhava nos últimos minutos da vazante para pegar camarões e siria com um puçá de mão. Hoje em dia a lagoa e o canal que divide Itaipú e Camboinhas está totalmente assoreado e poluído.

     

    Ainda que tivesse peixe em abundância, pescar em um lugar poluído desse jeito definitivamente não me atrai.

     

    Uma tristeza, pois temos um quintal maravilhoso que mesmo poluído ainda é cheio de vida. Imagine o que poderia ser se fosse preservado e limpo. 😕 

     

    Parabéns pelo espírito aventureiro e pela perseverança Beto, uma pena que a experiência não tenha sido agradável e prazerosa. 

     

    Grande Abraço ;) 


    Eu sou testemunha da destruição da lagoa de itaipu. Era o point de final de semana da minha família na década de 80.
    Além dos camarões e siris, havia muito vôngole e tarioba (concha semelhante ao mexilhão, porém vive na areia). Também havia muitos linguadinhos, cardumes enormes que meu Pai empurrava para a praia e, num golpe, lançava alguns na areia. Hoje em dia é um verdadeiro deserto de peixes.

    É bem como você disse, no final da vazante a água ficava muito rasa próximo a saída da lagoa e era normal ver uns peixes maiores. No início do canal sempre ficava um monte de peixes esperando a comida que a maré empurrava para fora da lagoa e que era afunilada naquele ponto. Dava para fazer uma pescaria estilo pescaria nos flats hehehe.

  3. 27 de Janeiro de 2019:

    Dessa vez eu resolvi pescar na lagoa que é sempre notícia de desastre natural, franca produtora de gigogas, destino mais que certo de todo cocô da Barra da TIjuca e Jacarepaguá: Lagoa de Marapendi.
    Eu já havia pescado nessa lagoa lá pela década de 90, acredito que muitos nesse fórum também já tenham pescado por lá. Naquele tempo tinha bastante gente começando nas iscas artificiais e muita gente pescando com equipamento ultralight, o pessoal desbravava qualquer poça d'água, não tinha local no RJ que o pessoal não pescasse. Foi uma época muito legal, mais ou menos parecido com o que vem acontecendo com o fly nos dias de hoje, porém com um volume bem maior, o fly é um pouco mais restritivo. Pela altura da praia da reserva, havia algumas trilhas que permitiam o acesso à lagoa,nesses locais era possível fazer ótimas pescarias de robalo, mas se pegava de tudo: ubarana, acará, xareuzinho, peixe agulha e outros, contudo, no tempo presente,  já não era razoável acreditar que existisse alguma vida naquela lagoa que perecia diante a ocupação desordenada, do assoreamento e do despejo de esgoto em níveis cavalares. Parecia se tratar de uma lagoa totalmente morta. Com a exceção de uma ou outra tilápia e dos inatingíveis barrigudinhos nada mais parecia sobreviver àquelas águas mornas, embaçadas e mal cheirosas. Todo cardume que se aventurasse um pouco mais longe da foz tinha a morte como destino, especialmente nos dias mais quentes.

     Eis que, contrariando toda a minha certeza, começou a surgir na internet uma série de vídeos relatando pescarias fantásticas de robalos em uma das zonas mais podres do referido corpo lacustre: a região do campo de golfe olímpico. Coisas como cinquenta ações em um único braço de mangue eram constantemente relatados, peixes de quilo não eram incomuns e, mais raramente, capturavam-se alguns troféus - tudo na superfície!

    Ao assistir aos vídeos comecei a perceber que aquele ambiente era ideal para a pesca com mosca e em determinada tarde de domingo parti para o cais da rua Gal. Moisés Castelo Branco para tentar chegar ao parque de diversões dos caiaqueiros. Quando cheguei ao ponto de partida já estava bem tarde para iniciar uma pescaria de caiaque em um local totalmente desconhecido. A luz já ostentava um leve tom amarelado, que é o prenúncio do final do dia. O ímpeto de desbravar o pântano começava a convolar-se em reticência.
    Em uma daquelas jogadas da sorte, eis que surge de dentro da pequena trilha um pescador que estava entrando na lagoa com seu caiaque, quando viu meu caiaque sobre o carro veio de pronto me dar todas as coordenadas para colocar o barquinho n'água. A animação voltou com tudo.
    O dia estava insuportavelmente quente e o vento não penetrava aquele emaranhado de mangues. A superfície lisa daquela água morna refletia com extrema intensidade a luz do sol, era como se tivesse um sol acima de mim e outro abaixo. Para piorar, nos dois dias anteriores havia chovido muito, o que deu uma mexida no fundo da lagoa e levou bastante matéria orgânica para o seu interior. Para onde se olhava era possível ver uma dúzia de tilápias mortas boiando. Diante da cena, concluí: se as tilápias estão morrendo devido às condições do ambiente, imagina o que deve ter acontecido com os coitados dos robalos. 

