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Carlos Mitidieri

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Tudo que Carlos Mitidieri postou

  1. O grayling grande, com mais de 50 cm, é considerado na Europa "the ultimate challenge" pra se "fintar" (no sentido de fisgar, nao sei o termo em portugues, traduzi literalmente o termo alemao) com uma mosca. E nós tivemos pelo menos 3 capturas de tais preciosidades aqui no Jller este ano!!! A minha nao conta, porque se foi no ultimo salto, quando parecia que ja estava no saco ... FYI: O destino mais certo pra quem quer ir atras do big grayling é a Eslovenia. La estao os melhores pesqueiros de truta e grayling da Europa na atualidade. @Fausto: infelizmente eu sou meio relaxado pra fazer foto. E quando faco nao organizo. Mas vou comecar a coletar material. Apropo, voce nao me consegue uma area na sua infraestrutura pra fazer o upload de fotos? Por enquanto segue mais uma que é especial pra mim. Marrom, negaceada até chegar em cima dela, num fim de tarde de verao no Iller, upstream-dry:
  2. O detalhe mais importante é que o perdigon pega muito peixe no inverno em tamanho #20, #22
  3. Eu teria ficado ofendido se voce tivesse excluido a minha disso.
  4. Oi Marco, obrigado pelas boas vindas. Agua 7, ambiente em torno de 0.
  5. The pool... os risquinhos brancos na foto sao flocos de neve.
  6. Olha o detalhe do cascalho. É perfeito prá desova de salmonideos.
  7. Vai seguir Uma série de fotos de hoje de manha. Estacionamento no Jller, a 8 km da minha casa. Sozinho no pico... A agua se estende deste ponto 2 Km a jusante até a barra no Donau. E 4,5 km a montante. 
  8. Tava lendo esse meu ultimo post, e ficou meio esquisito. Minha intencao era motivar, assim espero que nao seja interpretado de outra maneira. Porque me parece, Odimir, que voce tambem tem o que contar. Como sao os rios da tua regiao? Quero dizer, que tipo de fundo, temperaturas maxima e minima anual. Importante num rio pra truta é ter um balanco entre areas de reproducao (cascalho rolado no tamanho certo, como descrito no dossie da truta) e area de abrigo e caca para as adultos.
  9. Oi Odimir, tava pensando como continuar esta conversa. E o que eu tenho pra dizer é isso: o importante é fazer. Nunca o conhecimento e a informacao foram tao abundante e corrente. Um amador entusiasta de hoje tem mais chance de acertar um manejo do um profissional de 30 anos atras. E nao estou desmerecendo ninguem de 30 anos atras. Cada um vive na sua época. E sempre é possivel buscar apoio, consultoria, de pessoal mais qualificado, e.g., pscicultores. Agora, nao tem especialista no mundo em quantidade suficiente pro trabalho que existe em potencial. Entao, faca. Fazendo a gente aprende. O importante é tracar um rumo e seguir com passos firmes no rumo tracado. Mas, pensando bem, nao deixe de fazer uma curva se tiver uma pedra no caminho . []'s
  10. Em suma, eu sou um amador, olha o que um profissional tem pra dizer, Odimir http://vimeo.com/63397188
