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Carlos Mitidieri

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Tudo que Carlos Mitidieri postou

  1. Todos os sistemas que usamos se baseiam em água corrente, e de fato, quanto menos sedimento tanto menor o problema com fungos. Mas posso garantir que as nossas perdas tem sido pequenas (menos de 5%). E atenção, luz solar direta (raios UV) é em princípio fatal para ovas de truta. A melhor maneira nas nossas condições é a remoção diária de ovas mortas para evitar contaminação.
  2. Sensacional. E que trutas lindas. Aliás, tudo.
  3. Achei muito boas, vão pegar muito peixe com certeza. E só fato de todas estarem com os olhos do anzóis totalmente limpos em anzóis tão pequenos, é sinal de que o atador é dos bons. . Com uma thread fina então....
  4. Os olhos ficam visíveis antes mesmo da eclosão. Veja a primeira foto do tópico: os pontos pretos que se vê lá são os olhos da larva. Tão logo o saco vitelino é consumido, os alevinos saem do cascalho. Tanto quanto eu já li sobre o assunto, a truta marrom é territorial deste de muito cedo na vida. O tamanho exato não sei, mas 3 cm parece verossímel. A arco-íris não é territiorial, mas se movimenta muito no rio.
  5. Tão certo quanto 2+2=4. Depois que se participa em um programa destes, nunca mais se olha pra um peixe que se pescou sem um profundo respeito. []'s
  6. Dia 2: as primeiras larvas já eclodiram. Minha câmera não é boa o suficiente para mostrar uma lrva em detalhe, mas preste atenção na foto que você deve enxergar os sacos vitelinos das larvas no meio das ovas.
  7. Esta é uma desvantagem da WVB. A gente tem que desenterrar prá ver o resultado. E o tempo certo da soltura pode variar um pouco. Eu já imaginei uma maneira de se lograr esta limitação, mas ianda não testei: seria instalar um pedaço de mangueira da caixa até fora do cascalho, e usar este duto para inspecionar a caixa com um endoscópio à prova d'agua. Já estes endoscópios à venda na Amazon, que podem ser conectados via USB com um smart phone, por menos de 20 dólares .
  8. Marcelo, elas alcançam 1 cm ao final do saco vitelino. O tempo desde da eclosão até este ponto depende da temperatura da água. Quanto mais fria, mais tempo. No ano passado, com uma temperatura de 5 graus, foram cerca de 10 dias.
  9. Introdução ao sistema Whitlock-Vibert: http://vimeo.com/95470915
  10. Relembrando, o objetivo básico desta atividade é re-estabelecer uma população natural, composta por indivíduos capazes de se reproduzir naturalmente no ambiente onde vivem. Sucesso significa equilibrar a reposição por reprodução natural com as retiradas anuais. Note que população "natural" não é a mesma coisa que população "selvagem". Uma população é "selvagem" quando contém um "pool" genético selecionado ao longo de gerações de indivíduos "naturais". A rigor, são necessários centenas de anos. Uma população genuinamente selvagem tem um valor inestímavel. Um sistema de incubação é tanto mais condizente com este objetivo quanto mais próximo das condições naturais ele for. O sistema Whitlock-Vibert (WV-Box) é neste sentido melhor do que a Ulmer-Box. Mas com a última é possível se lidar com uma quantidade muito maior de ovas. Incubar 40.000 ovas contando somente com o WV-Box seria impossível.
  11. Quase. Nosso manejo é no sentido de proteger as larvas/alevinos de predadores e eventos da natureza. mas nunca os alimentamos. Neste aspecto, eles só podem contar com eles mesmos desde o começo. è uma questão de não embotar os instintos naturais.
