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Entre os Melhores

Conteúdo Popular

Mostrando conteúdo com maior reputação em 30-01-2015 em todas as áreas

  1. Muito já foi dito sobre JP, esse destino adorável do nosso Nordeste, rico em diversidade e repleto de possibilidades pescativas. Então me resta apenas adicionar mais um capítulo a essa caminhada mosqueira. Apesar de viver desde sempre aqui no cerrado e gostar das boas aventuras que ele nos fornece, existe uma coisa láaa no fundo que insiste em me chamar para o mar, uma paixão pelos mistérios e minúcias que permeiam a pesca no salgado. Durante o ano vão se desenhando os planos e preparações para uma única chance de voltar ao litoral. Táticas, estudos, observações, conversas, leaderes, moscas... Um universo. As guerreiras. Não posso dizer o dia chegou em um piscar de olhos por que os quase 2.300 km de carro até a Paraíba foram bem longos kkkkkkkkk. Mas enfim, de volta a marina. O primeiro dia seria no consagrado Ibama, guiado por Romildo como de praxe. Apesar das dúvidas sobre como estariam os peixes...Tempo limpo, calorzão, fomos nós. Colocando as coisas na esplendorosa nave. Não essa, a de baixo kkkkkkkk. De cara, já na navegação, deu para ver que não seria um dia muito fácil. Peixe subindo bem esparsado e apesar da água estar consideravelmente limpa, estavam muiiiito manhosos. Romildo iniciou levantando alguns miúdos bem do fundo e eu fui variando as iscas até parar com uma Tarpon Bunny branca com vermelho que atei uma noite antes de viajar, ai sim tive uma ou outra mordidinha no rabo da mosca, mas sem ferradas. Lá pelas tantas o tempo fechou e a pressão caiu, anunciando chuva. E ai sim os animais deram sinal de vida ao redor das estruturas, cortei uns 2 cm do rabo da Bunny para ficar por volta dos 6 cm e mandei nos paus, algumas mordidinhas depois, o baby decide catar. Aleluia! Lábio do baby se alinhou ao meu, que romântico S2. Depois de solta-lo, a chuvinha caiu. Perseverei, continuaram subindo muito, mas não comiam com vontade. Romildo disfarçado de galho. A chuva cessou e os peixes também, descemos o rio batendo e recebo uma pancada seca, briga estranha com cabeçadas e eis que surge o limboso, esses da Paraíba parecem ter um gosto especial por moscas kkkkkk. Há quem deteste, mas até gostei de pegar o bicho, peixe é peixe. Oi. Depois disso, mesma história e poucas subidas, a coisa tava brava, encerramos por ali. Como o primeiro dia foi adiantado da data original, o segundo ficou para um tempo depois, isso possibilitou o que sempre é legal se fazer, pegar duas situações distintas de maré e horário afim de aumentar as chances. Para esse segundo, conversamos antes e Romildo traçou outra estratégia, iriamos para outro afluente do rio PB, onde a água se mantem mais límpida e poderíamos ter mais sorte e até rolar uns robalinhos. Entretanto tem um detalhe, só sobem tarpons maiores e não é com frequência como acontece nos rios habituais, então é jogo duro. De início dedicamos o tempo a alguns pontos com fundo de pedra até porque meu pai pesca de bait e é um bom ponto para tal, arrisquei algo também, algumas iscas perdidas e saiu apenas um merinho gato e esse belo garrancho kkkkkk. Achei bem interessante, dá pra ter uma palinha do que é o mundo lá em baixo, cheio de corais e esponjas coloridas e vida de todo tipo. Depois das tentativas, já na vazante, Romildo sugere descermos para os pontos de robalitos, me animei e imaginei, chegou meu momento Zanetti kkkkkk. Mesmo com o esquipamento voltado para os tarpons, taquei uma manjuba no tippet e fomos