  11. Bah, dá falar horas sem chegar a uma conclusao, porque cada um vai ter a sua opiniao. A secretaria estadual de meio ambiente avalia cada agua periodicamente. Eles fazem uma amostragem da distribuicao de especies, e da distribuicao de tamanhos por especie. Veja um exemplo do relatorio publico no anexo. Os arrendatarios entregam um relatorio anual para a secretaria, constando os peixamentos realizados, junto com a soma das capturas (computada dos cartoes de licencas), por trecho no periodo. Os tecnicos da secretaria avaliam tudo, e fazem sugestoes de manejo para os arrendatarios, que podem ser seguidas ou nao. Em geral, os arrendatarios tem uma boa margem de manobra. Bom, a filosofia do manejo varia. Eu assim como a maioria, acredito, é pela construcao de uma distribuicao piramidal intra- e inter-especies. Ou seja, a base da piramide é ocupada por um milharal de alevinos, e o topo por uns poucos troféus. E tem que ter mais individuos das especies de peixe que sao predadas, do que as que sao predadoras. O que faz dos meios tradicionais de peixamento algo menos do que o ideal. Como estabelecer o tamanho de abate? Depende. Minha opiniao: Se a piramide esta bem construída, a melhor abordagem é ceifar no topo. Porque tem uma quantidade tao grande pedindo passagem no nivel de baixo, que o estoque é reposto no descanso da temporada. Esta estrategia se baseia tambem na informacao que eu ja ouvi de piscicultores (em cujo meio há controversias tambem) de que os melhores reprodutores estao no centro-avante da piramide. Em principio, cada individuo apto deveria ter a chance de se reproduzir pelos menos uma vez na vida, no minimo. Se a piramide nao é uma piramide, bom, ai tem o caso tem que ser analisado a parte. A equacao tem mais uma incógnita: a distribuicao dos territorios de desova, "bercario", caça e abrigo. Aqui, a tendencia geral na Europa é a re-naturalizaco dos rios, que foram todos canalizados nos anos 60 e 70 para evitar enchentes. E os campeoes nesta modalidade sao os ingleses. Vide http://wildtrout.org Aqui no Jller (de novo), temos a incubacao e um peixamento anual com adultos de marron e arco-iris 1 vez por ano. Grayling se mantém, e esta aumentando por si só, em numero e tamanho médio, porque a pressao sobre eles é bastante "aliviada". Como sabemos que está aumentando? Por uma estatistica informal de solturas. A marrom também esta sendo "aliviada". Sobra um pouco mais pra arco-iris. A estatistica informal mostra tambem uma piramide exemplar pro Grayling e ainda sofrida para a marrom, mas com melhoras sensiveis. Quanto à migracoes, é outra estória comprida. Em principio, todo salmonideo sobe o rio para desovar. Eles tem que fazer isso parte da preparacao. Mas a variedade de rio da marrom e o grayling fazem migracoes bem mais curtas do que a gente imagina. Alguns poucos 4 ou 5 quilometros sao suficientes. A arco-iris tende a rodar mais. O nosso grayling passa o verao no Donau, e sobe em outubro, permacendo até abril. A marrom adulta é territorial. A arco-iris é andadrilha. Se ninguém pedir minha expulsao sob acusacao de chatice aguda, continua... Iller_Wiblingen_IL007_2322_120530.pdf
  12. Be my guest. Steelhead é um sonho pra mim. É também uma outra cultura do Fly, do canico de duas maos no sabor Skagit. Uma galera meio selvagem, nao é nao? []'s
  13. Oi Ilza, achei que estava devendo um agradecimento pessoal pra mais calorosa das boas vindas no forum. E aproveito para desejar mehoras ao teu esposo. Vielen, herzlichen, Dank!
  14. Correto. Dando uma melhorada nesta resposta, anzol BL é uma regra local, feita por no intuito de preservar a os peixes que estao abaixo do minimo, ou que sao pescados fora da sua época. Por exemplo, agora ainda se pode ir no grayling, mas qualquer truta, de qualquer tamanho, tem ser devolvida, obrigatoriamente. Tambem escapa muita. Anzol sem farpa é muito importante. Garatéia é uma barbárie. Duas, um instrumento de tortura medieval.
