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Carlos Mitidieri

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Tudo que Carlos Mitidieri postou

  1. Salve Beto, Tu deverias escrever mais contando as tuas pescarias. [] 's
  2. Salve Marco, tu precisas de uma licença estatal (Fischerschein) e uma autorização do arrendatário do trecho de rio ou lago (Erlaubnisschein) onde vais pescar. A liceça estatal vale somente para o estado onde foi emitida. Turistas não precisam fazer a prova para obter esta licença, que moradores precisam. Esta licença é emitida nas prefeituras. Basta ir com uma foto, passaporte e pagar a taxa. A autorização é emitida pelo próprio arrendatário, e é preciso descobrir o contato com o mesmo. Posso te ajudar a reservar e comprar autorizações diárias para trechos aqui no meu quintal, em Ulm e perto de Ulm. Tem trechos do Blau, do Lauter, do Jller, do Donau. Através dos meu posts aqui no MDR podes ter uma boa idéia do que esperar. Custo por dia vai de 16 a 50 euros, dependendo do trecho. Dependendo da época, as autorizações podem se esgotar, se não forem feitas reservas com a devida antecedência. Autorizações só são vendidas prá quem apresentar a licença. Em suma, é isso. []'s
  3. Salve Fausto, é uma grande opção da pesca com mosca, a carpa. Se aprende bastante com ela. []'s
  4. Salve Felipe, tomei a liberdade de mover o teu tópico para esta seção do fórum, que parece mais appropriada para o teu assunto. Quanto à recomendação de uma linha, acho que você deve procurar basicamente uma linha para clima tropical, durável. Tipo uma Airflo, que além disso não é das mais caras. Taper depende um pouco das moscas que você usa normalmente. Por exmplo , para streamers maiores, algo como uma Chard's Tropical Punch. Para moscas menores, uma Bonefish. Na dúvida vá com uma Chards. Linha chinesa não tem taper ruim hoje em dia, mas acaba em pouco tempo, ainda mais em clima quente. []'s
  5. Obrigado Odimir! Muito mais difícil do que eu pensei. Mas devagarinho a gente vai aprendendo os macetes. []'s
  6. Salve Maiky, só posso te incentivar. É uma pescaria interessantíssima, de alto nível. []'s
  7. Salve, comecei a explorar a pesca de carpa no ano passado, nos baixios de uma represa no Danúbio aqui perto de casa. Quando a água esquenta, as carpas vem para os baixios, para a reprodução. Diz a sabedoria popular pesqueira, que carpa não abre a boca pra comer durante o cortejo. E é verdade. Quando se vê uma carpa grande e gorda (fêmea) em cruzeiro pelas áreas com vegetação sendo seguida por um grupo de carpas menores (machos), é perda de tempo lançar uma mosca. Mas as carpas que já concluíram a postura, pernanecem no baixio, se alimentando do que encontram no fundo: larvas de insetos, mexilhões, caramujos, vermes. É uma pescaria à vista, de altíssimo nível técnico. Claro, cevando, ficaria bem mais fácil. Mas excluí esta técnica das minhas experiências. Estamos falando de apresentar uma mosca imitando algum alimento natural da carpa, a animais exibindo um comportamento selvático. Esta é a minha forma de viver a pesca com mosca. Carpas são extremamente ariscas. Faça uma apresentação menos que perfeita e veja a valente carpa debandar em pânico. Faça muitos "false casts" tentanto ajustar a distância, babau. Falhe em ver a carpa a uma distância maior do que 10 metros de você, perdeu. Veja uma que está à 12 metros, mas deixe de ver as outras do cardume que estão mais perto à tua volta, e entenda o que é uma reação em cadeia ao vivo e à cores. Outra dificuldade, ou característica desta pesca, é que o arremesso tem ser muito preciso. Os especialistas dizem que a mosca deve ser apresentada no "prato" da carpa, prá ter alguma chance de ser pega. O "prato'" é uma região com raio de 30 centímetros no entorno do focinho do peixe. A experiência me leva a crer que isto é verdade. As próximas 3 fotos são de julho do ano passado, minhas primeiras experiências, pescando desembarcado. Estes baixios tem meio metro de profundidade, mas não são vadeáveis por causa do fundo lodoso. A área é bem grande, e pescando da margem, as possibilidades são bem reduzidas. A tática consiste em caminhar ao longo da margem procurando peixes à distância de um arremesso. Na maioria das vezes resta apenas apreciar aquelas carpas coleando (minha tradução prá "tailing") lá longe, fora do alcance. Baixios no Danúbio (represa). Ano passado. A ninfa é uma Diawl Bach tradicional. Ano passado. Prá mim ficou claro no ano passado que a limitação da pescaria desembarcada precisava ser superada. Estava claro o imenso potencial de uma pescaria embarcada naqueles flats. Então presenteei minha esposa com um SUP , que é um