caçar, chegando na galhada maravilhosa, os flechinhas já vieram logo foi de penca kkkkkk. Foram triplês e dublês seguidos, uma bagunça no barco. Aproveitei o bom momento para por em prática os estudos sobre essa coisa maravilhosa que é atazanar os robalinhos. Como estavam animados passei a usar Bubble Diver´s e demais coisas barulhentas para instiga-los. E foram saindo. Pevinha enxerido. Dai em diante os robalos começaram a mostrar seu lado matreiro, flasheavam e refugavam com mais manha nas moscas. Então hora da fase dois da operação robalística kkkkkkk. Gênesis magricela. Com essa não teve mais erro, tome-lhe cacetada! Curte um dedo também rsrsrs. Mais unha ralada e outro com piercing na língua. Depois desses parou geral na superfície, hora de parar certo? Errado kkkkkk. Fase 3 da fominhagem, tirar leite de pedra com a Bay Anchovy que atei bem miúda. Assim ainda deu pra garimpar mais uns pevinhas pra fechar bacana. A brincadeira ali estava tão legal que nem nos tocamos que já passava da hora de subir para o ponto dos tarpons de volta, mas ainda havia tempo, então tocamos o barco pra cima. Futuquei a caixa e resolvi colocar novamente a Bunny de confiança já mastigada lá do primeiro dia. Rabbit strip genéricazona e marabou que achei na rua, muita classe kkkkkk Já derivando nos pontos, não se via nenhuma subida sequer, tudo quieto. Mas Romildo insistiu em batermos galhada, eu já não tinha muita fé, mas continuei nos strips lentos. Aproximamos de uma entradinha mais descampada e Jr. nos alertou que ali era morada de uns babys cavalinhos que sempre dão estouros nas iscas dele e se vão. E é ai que destaco a importância de um guia que tem cartas na manga e sabe o que tá dizendo. Eu e meu pai batemos na entrada e quase já passando do ponto mandei um arremesso paralelo meio sem fé e senti umas típicas mordiscadas, mas juro que já estava naquela de não saber se era verdade ou devaneio da minha mente. Entretanto logo a coisa fica bem real e a borázinha de meu pai é fulminada por um tarpon de dois dígitos que saltou de imediato de encontro com os galhos próximos e estourou a linha. Ficamos pasmos, mas minha linha continuava na água e mantive o recolhimento, imediatamente a mosca passa rente ao lugar onde o outro fugiu, novamente mordiscadas suaves e quando olhamos para aquela água limpa, estava lá a cena mais bela que um pescador pode desejar ver, outro baby porém um tanto menor, seguindo lentamente a pequena mosquinha a 9 metros do barco, seguiu por mais 3 metros mais ou menos e mesmo tremendo os joelhos, lembrei da dica de acelerar a mosca e num último e vigoroso toque o animal tragou de vez a isca! Dei alguns segundo para ajeitar na boca, vara reta e dei a fisgada mais rude que pude. De imediato ele despertou sua fúria e nos brindou com um belo salto, para nossa surpresa, quase simultaneamente o peixe que meu pai perdeu salta atrás de nós para se livrar da isca presa na boca. Que momento. Forcei para tira-lo das galhadas e iniciou-se uma briga bruta a curta distância, que me forçou a manter os braços esticados o tempo todo afim de reduzir o grau de curvatura da vara, evitando desastres. Ele esteve por três vezes quase dentro do passaguá e num surto de ignorância, simplesmente se recusava a entrar, explodia tudo e voltava a brigar, o medo de perder o peixe já me invadia. Observei impotente o rei dar seu show, olho no olho. Só pude soltar o grito quando Romildo enfim deitou o bicho no deck. Disso nem vou falar, me arrepio toda vez de pensar que estive novamente a uma bendita pelinha de perder o peixe da viagem! Mas ufaaa, enfim