  15. Bom, pensando bem, voce tem alguma razao. Eu tenho esta sensacao de sufocamento tambem. Tem dia que eu queria ir pros cafundos de Montana e nao ver ninguem sem pelo, pena ou escama (nao me desilude se nao for assim, por favor). E estou meio surpreso de saber que é assim na imensidao do Canada. No caso da Alemanha, da Europa em geral, é tudo muito escasso. Basta um pequeno deslize pra exaurir um rio. Vou falar do Jller de novo, me desculpe. Quando este trecho de que eu falo virou fly-only ha 3 anos, ele estava um deserto. E bastou tres anos de um pouco de cuidado pra coisa mudar bastante. A populacao de grayling esta se recuperando por si só, e a de marron esta no mesmo caminho com o nosso empurraozinho. Este ano ja foi possivel ver umas trutinhas de 10 15 centimetros, provavelmente nossas filhas. No caso da epoca da Mayfly, o problema é que o referido trecho so tem 1,6 km e o arrendatario, que é uma loja de pesca aqui de Ulm, limita o numero de licencas diarias a 3. Custa só 30 euros. E acho que se pode dizer "só 30 euros" para pescar um dia inteiro em um chalk stream durante um hatch de Mayfly. E pensa só, quanta gente ia ter naquelas margens num dia daqueles, se nao houvesse nenhuma limitacao? Sei lá. Só sei ques esta é a característica mais fundamental do mundo em que vivemos: a imperfeicao. []'s
  16. Oi Odimir, A cota é associada à licenca/trecho. O ministerio da pesca (orgao estadual) estipula o maximo que pode ser abatido para cada trecho. Por licenca. Por exemplo, no cartao que eu tenho para o trecho do Jller (leia este J como i), eu poderia tirar 30 salmonideos (entre marrom, arco-iris, grayling e saibling). A regra adicional geral da associacao é que se pode abater no maximo 3 por dia/10 por mes. Se voce tirar 3 em tres dias seguidos mais 1 em outro dia do mesmo mes, voce esta bloqueado de pescar no resto daquele mes. Existe tambem tamanho minimo para cada especie. E temporada, claro. Truta comeca no dia 1 de abril e acaba no dia 30 de setembro. Grayling comeca no dia 1 de maio e termina no dia 31 de dezembro. Cada peixe abatido tem que ser registrado no cartao da licenca. É uma ofensa grave nao registrar imediatamente após a captura. O que torna caneta um equipamento obrigatorio, como priester e faca. Ai de vc se nao tiver no jaleco. Agora, para cada trecho há um certo espaco para se definirem regras locais, que obviamente nao podem contrariar nenhuma legislacao. Quem tem autoridade para fazer estas regras locais é o arrendatario. No caso do Jller, o arrendatario e a associacao, mas nós que temos as licencas (somos 40 canicos em 6,5 km), conseguimos ter uma boa influencia sobre estas regras adicionais. Moral ganha com o trabalho voluntario. Por exemplo, o Jller é fly-only e só se pode usar anzol sem farpa, ou com farpa amassada. E como nos estamos fazendo este trabalho de re-naturalizacao da marrom, nós conseguimos passar uma regra de que no maximo 5 marrons podem ser retiradas por ano/licensa. E aumentamos os tamanhos minimos de todo mundo. Assim a gente controlou uma ou duas ovelhas negras. Outra regrinha legal é que licenca diaria so pode ser emitidas para convidados dos 40 anuaristas. Mas nao temos nada como upstream-dry-only. []'s, e obrigado pelas boas vindas.
  17. Olá, na minha experiencia, microninfas sao muito importantes no final da temporada, quando a agua vai esfriando e o tamanho dos insetos vai dimuindo a cada hatch. Pra grayling, por aqui no momento, é um must. Uma explicacao para o sucesso das micronimphas, além de ser um "match" para o "hatch", é que metabolismo dos peixes diminui com a temperatura, dificultando a digestao. Nos trechos rapidos, quando é permitido usar times de mosca, eu to pescando microninfa no dropper, com uma "bead" na ponta. 90% das pegadas é na micro.
  18. Eu tenho medo que, quando eu morra, a minha esposa venda o meu material pelo preco que eu disse que custou.
  19. Ai pessoal, andei dando uma lida no fórum. Eu to contaminado, mas ces tao em estado terminal.
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