E aí gurizada! Férias! Programei 10 dias em agosto pra ver se voltava à Lages, estive lá em maio e gostei muito. Em meio à postergação do fim do defeso e outras rusgas me levaram à aproveitar alguns desses dias em Ausentes, como já tenho feito há 4 anos consecutivos. E não me arrependi. Fora os detalhes do rango, hospitalidade, blábláblá, vou falar da pesca. Cheguei lá dia 12/08, quinta-feira pelas 11h. Almoço cheirando longe já...batia poeira, comi e fui fazer a digestão na beira do rio. Calorão. Vínhamos de uma semana de calor atípico durante o dia, e queda brusca de temperatura à noite. Sol rachando, miolos derretendo, abri a caixa e só consegui ver aquela pâncora verde que era a maior da caixa. Atei no tippet e, sentado mesmo, bem ali no passo, fui soltando a linha na corrente que entra no pequeno poço. Fiquei ali digerindo e quando achei que tinha soltado linha que chega comecei a recolher lentamente. Recolhi muito pouco antes de sentir o tranco e fisgar a primeira! Escapou bem no pé a marvada, mas tava vista e a briga foi boa, só não saiu na foto. Soltei linha de novo no mesmo ponto e já deixei a câmera mais na mão pra caso alguma...se fisgou sozinha! Só senti o blank vibrando e firmei, tava pega a segunda e devidamente registrada. Continuei ali com a pâncora até o fim de digestão. Mais nada, vou subir... Rio acima ia tentando em todas ‘linhas de alimentação’ que eu conseguia identificar e consegui enganar mais duas com a mesma pâncora! Essas de agora em lugares rasos e de corredeiras. Fui até o início de um poço onde sempre pego bem (eu chamo de 'mata vontade') e fui pro lado da sombra, o calor tava rachando. Lá pelas 16h, nublou e voltei à pesca, mas não saiu mais nada até o escurecer. Troquei de isca como um doido, eu sabia que elas estavam ali! Foram 4 em 1h e logo depois 2h e pouco sem pegar nada... Madrugada de quinta pra sexta foi ‘storm’, ventania e chuva, bem mais vento do q chuva. Fiquei meio apreensivo com a subida do rio e com a limpeza da água. Sexta amanhece sem chuva, volta e meia caía um chuva fina mas nada que impedisse de pescar. O que impedia mesmo era o vento. Muito forte o dia todo, até perigoso caindo galhos toda hora. Só saí da pousada, praticamente rolando depois de comer o dia todo, lá pelas 17h pra dar uma conferida no rio e novamente digerir aquela bóia toda hahahahaha. Subiu pouco, sujou médio. O vento diminuiu. Beleza, amanhã vai rolar pesca! Sábado: mesmo poço do lageado, saiu uma na Prince #10. É no ninfão, pensei. Tava difícil de manter a mosca onde eu queria por causa da correnteza, o rio estava mais limpo que na sexta porém tinha subido um pouco mais. Até o meio dia peguei mais...nada. Nesse dia estiveram lá mais dois pescadores de Caxias, trocamos umas idéias no almoço e depois subi o rio até a potreirinhos pra vir descendo pescado de lá até a cachoeirão. Quebrei 5cm da ponteira da minha #2 numa engatada que deu numa árvore enquanto eu caminhava! PUTZ! Pesquei o resto da tarde pescando assim mesmo, com o primeiro passador como ponteira. Peguei mais uma na red tag #10 tbem num pocinho pequeno, na parte rápida da água. Depois encontrei com os caxienses no ‘mata vontade’ e fiquei por ali, meio amuado com a varinha quebrada. As trutinhas estavam começando a se lançar na superfície, um deles pescava com um ninfão Montana todo preto e vi ele sacando uma truta. O outro estava da margem, com o wader furado e arremessando umas secas na corrente, e estavam acontecendo ataques! O dia tava terminando e eles estavam fazendo um bate-volta, iam voltar à Caxias. Então, logo sobrou aquela corredeira só pra mim. Tirei a ninfa e fui pra seca. Stimulator! 5, 6, 7 derivadas e nada... Eu vendo os ataques, mas nunca na minha mosca. Mudei pra caddis (tinha atado em pelo amarelo) e depois de vários ataques peguei uma! O dia indo embora e eu não queria sair, afoito pra aproveitar aquela situação ao máximo, acabei perdendo a caddis num erro de arremesso. Meti no tippet uma Adams parachute, com o maledeto poste da parachute, que tbem serve como visualizador da mosca, da cor branca! Coisa de amador! Na espuma não se via a mosca, não sabia quando corrigir a linha, foi uma bosta. Voltei derrotado pela ignorância hahaha. Mas eu tinha outra caddis #12 amarela na caixa que ficou na pousada. O Deer Hair amarelo foi fundamental! E foi com ela e outras secas #14 e #16 e timberline emerger #16 que pesquei domingo e segunda. Aí foi só diversão! Entre ataques, perdidas e pegas perdi a conta! Foi de doer o braço de tanto arremessar,porque com mosca seca o tempo que a mosca fica na água é pouco, logo tem q arremessar de novo! E com a #2 encostada, estava usando a #4. Detalhe: todos os dias tentei todos os tipos de iscas que levei, ninfas (várias), wets (soft hackles, pâncoras), emergers (timberline) e secas (caddis, stimulator, madame x, parachutes, formigas). Teve 1 só dia que peguei na pâncora. Secas grandes (terrestrials) não peguei nada! E o tempo mudou muito, cheguei com calor, deu viração, subiu o rio, baixou o rio, eclosão...foi uma aula! Agora, nesse momento que escrevo a #2 tá em Lages, sendo reparada pelo artista Jorge! Espero poder buscá-la e já testá-la por lá. Mais algumas: E pra completar o grand slam, quarta feira, bass no Rudi hahahaha um dia sem vento nehum! Nesse dia usei as stimulators hahahaha Abraço!
dinheiro só tem valor quando se gasta.