um baby arrumadinho. Lombo. Back to home. Nadou de volta para o lar dele. E eu para o meu. Depois da guerra. Pensando depois acerca de tudo que se passou nos 13 dias em JP, percebi que o que mais me deixou feliz e que deixo registrado aqui, foi o fato de desta vez eu ter tido oportunidade de viver algo além dos peixes, estes, assim como a pesca com mosca e o bait, acabaram sendo os detalhes que me levaram a aprender muita coisa, a fazer novas amizades e conhecer gente como o Rafa Marques, Adriano Loss e o Isaac, parceiros que nunca tinha visto pessoalmente, mas que num piscar de olhos ali estavam, prontos a ajudar, me acompanhando e trocando ideias como se fossem amigos de infância. Sou grato pelas coisas valiosas que vivi nesses dias e pelos amigos que quero cultivar pela vida toda e com quem espero viver muitas aventuras no futuro! Equipamentos: Recomendo fortemente levar no mínimo três, para cobrir todas as situações, #6, #8 e #9. Usei. #6 - Grays GR50, com carreta Orvis Clearwater e linha S.A. headstart wf6f. Show para bater robalinhos; #8 - Redington Link, com carreta Hardy Ultralite DD Black, linha RIO OutBound Short wf8f. Segura qualquer baby e robalão; #9 - Vapen Red, com carreta Sage 2.200, linha RIO Leviathan 350 gr 26ft Sink Tip. Conjunto ignorância master (reserva). Moscas: Vai do gosto de cada um, mas que tem umas que são certeiras tem, então deixo aqui minhas queridas. (Lembrando que mosca de um serve para o outro também, mas dividi para focalizar) P/Robalos - Poppers; - Bubble Divers; - Gênesis; - Bichos de EP, manjubas, peanut, bay anchovy, etc. - Clouser. P/Tarpons - T.Bunny - T.Toad - Todd´s wigle minnow - CCM secret Guia: Romildo Júnior. Sempre recomendo, porque além de ser educado, simples e gente boa, tem milhares de horas de rio acumuladas e já tem uma boa experiência em guiar pescadores com mosca. Converse bastante antes para agendar os melhores dias e traçar as estratégias para atingir o objetivo que você quer. - Facebook: https://www.facebook.com/RabbitSportFishing?ref=ts&fref=ts - Tel: 083 8888-1394 É isso, perdão pelo extenso relato, duvido alguém ler isso tudo mas tudo bem kkkkkkk. Um abraço a todos
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  2. "Não importa o números de trutas que você pegou, ou o seu tamanho, ou as competições que você ganhou, pois apenas por dentro é que você sabe a verdade sobre o quanto você conquistou ou aprendeu. No fundo, sua habilidade é apenas tão grande quanto você acha que ela realmente é." - Jeremy Lucas - Tactical Fly fishing. Para quem é competitivo e perfeccionista, um dia com cem peixes pode ser tão frustrante quanto um dia com dez peixes... mas nada se compara à frustração de um dia com peixe nenhum. Eu gosto de pegar muito peixe, de preferência mais peixe que todo mundo. Nesse sentido, sou um pecador contumaz, além de pescador contumaz, e essa praga assola minhas pescarias. Mas faz parte da minha natureza - fazer o quê? - e, de forma muito lenta, começo a aceitar e me aquietar com essa ideia, junto com as alegrias e descabelamentos que ela contém. Afinal, o que tem de tão mau assim em ficar radiante ou emburrado no final do dia, dependendo de como foi a pescaria? Que ditadura do bom humor é essa? Não... prefiro ficar em paz comigo mesmo, independente do humor no qual esteja... Aliás, estou tão em paz com essa ideia que estou pensando em levar um taser para a próxima pescaria e eletrocutar quem pegar mais peixe que eu... Acho que no fundo todos nós nos despimos um pouco dessa couraça de civilidade quando adentramos um rio para pescar...