    Mesmo com o pessimismo rondando a minha pescaria, prossegui com o projeto. Tudo pronto, caiaques na água, saímos remando. Sequer avançamos vinte metros e o colega entra no meio do mangue, por uma passagem estreita que estava à direita, era invisível para quem olhava de fora sem a devida atenção. Essa passagem nos levou a uma espécie de corixo mal cheiroso e de águas negras, dentro dele mais uma passagem estreita pelas árvores e mais uma série de transposições desta natureza foram feitas e atras de cada manguezal descortinava-se um lindo cenário,com uma flora e fauna belíssimas, porém a podridão ostensiva impedia que a experiência fosse agradável.

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    O local é um labirinto, na segunda curva que fiz já não sabia como voltar para o cais de onde tinha saído. Passei por diversos pools, todos muito parecidos, que foram devidamente ignorados pelo meu guia de ocasião, porém, do nada, diante de um pool, que não parecia se diferenciar de todos os outros por quais passamos, ele parou e disse que aquele era o point.
     Ele tinha toda a razão, lançou seu stick no meio do nada, bem distante de qualquer estrutura, veio trabalhando-o como se estivesse zarando para pegar tucunaré, com um nível de energia que não é comum ver nas pescarias de robalo, e logo no primeiro arremesso três ataques ao seu stick. O peixes vinham enlouquecidos à semelhança de um tucunaré. O segundo arremesso foi exatamente no mesmo local que o primeiro e os peixes atacaram novamente. Foram tantos arremessos no mesmo local, que, devido ao trabalho enérgico do stick e à poluição, se formou um belo rastro permanente de espuma. Mesmo diante de toda a balburdia, de tantos peixes ferrados, da insistência insana no mesmo ponto de pesca; os robalos não paravam de atacar, os peixes demonstravam um comportamento que eu nunca tinha presenciado. Por duas vezes foram ferrados dublês no stick, impressionante!
    Enquanto no bait a festa rolava solta, Eu estava dando minhas chicotadas na água sem ter sequer um centésimo daquela atividade. Comecei com um streamer branco de craftfur, troquei por uma ep baitfish e só tive um ou dois  beliscões na mosca, sem sequer triscas na ponta do anzol. Quando percebi que o bicho gostava de barulho tratei de colocar um popper. O amigo baiteiro seguiu tendo muitas ações e fisgando muitos robalinhos, enquanto eu amargava uma lavada, passado um bom tempo com o popper eu só tinha tomado uma pancadinha de nada. O dia prosseguiu dessa maneira, a cada arremesso do bait os robalos se jogavam com vontade contra a isca, enquanto na mosca era necessário dar uma poppada forte, esperar dez segundos, dar outra poppada forte, para, só assim, tomar umas pancadinhas isoladas de uns baby robalos. Esse tal de fly é para masoquistas. De todos os poucos ataques ao popper, somente um rendeu uma captura, um robalinho miúdo que engoliu o popper.

     

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    Depois de umas duas horas tomando isca na cabeça, os robalos deram uma sumida e o meu colega foi procurá-los em outro ponto. Sem o choc choc frenético no ponto de pesca a fazer concorrência com as minhas pobres mosquinhas, tudo foi ficando mais tranquilo e propício ao fly, os robalos começaram a se interessar mais pela mosca e houve um incremento das pancadas no popper, mas o peixe não se fisgava. Para tentar fisgar os robalinhos troquei o popper por uma ep baitfish preta e roxa e passei a arremessar próximo a vegetação. Já no primeiro arremesso tive ação, mas não houve fisgada, o peixe parecia morder somente os pelos da mosca. Fiz mais um arremesso e novamente aquela sensação de alguém estava segurando a mosca, seguido de um cutucão.  Mais alguns arremessos foram feitos e em quase todos o mesmo padrão se repetia, até que um deles foi com mais fome ao pote e engoliu a mosca, um flechinha mais gordinho. Eis que volta o baiteiro para continuar a sua brincadeira. Depois disso tive algumas ações, mas mais nenhuma captura aconteceu.