esporte que ela adora. Esposa remando no flat . Hoje, mais ou menos passado o aprendizado inicial, está claro para mim que o SUP é a melhor plataforma para a prática do fly em baixios. Embora remar e arremessar seja algo como assobiar e chupar cana. A questão é ter controle sobre o remo e a vara, de forma que trocar de um para outro aconteça sem trancos . Posso voltar a este assunto mais tarde. Por enquanto, vamos adiante. Minha primeira saída no SUP. Um modelo cruiser comum. O número é obrigatório, serve para os fiscais do clube te identificarem. Remando no canal rumo ao flat. Adentrando o flat. A margem é a mesma de onde fiz as fotos no ano passado, apenas agora o ângulo é outro. Se o chão fosse firme, seria um vadeio sensacional. Não levou meia hora. Tremenda sorte de diletante, os próximos dias iriam provar. A ninfa é uma "Diawl Flymph". Este é um bom momento prá falar um pouco das moscas para carpa. Carpas tem alta capacidade de adaptação da dieta. Em outras palavras, o ambiente aquático dita os hábitos alimentares de uma população. Não é à toa que moscas para carpas são tão variadas, incluindo imitações de vermes, conchas, crustáceos, larvas de insetos. O lago de Michigan ganhou fama pela sua população de carpas predadoras. Lá, pequenos streamers funcionam muito bem. Também acho que este é motivo pleo qual os atadores de moscas de carpa produzem tantas moscas híbridas, que tentam imitar vários organismos ao mesmo tempo. Para o mosqueiro indo atrás de carpa, significa que uma das primeiras tarefas é descobrir do que a sua clientela específica se alimenta. Uma espiada na minha caixa de moscas para carpas. Alguns streamers estão junto, mas para outros peixes que possam aparecer. O que melhor funcionou até agora, no meu caso, foram ninfas. E a ninfa que ganhou minha confiança foi a "Diawl Flymph", uma cruza de Diawl Bach com uma Flymph genérica. Tenho prá mim que o decisivo para o sucesso desta mosca é o brillho metálico das cerdas de olho de cauda de pavão. Pois quase todos os insetos que se vê neste ambiente de represa tem algum brilho metálico na roupagem. Minha mosca de carpa mais eficiente. Anzol especial para moscas de carpas, reforçado. Rotfeder (Scardinius erythrophthalmus). Não é só carpa que tem no meu flat. Briga bem este bichinho. A tática que provou mais efetiva é pescar na rodada, impulsionado pelo vento. O SUP funciona bem para esta tática pois as quilhas forçam a prancha a ficar perfilada com o vento: rabeta à barla, e bico à sota. Esta posição é vantajosa, pois a área de arremesso fica sempre na direção que estamos nos movendo (com belly boat acontece justamente o contrário: a resistência das nadadeiras forçam o belly boat a ficar com a popa na direção do movimento, o que é uma merda). Quando chega o fim do baixio, remo à barla, contornando toda a área de pesca, me posiciono na próxima faixa de deriva no começo do baixio, e deixo o SUP derivar à sotavento. Praticamente escaneio o baixio desta forma. A dificuldade desta tática é que muitas vezes tudo acontece muito rápido. Entre ver um peixe e apresentar a mosca, são poucos segundos. Uma opção que tentei foi ancorar o SUP, mas isto não funciona, pois se ficas parado o coletivo das carpas acaba te indentificando, e quando vês, estás sozinho e ninguém mais aparece. Parece meio louco isso, mas foi a impressão que tive. De qualquer forma, uma pequena âncora tem grande valor nesta pescaria em uma situação: quando tu ferras um peixe, é uma boa parar a deriva, pois fica impossível evitar o abalroamento com obstáculos no rio. Não dá pra remar e trabalhar o peixe ao mesmo tempo. Uma coisa que eu gostaria de descrever aqui ainda, é a técnica de manejo de remo e vara, mas acho que vou fazer fotos prá ilustrar isso. Raro momento sem vento. A Diawl Flymph não estava funcionando, coloquei uma imitação de larva de libélula. Rebocou o SUP. Veja o manejo de remo e vara aqui neste outro post: https://www.mosqueirosdorio.com.br/forum/index.php?/topic/14555-manejo-do-remo-e-da-vara-no-sup/ Notas finais para este post. Fim de agosto. O outono está dando sinais por aqui. A água está esfriando. Nas últimas vezes que saí foi bom, peguei boas carpas numa razão de 1 por hora, mas dá prá notar que tem cada vez menos "gente" no flat. Por outro lado , as condições estão ficando boas para o grayling no Jller. Então estou parando com a carpa e começando a me preparar pra pescaria de outono: carregando as bobinas de tippet, amarrando as moscas de outono, verficando o estado das linhas, estas coisas. Mas uma coisa eu digo: estou muito entusiasmado com esta pescaria, e ela ganhou lugar fixo no meu calendário de pescaria. Ano que vem tem mais. []'s
