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Jost

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Tudo que Jost postou

  1. Exato Celio e colocou muito bem o ponto. A grande questão é: eu preciso de empalar um peixe para pegar outro? No meu entender, não. "Ah, mas vai ficar difícil demais sem a isca viva!" - dane-se... mais pontos para você, se conseguir divisar um jeito de pegar esse peixe difícil. Essa discussão toda só mostra como a ideia de "pesca esportiva" é frágil e não resiste à primeira brisa de lógica ou ética. Não sei se a pesca esportiva sobrevive a mais duas ou três gerações sem uma profunda revisão de conceitos e normativos.
  2. Esse é o problema desse tipo de discussão de vida e morte e sofrimento: puxa-se um fato para justificar outro sem haver uma conexão exata entre os dois, com exceção do fato que os bichos morrem. Em tese, os galos que fornecem as nossas penas e as vacas que nos fornecem carne são abatidas rapidamente com o mínimo de sofrimento. Se fôssemos levar ao pé da letra essa discussão, o equivalente de uma tuvira empalada seria empalar uma vaca e deixá-la quieta lá, morrendo aos poucos, tranquilamente. Isso posto, acho que fazer um pesque&solte de um peixe matando outro (usando qualquer tipo de isca viva) é se dar ao luxo de dizer que uma vida é mais importante que a outra. Sinceramente eu estou fora desse tipo de coisa. Esse é um dos motivos mais fortes pelo qual a pesca com mosca me atrai, visto que minha isca é inanimada. Acho que o ser humano tem que largar para trás essa culpa biológica de que comer outro ser vivo é crime inafiançável. A vida é feita disso e somos o topo da cadeia alimentar... cada um que dê seu jeito de lidar com isso. Enfim, depois desse bla bla blá todo, sim, continuo achando uma escrotice empalar um bicho vivo para pescar um peixe... e também já fiz isso de montão. Tinha até parado de pescar por causa desse "debate" interno. A pesca com mosca contribuiu para eu retornar à pesca e continuar me divertindo de forma não ética, mas agora com menos óbitos nas mãos.
  3. Sei não... acho que os galos morrem mais rápido e menos dolorosamente que uma tuvira empalada.
  4. Tudo tem que ter um limite nessa questão. Pescar é um esporte que causa dor no peixe. Se você vai matar ou soltar seu peixe é irrelevante: o ato de pescá-lo causa dor e estresse no bicho. Ponto. Quem pesca tem que estar ciente disso e conviver pacificamente com isso... de outra forma é melhor não pescar, nué? OK, o pesque&solte é uma tentativa (em algumas culturas considerada hedionda) de dar uma sobrevida ao peixe para que, quem sabe, ele possa se reproduzir e fazer mais peixes para que eu possa continuar pescando ou para que eu possa pescá-lo novamente. Qualquer tentativa de discussão sobre a ética de causar dor no peixe é falha, ao meu ver. Agora usar isca viva é escrotice. Isso também cruza outro limite. É manter vivo um peixe que você sabe que vai morrer, é enfiar um anzol na goela e no corpo dele, é empalar o bicho com um ferro e deixar ele sofrendo desnecessariamente.
  5. Verdade... especialmente se você tiver 45 anos ou mais...
  6. Não vou nem comentar... já deixei de ver um programa de um famoso canal de pesca por causa disso. Acho uma cretinice.
  7. É, o Fausto está certo. Eu uso a mesma linha #4 já faz 3 ou 4 anos. Evidente que levo uma reserva, no caso da principal rebentar ou estragar, mas a princípio segue sendo a bola da vez. E olha que eu sou daqueles que limpa a linha com sabão neutro e passa vaselina (ou dressing, se você for mais chique) somente na semana antes de ir para a Patagônia... ou seja, minhas linhas de viagem são limpas apenas uma vez por ano Eventualmente essa resposta minha também serve para a pergunta: é verdade que se eu não limpar a linha não consigo arremessar direito? Não estou reivindicando a sabedoria do arremesso, mas é perfeitamente possível arremessar uma linha suja
  8. Chama dubbing brush o objeto. Trata-se de um aparelho pra fazer um chenille com alma de arame. Com isso você consegue, numa sentada, fazer uma série de cheniles e deixar guardado para usar depois. Eu acho, particularmente, que esse troço é muito útil para quem ata moscas profissionalmente, mas acho de pouca utilidade para nós, que atamos uma mosca aqui e outra ali. No nosso caso é mais prático fazer o dubbing na hora.
  9. Jost