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  3. Patagônia 2015 Pelo segundo ano consecutivo, partimos para Patagônia Argentina, Chubut, para explorarmos a região de Rio Pico, Corcovado e Esquel. Pescamos entre os dias 18 e 24 de janeiro. Inicialmente queríamos reunir o grupo do ano passado, mas motivos diversos não permitiram. Fomos reduzidos a três: Eu, Massuda Pai e Massuda Filho, o Claudio. Voamos em dias diferentes, os Massudas foram na sexta, passaram o dia em B.A., e eu no sábado. Nos encontramos em Ezeiza e partimos a tarde para Esquel. Nossos Guias Pablo e Pancho nos recepcionaram no aeroporto e pegamos estrada por 3 horas até Rio Pico, onde ficamos nas Cabanas Los Toldos. Pegamos uma condição atípica, falta de vento, apenas em dois dias o vento uivou. Os guias alertaram que isso é muito bom prá nossos casts, mas os peixes nos vêem a distâncias maiores e fogem ao menor movimento mal feito. Mas no geral nos saímos bem. Todos tiveram um grande número de capturas. Infelizmente, como tive que partir 1 dia antes dos Massudas, não tivemos tempo de trocar fotos, por isso esse relato só vai com minhas fotos: Nosso QG. Rio Pico A primeira tem que ser mostrada até com gotícula na lente. Cordeiro patagônico, nem preciso dizer que estava uma delícia. Essa foi de joelhos escondido atrás da moita.... várias trutas num buraco.... a lente da fimadora embaçada não deixou legal as imagens dessa captura. Nos canais de Rio Pico. Canais de Rio Pico, nesses canais ao cair da noite, foi festa pura. Os peixes nem estavam ai pra gente, atacavam tudo que batia na água. Essa peguei na seca, escondido atrás do tronco ao fundo da foto. Fiz o arremesso e o Guia narrava os acontecimentos.... muita adrenalina. Com o Rio nessas condições tinhamos que ser extremamente cautelosos na aproximação e preciso nos arremessos..... claro que espantei várias. Mesmo assim tirei algumas Lago 3, nessas condições só no fundo. Essa foi emoção pura, quase cai do barco com a pancada. Voltando pra casa... Arco Iris do lago 3. Ops... neste lago cheio de juncos, 4 tipets 2X estourados, Lago Berta, lindíssimo. Dentro de um vale com muito vento. Tive que fazer os casts de costas para o lago. fontinalis saindo Saiu a fontinalis, peguei umas 8 desses lindos e fortes peixes Massuda e sua fontinalis Nosso chef de cozinha pegou a dele. Lago Willy Manco, ano passado sai no dedo e congelado de frio, esse ano lago espelhado, calor, trutas ariscas e seletivas. A única que ferrei não quis pousar para foto.
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  4. Tinha um amigo que era assim, extremamente competitivo na pescaria, queria pegar quantidade e qualidade e ai se alguém pegasse mais do que ele. Resumindo, ninguém mais aguentava pescar com o sujeito, o cara parou de pescar, vendeu toda a tralha de pesca e foi correr de moto. Ter algum objetivo, uma meta, é sempre bom mas muito cuidado para não se tornar uma pessoa intragável.
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  5. Por outro lado, você pode simplesmente relaxar...
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  6. Pior que é! Só estou feliz quando a mosca está toda descabelada. Estou quase lá! Só não vou me auto flagelar como alguns monges fazem. Mas prometo me esforçar em parar quando chegar as 50.
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  7. estou de pleno acordo com a sincera opinião, embora comigo as coisas aconteçam ao contrário. Tb gosto de peixe em quantidade e, principalmente, qualidade/tamanho, mas não fico tão encanado com os resultados das pescarias, para o bem ou para o mal. Sinceramente, percebi que os preparativos de uma pescaria estruturada absorvem muito mais minhas atenções que qualquer resultado que eu possa ter cada um sabe a dor e a delícia de ser o que é
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  8. Gracias, Señor! Pois é...nos quartéis dizemos de alguém assim como ele - "É carga do Btl" - ou seja, é parte essencial. Sem puxassaquismo!
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  9. Primeiro eu faço assim. Amanhã completo o atado e mostro o lote pronto.
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