     

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    O lugar é realmente impressionante, possui uma população pesada de robalos flecha de todos os tamanhos, tem robalão, tem robalo, mas o grosso é de robaletes que atacam as iscas com muita violência. Praticamente não existem robalos peva. É inacreditável que os robalos fiquem tão ativos naquela água quente e sem oxigênio. Os locais mais fundos tinham cerca de 1m a 1,2m de profundidade. Por todos os lados que eu naveguei havia tilápias mortas, morrendo ou em situação difícil. A situação era tão desfavorável, que embaixo do meu caiaque ficavam meia dúzia de tilápias aproveitando a sombra gerada por ele.
    Na hora de voltar seguimos por um caminho mais aberto e direto, contornando o labirinto de mangue por fora. Foi então que descobri o motivo dos caiaqueiros usarem o caminho mais complicado. A lagoa sofre com um absurdo assoreamento e em vários pontos existem bancos de sedimentos onde a água varia de 5 a 15cm de profundidade. Quando o caiaque entra nesses bancos a coisa fica complicada, é necessário fazer muita força para se livrar deles, remar mais dez metros e cair em outro banco de sedimentos, é algo meio desesperador pensar na necessidade de descer do caiaque para empurrá-lo naquela lama podre. Para nossa sorte estávamos perto de um canal de balsa, que faz embarque no cais de onde saímos. Quando a balsa passou entramos no canal e seguimos seu caminho sem atolar.
    Foi uma boa experiência, que penso em repetir algum dia, mas por enquanto ainda está presente a náusea de toda feiura que é necessário enfrentar para aproveitar esse improvável pesqueiro. O tempo ainda não conseguiu apagar a má impressão que eu criei. Talvez se eu tivesse pegado cinquenta robalos, tivesse um pouco mais de carinho pelo lugar.

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  4. Boa Nilson!

    Existia, e talvez ainda exista, um P&P em santíssimo, bem na avenida brasil, sentido z.oeste, que ficava ao lado de um restaurante que tinha um telhado de palha enorme. O local possuía três lagos, dois deles bem rasos e com muita traíra, além de um maior que ficava fechado para os pescadores, contudo, nos dias de semana, o dono deixava pescar nele. Tinha uns peixes diferentes, como pintado, matrinxã e outros.
    Funcionava todos os dias e a estrutura era péssima, mas eu pegava muita traíra lá no visual, ainda utilizando o baitcasting e as zaras.

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  5. Isso é comum Nilton, volta e meia alguém fisga uma tartaruga.

    Ainda não tive o azar de pegar uma tartaruga, mas uma vez pescando com o Dummar, em magé, começou a escurecer e a cada false cast eu acertava uma cacetada em um morcego, pois o movimento de pegar morcego é exatamente o que fazemos com o caniço. Por fim acertei um que saiu rodopiando e se enrolou na linha foi uma droga para tirar.

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  6. Nós estamos pagando até hoje pelos prejuízos havidos em razão da enorme corrupção, pela criminalidade e pela destruição da cultura dos correios. Por este último problema pagaremos até o dia que o monopólio desse mercado for quebrado.

     

    A ineficiência incorrigível dos correios só faz aumentar o prejuízo da empresa e alguém precisa pagar por isso. Nesse contexto os usuários são convocados a pagar pela má gestão e como não há concorrentes nós pagaremos o que eles quiserem nos cobrar.

     

    Além disso, é papel primordial do governo detectar as fontes de facilidade da população e criar embaraços burocráticos e financeiros.

     

    Acredito que mais taxas virão.

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  7. Fausto, como o seu acampamento vai ser para lazer, poucos dias, relativamente próximo à civilização, acho que você pode comprar tudo das marcas mais conhecidas do trekking, esses caras pensam em conforto. Vai de Deuter, Salomon e outras.
    Na minha concepção, ao optar por equipamentos militares você está trabalhando com foco na durabilidade e confiabilidade, um soldado carrega 35kg de carga em média e caminha em direção ao inferno, a mochila precisa ser forte o suficiente para a realidade dele. Será que essa é a realidade que vocês vão encarar na patagônia?

    Carregar um peso extra para algo que você nunca vai precisar pode ser um tiro no pé, no final de um dia de caminhada cada 100 gramas fazem diferença. Eu sugiro que compres seu equipamento de fabricantes renomados da vida outdoor civil e foque no conforto, assim sua pescaria não será um suplício. É tão bom, após caminhar 10km, chegar no ponto de camping inteirão, sem lesões ou feito um zumbi.

    Existem fóruns a respeito do hikikng e do trekking e eles são uma ótima fonte de informação. Nos tempos que eu fazia minhas travessias, gostava de fuxicar o "mochileiros",  não sei como está hoje, mas tinha muita coisa boa sobre essa realidade. Tem dois caras fantásticos lá, o Jorge Soto e o Augusto que é ADM, esses caras são profissas, são gente boa e podem te ajudar.

    Dá uma olhada também nos catálogos das marcas para saber das novidades, o site issuu.com tem todos os catálogos do planeta. kkkk

    Quando será a sua aventura?

     

     

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  8. Revista bem legal de pesca com mosca, com muita coisa que não estamos habituados a ver.

    Em tempo o site em que a revista está hospedada tem muitas outras revistas sobre fly fishing, não fly fishing, tem de tudo lá, é bem sortido o negócio. Acabei de aprender, em uma revista havaiana a tirar a carne do bonefish com uma colher para evitar as espinhas kkkk. 

    CLIQUE AQUI para ir para a revista

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