    [COMPRO] Magic tools

    Se mais alguém quiser, eu tenho um par de clips da Stonfo, um pequeno e um médio como na foto abaixo. Não uso e estão novos. R$ 40,00.
  10. Jost

    Aí Brandileone...

    Exatamente... Eu e o Claudio estamos com intenção de montar varinhas de 5-5,5" em duas partes justamente para pescar nesses riozicos...
  11. Olha o tamanico desses caniços de fibra de vidro: tem um de 6 pés e pouco: Tudo bem que Hardy é Hardy, mas a gente vai ter os nossos de bambu, by Jost e by Brandileone!
  12. Truta chorada em 30 arremessos no mesmo lugar... a única do dia em um rio que não é para iniciantes!
  13. Adorei essa foto Beto! Manda ela pra mim por emelho?
  14. Essa postagem eu vi e, não sei bem por qual motivo, acabei não participando. Meu 1g de conhecimento... Na Patagônia sou pescador de vadeio estrito, ou seja, não faço flotadas. Com o passar dos anos, nos quais fui lá (e estou me preparando para o 7º), adaptei toda a minha tralha e modo de pescar a isso e para acomodar acidentes de percurso. Algumas coisas que aprendi: A) O conjunto #4 é o ideal para vadeio, mas é pequeno para flotada. Se for flotar, é melhor levar #6. B) Como só faço vadeio, tudo que levo é #4 e aí vão umas dicas boas: tenho 2 frames de Abel Click II com 3 carretéis, todos com linha #4 e todos intercambiáveis entre si. Isso basicamente me coloca com uma carretilha oficial, com um frame e dois carretéis reservas. C) Levo 4 varas #4: 2 de bambu 7 pés e duas de carbono, uma com 9 e outra com 10 pés. Isso soluciona todo tipo de ambiente que encontro nos vadeios: desde rios pequenos e rasos até rios largos e mais profundos. Isso é minha adaptação à minha pescaria: consulte os amigos que vão com você para saber o que será melhor, ou o guia. D) Levo só linha floating: quando se está vadeando é meio complicado trabalhar com linhas sinking. Se preciso afundar mais a linha, me adapto e faço uso de técnicas de arremesso e espera para a isca descer. Se você for flotar, é bom entrar em contato com o guia para saber o que será melhor na pescaria que você for fazer. E) Coloco todas as minhas varas dentro de um único estojo customizado com cadeado e devidamente embrulhado no aeroporto com aqueles plásticos malditos e indestrutíveis (excelentes para atar ninfas e scuds). O fato de ser apenas um tubo retangular e estar com esse embrulho, minimiza as chances de tentativa de abertura e roubo nos aeroportos. Além disso, o tubo me acompanha no caso raro de uma flotada, com todas as varas ali dentro, protegidas. F) SEMPRE SEMPRE SEMPRE SEMPRE LEVE um estojo de atado para duplicar suas iscas e atar outras. NUNCA dependa de uma loja para lhe suprir a demanda de iscas, pq você VAI precisar daquela única isca que estava pegando e não vai ter como comprar outra, seja pq está tarde, seja pq a loja está a 90km de distância. NUNCA tenha a certeza que a isca que estava pegando no ano passado é a mesma que vai pegar esse ano: isso nunca dá certo. Enfim, estojo de atado significa liberdade (partindo do pressuposto que você goste de atar, obviamente). G) NUNCA pesque 2 dias seguidos com a mesma meia. Isso será sinônimo de micose e lesão cutânea por falta de higiêne. Lave as meias diariamente ou leve o número de meias que for necessitar. H) SEMPRE SEMPRE SEMPRE leve consigo NA PESCARIA, material para consertar a ponta da linha de fly e refazer o loop para conectar o líder: um pouco de fio de nylon 0,53mm e uns 30cm de fio de backing, e SAIBA fazer o nó de prego e um perfect loop para refazer tudo. Nas minhas atuais 6 idas à Patagônia, tive que fazer uso desse troço em 5 delas e numa delas 2 vezes! I) Tenha uma pequena caixa de iscas com um sumário das moscas que você tem e leve essa caixa para a beira do rio. Não adianta vc levar suas 2000 iscas todas, pois se uma de cada tipo de suas iscas não estiver pegando peixes, as suas irmãs gêmeas também não estarão pegando! Isso evita de você levar muito volume ou de perder sua caixa oficinal no rio. Se quiser, leve a grande e deixe no carro ou no bote da flotada, mas no colete somente uma pequena é suficiente. J) Leve as carretilhas sem líder e as iscas todas na mochila que for com você no avião. Perder as varas é muito ruim, mas perdar as carretilhas e todas as moscas que você atou é MUITO pior. Por enquanto acho que é isso
  15. A postagem da hermenêutica foi uma das mais divertidas dos últimos meses... eu ri muito Gosto do seu humor Beto, muito mesmo
  16. Jost