  8. Obrigado Igor! Estou bem contente mesmo com este resultado.
  9. Salve Fausto, Muito obrigado! As moscas que mandei este, eu tinha atado prá pescar no hatch de danica, não prá framing. Aí fiquei sem tempo de atar especialmente pro torneio, escolhi duas na caixa, e mandei. Deu certo. Este torneio da EFFA não é o único, há outros. Mas tenho me concentrado nele prá ganhar visibilidade nesta associação. E os prêmios deste torneio não são de se jogar fora. O primeiro lugar de cada categoria ganha uma morsa Maier&Fazis, o segundo uma vara (não me lembro a marca), e o terceiro uma caixa de moscas C&F. Not bad! É, são estas três categorias. Olhando as fotos das ninfas de edições passadas do torneio, acho "wet flies" seriam uma categoria à parte, não incluída nas ninfas. Mas não tenho certeza. Mas acho que faz sentido ter uma categoria à parte para wets. []'s
  10. Salve pessoal, com moscas deste padrão, ainda ganhei o terceiro lugar na categoria de mosca seca do torneio de atado da EFFA deste ano. Veja o resultado aqui: https://www.effa.info/en/results-effa-open-2020.html Uhu! []'s
  11. Pescar no início das eclosões de danica é uma massagem no ego de qualquer pescador de truta. Pescar no fim, uma lição de humildade. []"s
  12. Só falta vir ver ao vivo, Fausto
  13. Salve, acho que chegamos ao fim. []'s
  14. Salve Fausto, é a minha forma de gravar a lembrança. []'s
  15. Salve Igor, Este grayling nem é dos maiores em comprimento, mas está enorme de largo de gordo, tchê!
  16. Salve Fred, nesta época, a expressão que mais se houve, e que significa algo como "se cuida", é "Bleib gesund!", literalmente: Permaneça saudável! Permaneçam saudáveis! []'s
  17. Salve, não há exagero em dizer que a eclosão da Ephemera danica (Mayfly) é a mais esperada do ano. Aqui no meu entorno, licenças para todas as águas em que a danica ocorre estão esgotadas, desde janeiro. Isto é normal, mas com as dificuldades atuais para se viajar, a coisa está exacerbada este ano. É difícil prever o período exato da eclosão, mas um bom chute é do meio de maio até o meio de junho. No Blau, começou na quarta passada, dia 20 de maio. Começa pipocando uma aqui outra ali, mas mesmo no início, as trutas perdem todas as inibições e se entregam à comilança mais afoita. Olhando o rio, a gente fica se perguntando de onda saiu tanto peixe. E aquelas cenas que já vimos filmes se repetem diante dos nossos olhos, com trutas pulando para pegar no ar o inseto que acabou de levantar vôo da água (acho que está na hora de investir numa GoPro). Foto 1: Alegria de ver a primeira danica da temporada. Sub-ímago, reconhecível pela transparência leitosa das asas, e a cor amarelada.  A primeira fase da eclosão é mais fácil para o pescador. Conforme o ciclo se adianta, com eclosões mais numerosas e peixes mais saciados (redondos de gordos ) e ressabiados (a pescaria é intensa), as capturas vão ficando mais difíceis. Foto 2: Ainda não tão gorda, e afoita. Outro aspecto interessante desta eclosão é o peixe vem para o raso, onde cresce aquele tipo de planta peculiar dos "chalk streams". Com o adiantado da primavera, fica aquele tapete verde claro contrastando com o fundo de areia nestes trechos, gingando ao sabor da torrente. Exatamente neste trechos é as populações de danica se concentram pois, como se sabe, a danica é do tipo de efêmera que vive enterrada na areia na fase de larva ("burrowing"). A torrente não é rápida nem lenta, apenas perfeita para apresentar uma seca ou uma emeger, que tem bastante sucesso nesta fase. Fotos 3 e 4: Aquele ar de chalk stream! Visão à montante, e