  12. Ok, logo depois da eclosão a larva tem o saco vitelino e é incapaz de nadar. Na natureza, a larva truta permanece no meio do cascalho. Conforme o saco vitelino vai sendo consumido, a larva vai aumentado progressivamente sua capacidade de nadar. Enquanto o saco não é totalmente consumido, a larva tem um reflexo/ instinto de procurar a escuridão. Quer dizer, todo "proto-movimento" que a larva faz nesta fase é para fugir da luz. Quando o saco é finalmente consumido, o reflexo muda: o alevino passa a ser atraído para a luz. Na natureza, os alevinos emergem do cascalho. Nesta nova fase, eles passam a se alimentar de plancton. Bem, no caso da "Ulmer Box", nós mantemos as larvas na caixa após a eclosão. Visitamos a caixa diariamente, a abrimos para retirar alevinos mortos ( a aproveitamos para fazer nossa estatística). Quabndo percebemos que os alevinos param de fugir para os cantos da caixa procurando as sombras, aí é a hora que os soltamos no rio. A soltura se dá, claro, em locais onde eles possam imediatamente encontrar abrigo contra predadores. O objetivo de toda a açao é dar uma forcinha para natureza e maximizar o número de sobreviventes.
  13. Também estive hoje com o grupo juvenil do Weihung. Na foto abaixo, os garotos estão removendo ovas mortas e/ou com fungo do sistema que eles empregam por lá. Não me lembro mais o nome deste sistema, mas minha intenção é esclarecer devagarinho cada um dos sistemas que usamos por aqui.
  14. Hermman, no momento de depositar as ovas na caixa:
  15. Recebemos hoje o último lote de ovas para a incubação deste ano. O primeiro lote foi para o tramo do Blau que pertence à associação. Lá um outro grupo se encarrega do serviço. O lote de hoje, de 40.000 ovas foi para o nosso grupo do Jller, e 10.000 ovas para o grupo juvenil do "Weihung", um pequeno afluente do Jller. No Jller, tivemos que acionar o plano B, porque o rio esta muito cheio, o que torna impossível a incubação tanto com a a "Ulmer Box" quanto com a "Whitlock-Vibert-Box", os dois sistemas que usamos no Jller. O plano B é realizar a incubação no canal lateral do Jller que alimenta uma pequena hidroelétrica. Lá já temos um esquema pré-montado para estas eventualidade:
  16. Obrigado Gilberto. Além de talento, ele tem a tradição e a cena de onde ele vive.
  17. De fato, a Klink faz também bastante barulho quando cai na água, como normalmente se quer quando se pesca com terrestres. O "PLOP" pode ser uma desvantagem também quando se quer sugerir outro tipo de inseto. Outra desvantagem é que ela eventualmente deixa o tipet todo encarapichado.
  18. Alguém sabe alguma coisa sobre a biografia do McPhail?
  19. Só para completar o último post, hélices e outros adereços próprios de baits (rapalas e co) são NO-GOs no Fly prá mim. Eu sei que pode ter gente que usa, tudo bem, mas eu pessoalmente não.
  20. Salve, sem levar na ponta da faca, pois de liberdade é bom, eu acho que o André tem razão. Afinal o Fly tem caráter e estética próprios, coisas não dá para explicar, mas que se deve sentir. Outro dia mesmo postei um camarão feito de canudo, o André criticou, e eu só não respondi porque eu achei que a crítica tinha propriedade. Quem cala, consente. Dito isso, acho que não tem nada demais olhar para o que acontece fora do Fly, como inspiração e não me importo mesmo de ver todas as idéias malucas que andam por aí. []'s
  21. Realmente um design excepcionalmente versátil .
  22. Certamente está mais para emerger do que para seca. No tamanho que eu atei acima condiz com om tamanho e forma da Ephemera danica (mayfly). Funciona muito bem no Blau em maio . E também condiz com o tamanho de algumas espécies de caddis da escandinávia, que era no que o van Klinken estava mirando quando desenvolveu esta mosca, me parece. Fora isso, eu acho que ela funciona bem como uma "stimulator" nos períodos entre eclosões, sendo muito mais elegante do que a maioria dos "stimulators" originadas nos EUA. Enfim, extremamente versátil, no que provavelmente reside o seu sucesso.
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