    Atando uma Flymph

    Mais uma aí pra vc tentar... essas são sinistras
  17. Jost

    Atando uma Flymph

    Flymphs são moscas que mesclam características de ninfas com wets: geralmente o corpo de uma ninfa, com ou sem beadhead, e um colar de softhackle, característicos das spiders. Conceitualmente são um passo óbvio, afinal a gente une ideias de atado quase todas as vezes que sentamos em frente da morsa. Surpreendentemente, entretanto, são moscas muito pouco usadas ou atadas, como se a união dessas duas características fosse contra "as regras". Mas não se iludam: as flymphs são mortais e seguidamente salvam a pescaria. A flymph atada nesse vídeo foi protagonista de uma passagem muito engraçada que aconteceu comigo, envolvendo o Neumann e o Fausto, numa pescaria na foz do Rio Caleufú, na patagônia argentina... outro dia conto para vocês Enquanto isso, bons atados!
  18. Eu acho que não é a questão da técnica que está se discutindo aqui. Quando um pescador de fly mais experiente vê uma determinada técnica de arremesso sendo aplicada, ele instintivamente sabe em qual situações aquela técnica vai resolver determinado problema que ele encontra no rio. Assim, mesmo sem saber a hermenêutica, como diz o Beto, ele vai tentar aplicar a tal técnica na pescaria dele. O que o povo encrenca é com a hermenêutica em si, não com a técnica ou o emprego dela. Tem gente que curte dar nome às coisas e não vejo problem com isso... no meu HD ainda tem muito espaço pra guardar nomes Isso me faz lembrar da última Patagônia, quando passei uma boa meia hora observando um pescador francês pescando com uma Adams parachute e executando uma perfeita técnica de mending aéreo no upstream, arremesso após arremesso, e sacar uma truta marrom maior que a outra na saída de um pool no Chimehuin. Dá gosto de ver alguém que sabe arremessar e pescar. Como bem disse o André, ganhar o jogo jogando com classe
  19. O homem é um bicho que foi construido para ser um classificador e interpolador pela evolução... de outra forma estaríamos extintos. Para alguns o fly é apenas um hobby sem grandes pretensões, para outros é assunto sério... tanto mais sério quanto mais tempo o sujeito passa o inverno pensando em pescar no verão... E quando se junta a tendência de classificar com a seriedade (e um inverno longo), o que se vê é o que se vê. Cada um nos seu quadrado.
  20. E para completar a história, ainda tivemos que ouvir que "servidor público concursado" vale menos que político ladrão. Essa sua postagem foi é premonitiva, Beto
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