em seguida à jusante. Foto 5: Ontem, sábado. Cada vez mais gordos. De todas as moscas com que tenho pescado, a que tem funcionado melhor é o minha versão comn CDC da "Hatch Master". Quando atada com CDC, a Hatch Master tem menos resistência do ar e torce consideravelmente menos o tippet durante o arremesso. É uma mosca muito elegante e não é frágil não, cada uma me rende pelo menos 20 peixes. A Klinkhammer vem em segundo lugar. Foto 6: minha versão da Hatch Master. Anteontem, 30 de maio, avistei o primeiro ímago, isto é, a segunda forma alada da danica, madura para o acasalamento e a postura das ovas. É um sinal de que a eclosão está passando pelo ápice. O nome popular inglês do sub-ímago é "Dun", do ímago é "Spinner". O acasalamento é uma dança no ar, a chamada "spinner fall", com os ímagos fazendo subidas verticais de 1 ou 2 metros no ar, para em seguida cair e subir de novo. (Veja uma "spinner fall" dos 5 aos 15 segundos deste vídeo) Foto 8: Primeiro ímago avistado. Reconhecível pela asa transparente com filigranas pretas, e a cor marfim do abdômen. Foto: eclosão associada: fêmea de Odontocerum albicorne ("Silver Sedge" ).  Foto 10: Posso voltar pro meu jantar agora? Pode, gordinho. Ontem estive no Lauter, um "spring creek" no meio de um vale numa área de preservação. A eclosão de danica é diferente da do Blau. No Blau, o período de eclosões é mais longo, mas cada eclosão é menos intensa. No Lauter, o período é mais curto, mas cada eclosão é muito intensa no número de insetos. Pela manhã, a eclosão ainda não estava forte. Pipocava uma danica aqui, outra ali. Por íncrivel que pareça, a pescaria é muito mais fácil nestas condições do que quando há um eclosão em massa, como ocorreu à tarde (veja os vídeos abaixo). Acho que a dificuldade vem de 3 coisas combinadas: primeiro, tem tanto inseto derivando em cima da água, que é a chance da truta escolher a tua mosca fica estatisticamente diluida. Segundo, acho que as trutas ficam mais seletivas durante uma eclosão em massa. E terceiro, acho que as trutas ja estão meio ressabiadas pois há estamos no meio do período das eclosões e muitas já froma pegas pelo menos uma vez. As fotos são da manhã, e os vídeos da tarde. Ponto de partida em Unterwilzingen. Lauter, ao fundo Unterwilzingen, um lugar onde o mundo ainda está em ordem. Adentrando o vale, uma olhada para Ulterwilzingen lá atrás. Vídeos de uma eclosão em massa de danica no Lauter, mais ou menos 6 da tarde. A qualidade ficou prejudicada com o upload para o seutubo. De qualquer forma, acho que dá para ter uma idéia. Este hatch estava bem peculiar, pois havia todas formas misturadas: emergers, sub-ímagos, ímagos e spents.  Marrons do Lauter.  Bom, acho que foi isso prás eclosões de danica em 2020. Assim como começaram, foram diminuindo devagarinho, até acabar. Agora reina uma calma profunda nos rios. Os peixes ainda podemn ser observados no aberto, mas estão quietinhos no fundo. No fim de tarde, quase à noitinha, sobem calmos para apanhar midges e caddys. Algumas espécies de efêmeras menores fazem pequenas eclosões alo longo do dia, mas não entusiasmam a clientela. . Talvez quando começarem as BWOs, a coisa fique mais agitada de novo. Não obstante, a pescaria segue boa. Foi uma temporada chocante, onde aprendi muito, de novo. Ainda estou processando tudo que vivi no último mês, meio que num estado de admiração. []'s
  18. Salve Igor, Um bom dia pesca prá mim não é necessariamente um dia em que pega peixe, mas sempre um dia em que resolve um problema de pesca. []'s
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